Tópicos | carimbo

Um show para todos os públicos. Essa é a intenção da Na Cuíra pra Dançar que pretende colocar crianças, jovens, adultos e idosos pra se embalarem no ritmo do batuque caboclo e assim celebrar a passagem de dois anos do reconhecimento do carimbó como Patrimônio Cultural Brasileiro. O show em comemoração a essa data tão importante à cultura paraense será no domingo (11), a partir das 13 horas, no Espaço Cultural Apoena. O músico Luizinho Lins (Grupo Carimbó de Icoaraci) subirá ao palco com o quarteto, formado por JP Cavalcante (voz e percuteria), Kleyton Silva (voz e violão), Daniel Serrão (baixo, sax e teclados) e Milton Cavalcante (guitarra).

"A ideia é atrair todas a idades, de crianças a idosos. Nosso repertório nos permite agradar todos, sem restrições! Nosso convidado trará o melhor do carimbó para esse dia", garante JP, que está animado para o primeiro show da banda durante o dia. Quem também está confiante para a estreia da primeira apresentação vespertina do grupo é o multi-instrumentista Daniel Serrão. "Creio que o nosso público é atraído pela proposta dançante da banda. Na noite ou no dia, nossa alegria de tocar é a mesma. Esperamos que o calorzinho da tarde dê um gostinho diferente ao show."

##RECOMENDA##

Para Kleyton Silva, tanto o show deste domingo (11) quanto o próximo, que será dia 1º de outubro, também a partir das 13 horas, no Apoena, são dois eventos em que a banda vai testar o seu repertório num horário diferente. "As nossas festas têm tido uma cara noturna e agora a gente vai experimentar elas num outro momento em que também as pessoas podem levar os seus familiares. Esse show será pra galera que costuma sair à noite, mas que sabe que o nosso repertório alcança a geração dos pais e também será para os mais jovens que ainda não podem ter vida noturna", enfatiza.

"Estou bastante empolgado com esse show porque será a primeira vez que vamos tocar no Apoena num domingo. Estamos esperando um público bem família e vamos preparar o show pra isso. E lembrando que também tem a comemoração de dois anos do carimbó como Patrimônio Cultural Brasileiro. O músico Luizinho Lins sempre arrebenta com o seu banjo e com certeza será uma grande festa", garante Milton Cavalcante.

SERVIÇO:

Show da Na Cuíra pra Dançar - Participação especial: Luizinho Lins.

Quando: 11 de setembro (domingo).

Onde: Apoena (Duque de Caxias, 450, esquina da Antônio Baena, Marco – Belém).

Que horas: A partir das 13h.

Ingressos: R$ 10,00.

Promoção: Feijoada + caipirinha por apenas R$ 15,00.

Informações: (91) 982057645 / 982136071.

Por Vivianny Matos, especial para o LeiaJá.

 

Músico, carpinteiro, pescador, artesão exímio e autodidata. Essas são algumas atividades realizadas por Sebastião Almeida da Silva, mais conhecido como “Mestre Sabá”. Natural de Santarém Novo, nordeste do Pará, membro da Irmandade de São Benedito desde criança, Mestre Sabá aprendeu com o pai os primeiros segredos do carimbó, quando o acompanhava nas festas tradicionais do mês de dezembro na cidade. O mestre foi convidado pela Fundação Cultural do Pará (FCP) para ministrar a oficina “Saberes e Fazeres do Carimbó de São Benedito”, realizada no núcleo de oficinas do Curro Velho, localizado no centro de Belém. As atividades se iniciaram na última terça-feira (1) e são voltadas para profissionais e amadores que se dedicam à confecção de instrumentos musicais rústicos utilizados para tocar o ritmo paraense que em 2014 foi declarado como Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Mestre Sabá é responsável pela preservação do modo tradicional de confecção de instrumentos, utilizando tronco de grandes árvores, do mangue e do igapó, e tambores ancestrais que são atracados com corda, madeira e couro. Esse modo de produzir os instrumentos é uma herança da sabedoria indígena e africana que deu origem ao ritmo típico do Estado do Pará, o Carimbó. A técnica é também bastante valorizada por ser considerada mais “orgânica”, não sendo utilizados metais, como o ferro, na confecção dos instrumentos de percussão do carimbó: maracas de cuieira, reco-reco de bambu e tambores curimbós de tronco de árvores de grande porte.

