Tópicos | Caso Thiago Faria

O réu José Maria Domingos Cavalcante foi condenado pelo homicídio do promotor Thiago Faria na noite da quarta-feira (14). O júri, entretanto, absolveu José Maria pela tentativa de homicídio contra Mysheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor na época do crime, e Adautivo Elias Martins, tio de Mysheva.

Ao todo, o acusado foi condenado a 19 anos de prisão em regime inicial fechado. Como ele já havia cumprido dois anos e 11 dias, resta 16 anos, 11 meses e 19 dias de pena.

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O julgamento de José Maria Domingos Cavalcante durou três dias. No primeiro dia, houve a ouvida de Mysheva e de duas testemunhas arroladas pela acusação, o delegado da Polícia Federal Alexandre Alves e a tia de Mysheva, Cláudia Tenório.

Na terça-feira (13), cinco testemunhas arroladas pela defesa foram ouvidas. Na ocasião, o perito criminal da Polícia Federal Carlos Eduardo Palhares Machado também prestou esclarecimentos técnicos. Por fim, o acusado foi interrogado.

Durante o último dia de julgamento, os membros da acusação e da defesa realizaram os debates e, em seguida, houve a leitura da sentença. 

Histórico - Outros três réus foram julgados em outubro deste ano. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como mandante do crime, recebeu pena de 50 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Marisvaldo Vítor da Silva foi condenado a 40 anos e oito meses de prisão em regime fechado, já Adeildo Ferreira dos Santos foi absolvido. Um quinto indiciado, Antônio Cavalcanti, encontra-se foragido.

Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, saindo do município de Águas Belas rumo a Itaíba, no Agreste de Pernambuco. As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).

A Polícia Federal (PF) concluiu que a disputa por terra foi o principal motivo do crime. O réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014, foi apontado como o mandante.

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A partir da próxima segunda-feira (12) tem início o julgamento de José Maria Domingos Cavalcante, o quarto acusado de assassinar o promotor Thiago Faria. O júri popular acontecerá no edifício-sede da Justiça Federal, no bairro do Jiquiá, Zona Oeste do Recife, a partir das 9h.

Em outubro, houve o julgamento dos outros três réus. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, acusado de ser o mandante da morte do promotor foi condenado a 50 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Marisvaldo Vítor da Silva recebeu a sentença de 40 anos e oito meses de prisão em regime fechado. O réu Adeildo Ferreira dos Santos foi absolvido.

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Cavalcante responde por homicídio doloso e pela tentativa de homicídio contra Mysheva Freire Ferrão Martins, viúva de Thiago Faria, e Adautivo Elias Martins, tio de Mysheva. O acusado seria julgado junto com os demais réus em outubro, mas seu advogado não compareceu ao primeiro dia da sessão e o Juízo da 36ª Vara Federal determinou o desmembramento do julgamento.

O caso – Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, saindo do município de Águas Belas rumo a Itaíba, no Agreste de Pernambuco. As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).

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O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, acusado de ser o mandante da morte do promotor Thiago Faria, foi condenado a 50 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. O réu José Marisvaldo Vítor da Silva recebeu a sentença de 40 anos e oito meses de prisão em regime fechado. Já o réu Adeildo Ferreira dos Santos foi absolvido.

O julgamento da morte do promotor começou na segunda-feira (24). O último dia do júri teve início na manhã da quinta-feira (27) e só foi encerrado por volta das 4h desta sexta (28).

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Os dois réus foram condenados pela prática de homicídio duplamente qualificado contra Thiago Faria. Para o irmão da vítima, Daniel Faria, a Justiça foi feita. "As provas demonstraram a culpa dos réus e agora meu irmão Thiago vai poder descansar em paz. Ainda há um acusado foragido e outro para ser julgado em dezembro, e queremos que todos os responsáveis por esse crime covarde paguem pelo que fizeram", contou.

