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Na tarde desta quarta-feira (30), um grupo com cerca de 20 pessoas vestidas com máscaras e camisas pretas se reuniu no Marco Zero da cidade do Recife, para fazer uma caminhada em representação tática da ação conhecida como ‘Black Blocs’. A ação causou congestionamento na Av. Conde da Boa Vista.

Segundo um vendedor ambulante que estava na Avenida Conde da Boa Vista, que não citou nome, cerca de 10 pessoas realizaram um pequeno tumulto próximo as Lojas Americanas. A policia descreveu o percurso como sem problemas.

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De acordo com a PM, foram mobilizados 170 policiais e 25 bombeiros e toda a manifestação foi filmada pelas câmeras da Secretaria de Defesa Social (SDS).

 

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Bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta. Esses foram os artifícios que os Policias Militares do Batalhão de Choque utilizaram contra os manifestes durante o manifesto marcado para este sábado (7), chamado de ‘Operação 7 de Setembro’. O protesto que estava ocorrendo de forma pacífica na Praça do Derby, situada na área central do Recife, transformou-se em um grande tumulto após uma discussão entre um agente e o estudante mascarado de 18 anos, Edgar Santos. 

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A confusão se iniciou porque os agentes militares tentaram tirar a mascara do jovem. Indignados, os manifestantes reagiram para impedir que Edgar fosse detido. Entretanto, os esforços foram em vão, o garoto tentou resistir à prisão, mas devido o clima tenso, o policiamento agiu de forma brusca, resultando em correria e agressões. “Ele foi preso porque estava usando uma máscara. Os policiais não chegaram de forma educada, simplesmente agrediram”, explicou a irmã da vítima, Jéssica Santos, de 24 anos. A imprensa também sofreu com a ação do Batalhão de Choque. Repórteres, fotógrafos e cinegrafistas foram empurrados e atingidos com spray de pimenta. 

Em seguida, uma das principais vias da Agamenon Magalhães que dá acesso à Avenida Conde da Boa Vista virou um cenário de desespero. Os protestantes que iriam dar continuidade ao movimento tiveram que sair correndo devido às bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, com medo de serem atingidas ou agredidas pelo Batalhão de Choque. “Os motoqueiros da polícia não queriam deixar a gente passar. Eles colocaram os veículos por cima dos manifestantes e acabou que quase atropelou uma estudante”, contou o lojista, Bruno Dantas, de 25. “Os policias não respeitaram o direito de ir e vir das pessoas”, afirmou. Vários jovens foram detidos, entre eles um garoto que supostamente carregava em sua mochila fogos de artifício, uma lata de água ardente, e diversos DVDs de pornografia. 

Depois das detenções o manifesto mudou o foco inicial. Um grupo de 50 pessoas foram em direção à Delegacia de Santo Amaro para reivindicar as prisões dos manifestantes. Porém, durante a caminhada perceberam que as vias que dão acesso ao lugar, como a Rua Fernandes Viera, estavam completamente bloqueadas pelo Choque. Após negociação, os agentes abriram a guarda e acompanharam o protesto. Porém ao chegar à Delegacia, também encontraram o departamento cercado por policiais, os manifestantes, por sua vez, permaneceram no local.

No total, 11 pessoas foram encaminhadas ao departamento policial de Santo Amaro. Todas passaram por averiguação e nos casos mais sério responderão assinando um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). “Foi deixado bem claro que o protesto iria permanecer pacífico. Na saída do protesto, todas as pessoas que estavam de máscaras foram revistadas e apresentaram um documento de identificação, mas os policiais agiram de forma truculenta, nos agredindo”, afirmou o representante que está à frente do movimento Operação 7 de Setembro, que apenas se identificou como “Doug”.

Prisão

O estudante Rodrigo Dantas, de 24 anos, foi preso pela Policia Militar no final da manhã deste sábado (7), dentro do metrô Shopping, na Zona Sul do Recife, após se envolver em confusão. Segundo os manifestantes da Resistência Pernambucana, o tumulto começou após os agentes policiais tentarem apreender os instrumentos dos jovens. De acordo com o advogado, Marcos Bezerra, Rodrigo Dantas responderá por desacato à autoridade e resistência. Ele terá que pagar R$ 1000 reais para ser liberado.  

Rio de Janeiro - Manifestantes ligados ao movimento Black Block perseguiram e agrediram um jornalista da Rede Globo. O repórter cinematográfico filmava a manifestação no Monumento Zumbi quando foi apontado por alguns integrantes do movimento como sendo funcionário da Rede Globo.

Parte dos manifestantes começou a persegui-lo, ameaçando-o com empurrões e palavrões. Ele foi atingido na cabeça por algum objeto contendo tinta vermelha. O trabalhador foi escoltado por integrantes do Instituto de Desenvolvimento de Direitos Humanos (IDDH) até uma viatura da Polícia Militar, que o retirou do local.

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Os manifestantes ocupam agora a pista lateral da Avenida Presidente Vargas e seguem para a Cinelândia, onde foi marcado pelas redes sociais mais um protestos. De lá, eles devem se concentrar no Largo do Machado, onde deve ocorrer a última manifestação do dia, local próximo ao Palácio da Guanabara.

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