##RECOMENDA##

Dona Dulcimar Lisboa, 69 anos, é uma das alunas na oficina de confecção de instrumentos do Mestre Sabá. Para ela, esse tipo de trabalho, apesar de exigir bastante força muscular e conhecimento de marcenaria para a confecção dos instrumentos, pode ser realizado por qualquer pessoa. “Hoje em dia as profissões quase não têm definição de homem e mulher. A gente pode fazer um trabalho que seja de homem, basta ter um pouquinho de força de vontade, um pouquinho de jeito e de paciência, né? Eu tô fazendo reco-recos, maracas, ajudei a cavar o tambor bruto mesmo, que é meio brabo. Mas dá pra fazer, devagar sai”, explica. Nativa de Quatipuru, no nordeste paraense, onde cresceu no barracão da festa folclórica da Marujada, dona Dulce já é familiarizada desde a infância com instrumentos rústicos e sonha em passar esse tipo de conhecimento para as próximas gerações. “Eu tenho um bocado de instrumentos lá em casa. Tenho vontade de montar uma oficina na minha varanda com um grupo de jovens ou de crianças antes de serem apresentados ao mundo das drogas. É muito importante ocupar a mente, porque já desenvolve o lado trabalhador e não o lado da malandragem”, declara ela.

Já Lurralle Amaral, 30 anos, é formado em marcenaria e trabalha como luthier na Fundação Curro Velho há dois anos. De acordo com ele, a oficina do Mestre Sabá funciona como uma forma de especialização na profissão. “Em marcenaria, a gente trabalha muito fazendo material e objetos domésticos, mas eu nunca gostei porque sempre fui músico, sempre gostei de música. A forma como ele vai montar e amarrar os instrumentos é muito diferente, porque normalmente os instrumentos levam aros, parafusos. E esses são todos amarrados, não têm ferro”, explica.

A oportunidade de estar aprendendo novas técnicas na confecção de instrumentos com um dos maiores mestres do carimbó é uma honra imperdível para Lurrale, que pretende poder tocar com os instrumentos confeccionados durante a oficina. “O carimbó lá de Santarém Novo é uma cultura muito forte, eles levam como uma religião. Eu queria muito poder tocar com ele, pois sou saxofonista também. No sábado a gente quer fazer um carimbozinho porque ele é o mestre do carimbó, seria para prestigiar ele”, diz.

Com o grupo de carimbó “Os quentes da madrugada”, Mestre Sabá já conheceu e percorreu diversas cidades brasileiras, levando a cultura paraense e suas técnicas de confecção de instrumentos  para o conhecimento de todo o País. Em 2005, com o patrocínio da Petrobrás, ele participou da gravação do CD “Carimbó da Irmandade de São Benedito”, produzido pelo grupo A Barca, de São Paulo. Seja no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Fortaleza ou no Acre, o trabalho de Mestre Sabá marca presença. “Eu tenho o meu trabalho como se fosse a flor da minha juventude, porque não tem coisa melhor que você ser bem reconhecido com o povo de fora. Eu me sinto não orgulhoso, mas sim consciente do que aquele lá de cima me deu”, declara. Para ele, o reconhecimento fora do seu Estado e até mesmo internacional é a melhor recompensa que poderia obter. “Fui recebido lá fora na atividade como o ‘Mestre Sabá’. Ano passado, na festa da irmandade, teve gente até da França lá. Foram na minha casa, no meu ateliê, trabalharam, fizeram maraca, fizeram reco-reco. E tá previsto pra voltarem e eu dar uma grande oficina lá pra eles”, diz o mestre.

Segundo ele, foram sonhos que tinha enquanto tirava cochilos no chão de sua casa que o estimularam na confecção dos instrumentos. “Aquilo veio num sonho, eu tava dormindo e sonhava fazendo uma maraca, fazendo um reco, fazendo curimbó. Aprendi através disso, de sonho. Dormindo, deitado no chão”, conta o mestre que mesmo depois de aposentado não pretende deixar a atividade de lado tão cedo. “Foi uma criatividade que Deus me deu e eu abracei com muito amor e carinho. O pessoal diz ‘ah tu já se aposentou não vai largar?’, não largo nada”.