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O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Carlos Guerra de Holanda, também avaliou o resultado como positivo. "Com essas condenações, passamos um recado para a sociedade pernambucana, que aguardava com muita ansiedade esse momento, que serve de exemplo contra a impunidade", disse.

Último dia - Os debates entre defesa e acusação marcaram o último dia de julgamento. Segundo o MPPE, a acusação enfocou a aparente contradição no fato de José Maria Pedro Rosendo Barbosa ter uma longa lista de crimes, mas nunca ter sido condenado. "As pessoas têm receio de condenar uma pessoa como ele, porque em vez de esperar uma resposta da Justiça, José Maria Rosendo quer resolver suas pendências no grito da pistola", acusou o procurador da República Bruno Magalhães.

A acusação também reforçou que a desavença entre as famílias do fazendeiro e da companheira de Thiago Faria, Mysheva Martins, surgiu com o ajuizamento, em agosto de 2013, de uma ação de remoção de inventariante. Caso fosse aceita, a ação substituiria o cunhado do réu, Carlos Ubirajara, da condição de inventariante da Fazenda Nova pelo pai de Mysheva, Lourival Martins.

O advogado de defesa João Olympio de Mendonça chegou a pedir aos jurados que examinassem os dois lados da história. Ele apontava que a investigação do crime criou apenas provas indiretas. O advogado de José Marisvaldo, Anderson Flexa, afirmou que os jurados deveriam condenar os réus com base em certezas e, caso fosse insuficiente o que constava nos autos, tinham a obrigação de inocentá-los. 

O caso – Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, saindo do município de Águas Belas para Itaíba, no Agreste de Pernambuco As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).

A Polícia Federal (PF) concluiu que a disputa por terra foi o principal motivo do crime. O réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014, foi apontado como o mandante.

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O julgamento da morte do promotor Thiago Faria chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira (26). No decorrer de hoje, todos os três réus devem ser ouvidos. Cada interrogatório é feito separadamente, impedindo que um réu ouça o outro.

A sessão começou com a ouvida do fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como mandante do crime. Além deles, devem ser interrogados os réus Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. O indiciado Antônio Cavalcante Filho está foragido enquanto o preso José Maria Domingos Cavalcante teve o julgamento adiado para o dia 12 de dezembro.

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Falso testemunho - A testemunha Carlos Ubirajara pode responder pelo crime de falso testemunho após o julgamento da morte do promotor Thiago Faria. 

Carlos Ubirajara foi uma das testemunhas arroladas pela defesa. Ele é irmão do agricultor Edmacy Ubirajara, que passou dois meses preso apontado como executor, mas foi liberado em seguida.

A acusação encontrou contradições entre o depoimento de Ubirajara e as informações passadas por Mysheva Martins, noiva da vítima na época do crime, e pelo delegado federal Alexandre Alves. 

Os jurados deverão, ao final do julgamento, decidir se consideram que Carlos mentiu. Caso isso se confirme, será encaminhado um ofício para a Polícia Federal para instaurar um procedimento policial e apurar o crime de falso testemunho.

Segundo dia – Além de Ubirajara, outras quatro testemunhas foram ouvidas na terça-feira (25), sendo três delas arroladas pela defesa e uma pela acusação. Em seguida, houve a reprodução de peças como vídeos de reportagens e de depoimentos. O dia foi encerrado por volta das 20h. 

O caso - O promotor Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de julho de 2013, enquanto seguia do município de Águas Belas para Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Ele estava acompanhado da companheira Mysheva Martins e do tio dela, que sobreviveram. A Polícia Federal apontou o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa como mandante do crime. José Maria havia perdido a posse de suas terras para Mysheva após um leilão da Justiça Federal.

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O julgamento da morte do promotor Thiago Faria chegou ao segundo dia nesta terça-feira (25) no Fórum Ministro Artur Marinho, sede da Justiça Federal em Pernambuco (JFPE), no Jiquiá, Zona Oeste do Recife. As oitivas começaram com a tia da viúva Mysheva, Cláudia Tenório Freire de Melo.

