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Um técnico de enfermagem do Hospital da Retauração (HR) foi preso em flagrante, nessa quinta (25), por falsificar receitas médicas para desviar remédios. A denúncia feita por servidores da unidade no Centro do Recife aponta que ele usava o carimbo de um médico que não trabalhava no local para retirar a medicação.

A direção do HR informou que os próprios servidores acionaram a Polícia Civil ao identificar que o plantonista de 25 anos usava a identidade do profissional para solicitar a retirada das substâncias.

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O caso foi registrado na Central de Plantões da Capital (Ceplac) como falsidade ideológica e peculato. O suspeito teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia e deu entrada no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

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Realizada por meio do Programa de Extensão Coroatá, do Campus do Marajó da Universidade Federal do Pará (UFPA), a websérie documental “Vivências do carimbó” evidencia o ritmo como ferramenta de ensino, promove maior valorização da cultura regional e o intercâmbio entre saberes populares e acadêmicos.

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O carimbó está presente em pelo menos 100 municípios do Pará. Em 2014, foi registrado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Durante os episódios, a websérie apresenta os fazedores de carimbó de Icoaraci, professores e mestres de carimbó de Soure, no Marajó, e entrevistados da Região Metropolitana de Belém

De acordo com Priscila Cobra, jornalista e mestra em Ciências Sociais pela UFPA e idealizadora e codiretora da websérie, a ideia surgiu de um rearranjo de formato devido à pandemia. A princípio, seria um projeto presencial. “A ideia era ir em cada um desses territórios e fazer oficinas, rodas de conversa e encerrar com rodas de carimbó”, explicou Priscila Cobra.

A série faz a ligação entres duas áreas normalmente afastadas: cultura popular (presentes nas ruas, nos grupos e rodas de carimbó) e educação dentro de sala de aula. “Buscamos promover o diálogo entre as áreas da educação, cultura e salvaguardar o carimbó”, afirmou a codiretora.

“Vamos mostrar na websérie que o carimbó não é apenas um ritmo. É um estilo de vida, uma raiz ancestral da nossa Amazônia indígena e negra: dos nossos rios, da floresta e também do asfalto, do ambiente urbano”, contou Priscila Cobra. Carimbozeira do Distrito de Icoaraci, Priscila explicou que a websérie mostra ao público como o carimbó é uma forma de resistência secular e pode ser uma ferramenta muito útil para o ensino dentro e fora da sala de aula.

Para Ailton Favacho, professor e poeta, o carimbó pode promover maior interação entre a vivência da comunidade acadêmica com os mestres de cultura e grupos de carimbó. “A grande importância do carimbó é porque ele pode ser uma ferramenta pedagógica muito atraente, isso faz com que o aluno se interesse pela aula e pela cultura dele mesmo”, afirmou o professor.

Marcos Correa, codiretor da websérie, afirma que o carimbó também traz o ambiente urbano e a realidade do asfalto. “Com as gravações vivenciamos aspectos dessa cultura e como ela pode ser ensinada e utilizada como ferramenta para educação em sala de aula”, disse. A série está disponível na plataforma de vídeos on-line YouTube (para assistir, clique nos episódios abaixo).

Serviço

Episódio 1Episódio 2, Episódio 3.

Por Emilly Lopes e Júlia Marques (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão dos Direitos Humanos (CDH) no Senado, oficiou diversos órgãos para que apurem e tomem as providências cabíveis em relação ao caso de uma escola pública da região de Planaltina, no Distrito Federal, que estava carimbando os alunos para que não repetissem a merenda fornecida. A escola também estaria negando alimento para aqueles que se recusavam a receber o carimbo. 

Para o parlamentar, os atos praticados no Centro Educacional (CED) 3 de Planaltina (DF) “demonstram o desrespeito à dignidade e à inviolabilidade da integridade de crianças e adolescentes. Humberto afirma que “leem-se ali fortes traços de violação psíquico-moral, com tratamento degradante e vexatório em oposição a estudantes menores de idade, submetendo-os a situações manifestas e dolosas de humilhação e ridicularização públicas”. 

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Os pedidos de providências sobre o caso, que está sendo acompanhado pela equipe da CDH do Senado, foram enviados à Secretaria de Educação do Distrito Federal, à Defensoria Pública do DF, ao Ministério Público (MP) do DF e ao MP junto ao TCDF. 

“Medida isolada”

Segundo o diretor do CED, Ronaldo Victor dos Santos, só houve um dia em que alunos foram carimbados — na sexta-feira, 2 de setembro — e que a iniciativa foi tomada seguindo orientação de um professor que alegou falta de tempo para alguns estudantes lancharem por causa de outros alunos que estariam repetindo a merenda. O gestor afirmou que, assim que soube da orientação, determinou a suspensão da prática. 

A Secretaria de Educação do Distrito Federal fez uma apuração do caso, no dia 9 de setembro, e divulgou nota em que o diretor da escola explica o uso do carimbo como “medida isolada para organizar a fila da merenda” na sexta-feira anterior. 

 A secretaria reforçou ainda que “preza por ofertar uma alimentação de excelência para todos os estudantes da rede pública” e informou que, caso a equipe gestora do CED 3 de Planaltina verifique a necessidade do aumento da quantidade de comida, poderá solicitar à pasta.  

*Da Agência Senado

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Com influências indígena, africana e europeia, o carimbó é uma dança típica do nordeste paraense, originada no século XVII com agricultores locais. A mesa de conversa “Das águas doces às salgadas: ancestralidades de carimbós”, presente na 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, abordará os diversos assuntos envolvendo a dança, contando com a presença de grandes nomes do meio: Chico Malta, mestre Griô de tradição oral e do carimbó do Oeste do Pará; Mestre Damasceno, criador do búfalo-bumbá, cantador de carimbó e mestre da cultura popular do Marajó; e Mestra Bigica, fundadora e vocalista do primeiro grupo de carimbó paraense protagonizado por mulheres, o Sereias do Mar.

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O nome do carimbó tem uma variante, o curimbó, e é de origem tupi; “curi” significa pau e “m’bó”, furado. No português, a união dos termos quer dizer “pau que produz som”, referindo-se ao instrumento musical indígena (curimbó). A herança africana está presente no rebolado da dança e no batuque do banjo, enquanto a europeia encontra-se na formação de casais (referência portuguesa) e na presença de flauta, saxofone e clarinete.

Na dança, as mulheres utilizam acessórios no cabelo – flores, especialmente –, pescoço e pulsos, além de saias coloridas e volumosas; já os homens, responsáveis por iniciar a coreografia e convidar as mulheres, vestem-se com calças brancas que, geralmente, estão com a bainha enrolada – costume deixado pelos ancestrais africanos.

Devido à grande popularização, em 2014 a dança foi declarada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Em 2015, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN concedeu ao carimbó o título de Patrimônio Cultural do Brasil; 3 de novembro é declarado como o Dia Estadual do Carimbó.

O mestre em Antropologia Social e técnico em Antropologia na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Pará (IPHAN-PA) Cyro Lins, mediador da mesa, afirma que o reconhecimento dessa expressão cultural pelo Estado brasileiro é importante para o símbolo e para a formação identitária. Junto com esse reconhecimento, diz, vem, também, a obrigação de apoiá-la e fomentá-la.

“O carimbó é uma referência cultural paraense e nacional, em diversos aspectos. É uma referência para os grupos e comunidades que o produzem (compõem, dançam, cantam, tocam), é uma referência da identidade paraense: pede pra um/uma paraense falar de sua cultura, muito dificilmente o carimbó vai ficar de fora”, declara.

Cyro destaca que se sente muito à vontade no universo do carimbó, considerando sua história com o coco de roda – dança de roda e ritmo nordestino – e que é incrível perceber o trabalho realizado para manter as tradições culturais.

Quanto à mesa que estará mediando na Feira do Livro, Cyro ressalta a honra que é a oportunidade de dialogar com mestres e mestras referências da cultura popular paraense. “É realmente muito emocionante estar junto dessas pessoas. Durante muito tempo, nós tomávamos conhecimento dessas pessoas através de terceiros – pesquisadores, folcloristas (que também cumpriram um papel importante) –, mas nada como poder beber diretamente na fonte”, conclui.

Mestre Damasceno, figura importante do carimbó, diz que desde a infância a música esteve presente na sua vida e que, ouvindo outros, se sentiu incentivado. O mestre relembra que sua descendência afro-indígena teve influência na paixão pela dança e que seu pai já cantava o ritmo.

“O carimbó é um ritmo gostoso e que fala na nossa cultura popular. A cultura vem da plantas, das lendas, da nossa alimentação e é o que nós cantamos no carimbó. Estamos cantando o quê? A nossa região, a nossa cultura popular”, afirma.

O cantador de carimbó acredita que o momento na Feira do Livro será de muito sucesso e enriquecedor para a cultura e para os que estarão presentes.

Serviço

25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes.

Mesa de conversa “Das águas doces às salgadas: ancestralidades de carimbós”.

31 de agosto (quinta-feira), às 17h30.

Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia (Av. Doutor Freitas, s/n - Marco, Belém /PA).

Por Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O grupo de manifestações culturais Mayaná, fundado em 11 de novembro de 2005, trabalha intensamente para divulgar a cultura paraense. Idealizado pela professora Suely Alves, na Escola Estadual Eneida de Moraes, no conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua, os artistas têm como base o ritmo tradicional do carimbó.

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Logo no primeiro ano de fundação, o Mayaná se apresentou em Recife, no Festival Nacional da Juventude. Dali em diante, ampliou a participação com pessoas de fora do colégio, com ex-alunos e comunidade em geral.

Atualmente com 11 integrantes, os músicos do Mayaná investem na formação parafolclórica. “A professora Suely já tinha uma raiz na cultura do carimbó, foi dançarina dos grupos parafolclóricos nos municípios de Ananindeua e Belém. Então ela fundou o grupo sem pretensão nenhuma, apenas para mostrar um pouco da cultura do Pará no festival. Só que o grupo foi tomando uma proporção e nós estamos com 16 anos de existência e resistência cultural aqui no município”, disse Geraldinho Roots, integrante do Mayaná há sete anos.

O grupo começou cantando as músicas populares paraense, mas sentiu a necessidade de ter seus trabalhos autorais. “A gente sentia que o grupo precisava de uma identidade. Eu e o poeta começamos a compor e a escrever músicas. Montamos o espetáculo 'Mãe Natureza' com música e dança (parafolclórico) e que já foi apresentado algumas vezes na Estação das Docas, no Teatro Maria Sylvia Nunes”, contou Geraldinho Roots.

Em um dos videoclipes do grupo, a música "Pescador" contou com a inclusão para deficientes auditivos: foi traduzida em libras. A ideia de fazer essa inclusão surgiu após o grupo ter vencido em 2019 o festival de música "Outros Nativos”.

Em julho, o Mayaná participará de dois festivais: na primeira semana, na cidade de Parauapebas, no “Festival Folclórico da Amizade”; no terceiro final de semana, em Salvaterra, no “Festival Marajoara de Cultura Amazônica”.

Conheça o canal do grupo no Youtube.

Por Beatriz Reis, Hanna Tourinho, Ramon Ferreira e Wellen Sousa (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

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O carimbó é um ritmo típico paraense que faz parte da vida e história de milhares de pessoas no Estado e no país. Além de ser tombado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, o carimbó muda a vida de quem o escolhe como carreira. É o caso de Fernanda Anjos, que faz parte de sete grupos de carimbó, sendo cinco como flautista e três como dançarina.