A oficina “Saberes e Fazeres do Carimbó de São Benedito” ocorreu no Núcleo de Oficinas do Curro Velho, no bairro do Telégrafo, em Belém, pela manhã e à tarde. As aulas terminam neste sábado (5). Veja vídeo abaixo.

Com apoio de Julyanne Forte.

[@#video#@]

 

 

Grupo de carimbó formado por homens é comum no Pará. Agora, um só de mulheres é novidade. Em São João da Ponta, município localizado a 130 km da capital, nordeste do Estado, um grupo heterogêneo de mulheres da associação cultural se reuniu para formar as Flores do Mangue. Com sete meses de existência, o grupo visa divulgar a cultura paraense pelo seu ritmo mais popular e tradicional.

Inicialmente, a "Dança do Carimbó" era apresentada num andamento monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. No entanto, quando os escravos africanos tomaram contato com essa manifestação artística dos Tupinambá começaram a impor modificações. O ritmo contagiou até mesmo os colonizadores portugueses que, pelo interesse de conseguir mão de obra, não somente estimulavam essas manifestações como também, excepcionalmente, faziam questão de participar, acrescentando traços da expressão corporal característica das danças portuguesas.

##RECOMENDA##

São João da Ponta conta aproximadamente com 5.500 habitantes. É vizinho dos municípios de Terra Alta e Curuçá, a maior cidade dos arredores. No vídeo da TV Unama, abaixo, conheça um pouco do Flores do Mangue.

[@#video#@]

O carimbó recebe nesta quarta-feira (11) o certificado oficial de patrimônio cultural imaterial brasileiro. A cerimônia será às 18 horas, no Museu do Estado do Pará (MEP), no Palácio Lauro Sodré, em Belém. Em seguida, do lado de fora, haverá uma grande roda de carimbó, com a participação de grupos formados na capital e no interior do Estado. A ação integra a programação da Semana do Patrimônio Paraense, promovido pelo Departamento de Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPI/IPHAN), com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

“Para nós da Secult, é muito importante poder contribuir de alguma forma com essa cerimônia. Por isso, fizemos questão de abrir as portas dos nossos espaços”, ressaltou a diretora do Sistema Integrado de Museus e Memoriais, da Secult, Mariana Sampaio. Ela lembrou ainda que, recentemente, o ritmo foi utilizado para mostrar a força da cultura paraense, durante um jantar oferecido ao príncipe japonês Akishino e sua esposa, a princesa Kiko, no MEP, pelos 120 anos da migração japonesa no Brasil. O casal foi homenageado com um jantar, seguido de uma apresentação de carimbó.

##RECOMENDA##

Até receber o título de patrimônio cultural imaterial brasileiro, um longo caminho foi percorrido. A formalização do pedido foi feito pela Irmandade de Carimbó de São Benedito, da Associação Cultural Japiim, da Associação Cultural Raízes da Terra e da Associação Cultural Uirapuru, com abertura de processo junto ao Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan. Foi o Instituto que promoveu uma pesquisou sobre o ritmo em diversas localidades do estado, dando origem ao “Dossiê Carimbó”, que posteriormente foi transformado em um documento final.

O carimbó, segundo o Dossiê, foi criado no século XVII por negros africanos radicados na região nordeste do Pará, com influências das culturas indígena e portuguesa e acabou se tornando uma das mais tradicionais formas de expressão cultural do Estado. O ritmo foi inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão no dia 11 de setembro de 2014, e só partir daí passou a ser reconhecido como patrimônio cultural imaterial brasileiro. A escolha foi comemorada com uma grande festa, no Centur, com a participação de artistas paraenses, especialmente mestres de carimbo e dançarinos.

Além da cerimônia de entrega do título, será instalado o Comitê Gestor da Salvaguarda do Carimbó, composto por mestres e representantes de grupos de carimbó indicados durante o I Congresso Estadual do Carimbó.

