Causador de frustração para a CBF, que o queria como treinador da seleção brasileira, Carlo Ancelotti está bastante satisfeito com a decisão de ter ampliado seu vínculo com o Real Madrid até junho de 2026. As primeiras palavras dele após a assinatura do novo contrato foram em tom de êxtase e celebração, direcionadas ao elenco e à torcida com a qual construiu uma relação das mais sólidas em meio às muitas conquistas alcançadas como condutor do esquadrão merengue.
"É um dia muito feliz. Estou muito feliz por continuar sonhando neste clube, com esses torcedores e esses jogadores. É um dia que tenho que marcar no calendário porque é um dia feliz", disse o treinador italiano em entrevista à Real Madrid TV. "Renovei porque a equipe teve sucesso nos últimos anos e este ano também está tendo sucesso", completou.
##RECOMENDA##Não foi apenas o sucesso que o convenceu a ficar. Durante a entrevista, Ancelotti destacou também o ambiente do clube e o quanto se sente à vontade lá dentro, cenário que atribuí, principalmente, aos esforços do presidente Florentino Pérez e à postura dos jogadores no dia a dia.
"O Real Madrid é, acima de tudo, uma família para mim. O ambiente que este clube gera à sua volta é muito familiar, a começar pelo presidente. Cada um de nós traz à tona o que há de melhor porque trabalhamos em ambiente familiar", afirmou. "Obviamente agradeço ao clube pela renovação, mas também aos jogadores, que mostram uma atitude extraordinária", completou.
Florentino Pérez, aliás, esteve no treinamento do Real neste sábado, um dia depois do anúncio da renovação de Ancelotti. Durante a visita, distribuiu abraços a todo o elenco e também ao treinador, a quem parabenizou e agradeceu pela decisão de dar sequência ao trabalho vitorioso construído em Madri.
Caso a renovação não tivesse saído, a principal opção para o técnico italiano seria a seleção brasileira. A CBF esperava assinar um pré-contrato com ele em janeiro, quando restariam seis meses para o fim do vínculo anterior com o Real Madrid. Até por isso, o atual treinador do Brasil, Fernando Diniz, tem contrato apenas até junho de 2024. Ednaldo Rodrigues, presidente afastado da CBF, chegou a garantir que Ancelotti seria o novo comandante da seleção. No último dia 7, Rodrigues foi destituído por causa de irregularidades apontadas em sua eleição, em 2022, situação que forçou a convocação de uma nova escolha de presidente da entidade, ainda sem data marcada, mas prevista para janeiro.