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Fernanda começou a sua trajetória na música aos seis anos de idade, quando se interessou pela flauta doce. Após isso, ela passou a aprender mais sobre o instrumento e fez parte de projetos sociais na Aldeia Amazônica, onde ficou sabendo sobre a seleção para o programa Vale Música. A partir daí, em 2004, ela começou os estudos de musicalização e se apaixonou pela flauta transversal, seu instrumento até hoje.

Para a musicista, o carimbó já abriu diversas oportunidades de viagens, apresentações e premiações dentro e fora do país. “O carimbó já me levou para diversos festivais nacionais e internacionais de folclore. Com o grupo Frutos do Pará eu tive o privilégio de conhecer o maior festival nacional de folclore do Brasil, que é em Olímpia, São Paulo. Também fomos pra festivais como Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, Festival Internacional de Nova Petrópolis, Festival Internacional de Quinta do Sol no Paraná e muitos outros. Já com o Iaçá Luterana eu pude representar o Brasil na Europa, participando do projeto da Kinder Cultura Caravana da UNESCO e UNICEF. Foi uma turnê de três meses passando pela Alemanha, Suíça e França”, informa.

O ritmo paraense é geralmente conduzido e cantado por homens. Fernanda afirma que para ela é uma conquista conseguir abrir espaço para a estética feminina dentro dos grupos musicais por onde passou. “Quando eu comecei a tocar, a presença feminina nos grupos musicais parafolclóricos era bem pequena. Então, a mulher naquela época não tinha um espaço visual estético dentro do musical, ela sempre usava as mesmas roupas que os homens, sem essa diferenciação. Ao longo do tempo eu consegui impor a minha presença feminina estética em todos os grupos por onde eu passei e particularmente eu coloco isso como uma conquista, um marco na minha vida enquanto musicista”, relata.

Apesar dos vários desafios que envolvem o fazer música na Amazônia, Fernanda conta que foi um baque passar do estudo erudito para grupos folclóricos, em que o saber é muito mais na prática. “Foi desafiador, já que na cultura popular os músicos tinham um conhecimento mais empírico. Eu já não usava partitura nas apresentações com os grupos folclóricos como eu usava na orquestra e nas bandas sinfônicas com o maestro. Na cultura popular, os músicos escutam as músicas e depois vão reproduzindo, pegando de ouvido, já é um outro formato. Com o tempo eu fui aprendendo e tendo domínio. Hoje em dia eu toco e danço com vários grupos em Belém”, observa.

Fernanda Anjos ama a cultura popular regional desde bem pequena e tem planos para projetos futuros que incentivem outras pessoas, jovens, crianças ou adultos, a imergir nos ritmos paraenses. “Eu ainda pretendo realizar um recital de flauta transversal com repertório todo da cultura popular.”

Por Ana Lúisa Rodrigues (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

O programa Plurarte desta semana, com apresentação da cantora Sandra Duailibe, entrevista a cantora e compositora Lia Sophia. O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas. Também será exibido no Espaço Universitário da TV Unama, na TV RBA, no sábado de manhã, e no portal LeiaJá. Acesse o Plurarte no Youtube aqui.

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O governo japonês declarou guerra aos carimbos pessoais de tinta hanko que estampam todo tipo de documentos, de recibos de entrega de mercadorias a certidões de casamento, mas sua marca na sociedade será difícil de apagar por completo.

Com o objetivo de acelerar a transição para uma sociedade digital, o novo primeiro-ministro Yoshihide Suga criticou os pequenos carimbos que afetam a adoção do teletrabalho durante a pandemia, ao forçar muitas pessoas a comparecerem aos escritórios para carimbar os documentos.

Takahiro Makino fabrica hanko de alta qualidade, com diminutos caracteres sino-japoneses gravados a mão, e duvida de que seu ofício vai acabar.

"Não precisamos usar coisas que não são mais necessárias, mas um objeto valioso sempre sobreviverá", declarou à AFP o homem de 44 anos.

No passado, os hanko eram usados pela nobreza em toda Ásia. Os carimbos estão presentes no Japão há quase 2.000 anos.

Em sua oficina de Tóquio, Makino começa pintando com tinta preta em um quadrado de madeira o nome da pessoa, ou empresa, que aparecerá no carimbo. Depois, com extremo cuidado, ele usa um buril.

"Embora o mesmo tipo de letra seja utilizado, cada carimbo é diferente, porque cada artesão dá um toque, ajustando às necessidades do cliente", explica.

- Símbolo da idade adulta -

Os carimbos ornamentados como os de Makino custam centenas de dólares. Com frequência, os pais presenteiam os filhos quando atingem a maioridade.

Há versões mais baratas à venda em diversas lojas para o uso diário.

O ex-ministro da Defesa Taro Kono, responsável desde setembro pela reforma administrativa do Japão, lidera a campanha antihanko.

Ele é contrário ao uso sistemático da peça nos ministérios. Como exemplo, cita um documento que precisou dos carimbos de mais de 40 pessoas para validar uma decisão.

Os apelos do governo contra a burocracia parecem dar frutos: a agência nacional de polícia anunciou que acabará com a exigência do hanko a partir do próximo ano.

O conglomerado industrial Hitachi também aderiu e pretende proibir os carimbos em documentos internos até março de 2022.

Mas a batalha cultural pode ser longa. "Uma vez pediram que eu colocasse meu carimbo em um papel, que o escaneasse e enviasse por e-mail", conta Sayuri Wataya, 55 anos, funcionário de uma editora.

- Responsabilidade individual -

A rigidez e a complexidade da hierarquia, onipresente nas empresas japonesas, também pode frear a transição digital, considera Takayuki Watanabe, do Instituto de Pesquisas do Japão.

"Com frequência, você precisa do carimbo do seu superior, depois do chefe da equipe, do chefe da seção e do chefe do departamento para validar apenas um documento", enumera.