Com informações de Alexandra Cavalcanti, da Agência Pará.

[@#galeria#@]

Dois  eventos que serão realizados em Belém colocam em destaque o patrimônio cultural paraense. A programação começa no dia 10 de novembro, com o lançamento do livro “Patrimônio Cultural Tembé-Tenetehara”, fruto de ações desenvolvidas no âmbito de um Termo de Cooperação Técnica firmado entre diversas instituições. Já no dia 11 de novembro será realizada a solenidade de entrega do título de patrimônio cultural brasileiro aos detentores do Carimbó. 

Os eventos integram a programação da Semana do Patrimônio Paraense, realizada pela Associação dos Agentes de Patrimônio da Amazônia (Asapam), contando ainda com o apoio da Coordenação Estadual da Campanha do Carimbó. A promoção é da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Pará (Iphan-PA), em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult-PA), e com a colaboração do Museu do Estado do Pará, integrante do Sistema Integrado de Museus e Memoriais, e do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural.

##RECOMENDA##

O livro “Patrimônio Cultural Tembé-Tenetehara” foi elaborado a partir de uma metodologia de inventário participativo realizado conjuntamente pela equipe contratada pela Superintendência do Iphan no Pará e pelo comunidade Tembé. Tem a finalidade de buscar soluções para os problemas socioterritoriais enfrentados por aquele povo. No dia dedicado ao Carimbó, inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão em 11 de setembro de 2014, de modo a consolidar o reconhecimento da dança como referência cultural nacional, será instalado o Comitê Gestor da Salvaguarda do Carimbó, composto por Mestres e representantes de grupos de Carimbó indicados durante o I Congresso Estadual do Carimbó.

Além das cerimônias, serão realizadas palestras e mesas-redondas abordando os temas das políticas de salvaguarda do patrimônio imaterial e história e patrimônio cultural indígena na Amazônia. Os eventos terão a presença do Diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN (DPI/Iphan), TT Catalão, e de representantes de bens culturais registrados de outros Estados. O local será o Museu do Estado do Pará, no Palácio Lauro Sodré, localizado na Praça D. Pedro II, Cidade Velha.

PROGRAMAÇÃO

Dia 10/11

14h| Palestra: História Indígena na Amazônia Dra. Ana Linhares - UFPA

15h| Mesa: Patrimônio Cultural Tembé-Tenetehara, com as autoras do livro, Ivânia Neves e Shirley Penaforte, T.T. Catalão (DPI-IPHAN) e Naldo Tembé (Terra Indígena Alto Rio Guamá). Mediador: Márcio Couto

18h| Lançamento do livro “Patrimônio Cultural Tembé-Tenetehara”

Dia 11/11

15h| Mesa: A política de valorização do patrimônio imaterial brasileiro - com TT Catalão (DPI/IPHAN), Isaac Loureiro (Campanha do Carimbó), Alessandra Ribeiro (Jongo Dito Ribeiro / Campinas-SP) e Neto de Azile (Comitê Gestor do Tambor de Crioula-MA). Mediador: Cyro Lins (IPHAN-PA)

18h| Solenidade de entrega do título de patrimônio cultural brasileiro ao Carimbó.

 

 

Nesta sexta (25), a cantora Lia Sophia apresenta pela primeira vez show completo com sua banda no Teatro de Santa Isabel, às 20h. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro com os valores de R$ 40 e R$ 20 reais.

O repertório é o novo álbum que tem o seu nome, lançado em fevereiro deste ano.  O trabalho mistura gêneros musicais paraenses como o carimbó e o brega com o merengue dominicano, o zouk africano e a balada pop internacional. 

##RECOMENDA##

Natural da Guiana Francesa, morando no Amapá e no Pará, a cantora apresenta ao público toda a riqueza e diversidade de suas referências internacionais e locais. Seu grande sucesso é Ai Menina, trilha sonora da novela Amor, Eterno Amor, da Rede Globo. 

Serviço

Show de lançamento do CD Lia Sophia

Sexta (25) l 20h 

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio)

R$ 40 e R$ 20

(81) 3355 3323 / (81) 3355 3324

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando