Tópicos | CBF

O grupo de presidentes de federações estaduais contrários à permanência de José Maria Marin à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está reunido no Rio. Os dirigentes começaram o encontro na noite desta quarta-feira, e as discussões estavam previstas para avançar durante a madrugada. Na manhã desta quinta, o grupo volta a se reunir.

Os dirigentes vão debater se pressionam o novo presidente da CBF pela convocação de eleição ou se tentam a realização de uma assembleia geral extraordinária, já que a próxima, ordinária, está prevista só para abril de 2015 - e dura até lá o mandato de Marin, que assumiu após a renúncia de Ricardo Teixeira em 12 de março.

##RECOMENDA##

Para a reunião, estava prevista a participação dos presidentes das federações de Bahia, Ednaldo Rodrigues, Rio Grande do Sul, Francisco Noveletto Neto, Minas Gerais, Paulo Schettino, Paraná, Hélio Cury, e Rio, Rubens Lopes. Antes mesmo de Marin assumir, o grupo, chamado de "rebelde" pelos demais dirigentes, já defendia a convocação de eleição em caso de renúncia de Ricardo Teixeira.

Os dirigentes queriam evitar a posse de Marin - prevista pelo estatuto da CBF, pois era ele o vice-presidente mais idoso da entidade - e a consequente influência do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, que é padrinho de Marin na CBF, sobre a administração do amigo.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, José Maria Marin, visitou nesta quarta-feira o Congresso Nacional e afirmou que as assembleias legislativas estaduais terão "responsabilidade" no debate sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os eventos da Fifa - além do Mundial, o Brasil receberá a Copa das Confederações de 2013.

O texto da Lei Geral da Copa, que pode ir a voto na Câmara ainda nesta quarta, não fará uma liberação expressa da venda e caberá a Estados e municípios que têm leis contrárias revogá-las para atender à exigência da Fifa. "No Congresso existe essa consciência dessa responsabilidade. Nas respectivas casas de leis dos respectivos Estados vai haver a mesma consciência e a mesma responsabilidade daquilo que é melhor para o Brasil", afirmou Marin.

##RECOMENDA##

Para ele, o repasse do problema não cria "embaraço" para a organização do Mundial. Marin reconheceu que podem existir atrasos em algumas obras para o evento. "As críticas de atrasos, algumas, podem até se justificar, mas felizmente a grande maioria dos estádios está seguindo sua construção". Ele disse que os problemas serão sanados. "Eu acredito que no devido tempo tudo estará realizado".

A visita do novo presidente da CBF a Brasília é em busca de acordo político. Ele assumiu o cargo neste mês substituindo Ricardo Teixeira, que ficou 23 anos na função. Na conversa com os deputados da comissão de Turismo e Desporto, Marin fez uma defesa do "legado" do antecessor, mas prometeu mais transparência e interlocução com o Congresso. Uma audiência formal foi marcada para o dia 11 de abril.

Marin procurou destacar que foi parlamentar e governador de São Paulo, tendo, portanto, "origem política". Antes da reunião na Câmara, o dirigente esteve no Senado. Ele visitou o líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), notório crítico de Teixeira, e o líder do DEM, José Agripino (RN). Na saída do Senado, ele cometeu uma gafe ao chamar a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), de primeira-dama.

O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira renunciou nesta segunda-feira ao cargo que tinha no Comitê Executivo da Fifa, representando o futebol sul-americano. O anúncio da saída do dirigente foi feito no começo da noite pelo site oficial da Conmebol.

De acordo com a entidade sul-americana, Teixeira enviou carta ao presidente da Conmebol, o paraguaio Nicolás Leoz, e comunicou a sua renuncia irrevogável. O brasileiro alegou que sua decisão foi tomada por "motivos particulares". Há uma semana, quando, também por meio de carta, deixou a CBF, afirmou que o fazia para cuidar da saúde.

##RECOMENDA##

Teixeira, que também já havia renunciado à presidência do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL), fica agora sem nenhum cargo no futebol. Na carta enviada à Conmebol, ele agradeceu a Leoz e aos membros do Comitê Executivo da entidade "pelo apoio e colaboração" que sempre deram. A Conmebol ainda não anunciou o seu substituto na Fifa.

Na presidência da CBF desde 1989, Teixeira vinha sendo citado em denúncias de corrupção. Os rumores sobre a saída dele CBF começaram a surgir em fevereiro. Há duas semanas, o dirigente se afastou do comando da CBF através de uma licença médica. Na segunda-feira passada, porém, deixou a presidência da entidade e do COL em definitivo. Nos dois cargos, foi substituído por José Maria Marin, seu vice-presidente.

O prazo de contratações para o Campeonato Pernambucano está encerrado para atletas. Porém, a competição recebeu, nesta quarta, um novo reforço. Figura emblemática do futebol que pode não jogar, mas dentro das quatro linhas é responsável pelo controle do espetáculo. Isso, o árbitro.

E a tão contestada arbitragem estadual recebe o apoio do árbitro Fifa, Sandro Meira Ricci. Aos 37 anos, uma das principais figuras da arbitragem brasileira vai trabalhar em Pernambuco.

##RECOMENDA##

O mineiro, de Poços de Caldas, é filiado a CBF desde 2006 e a Fifa desde 2011. A informação foi confirmada através do twitter oficial da Federação Pernambucana de Futebol (FPF). "A FPF acabou de oficializar a contratação do árbitro FIFA Sandro Meira Ricci", postou a assessoria da entidade no microblog.

Uma das primeiras ações de Andrés Sanchez como diretor de seleções da CBF será montar comissões técnicas permanentes para as seleções de base do Brasil. Nesta terça-feira foi dado o primeiro passo neste sentindo, com o anúncio de que os treinadores das equipes sub-15 e sub-17 foram contratados pela entidade máxima do futebol brasileiro e, assim, deixaram seus clubes.

Agora, Emerson Ávila, da seleção Sub-17, e Marquinhos Santos, da sub-15, fazem parte do quadro de funcionários da CBF e não têm mais vínculos com Cruzeiro e Coritiba, respectivamente. Eles trabalharão junto com Ney Franco, coordenador das divisões de base.

##RECOMENDA##

"Além de não precisar mais pedir liberação dos profissionais para disputar as competições, eles terão mais tempo para observar jogadores pelo Brasil afora e, com isso, aumentar cada vez mais o índice de acerto nas convocações" explicou Ney Franco.

No ano passado, tanto Ávila quanto Santos foram campeões sul-americanos com as seleções brasileiras. "Confio muito no trabalho deles. Principalmente por conta do currículo de cada um, repleto de experiência com a garotada da base e de resultados positivos. São duas grandes contratações", completou Ney Franco.

A CBF também anunciou nesta terça-feira a realização do 1.º Seminário Nacional de Categoria de Base, entre os dias 25 e 27 de abril, na Granja Comary. Para o evento, foram convocados todos os coordenadores de base dos times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. De acordo com a CBF, o objetivo do encontro é debater assuntos sobre a formação de jogadores, a metodologia de trabalho na base e o futuro do futebol brasileiro.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou a tabela básica da série D do Campeonato Brasileiro (ainda sem o desmembramento de dias e horários). Porém, apenas 12 times têm presença garantida na competição, restando outros 28 para fechar os 40 participantes.

O estado de Pernambuco estará representado com dois clubes, que serão definidos após o término do Campeonato Pernambucano 2012. Se terminasse hoje, os dois clubes pernambucanos na série D seriam Ypiranga e Petrolina, respectivamente quinto e sexto colocados no estadual.

A disputa este ano terá início no dia 27 de maio e terminará em 30 de setembro. Os representantes pernambucanos estarão no grupo A3, ao lado de Campinense/PB, um representante do Ceará e um time do Rio Grande do Norte.

A competição é disputada em oito grupos de cinco times cada. Os dois melhores de cada grupo classificam-se à segunda fase. A partir daí, a disputa é em sistema de mata-mata. As quatro equipes que chegarem às semifinais estarão classificados à série C de 2013.

O Campinense/PB já está garantido na disputa, pois foi rebaixado da série C no ano passado, assim como Brasil/RS, Araguaína/TO e Marília/SP. Além deles, clubes de tradição, como Juventude/RS e Sampaio Corrêa/MA já garantiram presença na série D 2012.

Ricardo Teixeira quer ficar recluso. Desde a semana passada en Miami, onde já moravam esposa e a filha mais nova, o ex-presidente da CBF - sempre avesso às entrevistas - espera encontrar a tranquilidade que tanto desejou nos dias conturbados de denúncias e críticas, à administração da entidade e ao futebol da seleção brasileira. Mas o cartola também precisa se tratar.

Internado no fim do ano passado com uma diverticulite (inflamação no intestino grosso), diabético, Teixeira foi submetido a uma cirurgia cardíaca há alguns anos. Na assembleia geral extraordinária da semana passada, comunicou aos dirigentes de federações que passaria por exames importantes, que determinariam seu real estado. Pouco mais de uma semana depois, renunciou.

Segundo o presidente da federação paraense, Antonio Carlos Nunes, o ex-presidente da CBF vai passar por uma cirurgia nos próximos dias. Recentemente, Teixeira ainda apresentava sequelas após cair do cavalo, em sua fazenda, no interior do estado do Rio de Janeiro. O cartola tinha de fazer fisioterapia, mas faltou às sessões e começou a andar com dificuldade.

Nos últimos meses, aumentaram as denúncias contra Teixeira. A que mais o atormentava diz respeito à propinas que ele teria recebido da empresa suíça de marketing esportivo ISL, numa transição envolvendo a Fifa.

A pessoas próximas, o ex-presidente confidenciou que não queria ver a filha mais nova crescer da mesma forma que os três filhos mais velhos, com denúncias e insinuações contra a integridade do pai. No Brasil, se desfez de vários bens e dispensou funcionários, como seguranças e motoristas. Dava sinais de que renunciaria.

Em todo o processo de renúncia, não ficou claro o quanto pesou a pressão do governo federal - Teixeira já não mantinha diálogo com a presidente Dilma -, ou a ameaça da Fifa em revelar documentos que comprovariam a corrupção do dirigente no caso da ISL.

Oficialmente, a Fifa se recusa a comentar a saída de Ricardo Teixeira da cúpula do Comitê Organizador da Copa de 2014. Mas, nos bastidores, a entidade quer pressa na definição da nova estrutura de poder no Brasil, temendo que o evento que já sofre de graves atrasos em obras agora fique paralisado por conta de disputas políticas entre federações locais, desafetos de Teixeira e novos grupos em busca de poder.

Paralelamente à guerra midiática entre o governo e a Fifa, na entidade em Zurique ninguém esconde que já perdeu a paciência com os diversos atrasos em obras, nas leis e nas definições sobre a Copa. Agora, a mudança na estrutura de poder da CBF é vista como mais um obstáculo, mesmo que Teixeira já vinha preparando o terreno para abandonar o comando da organização. O que a entidade quer é uma definição rápida de como trabalhará com a nova administração. A grande pergunta na entidade é: "Quem é José Maria Marin?" O novo presidente da CBF é um ilustre desconhecido na Fifa.

Um primeiro ensaio geral já ocorreu em janeiro, quando Ronaldo viajou sozinho para a Fifa e manteve reuniões sobre a Copa. No mesmo momento, Pelé se reunia com a entidade para falar em nome do governo. Mas o que a Fifa quer agora são garantias de que a estrutura que for estabelecida não será modificada nos próximos dois anos - cruciais - e que as pessoas no comando tenham de fato o poder para atuar.

Na Fifa, burocratas confirmam que há diversas considerações positivas em relação à saída de Teixeira. A primeira é a "vitória" pessoal do presidente da Fifa, Joseph Blatter, na quebra de braço com o brasileiro. Teixeira tinha como meta concorrer à presidência da Fifa em 2015, candidatura que tinha a forte oposição de Blatter. O cartola suíço, nos últimos meses, já não escondia que gostaria de ver Teixeira fora da "família Fifa". "A esperança é de que com o fim da disputa, portanto, poderá permitir um melhor diálogo entre Blatter e a CBF", explicou uma fonte.

Um segundo elemento positivo, na avaliação da Fifa, é o acesso ao Palácio do Planalto. Teixeira não era recebido pela presidente Dilma Rousseff, um fato que frustrava a Fifa e que, para a entidade, impedia que problemas fossem solucionados.

AUSÊNCIA - A decisão de Teixeira de abandonar a CBF e possivelmente a Fifa nas próximas horas coloca o Brasil em uma situação sui generis. Justamente nos anos em que o País irá realizar os dois principais eventos esportivos do mundo, todos os cartolas brasileiros abandonam as organizações esportivas internacionais e não há sinal de renovação.

João Havelange, membro do Comitê Olímpico Internacional, pediu em 2009 que o mundo o desse um presente de aniversário de 100 anos a ele em 2016, com a realização dos Jogos no Rio. Mas há poucos meses teve de renunciar ao COI alegando problemas de saúde. A renúncia ocorreu dias antes da conclusão de investigações que apontariam seu envolvimento no recebimento de subornos pela empresa ISL. Teixeira também caminha para abandonar o Comitê Executivo da Fifa para evitar a mesma investigação. Sua saída obrigará a Conmebol a eleger um novo membro da região para o cargo na Fifa.

Já o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, por atingir a idade máxima no COI, também abandonará a entidade. Enquanto essa geração deixa os palcos internacionais, fica claro que não houve renovação e não há nenhum outro brasileiro por enquanto.

O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, divulgou nota oficial no início da tarde desta segunda-feira para afirmar que a troca de comando na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e no Comitê Organizador Local (COL), com a saída de Ricardo Teixeira e a chegada de José Maria Marín, não muda o trabalho relacionado à organização da Copa do Mundo de 2014.

"Diante do anúncio da nova liderança do Comitê Organizador Local (COL) para a Copa do Mundo de 2014, o Ministério do Esporte reafirma sua determinação de continuar cooperando com a entidade responsável pela organização do Mundial. Seguiremos trabalhando em harmonia para o êxito das tarefas comuns necessárias ao sucesso do evento", é tudo que diz a nota.

A relação entre o governo e Ricardo Teixeira era das piores nos últimos tempos. O sorteio das Eliminatórias da Copa mostrou que a presidente Dilma Rousseff buscava isolar o dirigente cada vez mais, tanto é que ele sequer foi convidado a ir à área reservada a ela na Marina da Glória. Com um novo interlocutor, a relação entre governo e CBF pode ganhar novas formas.

O ex-jogador Bebeto afirmou nesta segunda-feira ter ficado "triste" pela saída de Ricardo Teixeira do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após 23 anos. Membro do Comitê Organizador Local (COL) à convite exatamente de Teixeira, o atacante tetracampeão disse ainda que não pensa em colocar seu cargo à disposição tal como fizeram outros cartolas que têm cargo de confiança na CBF.

"Não estou preocupado não, não tenho nenhuma preocupação quanto a isso (colocar o cargo à disposição). Sou mais um voluntário. Não vai mudar nada, estou só pensando no meu povo, no Brasil, em fazer uma das melhores Copas do Mundo", disse Bebeto, ao SPORTV.

A entrevista do ex-jogador, aliás, mostrou quão figurativo é o papel dele e de Ronaldo no COL. Quando perguntado sobre sua função, foi evasivo. "Eu acho que a gente tem esse trabalho aí, de estar acompanhando essas obras aí. O cronograma de tudo. A gente tem que receber todo mundo e fazer tudo certinho, principalmente construção de estádios, reforma de aeroportos, que a gente tem que ficar acompanhando também", tentou explicar.

Depois, inquirido sobre a divisão de papeis entre ele e Ronaldo no COL, Bebeto se enrolou ainda mais e indicou que sua principal função até agora foi pedir para os trabalhadores do Maracanã usarem capacete na obra. "Todo mundo junto, eu e o Ronaldo estamos sempre juntos. Fiz o primeiro evento no Maracanã, foi com os trabalhadores lá, foi marcante. Acho que o Maracanã é o meu maior palco. A gente estava lá conversando com os trabalhadores, pedindo para colocar capacete. Esses itens de segurança salvam vida", ressalvou o ex-jogador.

Durante a entrevista, Bebeto usou diversas vezes o discurso de político - ele é deputado estadual no Rio. Repetiu seguidamente que o Brasil vai fazer uma grande Copa e que faz um voluntário à serviço do povo. Também revelou que ainda não conversou com José Maria Marin, novo presidente da CBF.

A gestão de Ricardo Teixeira à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durou 23 anos e foi encerrada oficialmente nesta segunda-feira, quando José Maria Marín, seu substituto no comando da entidade e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, anunciou a saída definitiva do dirigente de ambos os cargos. Nesse período, a seleção brasileira conquistou diversos títulos, mas a entidade também ficou marcada por várias denúncias de corrupção.

Teixeira foi eleito para a presidência da CBF em janeiro de 1989 ao derrotar Nabi Abi Chedid no pleito para suceder Octávio Pinto Guimarães. No mesmo ano, a entidade criou a Copa do Brasil. Outra mudança relevante no futebol brasileiro se deu em 2003, quando o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos.

Também em 1989, a seleção brasileira faturou o título da Copa América, encerrando um jejum de 50 anos sem vencer o torneio continental. A seleção também venceu a competição em 1997, 1999, 2004 e 2007.

Em 1994, a seleção brasileira voltaria a quebrar um longo período sem conquistas. Dessa vez, da Copa do Mundo, vencida nos Estados Unidos. A equipe também venceu a competição em 2002. Sob a presidência de Teixeira, a equipe também foi campeã das Copa das Confederações, em 1997, 2005 e 2009.

Apesar do sucesso dentro de campo, vários escândalos surgiram na CBF sob a presidência de Teixeira. No retorno do grupo campeão da Copa do Mundo de 1994, Teixeira se envolveu em polêmica, acusado de forçar a liberação de mercadorias compradas nos Estados Unidos sem o pagamento de impostos.

Além disso, Teixeira foi um dos principais alvos da CPI do Futebol, no Senado, e da CPI da Nike, na Câmara dos Deputados, em 2001. As comissões provocaram a abertura de vários processos contra o dirigente, que acabou sendo absolvido. Mais recentemente, em 2009, a organização do amistoso entre Brasil e Portugal, foi alvo de acusações de irregularidades e corrupção.

Os escândalos, porém, não se resumiram ao futebol brasileiro. No ano passado, a emissora britânica acusou Teixeira e outros dirigentes de terem recebido propina da empresa de marketing ISL. Os documentos sobre o caso, que chegou a ser arquivado pelo judiciário suíço, podem ser reabertos.

Em 1997, Teixeira firmou um contrato milionário de patrocínio para a seleção brasileira com a Nike. O aumento do número de patrocinadores e da receita da CBF foi, aliás, uma das marcas da sua gestão. Dez anos depois, o Brasil foi escolhido sede da Copa do Mundo de 2014.

Os rumores sobre a saída de Teixeira da CBF começaram a surgir em fevereiro. A entidade realizou um Assembleia Geral da entidade em 29 de fevereiro, mas não foram anunciadas decisões relevantes. Na semana passada, o dirigente se afastou do comando da CBF através de uma licença médica. Nesta segunda-feira, porém, deixou a presidência da entidade e do COL em definitivo.

Novo presidente da CBF, José Maria Marín afirmou nesta segunda-feira, no Rio, onde oficializou a saída definitiva de Ricardo Teixeira do cargo, que apenas dará continuidade ao trabalho do seu antecessor na entidade que comanda o futebol brasileiro. O dirigente de 79 anos ressaltou que não iniciará um novo modelo de administração e pregou que lutará para prosseguir o atual.

"Imediatamente (ao assumir o seu novo posto) mencionei a todos eles (presidentes de federações estaduais e outros dirigentes) que não se trata de uma nova gestão, é uma continuidade do estupendo trabalho que Teixeira vinha fazendo", afirmou Marín, em entrevista na sede da CBF, na qual por certos momentos ele se mostrou exaltado.

Dentro desta sua proposta, Marín afirmou que insistiu a todos os diretores da CBF que continuem em seus cargos, apesar da saída definitiva de Teixeira do comando. "Não há uma nova administração, não existe um novo projeto. O que existe é a continuidade", repetiu o novo mandatário, que ainda cobrou reverência a Teixeira e João Havelange, ex-presidente da Fifa e um dos grandes nomes da história do futebol enquanto dirigente. "Ainda aguardo não só a gratidão, mas o respeito a essas figuras", enfatizou.

Na entrevista coletiva, Marín ainda revelou que já iniciou o processo de alteração societária para assumir o lugar de Teixeira também na presidência do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. Como este processo junto à Fifa é semelhante ao que existe em uma empresa, ele não pode assumir imediatamente essa outra função.

GAFE - Além de falar sobre como pretende dar continuidade ao trabalho de Teixeira, Marín protagonizou uma gafe ao falar justamente sobre o seu papel na organização do Mundial que será realizado no Brasil. "Vou assumir o COL ao lado de um grande ex-jogador, o Romário", disse o dirigente, antes de ser corrigido por Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, que o alertou que o certo é Ronaldo, e não o ex-atacante que foi o grande nome do tetracampeonato mundial de 1994. Ronaldo é membro do conselho de administração do COL.

Já ao ser questionado sobre a polêmica das medalhas durante a premiação do campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano, em janeiro, Marín quase engasgou enquanto tomava um copo de água. Na época, o dirigente foi flagrado por imagens de TV nas quais ele apareceu colocando no bolso uma das medalhas destinadas ao time júnior do Corinthians. Ele, porém, negou que tenha roubado o objeto e garantiu que o mesmo foi um presente da Federação Paulista de Futebol.

"Considero esse assunto uma verdadeira piada, porque foi uma cortesia que recebi da Federação Paulista de Futebol e na frente de todo mundo", disse Marín, para depois pedir para Marco Polo del Nero, presidente da FPF, confirmar a história, fato que acabou ocorrendo. "Não houve nada escondido. Eu entreguei a medalha para ele, e ele a guardou", assegurou Del Nero.

Depois de muitos boatos, polêmicas, denúncias de corrupção e um afastamento provisório por motivos de saúde anunciado na semana passada, veio a confirmação: Ricardo Teixeira deixa o comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definitivamente. A notícia pegou muita gente de surpresa e foi proferida pelo novo gestor, José Maria Marin, que leu uma carta de Teixeira em sua coletiva de apresentação, na manhã desta segunda-feira (12), na sede da entidade.

A carta extensa traz a confirmação através do trecho: "Eu, hoje, deixo definitivamente a presidência da CBF". A saída chegou a ser especulada no final de fevereiro, mas em assembleia com os presidentes das 27 federações estaduais, ele decidiu continuar, rechaçando qualquer possibilidade de renúncia ou afastamento.

##RECOMENDA##

Na semana passada, Ricardo anunciou um afastamento temporário da entidade, alegando problemas de saúde. Teixeira tinha um leque de cinco vices para assumir o seu posto, mas José Maria Marin foi o substituto provisório escolhido para esse período de licença médica. Como prevê o estatuto da CBF, apenas em caso de renúncia, o mais velho assumiria o comando de imediato. Com o pedido de desligamento de Teixeira, aos 79 anos e mais antigo entre os suplentes, Marin é o novo gestor do esporte no país.

No função desde 1989, Ricardo Teixeira tinha mandato até 2015. Além desse cargo, ainda exercia a função de presidente do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, agora também comandado por José Maria Marin.

A saída de Teixeira é marcada por uma situação permeada por várias acusações durante os anos à frente da entidade.

O novo presidente, José Maria Marín, tem 79 anos, é advogado e ex-governador de São Paulo, último do regime militar, no período entre maio de 1982 e março de 1983. O novo gestor chegou a ser jogador do São Paulo Futebol Clube, entre 1950 e 1952.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou nesta sexta-feira, através de comunicado publicado no seu site oficial, o afastamento de Ricardo Teixeira da presidência da entidade. O dirigente, que assina o texto, pediu uma licença do cargo por motivos de saúde. A nota oficial também confirma que José Maria Marín assume interinamente a presidência da CBF.

"A partir desta data está designado o vice-presidente José Maria Marin para substituir-me interinamente no exercício da presidência da CBF", afirma o breve comunicado oficial divulgado nesta sexta-feira.

Ex-governador de São Paulo, Marín, de 79 anos, é o vice-presidente do sudeste da CBF. A licença e a indicação do paulista por Teixeira tinham sido comunicados pela CBF aos dirigentes das 27 federações estaduais do futebol brasileiro na quinta-feira. A nota desta sexta-feira não especifica o período de afastamento de Teixeira.

Apenas em caso de renúncia o estatuto da CBF previa que Marín, por ser o vice-presidente mais velho, seria o substituto imediato. Como está saindo de licença, Teixeira poderia ter escolhido qualquer um dos cinco vices, mas optou pelo paulista.

Teixeira teve problemas de saúde nos últimos anos tendo, inclusive, sido internado em outubro do ano passado no Rio por conta de dores abdominais. O dirigente também sido alvo recentemente de diversas denuncias de corrupção.

Nas últimas semanas, surgiram rumores de que Teixeira renunciaria ao cargo de presidente da CBF, o que não aconteceu na semana passada, quando a entidade realizou uma Assembleia Geral com a presença dos dirigentes das federações de futebol do Brasil.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, comunicou nesta quinta-feira aos dirigentes das 27 federações estaduais de futebol do País que pediu licença do cargo por motivos de saúde. Para substituí-lo no período em que estiver fora, o cartola designou José Maria Marín, de 79 anos, ex-governador de São Paulo e vice-presidente do Sudeste da CBF.

Somente em caso de renúncia o estatuto da CBF previa que Marín, por ser o vice mais velho, seria o substituto imediato. Como está saindo de licença, Ricardo Teixeira poderia ter escolhido qualquer um dos cinco vices, mas optou pelo paulista.

A CBF afirma desconhecer o pedido, que foi confirmado à Agência Estado pelos presidentes das principais federações. No documento, Ricardo Teixeira não especificou por quanto tempo ficará fora.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, resolveu intermediar o atrito entre o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Em comunicado oficial, Teixeira tentou amenizar o conflito ao dizer que as preocupações da Fifa em relação à preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 são "naturais e legítimas".

"As preocupações da FIFA em relação aos preparativos de todas as Copas do Mundo são naturais e legítimas", registrou Teixeira, em uma tentativa de tranquilizar a Fifa. "A entidade pode ficar tranquila porque o Brasil e seu povo têm competência e seriedade para organizar uma Copa do Mundo impecável, inesquecível", assegurou.

O dirigente, que também preside o Comitê Organizador Local (COL) da Copa, se manifestou em resposta à decisão de Rebelo, que no sábado vetou o nome de Valcke nas negociações entre o governo e a Fifa. A reação do ministro do Esporte foi consequência das cobranças do secretário-geral. Na sexta-feira, Valcke disse que o Brasil precisaria levar "um chute no traseiro" para acelerar as reformas dos estádios e as obras de infraestrutura.

Teixeira, porém, minimizou as declarações de Valcke sobre a demora na aprovação da Lei Geral da Copa. "Algumas questões na organização da Copa do Mundo podem parecer que avançam lentamente. Mas em todo processo democrático as discussões devem ser amplas e sempre levar em conta os interesses do povo. O Brasil não tem um dono, é uma democracia sólida e reconhecida mundialmente. O País e seus três poderes devem ser respeitados sempre", destacou o presidente da CBF.

As declarações de Rebelo e Valcke podem atrapalhar a visita do secretário-geral ao Brasil a partir do dia 12. Após ser informado do veto do ministro do Esporte, Valcke classificou a atitude do governo brasileiro de "infantil", mas confirmou a viagem que terá por objetivo conferir o andamento das obras voltadas à realização da Copa do Mundo e da Copa das Confederações.

Em uma assembleia geral extraordinária com os presidentes das 27 federações estaduais, nesta quarta-feira, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro), Ricardo Teixeira decidiu continuar na presidência da entidade, apesar dos rumores de uma possível renúncia ou afastamento do cargo.

No poder desde 1989, Ricardo Teixeira tem mandato na CBF até 2015. O dirigente é também presidente do COL - Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil.

Caso o dirigente renunciasse, assumiria, de acordo com o estatuto, o vice-presidente mais velho: José Maria Marin, de 79 anos, ex-governador de São Paulo e apadrinhado por Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF). Se o presidente da CBF pedisse licença, no entanto, poderia escolher qualquer um dos cinco vices.

 

Nos últimos dias uma possível renúncia do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira causou um frisson imenso no mundo do futebol. O dirigente está há 23 anos no cargo mais importante do país do futebol.

As repercussões dessas informações também causaram um movimento forte das federações estaduais. Mesmo sem nada oficial, os presidentes locais convocaram uma assembleia para tratar da possível sucessão. Uma jogada política. Fato que não aconteceu, exclusivamente, pela negativa de Pernambuco e São Paulo. Únicas entidades que se negaram na assinatura do documento.

Com isso, a própria CBF decidiu realizar uma assembleia com as federações estaduais. Na pauta, uma incógnita. Na verdade, várias. A reunião entre os mandatários acontecerá na próxima quarta-feira (29/02), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Até lá, apenas suposições e expectativas.

Representante de Pernambuco, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, conversou com exclusividade com o portal LeiaJá. Em pouco mais de dez minutos, o gestor e advogado explicou os motivos da federação ter sido contra a assembleia, do relacionamento com Ricardo Teixeira, se acredita ou não de renúncia na CBF, e se sonha assumir o cargo máximo do futebol nacional.

Confira:

Assembleia das Federações: algo precipitado e desrespeitoso

“Na semana passada, com a história cada vez maior da renúncia, surgiu um movimento das federações sobre sucessão. Pernambuco e São Paulo se posicionaram contra isso. É um desrespeito ao presidente. Não havia motivo. Era um documento para dizer se aceitava ou não a renúncia, mas como? De algo que nunca existiu? Em vista disso, as outras federações retiraram as assinaturas”

 Reunião com a CBF: uma incógnita

“A própria CBF, em razão do tumulto, decidiu convocar uma nova assembleia. Mas são assuntos internos. Podem ser qualquer um. Pode ser renúncia, projeto novo... Só vamos receber o material na segunda, sobre essa agenda que será na quarta. As federações tiveram esse movimento muito infeliz, pois não havia nada oficial, e entenderam de convocar essa assembleia nas pressas, foi uma antecipação, acabaram assinando nas pressas”

Relação com Ricardo Teixeira

“Pernambuco tem uma relação excelente com ele. Desde o momento que assumi a FPF, ele teve atenção com Pernambuco. Todas as solicitações ele esclareceu, todas as expectativas de melhorias, o tratamento com os clubes locais. Sempre foi especial conosco. Não tem nada que reclamar”

Possível renúncia: Acredita ou não?

