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Roland Garros teve confirmada nesta quarta-feira mais uma ausência de peso desta edição do Grand Slam, cuja chave principal começará a ser disputada no domingo em Paris. Depois de o britânico Andy Murray ter anunciado na última terça que não jogará o torneio por estar lesionado, o argentino Juan Martín del Potro avisou que não poderá atuar na capital francesa.

A ausência foi confirmada depois de o tenista ter sofrido nas últimas semanas com um quadro viral que afetou a sua condição física. Por conselho de seus médicos, o atual sétimo colocado do ranking mundial continuará a sua recuperação na Argentina.

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"Estou triste por perder um torneio tão importante, logicamente é um golpe duro porque são torneios assim que você sempre sonhar ganhar", lamentou Del Potro, por meio de um comunicado, no qual depois completou: "Agora devo superar este momento, me recuperar por completo e voltar a me preparar para render a 100% nos próximos compromissos".

Por causa do quadro viral que o afetou, o argentino disputou apenas três torneios nos últimos três meses, em Miami, Montecarlo e Roma. E, após cair diante do francês Benoit Paire nas oitavas de final do ATP realizado na capital italiana, ele resolveu voltar para a Argentina e fazer novos exames.

Por não jogar esta edição de Roland Garros, Del Potro não defenderá os 360 pontos somados no ano passado, quando foi às quartas de final do Grand Slam francês, do qual acabou sendo eliminado pelo suíço Roger Federer. Hoje, o argentino tem 4.320 pontos no ranking da ATP, enquanto o francês Jo-Wilfried Tsonga vem logo atrás dele, em oitavo lugar, com 3.795.

Os contratos futuros de petróleo operam em forte baixa nesta segunda-feira, 15, com o brent chegando a ser negociado mais cedo abaixo de US$ 101,00 por barril pela primeira vez desde julho de 2012, após a divulgação de dados decepcionantes de crescimento econômico da China.

Às 8h02 (de Brasília), o petróleo para maio negociado na Nymex caía 2,68%, para US$ 88,84, por barril, enquanto o brent também para maio, que expira nesta segunda-feira, 15, recuava 1,93% na ICE, para US$ 101,12 por barril.

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Ambos os contratos acumulam desvalorização de 10% desde o começo de abril, com os últimos números do Produto Interno Bruto (PIB) da China pressionando ainda mais o sentimento do investidor, após projeções pessimistas de demanda feitas na semana passada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e pela Agência Internacional de Energia (AIE).

No final da noite do domingo, 14, a China divulgou que seu PIB cresceu 7,7% no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período de 2012, contrariando expectativas de uma expansão mais robusta, de 8,0%.

Já na Venezuela, grande produtor de petróleo, Nicolás Maduro venceu a eleição presidencial do país no domingo, 14, por uma pequena margem de diferença, segundo autoridades eleitorais locais. Maduro é herdeiro político de Hugo Chávez, morto no mês passado. O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, pediu a recontagem dos votos.

Possíveis distúrbios em países integrantes da Opep, como é o caso da Venezuela, são observados de perto porque eventuais cortes em exportações tendem a dar suporte aos futuros. As informações são da Dow Jones.

O mercado futuro de juros caía na abertura dos negócios desta quinta-feira, em reação à divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) pelo Banco Central (BC). A autoridade monetária atualizou, como esperado, as projeções de inflação para 2013 e 2014, com piora. Mas isso representa, segundo as primeiras avaliações de economistas, redução da discrepância entre projeções do mercado e do BC. O relatório também reforçou a cautela na administração da política monetária e a atribuiu a incertezas externas e internas, deixando em aberto um ajuste da taxa básica referencial, a Selic.

"Em linhas gerais, na avaliação do cenário macroeconômico, o relatório é muito parecido com os últimos documentos do BC, incluindo a última ata do Copom", disse o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. "O cenário externo é ponto importante de contenção da demanda, conforme o documento, e o BC diz que qualquer mudança na política monetária tem que ser feita com cautela, até porque há incerteza se esse movimento de piora inflacionária é consistente ou apenas temporário."

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Paulo Petrassi, gerente de renda fixa da Leme Investimentos, concordou com a ideia. "Foi um relatório que não trouxe novidade em relação ao cenário anterior. Dentro do esperado, com piora da inflação, mas se alinhando e com um discurso muito parecido com o da ata: inflação resiste, mas tem cenário externo e vamos com cautela."

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013 no cenário de referência subiu de 4,8% para 5,7%. Para 2014, avançou de 4,9% para 5,3%. O IPCA em 2013 no cenário de mercado subiu de 4,9% para 5,8% e, em 2014, de 4,8% para 5,1%. O IPCA em 12 meses até o 1º trimestre de 2013 avançou de 5,7% para 6,5% no cenário de referência e, até o segundo semestre, de 5,5% para 6,7%. No cenário de mercado, passou de 5,7% para 6,5% até o primeiro trimestre e de 5,6% para 6,7% até o segundo. Vale mencionar que o BC, contudo, acrescentou a palavra "levemente" ao se referir ao cenário "desinflacionário" no curto prazo.

Às 9h50, na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 projetava taxa de 7,12%, na mínima, de 7,13% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2014 marcava 7,73%, mínima, de 7,74% no ajuste anterior. O contrato com vencimento em janeiro de 2015 marcava 8,43%, ante 8,45%, e o contrato para janeiro de 2017, 9,28%, igual ao ajuste de quarta-feira.

Na abertura dos negócios, os investidores também receberam a informação de que a taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,6% em fevereiro, de 5,4% em janeiro. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 5,5% a 5,8%) e praticamente em linha com a mediana de 5,7%.

Após os fortes ganhos da semana passada, quando acumulou alta de 6,49%, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inicia a semana com certo viés de baixa, em sintonia com a realização de lucros no exterior. Os principais índices de ações da Europa e os futuros de Nova York operam no território negativo, assim como o Ibovespa à vista. O movimento ao longo do dia, no entanto, dependerá de Wall Street e do exercício de opções sobre ações na Bovespa, o que também deve elevar a liquidez.

Às 10h11, o Ibovespa à vista recuava 0,28%, aos 61.928 pontos, na mínima. Em Nova York, o S&P futuro tinha baixa de 0,14% e o Nasdaq futuro recuava 0,02%. Na Europa, onde os índices à vista já operam, Londres recuava 0,28%, Paris cedia 0,56%, Frankfurt caía 0,20% e Madri tinha baixa de 0,51%.

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"Está tudo ligeiramente para baixo no exterior. E hoje devemos ter um volume grande por causa do exercício de opções sobre ações", comentou um operador ouvido há pouco pela Agência Estado. "E vai ser um exercício bem sucedido em várias séries de Petrobras e Vale, com os vendidos se dando mal", resumiu.

Na semana passada, com a alta dos papéis de Vale e Petrobras, entre outros, em função do anúncio do novo programa de injeção de liquidez nos Estados Unidos (QE3), ficou claro que os vendidos em opções ficariam em dificuldades. Com as ações em patamares mais elevados, quem apostou em preços mais baixos acabou perdendo dinheiro.

A opção é um contrato que confere ao portador o direito de compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado. O vencimento de opções é a data de validade desses contratos. A partir do dia seguinte, o detentor da opção não pode mais exercê-la. Por isso, no dia de vencimento das opções e nos dias imediatamente anteriores, o movimento da Bolsa pode sofrer distorções, com os investidores atuando para que os preços das ações se aproximem daqueles valores que mais os favorecem quando a opção for exercida.

No exterior, os principais índices operam em queda em um movimento de realização de lucros e após o encontro dos ministros de Finanças da Europa, no fim de semana, não trazer um consenso sobre o supervisor único para os bancos na zona do euro. As bolsas chinesas tiveram quedas acentuadas, em meio às preocupações com a disputa entre a China e o Japão por ilhas da região.

O preço do minério de ferro na China, por sua vez, fechou no maior patamar em um mês, cotado a US$ 105,1 a tonelada seca nesta segunda-feira, ante US$ 101,6 da última sexta-feira. O resultado traz um viés positivo para as ações da Vale, bastante influenciada nos últimos tempos por esta cotação.

As ações do setor bancário, em especial dos bancos menores, também serão observadas com atenção, após o Banco Central, na última sexta-feira, alterar as regras dos compulsórios e injetar cerca de R$ 30 bilhões no sistema.

Após atingir os 62.105 pontos na última sexta-feira, o Ibovespa pode seguir testando a região dos 62 mil pontos até a resistência de 63.900 pontos, conforme análise gráfica distribuída a clientes nesta segunda-feira pela Um Investimentos. No lado da baixa, a primeira resistência passa pelos 59.500 pontos.

Com a aprovação da Corte alemã sobre o fundo europeu de resgate, o dólar mantém a tendência de baixa ante as moedas estrangeiras e segue em queda em relação ao real pelo quinto pregão consecutivo nesta quarta-feira. A aproximação da cotação do nível de R$ 2,00 pode provocar uma intervenção do Banco Central no mercado cambial doméstico, um dia após a autoridade monetária já ter feito consulta sobre a demanda por swap reverso, o que estancou a queda da moeda norte-americana nos negócios locais, mas não foi capaz de defender a marca de R$ 2,02.

Por volta das 9h15, na BM&FBovespa, o contrato futuro do dólar para outubro subia 0,10%, a R$ 2,0255, depois de abrir em baixa de 0,10%, a R$ 2,0215, e ir até R$ 2,026, na máxima, em alta de 0,12%. No mercado de balcão, o dólar à vista abriu em baixa de 0,05%, cotado a R$ 2,018, na máxima. Após este horário, a moeda norte-americana oscilou entre uma mínima a R$ 2,016 (-0,15%) e uma máxima a R$ 2,019, estável.

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Segundo especialistas consultados, há grande chance de o BC intervir no mercado de câmbio nesta quarta-feira em meio à queda generalizada do dólar no exterior, que deve ser acompanhada internamente. Para o operador da InterBolsa Ovídio Soares, a possibilidade de intervenção da autoridade monetária existe, já que o dólar está cada vez mais perto da cotação de R$ 2,00. "O dólar já abriu em baixa, em reação ao otimismo no exterior com a decisão da Corte alemã, e o BC vai ter de 'dar as caras'", avalia.

O profissional refere-se à decisão da Corte Constitucional da Alemanha, que ratificou o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM) e o chamado Pacto Fiscal. Para a chanceler alemã, Angela Merkel, "hoje é um bom dia para a Alemanha e para a Europa" e a decisão "ilustra a responsabilidade" do país com o Velho Continente, abrindo o caminho para uma ferramenta permanente de resgate financeiro dos países membros da zona do euro. Segundo Ovídio, após o BC ter feito consulta, ontem, sobre a demanda por swap reverso, a autoridade monetária já está ciente quanto à necessidade (ou não) da operação.

Porém, um operador de tesouraria de um banco local, que falou sob a condição de não ser identificado, acredita que, talvez, a autoridade monetária não atue logo na abertura do pregão, já que a moeda norte-americana recuperou um pouco de terreno ante as principais moedas rivais. Da mesma forma, as principais bolsas exibem ganhos moderados no exterior, já que foram impostas condições para que o fundo europeu seja compatível com a Constituição alemã.

No horário acima, em Nova York, o euro era cotado a US$ 1,2897, de US$ 1,2856 no fim da tarde de terça-feira (11), depois de superar o nível de US$ 1,29 pela primeira vez desde maio. Já o dólar norte-americano caía 0,32% ante o dólar australiano, tinha leve baixa 0,06% ante a rupia indiana, mas estava praticamente estável ante o dólar canadense e a lira turca.

O economista-chefe da Planner Prosper Investimentos, Eduardo Velho, destaca que o anúncio do Banco Central Europeu (BCE), na semana passada, sobre a compra de bônus soberanos no mercado secundário, a decisão da Corte alemã de aprovar a legalidade do ESM e a expectativa de uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo (QE3) nos Estados Unidos, pressionam para o rompimento do piso da banda estreita, até R$ 2,10, para baixo.

"Mas, o BC só vai intervir mesmo após a entrevista do Bernanke (presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke), amanhã", quando deve ser confirmado o QE3 e, eventualmente, um prolongamento de juro baixo nos EUA talvez até 2015. "Em caso contrário, se isso não for confirmado, o câmbio subiria naturalmente, sem a necessidade de intervenção do BC", completa.

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