Pela norma, a pessoa de maior hierarquia coloca seu carimbo à esquerda, e os de seus subordinados ficam inclinados, como se estivessem curvados diante do superior.

O acúmulo de tinta simboliza que a decisão foi tomada de forma coletiva, "porque todos querem estar no mesmo barco em caso de problema', explica o contador Tetsuya Katayama.

"No Japão, ninguém quer assumir a responsabilidade sozinho", recorda.

Watanabe considera que a campanha antihanko do governo será eficaz apenas se mudar a mentalidade e a forma de aprovar as decisões, se o país avançar para uma responsabilidade individual maior.

Em caso contrário, mesmo que as empresas digitalizem a burocracia, poderiam substituir o hanko "pela obrigação de ter que apertar um botão muitas vezes", adverte Watanabe.

Paradoxalmente, Keiichi Fukushima, alto funcionário da associação de fabricantes de hanko, não considera ruim o projeto do governo.

Reduzir o uso do hanko poderia devolver a estes carimbos a importância que já tiveram um dia, quando eram utilizados apenas em ocasiões especiais, alega Fukushima.

"Seria uma boa oportunidade de mostrar até que ponto o costume do hanko é importante", explicou.

Em homenagem ao aniversário de Pelé, comemorado nesta sexta-feira, uma parceria um tanto inusitada foi elaborada. Os Correios e o Santos se juntaram para lançar um selo personalizado e um carimbo comemorativo para celebrar os 80 anos do "Rei do Futebol".

Os selos serão disponibilizados nas agências dos Correios por 30 dias, ou seja, até o dia 23 de novembro. Interessados terão que desembolsar R$ 47,80 para obter uma cartela com 12 adesivos. Nesse mesmo período, o carimbo comemorativo permanecerá exclusivamente na Agência de Correios Santos.

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Após os 30 dias, no entanto, ele será deslocado para Agência de Correios Central de São Paulo, localizada no Vale do Anhagabaú, e ficará por lá, também de forma exclusiva, durante um mês. Ao término deste período, o carimbo será deslocado para o Museu dos Correios, em Brasília.

O lançamento dos itens está ligado à abertura da 25ª Exposição Filatélica de Santos, a SANPEX. Nesse contexto, o Memorial das Conquistas do Santos contará com uma exposição de 800 selos nacionais e internacionais relacionados a Pelé. Eles também ficarão expostos até 23 de novembro.

Como já está sendo amplamente divulgado, lavar as mãos é importante para ajudar a prevenir a contaminação pelo coronavírus. No entanto, muitas pessoas não têm o hábito de lavar as mãos com frequência. Uma professora Hallsville (Missouri, Estados Unidos) desenvolveu um método para incentivar a lavagem das mãos por parte de seus alunos: carimbá-los.  

Diariamente, Shauna Woods marca a mão de cada estudante com um carimbo que tem seu nome, que sai aos poucos conforme os alunos lavam as mãos. Ao final das aulas, os estudantes que demonstrarem que estão cumprindo corretamente as orientações de higiene recebem um prêmio. 

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“Estamos fazendo o nosso melhor para manter os germes longe”, afirmou a professora no Facebook. Também tem lenço umedecido e gel para higiene na sala de aula. A postagem viralizou, agradou muitos pais e professores que pretendem implementar a iniciativa em outras turmas. 

A professora Shauna Woods/Reprodução Facebook

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O programa Som Pará, da TV UNAMA, apresenta nesta edição a cantora paraense Inesita. Conhecida por misturar os ritmos MPB e carimbó, a artista falou sobre o início da carreira e seus sucessos.

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Inesita entrou no mundo da música aos 11 anos, quando começou a cursar aulas de piano na Universidade Federal do Pará (UFPA). "Percebi minha paixão pela música quando entendi que o som é uma linguagem e com ela eu poderia me expressar. Sempre gostei, desde criança, de observar músicos, imitá-los, e de ver como acontece a interação deles com as pessoas", recordou a cantora.

A artista trabalha com música desde 2009, quando gravou seu primeiro projeto autoral, chamado "O Meio do Mundo". Em 2015, Inesita participou do Festival Sonido e em 2017 do Festival Se Rasgum, ambos paraenses.

Segundo a artista, a apresentação no programa foi uma experiência incrível. "Adorei me apresentar no Som Pará. Me senti super à vontade e conheci profissionais atenciosos e responsáveis. É um programa necessário para a música autoral de Belém. Feliz em ter participado", concluiu a cantora, que é formada em Educação Artística com habilitação em Música.

O programa Som Pará, da TV UNAMA, abre espaço para que os artistas e bandas paraenses possam divulgar seus trabalhos para o público. As gravações são ao vivo, nos estúdios da TV UNAMA ou em uma área externa do campus Alcindo Cacela, em Belém. A primeira temporada, com 38 programas, está disponível no canal do Youtube do LeiaJá. Esta é a segunda temporada, que vai ao ar às quintas e sextas-feiras, sempre às 19 horas.

Viralizou nas redes sociais um vídeo no qual aparece uma pessoa carimbando o desenho do rosto do ex-presidente Lula em notas de dinheiro. O carimbo é complementado com a frase "Lula Livre". O apoiador destaca nas imagens que não é cobrado nenhum valor para "customizar" as cédulas. 

O boato surgido, após a divulgação do vídeo, foi de que as notas carimbadas perderiam a validade. Em Curitiba, teve comerciante que chegou a fixar placa mostrando o repúdio à iniciativa. "Neste comércio não aceitamos cédulas com o carimbo Lula Livre", diz o texto colocado no estabelecimento. 

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Por meio de nota, o Banco Central negou afirmando que "cédulas com rabiscos, símbolos ou quaisquer marcas estranhas continuam com valor e podem ser trocadas ou depositadas na rede bancária". 

O BC ainda ressaltou que incentiva as cédulas que são preservadas e que as descaracterizadas são recolhidas para destruição. "Afinal, a fabricação de cédulas e moedas gera custos para o país e sua reposição elevará ainda mais esse custo", ressalta outra parte da nota. Quem quiser também pode trocar as cédulas recebidas com o carimbo em uma agência bancária. 

 

Partidos e pré-candidatos à corrida presidencial criaram "carimbos" de fake news para classificar o que chamam de notícias falsas ou ataques pessoais. Os nomes mais cotados para a disputa eleitoral já têm em seus respectivos sites ou páginas do Facebook seções para desmentidos. Nem sempre, porém, o foco é exclusivamente informações comprovadamente falsas.

No site do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, há uma seção chamada "Desmentindo Falácias". Ela tem sido usada pelo staff do candidato para rebater ou contestar informações, como a de que o deputado teria recebido R$ 200 mil em doações da Friboi, na campanha de 2014.

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O texto do desmentido no site de Bolsonaro é esse: "Na campanha eleitoral de 2014, o Partido Progressista, deliberadamente e sem meu consentimento, depositou o valor de R$ 200.00,00 em minha conta eleitoral, a título de repasse de doação feita pela JBS - S/A (Friboi) ao Diretório Nacional. Infelizmente, por má-fé de alguns ou desconhecimento, apenas parte da prestação de contas disponível no site do TSE tem sido exposta com o claro intuito de comprometer minha conduta". A assessoria do deputado foi procurada, mas não se manifestou.

Embora tendo a condenação confirmada pelo Tribunal Regional da 4.ª Região (TRF-4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda aparece em primeiro lugar nos levantamentos sobre a intenção de votos do eleitor. Na página do Instituto Lula, existe uma seção para desmentir mitos como aquele que diz que Lula teria aparecido na capa da revista Forbes como o homem mais rico do Brasil ou o boato de que ele já estivesse morto. Sobre fake news e a campanha petista, a assessoria de imprensa do ex-presidente apenas afirmou que "ele (Lula) já entrou com ações no passado contra fake news".

O site do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também tem um espaço chamado "Anti-fake News". "A seção tem como objetivo desmentir, com fatos, o que é publicado de mentiroso nas redes", afirmou um dos responsáveis pelo site, Daniel Sampaio. "É um tema bastante complexo. Às vezes, o desmentido pode dar mais visibilidade para uma mentira. Então, avaliamos caso a caso se é realmente necessário desmentir. Se é uma fake news que só circula em um nicho muito de direita ou muito de esquerda, na maioria das vezes, não interferimos."

'Acordo'

Na campanha de 2014, a hoje pré-candidata Marina Silva (Rede) já tinha um espaço exclusivo para rebater o que na época ela chamava de boatos, já que o termo fake news ainda não estava em voga. "Usaram muita fake news contra a Marina em 2104. Claro, estamos nos preparando para esse tipo de ação também, mas estamos propondo um acordo entre os partidos, um acordo para uma campanha limpa e sem a utilização desse tipo de artifício. O nosso compromisso tem que ser com a verdade", disse um dos coordenadores da Rede, Zé Gustavo. Assim como outros partidos, a Rede deve ter uma equipe para identificar e denunciar notícias que considerem falsas ou difamatórias.

Pré-candidata pelo PCdoB, Manuela D'Ávila tem publicado vídeos como o "desfazendo algumas mentiras que rolam na internet". Para Marcelo Branco, ex-diretor-geral do Campus Party Brasil e ligado à futura campanha de Manuela, o desafio é combater a fake news como um mal comum, um mal que afetaria o próprio funcionamento da democracia. "O desafio também é o de fazer esse combate sem ameaçar a liberdade de expressão."

A avaliação do coordenador do Movimento Transparência Partidária, Marcelo Issa, vai na mesma linha. "Os partidos e a sociedade precisam combater as noticias falsas para que não se altere o próprio jogo democrático."

Para o editor do site Boatos. org - página especializada em checar notícias que são divulgadas por meio de redes sociais e WhatsApp -, o jornalista Edgard Matsuki, as eleições de 2018 já vão contar com a expertise do pleito anterior - onde, segundo ele, havia muita fake news circulando. "Estamos mais preparados para identificar e desmentir essas histórias com rapidez e sem margem para dúvida", disse. "As pessoas precisam ler com olhos críticos e sempre se perguntar se a fonte daquela informação é confiável." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Conhecida como a Diva do Carimbó chamegado, a cantora Dona Onete, aos seus 77 anos, está no auge da sua carreira com sucessos que estão conquistando o Brasil e até mesmo o mundo. Nascida em Cachoeira do Arari, no Marajó, Ionete Gama (Dona Onete) foi professora de História, secretária municipal de Cultura e ainda fundou as de dança e música regionais. Logo no começo de sua carreira, nos anos 2000, Onete fez parte do Coletivo Rádio Cipó. Atualmente, em carreira solo, a cantora procura suas inspirações em temas regionais, que fazem parte do seu cotidiano.

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Na XXI edição da Feira Pan-amazônica do Livro, em belém, Dona Onete esteve presente em um bate-papo sobre poesia e falou com exclusividade para o Leiaja sobre sua trajetória como professora, antes da fama e sobre o recente sucesso. Confira a entrevista no vídeo acima.

Com apoio Leonardo Nunes, Leandro Scantlebury e Biatriz Mendes.

 

Uma das iniciativas em prol da divulgação do centenário do Mestre Verequete foi o lançamento do documentário especial “Centenário Mestre Verequete”, da TV Cultura. O programa, gravado no Espaço Cultural Coisas de Negro, em Icoaraci, reúne vários artistas interpretando a obra desse grande mestre da cultura popular. Verequete faria 100 anos em 2016.

Grupo Quaderna, Nazaré Pereira, Olivar Barreto, Lúcio Mouzinho, Thaís Ribeiro, Pedrinho Callado e Grupo Uirapuru, que acompanhou o mestre, participam do projeto, pensado inicialmente para o formato de rádio, mas que acabou se expandido para a TV. “Bati um longo papo com a família de Verequete e fiquei sabendo da força do trabalho dele dentro de um período em que o carimbó foi oficialmente proibido em Belém, entre as décadas de 1930 e 1940. Soube da devoção por São Benedito, dentro do catolicismo fervoroso, que não o impedia de acreditar em lendas como Matinta Perera, Curupira e Sereia, esta presente em músicas dele, e também de adotar para si o nome de uma entidade de umbanda. Também soube do seu gosto por café e do interesse em incentivar manifestações populares”, explica o diretor do programa, Guaracy Britto Jr.

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Para dar ao programa o formato de “docsong”, ou documentário musical, o diretor escalou um personagem que revela ao público todas essas particularidades da vida e da obra de Verequete. O apresentador do programa é interpretado pelo ator Carlos Vera Cruz. As gravações em estúdio, com direção de fotografia de Aladim Jr., e do show, com direção de fotografia de André Mardock, foram trabalhosas e exigiram um roteiro cuidadoso, intercalando músicas e seis curtos depoimentos.

“É tudo muito enxuto, sintético, mas carregado de emoção. Abrimos mão de imagens de arquivo, pois acreditamos na força imagética das letras do Verequete, que fala de fazeres e personagens típicos da nossa região. Chamo de docsong este trabalho porque, através das músicas é que entramos em contato com o universo no qual Verequete se nutria para ser o mestre do carimbo que foi”, explica Guaracy.

O Grupo Quaderna, de Allan Carvalho e Cincinato Jr., interpreta as músicas “Verequete da Coluna” e “O Galo Cantou”. O cantor Olivar Barreto, “Menina do Canapijó” e “Pescador”. Pedrinho Callado, “O Carimbó Não Morreu” e “Morena”. A cantora Thaís Ribeiro empresta sua voz para “Limoeiro” e “Sereia”, enquanto Lúcio Mousinho relembra “Farinha de Tapioca” e “Passarinho do Mar”. Nazaré Pereira traz de volta “Xô, Peru e “Chama Verequete”.

Para Pedrinho Callado, o carimbó é a grande matriz da música paraense. As releituras, no entanto, não se restringem ao ritmo imortalizado por Verequete. “Temos cúmbia, lambada, carimbó elétrico, mas o carimbó de raiz está na base do projeto. É uma revitalização da obra, sem perder a essência”, diz ele, que assina a produção musical do projeto e toca vários instrumentos, ao lado do contrabaixista Príamo Brandão e dos percussionistas Rafael Barros, Franklin Furtado e JP Cavalcante.

Com informações de Márcia Carvalho, da TV Cultura.

Abaixo, ouça depoimentos sobre a importância do carimbó em reportagem de Nayara Santos para a Rádio Unama FM 105.5.

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Com roupas floridas de chita, babados de renda, em meio a um balanço incomum pra frente e pra trás, seguidos de giros. É dessa forma que muitas meninas nascem, crescem e se encantam com os movimentos e batuques do carimbó, ritmo oficializado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, no final de 2014. Um desses exemplos é a dançarina Nannayra Montoril, que sempre acompanhou o pai, o cantor Márcio Montoril, por meio das apresentações de música regional paraense.

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Mas a moça só se viu realizada na profissão após pisar nos palcos do mundo por meio do grupo Ballet Folclórico Amazônia Brazil. O convite à bailarina para integrar a companhia partiu do coreógrafo e diretor artístico Valter Viégas. A partir de então, ela estava destinada a fazer parte de uma turnê na França, que durante 45 dias esteve em Paris e em cerca de 20 cidades francesas. Mesmo com a morte do diretor do Amazônia Brazil durante a viagem, o grupo continuou as apresentações sob comando da esposa de Valter, a bailarina e coreógrafa Cecília Rodrigues.

Por mais que o grupo dançasse outros ritmos presente do nosso Estado, como o lundu, a cumbia e a lambada, o carimbó era o carro-chefe das atrações. "O público realmente gostava. Não sei se era por causa das roupas que chamavam bastante atenção ou pela música. Só sei que no final da dança quando as cortinas se fechavam eram muitos aplausos e euforia por parte do público. Era muito legal ver isso", disse Nannayra Montoril, relembrando os momentos.

Como o grupo não tem patrocínio, o Ballet Folclórico Amazônia Brazil disputa alguns licenciamentos culturais para arcar com as viagens e o figurino. Mas com os cortes no orçamento e investimento de projetos culturais por parte do Governo Federal tem sido muito mais complicado divulgar a arte fora do Estado. Segundo a atual coordenadora da companhia Amazônia Brazil, Cecília Rodrigues, o grupo tem se mantido por convites e eventos privados. "Sempre quando nos convidam para fora do Brasil tem que ser com contrato fechado. Passagens de ida e volta com data marcada, hospedagens e alimentação por conta do contratante. Muitas vezes não tem cachê, mas tendo as outras coisas citadas, acima tudo dá certo", complementou.

Mesmo com as várias limitações financeiras e estruturais para ensaios, o sonho do casal Valter Viégas e Cecília Rodrigues concretiza-se pelo reconhecimento da identidade amazônica nacionalmente e internacionalmente. Cecília diz que a arte se faz necessária para estimular à sociedade a se redescobrir de forma criativa, mesmo que os impactos globalização possam enfraquecer a autoimagem, a autoestima e os valores identitários das populações. Por isso a criação de coreografias com personagens indígenas, danças latinas e de batucadas.

Além da Europa, eles já passaram por várias cidades do Chile e pelo Rio de Janeiro. Atualmente, o Ballet Folclórico Amazônia Brazil é composto por dez músicos profissionais, 12 dançarinos - com experiências Internacionais - três coordenadores, um diretor artístico e um coreógrafo com quase dois mil shows apresentados no exterior. Os ensaios acontecem em um centro de dança que fica localizado na avenida Nazaré entre Benjamim e Rui Barbosa.

É garantido por lei, desde o dia 22 de julho de 2014, dentro da Política Nacional de Cultura Viva, estimular a educação cultural - por meio do respeito e da valorização- visando promover o acesso aos meios de produção e difusão cultural. É necessário também dispondo de meios e insumos necessários para produzir, registrar, gerir e difundir iniciativas culturais.

Segundo a coordenadora Ballet Folclórico Amazônia Brazil, o grupo propõe exatamente isso, o valor de seguir com novas alegrias por meio da arte para divulgar mais ainda a nossa raiz fora do estado.  "O sonho de Valter nunca foi só dele. Foi de tantas outras pessoas, que com a benção de Deus, caminhamos de mãos dadas nas lutas e nas vitórias".  

Consulte na íntegra à Lei de Política Nacional de Cultura Viva. 

Abaixo, veja um vídeo com apresentação do Ballet Folclórico Amazônia Brazil.

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Por Rayanne Bulhões.

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Aurino Quirino Gonçalves é conhecido pelo talento para se expressar. Há anos ele valoriza a cultura paraense com muita música. Afinal, “é disso que o povo gosta, é isso que o povo quer”, como esse artista paraense costuma se referir em seu programa de rádio. Quem conhece o nome até pode estranhar e se perguntar: será que esse Aurino Quirino é o rei do carimbó?. O Pinduca? O Pinduca tem programa de rádio e eu não sabia? Não, não é Vossa Majestade. De fato, o homem do chapéu colorido continua com seus sucessos tocados em emissoras AM e FM. O personagem aqui trata-se de Aurino Gonçalves Filho, o Pindukinha. “É com ‘k’ mesmo para ficar com estilo”, diz o radialista às gargalhadas. O que é fácil na vida dele: sorrir. “Sou de bem com a vida”, resume.

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Pindukinha é filho mais velho do rei do carimbó. Ele já acompanhou quase toda a trajetória do pai desde quando, nos anos 60, decidiu apostar no ritmo que chegou a ser proibido pelo Código de Postura de Belém, cidade onde o músico e a família passaram a morar enquanto o artista, natural de Igarapé-Miri, interior do Pará, alimentava o sonho de ser cantor. O que se realizou, mas teve percalços: “Meu pai foi vaiado. Lembro de quando falavam mal dele na vizinhança, mas ele apostava nesta música que ele ouvia e dançava desde a infância. Eu, minha mãe e meus irmãos gostávamos das roupas coloridas dele e até brincávamos de roda de carimbó nas reuniões em nossa casa”, recorda.

Desde a adolescência, Pindukinha passou a acompanhar o pai em rodas de carimbó. “Como dançarino ou músico pude acompanhar meu pai gravando o primeiro LP, ‘Carimbó e Sirimbó do Pinduca’. Foi quando ele se tornou conhecido e a música dele passou a ser mais aceita no início dos anos 70”, afirma.

O bairro do Guamá, na capital paraense, onde Pindukinha e família residem até hoje, passava a respirar o carimbó dançante, influenciado pelos ritmos latinos, com vocais rasgados e guitarra elétrica. “E foi assim que vi meu pai influenciar ao cantores paraenses modernos. Da lambada, o tecnobrega, calypso, com suas guitarras, têm a influência da forma que tocamos o carimbó. Fizemos a junção de uma música regional com a guitarra elétrica”, conta.

A sonoridade regionalista de Pinduca já se tornou tese de doutorado até no Rio Grande do Sul. O trabalho atenta para os anos 70, quando a música se manteve fora do olhares da censura na Ditadura Militar. Além disso, o tino comercial tornou o som mais atrativo para o mercado. “Foi quando nossa vida começou a melhorar. Começamos a contratar dançarinos e montar uma estrutura de palco para as apresentações”, reconhece o filho admirador do pai. “Esta modernidade foi determinante no sucesso de meu pai. Além disto, a escolha de temas do dia a dia também reforçou esta aceitação popular, até hoje, como ‘Bicho Papão’ sobre o Paysandu e a ‘Marcha do Vestibular’, sem contar outros sucessos.”

Por Toni Gonçalves Carapirá.

“No despertar do vento verequete anunciou. Maré faceira na areia, com o olhar da sereia encadeou.” Neste trecho da canção “Aos mestres”, criada pela banda Cactos ao Luar, fica nítida a referência musical a um grande personagem paraense: Augusto Gomes Rodrigues, o mestre Verequete, que é homenageado em 2016 pelos cem anos de história na cultura regional.

A banda Cactos ao Luar é mais um grupo musical que tem como principal inspiração em suas melodias o mestre Verequete. Cleiderson Freire, percussionista da banda, afirma que as composições têm nas suas raízes o carimbó deste ícone. “Eu cheguei a conhecê-lo em seus últimos anos de vida através de um cortejo em homenagem ao seu aniversário. Ele já estava bem idoso e debilitado, mas mesmo assim cantava e passava a sua energia para todos os presentes”, diz Cleiderson.

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Os músicos do grupo se reúnem em um casarão histórico de Belém para cantar e mostrar um novo estilo de carimbó influenciado pelo antigo mestre. Bruno Barros, vocalista da banda, enxerga como principal contribuição cultural a tradição que Verequete passava em suas criações. “Nas nossas músicas eu canto sobre contos, magia, a floresta e misturo com coisas do cotidiano, é a nossa maneira contemporânea de pegar o tradicional carimbó e brincar com ele de diversas formas”, afirma o cantor de 38 anos.

A palavra “verequete” possui origem afrodescendente e tem relação direta com uma figura encantada da religião do Candomblé. O mestre, por ter grande aproximação com a afroreligiosidade, adotou esse personagem como seu próprio nome artístico. Para Alexandre Nogueira, professor de história e também percussionista da Cactos ao Luar, isso configura um caráter histórico na vida deste cantor, aumentando ainda mais a sua importância na construção cultural do Pará.

Alexandre conta que a canção “Chama Verequete” é a mais emblemática do cantor, pois, consegue emocionar todas as pessoas que a escutam. “Ela mexe comigo porque parece que estamos evocando o próprio mestre entre nós, e agora, após sua morte, essa canção se torna mais forte, quase como se o espírito dele viesse fazer parte da roda de carimbo.”

Ainda segundo o historiador, relembrar o Verequete em seu centenário é também mostrar que preservar o carimbó como patrimônio cultural é importante, uma vez que o ritmo ainda recebe pouco apoio e investimentos financeiros. “O carimbó sempre teve um caráter de resistência; hoje a resistência é sentida na falta de incentivo musical. Nossos mestres que impulsionaram a raiz desse ritmo são pouco lembrados e hoje nós ainda possuímos pouca para o desenvolvimento de novas produções.”

Por Bruno Menezes.

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“Rei do Carimbó”. Assim é conhecido Augusto Gomes Rodrigues, o mestre Verequete. Nascido no dia 16 de agosto de 1916, em Quatipuru, nordeste do Pará, Verequete foi um dos responsáveis pela popularização e difusão do carimbó no Estado. Foi através das composições feitas pelo mestre que o ritmo e a dança paraense ganharam destaque nacional nas décadas de 1970 e 1980. O carimbó se tornou Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O registro foi aprovado por unanimidade no dia 11 de setembro de 2014, em Brasília, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Músicos tradicionais paraenses celebram o centenário de nascimento de Verequete neste ano de 2016. O mestre morreu no dia 3 de novembro de 2009. De acordo com o historiador Antônio Costa, Verequete iniciou a carreira ainda jovem, quando morava em Icoaraci, distrito de Belém. “Foi através do envolvimento com bois-bumbás e festas populares de quadra junina que tudo começou. E por volta de 1960 Verequete se dedicou quase exclusivamente ao carimbó”, contou Antônio.

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Tendo suas composições inspiradas principalmente no cotidiano e em seu universo, mestre Verequete usava elementos da Umbanda para compor suas músicas, principalmente com inclusão de tambores da religião afro. “As letras de Verequete eram inspiradas em comunidades locais, como as ribeirinhas, praianas e interioranas. Ele falava de relações amorosas. Verequete gostava de transformar a vida em canção”, disse Antônio.

De acordo com o historiador, Verequete dedicou sua trajetória na composição do carimbó tradicional, chamados de “carimbó pau e corda” e “carimbó de raiz”. Grande divulgador do ritmo paraense, Verequete compôs cerca de 200 músicas, além de lançar dez discos e quatro CDs. Ente os sucessos do mestre estão as canções: “O carimbó não morreu”, “Chama Verequete”, “Morena penteia o cabelo” e “Xô, peru”.

Canção “Chama Verequete” - O historiador Antônio Costa explica que a canção “Chama Verequete” não é de autoria do mestre, mas uma reinterpretação feita por Verequete, através de instrumentos do carimbó. Segundo Costa, Verequete ouviu a música pela primeira vez em um batuque, cantada por um pai de santo. “Apesar da música não ter sido escrita por ele, todo mundo conhece na sua voz, e lembra sempre do mestre Verequete”, explicou.

Além de ficar famosa na voz do mestre, a canção "Chama Verequete" também foi transformada em um curta-metragem, em 2002, que conta a trajetória de Verequete. O curta-metragem foi dirigido por Luiz Arnaldo Campos e Rogério José Parreira.

Verequete morreu aos 93 anos, três anos depois de ter recebido o título de Comendador da Ordem do Mérito Cultural, concedido pelo Ministério da Cultura, mas seu legado permanece vivo, e ainda inspira mestres e grupos de carimbó.

Ouça agora a música Chama Verequete:

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Por Karina Reis.


Os fãs que estavam ansiosos para conhecer, falar e conseguir uma dedicatória de Caio Castro, durante a sessão de autógrafos, foram surpreendidos com um carimbo. Isso mesmo, para substituir a tradicional prática dos lançamentos de livros, a organização do evento estava preparada para ‘assinar’ todas as obras.

Mesmo indicando uma mensagem de carinho - ‘Com amor Caio Castro’ -, o carimbo não agradou quem estava aguardando uma assinatura do ator. Para a estudantes Alice Apolinário, a ideia não foi positiva. “Cheguei aqui bem cedo para garantir tudo, como conhecer, falar com ele e principalmente receber uma dedicatória personalizada e quando chega o momento recebemos esse carimbo. Não gostei”, reclamou.

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Com o livro em mãos e a insatisfação estampada no rosto, a estudante Letícia Karoline Firmino falou que compreendia a ação, mas gostaria que fosse diferente. “Sei que ele está viajando muito e autografando milhares de livros, mas aqui tem pouca gente, estou com a esperança que ele também faça uma dedicatória para mim, caso contrário, perde a essência de tarde de autógrafos”, falou.

Quanto às reclamações das fãs, Caio Castro relatou que não tinha conhecimento do carimbo. Segundo o ator, em todas as sessões ele faz o possível para atender a todos. "Sinceramente, não sei que carimbo é esse. Normalmente converso com todos e estou disponível para tirar fotos e inclusive autografar", explicou.

No fim, o público esqueceu todas as reclamações quando Caio Castro apareceu. Com simpatia, o ator recebeu o público com carinho, abraços calorosos e conversa solta, o que fez elas esquecerem do carimbo e saíssem emocionadas. O lançamento do livro ‘É por aqui que vou pra lá’ aconteceu na praça de eventos do Shopping Recife, nesta quarta-feira (28).

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