“Renúncia é um ato pessoal, uma vontade intima. É algo que apenas familiares próximos podem ter conhecimento. Eu particularmente não vejo nenhum indicativo mais seguro que possa acreditar nisso. Qualquer pessoa que tiver uma opinião sobre isso é sem nenhuma base. É algo bem particular”

O polêmico Ricardo Teixeira e as denúncias de corrupção

“Veja bem, isso são matérias requentadas, pois são questões que já foram decididas na justiça. Tirando o ato emotivo de lado, todas essas demandas já são superadas judicialmente, todas foram resolvidas. Ou seja, se ele já passou por tudo isso, por fase mais aguda e superou, porque iria se desestabilizar ou se sentir inseguro agora? Eu como advogado posso falar que no processo existe uma curva de ascensão e de declínio de provas. Se já passei pela fase mais aguada e provei que é inocente, porque vou me sentir temeroso? Não vejo esse risco ou conjunto de fatores para renúncia”

Necessidade de renovação e modernidade na CBF

“Eu acho que é uma opinião é pessoal. Eu entendo que você deve renovar, pois é benéfica. Mas essa é uma questão interna da CBF. Na FPF, quando eu assumi disse que iria fazer uma reforma, fazer um mecanismo para reeleições, profissionalizar a entidade. Mas isso é no nosso estado, na conjuntura nacional não vou dizer isso, pois lá tem gente com mais capacidade e esperteza na gestão do futebol. Mas entendo gestão de futebol como uma empresa, algo provisório. Porém, quase todos os gestores são contra mim, acham que funciona do jeito atual”

Sonha ser presidente da CBF?

“Nunca pensei nisso. Não sonhava nem ser presidente da FPF. Só aceitei quando Carlos Alberto me chamou ano passado para a primeira conversa. Sempre levei minha vida pelo lado profissional, nunca tive uma expectativa política. Sempre pensei em trabalho, resultado e remuneração. Mas é evidente que a vida muda, pode ser que daqui para frente surjam novas ideias e vontades”.

Em meio a rumores de que o presidente Ricardo Teixeira poderia deixar seu cargo na CBF, a entidade máxima do futebol brasileiro publicou nesta sexta-feira, em seu site oficial, convocação para uma assembleia extraordinária, a ser realizada na próxima quarta-feira, em sua sede, no Rio.

A assembleia teria sido solicitada por uma parte das federações estaduais filiadas, que desejavam receber informações mais precisas sobre o futuro da CBF e de seu presidente Ricardo Teixeira, há 23 anos no cargo. Caso ele deixe mesmo a presidência, como vem sendo especulado, seu substituto seria José Maria Marin, por ser o mais velho dos vice-presidentes.

De acordo com a CBF, a assembleia terá natureza administrativa. Na ordem de dia constam "tomar ciência de assuntos de interesse da entidade e suas filiadas", discussão sobre reforma parcial no estatuto e interpretar preceitos deste.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou um comunicado na noite desta sexta-feira para acabar com os rumores de uma possível saída de Ricardo Teixeira da presidência da entidade. Segundo a nota oficial, o dirigente retomará suas funções normalmente após o carnaval.

Nos últimos dias, surgiram diversos rumores de que Ricardo Teixeira poderia deixar a presidência da CBF, cargo que ocupa desde 1989. Pelas especulações, ele estaria desgastado e pensando em renunciar ou pedir uma licença, o que provocou agitação nos bastidores do futebol brasileiro.

Para aumentar os rumores, Ricardo Teixeira viajou nesta sexta-feira para os Estados Unidos. Mas, segundo o comunicado da CBF, o dirigente foi apenas passar o carnaval com a família em Miami, prometendo retomar "as atividades que constam da sua agenda de trabalho".

Na tentativa de rebater acusações recentes, outro comunicado divulgado pela CBF informa que "Ricardo Teixeira, bem como todos os membros de sua família, tem sua situação tributário-fiscal devidamente regularizada, nada devendo ao fisco federal, estadual e municipal".

Além de comandar a CBF, Ricardo Teixeira é presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. Mas ele tem perdido poder nos últimos tempos, principalmente nas negociações com a Fifa e com o governo federal. Apesar disso, avisa que vai continuar nos cargos que ocupa.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando