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O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco (PT-PE) e o senador Humberto Costa (PT), lastimaram o falecimento de um dos fundadores do (PT), Bruno Maranhão.  O engenheiro mecânico de 74 anos morreu por falência múltipla dos órgãos e foi enterrado nesse domingo (26), no Cemitério Morada da Paz em Paulista, Região Metropolitana do Recife.

Por meio de nota, o senador Humberto Costa afirmou ter recebido com imensa tristeza a notícia da morte de Bruno Maranhão. “Conheci Bruno desde os primórdios da criação do PT, ainda na década de 70, ele um respeitado militante da luta política contra a ditadura e pelo socialismo, eu ainda militante do movimento estudantil. Com ele aprendi muitas coisas. Sempre o admirei pela sua perseverança, pela coragem pessoal e política, pelo seu compromisso com as causas do nosso povo e por sua capacidade de renunciar a tudo por uma causa. Sempre firme na defesa de suas ideias, jamais deixou de ser uma pessoa afável e terna”, relembrou o petista.

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Já a direção estadual da legenda em Pernambuco, também por nota, afirmou que Maranhão era conhecido pela convivência fraterna e respeitosa com divergentes, dentro e fora de sua legenda.

Confira a posição do PT estadual na íntegra:

O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco (PT-PE) manifesta profundo pesar pelo falecimento de um dos seus fundadores e dirigente, o companheiro Bruno Maranhão.

Bruno deixou seu exemplo de militante político desde antes da fundação do PT, tanto em sua militância no movimento estudantil, quando na luta contra a ditadura militar.

De posições muito firmes, era conhecido pela convivência fraterna e respeitosa com divergentes, dentro e fora de sua legenda. Em toda sua trajetória política e de vida, Bruno manifestou vocação e desprendimento para ajudar o PT em tarefas árduas que contribuíram com a divulgação do projeto do partido. Foi líder e lutador dedicado às causas dos camponeses por reforma agrária, deixando o exemplo de determinação e compromisso.

Lamentamos a perda deste estimado companheiro, mas levamos conosco a certeza de que sua contribuição para os movimentos sociais, para o fortalecimento da democracia e para e crescimento e avanço político do Partido dos Trabalhadores nos servirá de exemplo. Nossa solidariedade aos familiares.

Bruno Maranhão, presente!

Teresa Leitão

Presidenta do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco

Um dos fundadores do PT, o engenheiro mecânico Bruno Maranhão, morreu neste sábado (25), no Recife, aos 74 anos. Seu corpo foi cremado na manhã de hoje, no Cemitério Morada da Paz, no município metropolitano de Paulista.

Ele estava hospitalizado havia duas semanas e morreu por falência múltipla dos órgãos. Passou os últimos dias sedado e respirava com ajuda de aparelhos. Militante histórico da esquerda política, Maranhão pertencia a uma tradicional família de usineiros da zona da mata pernambucana, mas desde jovem passou a defender a causa popular e teve sua vida misturada à ação pela reforma agrária.

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Militante do Partido Comunista Revolucionário Brasileiro (PCBR) no final da década de 60, lutou contra a ditadura militar, foi exilado - morou na França - e no seu retorno, em 1979, se dedicou à fundação do PT e do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), uma dissidência do MST (Movimento dos Sem-Terra).

O espírito de luta, a coragem, a coerência e a determinação de Bruno Maranhão foram destacadas por políticos e militantes de diferentes partidos, no velório. "Fui visitar Bruno na sua casa, há pouco mais de um mês, e ele, já muito debilitado, mal falava", contou o deputado federal e ex-presidente do PT-PE Pedro Eugenio, que, antes de deixar a residência, recebeu dele a recomendação: "segure firme". "Isto era Bruno, este era o seu espírito de luta".

O dirigente do MST, Jaime Amorim, destacou a dedicação de Maranhão a uma causa oposta a da sua família, dona de terras e de plantações de cana de açúcar. "Ele abdicou das vantagens da sua classe para dedicar sua vida à causa da reforma agrária, o que foi muito nobre", afirmou. Juntos, participaram da invasão da Usina Salgado, uma das mais produtivas de Pernambuco, em 2007, exigindo desapropriação por desrespeito ao meio ambiente.

Em junho de 2006, Maranhão foi um dos protagonistas da invasão de movimentos sem terra à Câmara dos Deputados, que resultou na sua prisão e de 40 integrantes do MLST. A principal reivindicação era a votação imediata da PEC do Trabalho Escravo.

"Ele formulava e executava", observou o vice-presidente do PT-PE, Bruno Ribeiro, advogado da reforma agrária por mais de 20 anos. "Tínhamos uma boa relação e admirava nele a junção de militante partidário e de defensor da causa social, o que é raro na política hoje".

Sua última atuação pública ocorreu em 2011, quando participou da Marcha da Reforma Agrária do Século 21, realizada pelo MLST, que percorreu 250 quilômetros entre Goiânia e Brasília. A marcha, iniciada em 21 de agosto, foi encerrada no dia 5 de setembro e reivindicava a implementação de empresas agrícolas comunitárias como alternativa ao modelo de reassentamento de reforma agrária no País.

É crítico o estado de saúde do militante pernambucano, Bruno Maranhão, 74 anos. Ele segue internado no Hospital Memorial São José, no Recife, e segundo informações da assessoria de imprensa da unidade de saúde, o quadro clínico de Maranhão é "irreversível". Foi constatada a falência múltipla dos órgãos do militante, que está entubado e respira com a ajuda de aparelhos. Ele foi hospitalizado em virtude de um quadro de insuficiência respiratória e complicações hepáticas.

Bruno Maranhão é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST). Em 2011, Maranhão já esteve internado no Memorial com trombose cerebral, época em que passou por duas cirurgias. 

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O militante já foi candidato à prefeito do Recife e ao governo do Pernambuco. O petista foi o primeiro presidente da sigla no estado, além de ter dirigido o extinto Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). O antigo PCBR é atualmente a corrente interna do PT, conhecida como Brasil Socialista, e teve 12 integrantes mortos e quatro desaparecidos durante a Ditadura Militar.

 

É grave o estado de saúde do militante pernambucano Bruno Albuquerque Maranhão, de 74 anos, internado no Hospital Memorial São José, no Recife. Ex-integrante da executiva nacional do PT, ele foi hospitalizado em virtude de um quadro de insuficiência respiratória e complicações hepáticas.

Maranhão é um dos fundadores do PT e também ex-líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, organização nascida de uma discordância no Movimento dos Sem-Terra (MST).

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Segundo informações da assessoria estadual do PT, a esposa do militante está acompanhando Maranhão, mas o estado é crítico e o quadro de saúde atual só será divulgado no final da tarde desta quinta-feira (23). Em virtude do agravamento da situação e delicadeza do estado de saúde, a companheira do militante não quis falar com a imprensa. 

 

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