Em seguida, foi a vez da primeira testemunha de defesa, Carlos Ubirajara, que foi inventariante das terras cuja disputa é apontada como motivação do crime. A defesa trouxe cinco testemunhas para o júri. 

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Após esta fase, um perito criminal federal dará explicações sobre os laudos da investigação. Outros dois peritos haviam sido arrolados pela defesa de José Maria Domingos Cavalcante. Como o acusado acabou não participando desse julgamento, visto que seu advogado não compareceu na segunda-feira (24), os dois peritos foram dispensados.

No primeiro dia, duas pessoas foram ouvidas: a viúva Mysheva Martins e o delegado da Polícia Federal Alexandre Alves, que explicou quais foram as três linhas de investigação seguidas pela polícia. A sessão foi suspensa por volta das 23h.

Não há previsão para o encerramento do segundo dia de julgamento. A expectativa é que o processo todo seja encerrado até o fim da semana. 

Resumo - O promotor Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de julho de 2013, enquanto seguia do município de Águas Belas para Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Ele estava acompanhado da companheira Mysheva Martins e do tio dela, que sobreviveram. A Polícia Federal apontou o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa como mandante do crime. José Maria havia perdido a posse de suas terras para Mysheva após um leilão da Justiça Federal.

Pela segunda vez a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região negou o habeas corpus a José Maria Domingos Cavalcante, um dos acusados de participação no homicídio do promotor Thiago Faria Soares e na tentativa de assassinato da noiva da vítima. Mysheva Freire Ferrão Martins, e do tio dela, Adautivo Elias Martins, no dia 14 de outubro de 2013, no município de Itaíba.  A decisão acolheu o parecer do Ministério Público Federal (MPF), emitido pela Procuradoria Regional da República  da 5ª Região.

José Maria Domingos Cavalcante está preso preventivamente desde o dia 19 de dezembro de 2014, por determinação da 36ª Vara Federal de Pernambuco. De acordo com o MPF, a revogação da prisão preventiva já havia sido requerida em março deste ano, mas naquela ocasião também houve negação ao pedido.

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Ainda segundo o MPF, as alegações feitas na última solicitação de habeas corpus foram praticamente as mesmas apresentadas no anterior, ainda não havendo fatos novos que justifiquem a soltura do acusado. A prisão preventiva seria necessária para garantir a ordem pública, visto que o crime foi classificado como brutal por motivo torpe – disputa de terra – e contra uma autoridade pública. Além disso, José Maria Domingos Cavalcante possui antecedentes criminais e o MPF entendeu que não há garantes de que, em liberdade, o acusado não voltaria a praticar outros crimes.

Um outro aspecto apontado na decisão é a conveniência da instrução criminal, ou seja, a garantia de que a ação penal contra José Maria Domingos Cavalcante e demais acusados possa tramitar sem interferências. A soltura dele agora poderia ocasionar nas testemunhas o medo de sofrer retaliações.

O agricultor José Maria Domingos Cavalcante é suspeito de estar dentro de um dos veículos utilizados no dia da execução do promotor. Ele também teria dado abrigo ao fazendeiro José Maria Pedro Rosendo, apontado como mandante do crime.

* Com informações da assessoria

 

 

A audiência de instrução do caso do assassinato do promotor de justiça Thiago Faria Soares continua nesta quarta-feira (24), no edifício-sede da Justiça Federal (JFPE), no bairro do Jiquiá, zona oeste do Recife. Desta vez serão ouvidos as testemunhas de acusação Lourival Freire Ferrão Filho e Alberto Guilherme Barbosa, além de outras testemunhas que estão em Arcoverde e no Recife.

No primeiro dia de audiência, realizado na terça-feira (24), foram ouvidas as vítimas Mysheva Martins Ferrão, esposa de Thiago Faria, e Adautivo Elias Martins, tio dela e mais cinco testemunhas de acusação, são elas: Nomeriano Ferreira, Joana D’arc de Menezes, Cícero Lira da Silva, José Alonso Julião da Silva e José Erivaldo de Lima. Todas as ouvidas foram realizadas através de videoconferência entre o juízo da 36ª Vara, situado na sede da JFPE e a subseção de Garanhuns.

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Segundo a JFPE, participaram do primeiro dia de audiência o Ministério Público Federal (MPF), assistente da acusação, advogados dos réus e os  acusados. A audiência de instrução segue até a próxima sexta-feira (27), quando serão feitos os interrogatórios dos réus. Amanhã serão realizadas as ouvidas das testemunhas de defesa. 

O caso - O promotor Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013 no município de Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Após desentendimentos entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre o andamento do caso, no dia 10 de outubro de 2014, as investigações do caso ficaram sob responsabilidade da Polícia Federal. 

No dia 24 de dezembro do ano passado, a Polícia Federal anunciou que as investigações haviam sido encerradas e indiciou por homicídio e tentativa de homicídio os seguintes suspeitos: José Marisvaldo Vitor da Silva, José Maria Domingos Cavalcanti, José Ivanilson Dias Gomes, Adeildo Ferreira dos Santos, e o mandante do crime José Maria Pedro Rosendo Barbosa. Segundo a Polícia Federal, a motivação do crime seria a disputa de terras. 

Com informações da assessoria

Relatando pela primeira vez nesta quarta-feira (24), o delegado da Polícia Federal Alexandre Alves, à frente das investigações do caso do Thiago Faria, afirmou que a disputa por terra foi apontada como o principal motivo da execução do promotor, realizada em outubro de 2013. “Depois que assumimos o caso, em setembro (equipe da Gaeco que investigava foi afastada), investimos em várias linhas de investigação e a última que se sustentou foi a de disputa pela terra”, afirmou Alves. A investigação foi encerrada na última sexta (19), com a prisão do agricultor Adeildo Ferreira dos Santos, também envolvido no crime. 

Segundo informações da Polícia Federal, o mandante do crime teria sido José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014. Os outros quatro envolvidos no crime, presos em outubro e dezembro deste ano, estavam envolvidos no planejamento e na execução do crime. Para a PF, o objetivo seria matar o promotor e sua noiva, Mysheva Martins, por ser uma pessoa próxima a Thiago e por estar diretamente ligada à questão da disputa pelas terras. 

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De acordo com o superintendente Regional da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz, já foram reunidas provas técnicas suficientes para sustentar a linha de investigação. “Checamos todas as linhas possíveis, passando pela hipótese de crime passional, crime motivado por vingança do ex-noivo de Mysheva Martins e também crime passional somado à disputa por terras. Toda e qualquer informação foi checada pela Polícia”, garante Diniz. 

Os cinco presos – José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Marisvaldo Vitor da Silva, José Maria Domingos Cavalcanti, José Ivanilson Dias Gomes e Adeildo Ferreira dos Santos – serão indiciados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. “A morte foi planejada para os dois (Thiago e Mysheva)”, explica o delegado Alexandre Alves. 

Ainda segundo o delegado, não houve nenhum tipo de pagamento aos executores do crime. O planejamento e a execução do promotor e a tentativa de assassinar Mysheva teria sido, portanto, baseada na troca de favores entre José Maria Rosendo e os demais envolvidos. “Rosendo é temido na região. Ficou comprovado que as pessoas têm medo dele e que não gostariam de estar do lado oposto a ele em nenhum momento”, pontua o delegado.

A Polícia Federal ainda mencionou a participação de Antonio Cavalcanti Filho, irmão de José Maria Domingos Cavalcanti. Entretanto, o sexto indicado como participante do crime está foragido. “Esse novo suspeito já havia sido acusado de latrocínio (roubo seguido de morte) num município na Bahia e, através das investigações, concluímos que também estava ligado a esse crime”, explica Alves.

Quando questionado a respeito da possibilidade de Mysheva Martins ter alguma ligação com o crime, Alexandre Alves esclareceu que a PF seguiu essa linha de investigação durante muito tempo. “Em um determinado momento, a equipe chegou a se concentrar exclusivamente na possibilidade de crime passional”, afirma. Entretanto, após investigações que envolveram quebra de sigilo telefônico, interrogatório aos suspeitos do crime, a PF descartou a possibilidade de Mysheva ter alguma relação no planejamento do assassinato do noivo.

Primeira investigação - Em 2013,  o agricultor Edmacy Cruz Ubirajara, de 47 anos, passou dois meses preso, suspeito de matar o promotor Thiago Faria Soares. Edmacy foi preso 48h após o crime, apontado como o executor do crime. Na mesma semana da prisão, a família entregou à polícia e divulgou para a imprensa vídeos de câmeras de segurança de comércios da cidade e uma lista com testemunhas que podem provar a inocência do agricultor. A equipe do LeiaJá foi até o local e refez o roteiro do álibi do até então suspeito

O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, vulgo Zé Maria de Mané Pedo, apontado como mandante do assassinato do promotor Thiago Faria, irá se entregar a Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (28). Zé Maria estava foragido desde o dia do crime, ocorrido no dia 14 de outubro de 2013, entre os municípios de Águas Belas e Itaíba.

Segundo o advogado de defesa, Anderson Flexa, quando a Polícia Civil estava investigando o caso havia um cenário de insegurança para Zé Maria. A responsabilidade das investigações do crime foi transferida para a Polícia Federal em agosto, em decisão tomada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), devido a um conflito entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

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Para Flexa, a entrega de Zé Maria é oportuna agora não por incompetência da Polícia Civil, mas porque a PF deixou claro que investigará todas as possibilidades. “Se Zé Maria tivesse se entregado anteriormente teria sido preso sem terem certeza”, comenta.

O advogado deixa claro que Zé Maria não está assumindo participação no crime, mas apenas quer ajudar nas investigações. A expectativa é que o suspeito chegue entre 15h e 17h de hoje à Superintendência Regional de Pernambuco da Polícia Federal, no Bairro do Recife, na área central.

Entenda o caso  

14 de outubro de 2013 - Assassinado por quatro tiros de espingarda calibre 12 enquanto trafegava na PE-300, entre os municípios de Águas Belas e Itaíba, o promotor Thiago Faria de Godoy Magalhães, de 36 anos, estava acompanhado de sua noiva, a advogada Mysheva Freire, e de um tio da moça no momento do crime. O carro do promotor teria sido seguido por um outro veículo e, depois do primeiro disparo, teria sido bloqueado. Mysheva e o tio saíram com alguns arranhões e foram medicados em um hospital de Itaíba.  

15 de outubro de 2013 – Apontado como o autor do crime, o agricultor Edinacy Cruz Ubirajara apresentou-se na Delegacia de Águas Belas, no Agreste, permanecendo em detenção durante três dias e liberado por falta de provas. 

16 de outubro de 2013 – A Polícia chega até o nome de José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como o mandante do crime. De acordo com as investigações, a disputa por terras no distrito de Fazenda Nova, em Águas Belas, era motivo de conflito entre as famílias de Thiago e Mysheva e teria motivado o crime. 

28 de janeiro de 2014 – Foragido, José Maria envia um vídeo para a imprensa acusando a noiva do promotor como mandante do assassinato. No dia seguinte, o advogado de Mysheva apontou o agricultor como o responsável pelos disparos. 

6 de março de 2014 – Membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) solicitam a federalização das investigações do caso, por acharem que a Polícia Civil não estava fazendo um bom trabalho. 

6 de junho de 2014 – O STJ negou a federalização do caso e afastou os promotores que solicitaram a demanda. 

13 de agosto de 2014 – Após dez meses do crime, o STJ decide entregar as investigações à Polícia Federal.  

10 de outubro de 2014 – Polícia Federal informa ter entrado oficialmente na investigação do caso.

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Mais um capítulo para a novela que virou a investigação sobre a morte do promotor de Itaíba, Thiago Faria. Nesta quarta-feira (9), o Procurador-Geral de Justiça, em exercício, Fernando Barros de Lima resolveu afastar três promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os juristas estavam à frente das investigações do caso e atuavam acompanhando o trabalho da Polícia Civil.

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Além deles, o promotor Marcelo Grenhalgh também foi afastado. Ele foi designado para substituir Thiago três dias após o assassinato. A medida [Confira nas imagens acima], que foi publicada no Diário Oficial de hoje, causou estranheza na categoria. Já que a entidade não deu nenhuma explicação sobre o afastamento. 

Esta foi a segunda mudança na equipe de investigações. O próprio Gaeco já havia pedido que o homicídio deixasse de ser apurado pela Polícia Civil e passasse para Polícia Federal. Sobre a federalização, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, falou à equipe do LeiaJá. "O que eu posso dizer é o seguinte: o grupo de promotores que atua no processo entendeu que deveria fazer um pedido ao juiz, para mandar à Procuradoria Geral da República no intuito de federalizar o caso”.

O secretário ainda continuou: “Existem razões que são colocadas por esses promotores, e acredito que eles que têm que explicar à imprensa, se assim entenderem. A Polícia Civil de Pernambuco e a Secretaria de Defesa Social têm relacionamento muito bom com o Ministério Público de Pernambuco. Instituições que têm seu papel. Agora foi uma posição do grupo de promotores, entenderam que era para encaminhar para Brasília, pedindo federalização do caso. E aí fomos até Brasília, participamos de uma reunião e está sendo construída uma solução para esse caso, e em breve deve se tornar de conhecimento público".  

Histórico do caso

14 de outubro de 2013

promotor foi morto enquanto seguia de carro para a cidade de Itaíba, no Agreste, pela rodovia PE-300.  Ele estava acompanhado da noiva, Mysheva Freire Ferrão Martins, e de um tio dela, quando outro automóvel teria se aproximado e feito os disparos. Os passageiros conseguiram escapar ilesos.

15 de outubro de 2013 

O agricultor Edmacy Cruz Ubirajara se apresenta na Delegacia de Águas Belas, no Agreste, para prestar depoimento e é preso, apontado como autor dos disparos.

16 de outubro de 2013 

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco diz que a disputa pelas terras da Fazenda Nova, em Águas Belas, no Agreste pernambucano, é o principal motivo do conflito entre as famílias da noiva do promotor Thiago Faria. E o homem apontado como mandante do crime é o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa. 

17 de outubro de 2013 

O MPPE nomeia um novo promotor para assumir em Itaíba e cria uma força-tarefa para agilizar o andamento dos processos parados na 5ª Circunscrição Ministerial. 

22 de outubro de 2013

Família do agricultor Edmacy Ubirajara rebate a SDS e apresenta vídeos de câmeras de segurança de comércios da cidade e uma lista com testemunhas que podem provar a inocência do agricultor. Secretário de Defesa Social descarta os vídeos e diz que existe a imagem de uma câmera de segurança da cidade de Águas Belas que registra o momento em que Edmacy entra no carro que interceptou o veículo de Thiago. Imagens essas que nunca foram apresentadas.  Diante destas especulações sobre a ausência de provas que fundamentassem o inquérito, a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) decidem manter a investigação em sigilo.

18 de dezembro de 2013 

Edmacy Cruz é liberado por falta de provas. 

23 de dezembro de 2013

É feita uma reprodução simulada do assassinato do promotor em Itaíba.

28 de janeiro de 2014 

O fazendeiro Zé Maria, ainda foragido, manda um segundo vídeo para imprensa. Ele acusa a noiva do promotor, a advogada Mysheva Martins como mandante do assassinato. 

29 de janeiro de 2014

Advogado de Mysheva diz que cliente não teria dado a certeza de que de fato teria sido Edmacy o homem que atirou no promotor.

06 de março  

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) enviou um pedido de federalização ao Ministério da Justiça para que o caso passe a ser investigado por um delegado da PF.

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