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Em liminar emitida nesta quarta-feira (28), o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo federal realize a nova edição do censo demográfico nacional em 2021. Senadores se manifestaram comemorando a decisão, que, para eles, restabelece uma importante ferramenta para orientação de investimentos e políticas públicas.

O censo estava previsto para 2020, foi adiado devido à pandemia e acabou cancelado por falta de recursos. A liminar que exige o Censo 2021 é do ministro Marco Aurélio Mello — e ainda vai ser analisada pelo plenário do STF.

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Durante a sessão deliberativa desta quarta, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) disse que o STF corrigiu um “grave erro” cometido pelo governo, ao enviar o Orçamento de 2021 com verba insuficiente para o censo, e pelo Congresso, ao aprová-lo dessa forma. Não realizar o censo, para Kajuru, seria “presentear o país com um apagão estatístico”.

"Da maneira como se procede, ficam o governo e a sociedade sem os parâmetros norteadores, trabalhando ainda com dados do censo de 2010. Como operar com tamanha defasagem? Como fazer um planejamento para depois da pandemia se o país abre mão do conhecimento?", questionou.

Nas redes sociais, o senador José Serra (PSDB-SP) observou que a liminar do STF “traz a garantia do cumprimento da lei” — a realização do censo a cada dez anos está prevista na Lei 8.184, de 1991. Ele também afirmou que o censo teria sido usado pelo governo para uma manobra orçamentária.

“Corta-se uma despesa essencial para financiar outros gastos, sabendo-se que haverá forte pressão para recompor a verba cortada. Essa é uma medida que compromete a qualidade do processo de elaboração do Orçamento e a transparência do gasto público”, escreveu ele.

Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também celebraram a decisão do STF e destacaram que as informações coletadas pelo Censo 2021 terão impacto direto no avanço da vacinação contra a covid-19.

“É a partir dessa radiografia da população que o governo calcula a distribuição de vacinas por municípios”, explicou Braga.

Já o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), também durante a sessão deliberativa desta quarta, fez um apelo contra o formato da decisão. Ele disse que é a favor da realização do censo, mas criticou o Supremo Tribunal Federal pelo que entende ser um abuso de decisões monocráticas. Para ele, os 11 ministros do tribunal “governam o país” com esses instrumentos.

"Não posso concordar que o país seja governado como está sendo. É um bate-cabeça entre os poderes que não tem cabimento. Essa decisão, se não for revogada pelo colegiado, vai criar problemas orçamentários e insegurança jurídica", argumentou ele.

*Da Agência Senado

 

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar para determinar à União e à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a adoção de medidas voltadas à realização do censo demográfico de 2021. A decisão foi proferida na Ação Cível Originária (ACO) 3508, ajuizada pelo Estado do Maranhão.

Na ação, o governo estadual alega que a falta de dados sobre a população pode abalar o pacto federativo e levar à perda de receitas tributárias, gerando a diminuição de transferências de verbas. Sustenta, ainda, que a não realização do censo causa desequilíbrio na viabilização de ações governamentais, em razão da dificuldade na formulação e na execução de políticas públicas, com prejuízo à autonomia dos entes federativos.

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Políticas públicas

Para o ministro Marco Aurélio, o direito à informação é basilar para que o poder público possa formular e implementar políticas públicas, pois é por meio de dados e estudos que os governantes podem analisar a realidade do país. Ele lembrou, ainda, que a extensão do território e as diversidades regionais impõem medidas específicas.

“O censo permite mapear as condições socioeconômicas de cada parte do Brasil”, salientou. Segundo o ministro, os dados coletados auxiliam os Poderes Executivo e Legislativo na elaboração de políticas para implementar direitos fundamentais previstos na Constituição Federal.

Desrespeito à Constituição

O relator destacou que a União e o IBGE, ao deixarem de realizar o estudo em 2021 em razão de corte de verbas, descumpriram o dever de organizar e manter os serviços oficiais de estatística e geografia de alcance nacional (artigo 21, inciso XV, da Constituição). Com isso, “ameaçam a própria força normativa da Lei Maior”, concluiu.

Atuação conjunta dos Poderes

Por fim, o ministro Marco Aurélio considerou que é imprescindível a atuação conjunta dos três Poderes para o cumprimento da Constituição. A seu ver, em razão do omissão constatada e da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais, cabe ao Supremo impor a adoção de providências para viabilizar a pesquisa demográfica.

A liminar determina a adoção de medidas voltadas à realização do censo, observados os parâmetros preconizados pelo IBGE, no âmbito da sua discricionariedade técnica.

Leia a íntegra da decisão.

 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta terça-feira (6), através de um comunicado, a suspensão das provas objetivas dos dois processos seletivos simplificados para o Censo 2021.

A decisão, segundo o órgão, foi tomada devido à redução de recursos destinados à realização do Censo Demográfico. O orçamento, aprovado pelo Congresso, prevê apenas o destino de R$ 71 milhões para realização da pesquisa. O texto ainda não foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

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No comunicado, o IBGE informa que as provas objetivas das seleções simplificadas para as funções de agente censitário e recenseador não serão mais realizadas nas datas prevista para os dias 18 e 25 de abril, respectivamente. A possibilidade de novas datas para aplicação das provas, vai depender, segundo o órgão, da liberação de recursos.

"O IBGE e o Cebraspe avaliarão um novo planejamento para a aplicação da prova, a depender de um posicionamento do Ministério da Economia acerca do orçamento do Censo Demográfico", afirma, em nota, o Instituto. Confira, aqui, o comunicado completo para o cargo de rescenceador e para a função de agente censitário.

Termina, nesta segunda-feira (15), o prazo para as inscrições do processo seletivo para agentes censitários supervisores (ACS) e agentes censitários municipais (ACM)  que trabalharão em Pernambuco no Censo Demográfico 2021, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há 965 vagas, sendo 724 vagas para o primeiro cargo, e 241 para o segundo.

Já o prazo para concorrer recenseador vai até a próxima sexta-feira (19). São 7.922 vagas para o cargo. Os interessados devem se inscrever no site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

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A seleção de agentes sensitários terá única prova para os candidatos a ACS e ACM. Os melhores classificados em cada município ocuparão as vagas de ACM, e a coordenação da coleta do Censo 2021 naquele local. O valor da inscrição é de R$ 39,49 e os candidatos devem ter o ensino médio completo.

Os salários são de R$ 1.700 para ACS, e de R$2.100 para ACM. Os benefícios para ambos os cargos são de auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio pré-escola, férias e 13º salário proporcionais, conforme estabelecido em edital.

 As avaliações serão realizadas no dia 18 de abril e a previsão para o resultado é 27 de maio. Os gabaritos serão divulgados no dia seguinte à aplicação das provas, a partir das 19h, no site do Cebraspe.

Já recenseadores são os funcionários que visitam as casas em municípios no Brasil, entrevistando seus moradores. Para concorrer às vagas, o candidato precisa ter o ensino fundamental completo. No momento da inscrição, é possível escolher a área de trabalho e a cidade onde realizará a prova. A taxa de inscrição é de R$ 25,77.

A avaliação será realizada no dia 25 de abril. Além da prova, os candidatos a recenseador deverão participar de um treinamento no formato híbrido (presencial e a distância), de caráter eliminatório e classificatório, durante cinco dias. As contratações se darão após esse período. O trabalho de campo do Censo começará em agosto.

Para ajudar a calcular a remuneração do cargo de acordo a cidade, o IBGE disponibilizou um simulador on-line que mede quanto cada contratado receberá, levando em consideração o número de residências visitadas, pessoas entrevistadas, o custo de vida de cada setor (região do país, considerando entre capital, região metropolitana), entre outros fatores. Para usar o simulador, basta indicar o município de atuação e carga horária que se pretende trabalhar. A jornada recomendada é de, no mínimo, 25 horas semanais.

Será ainda divulgado um edital específico para detalhar os protocolos sanitários obrigatórios de prevenção da Covid-19 para os locais de prova. Entre as exigências principais estão uso de máscaras, distanciamento mínimo entre candidatos e aplicadores, unidades de álcool em gel acessível em todos os locais de prova, entre outras medidas para evitar aglomerações. Havendo descumprimento de alguma medida de proteção, o candidato será eliminado do processo seletivo e terá sua prova anulada. Mais informações sobre o Censo 2021 por meio do site do IBGE

Nesta terça-feira (23), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abriu as inscrições para 181.898 vagas para recenseadores, que vão coletar diretamente os dados do Censo Demográfico 2021. Juntamente com os cadastros, o IBGE também lançou um simulador virtual que irá calcular uma estimativa de recebimento do trabalhador, dependendo do município e da carga horária diária.

Os recenseadores são os funcionários que visitam as casas em municípios no Brasil, entrevistando seus moradores. O simulador criado vai ajudar os trabalhadores a saberem quanto serão suas remunerações de acordo com a quantidade de casas visitadas e pessoas entrevistadas. Nessa questão, também são levados em consideração a taxa de remuneração de cada setor censitário, o tipo de questionário preenchido (básico ou amostra) e o registro no controle da coleta de dados. A jornada de trabalho para os recenseadores é de, no mínimo, 25 horas semanais.

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Para utilizar a plataforma, é preciso apenas inserir os dados referentes ao município onde se vai trabalhar e a quantidade de horas que se pretende dedicar ao trabalho. O coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros, explica que a taxa de remuneração varia por diversos fatores, entre eles, o acesso ao setor censitário, que é o local onde estão localizados os domicílios visitados. “Quanto mais domicílios visitar, e pessoas entrevistar, maior a remuneração. O recenseador pode trabalhar em qualquer horário, especialmente naqueles em que pode encontrar os moradores em casa, incluindo finais de semana e feriados”, explica Bruno, segundo informações divulgadas pelo IBGE.

Usando o simulador de remuneração, é possível comparar a estimativa de cada município do país. Tendo como exemplo o estado de Pernambuco, o valor calculado para quem trabalhar na capital, Recife, é de R$ 1.109,08, enquanto que em Fernando de Noronha, município com menor contingente populacional do estado, o recebimento será de R$ 865,16.

As inscrições para recenseador vão até 19 de março, e o candidato deve ter nível fundamental completo. Há vagas em 5.297 municípios do país. No ato da inscrição, o candidato poderá escolher a área de trabalho e em qual cidade realizará a prova. A taxa de inscrição é de R$ 25,77, e a prova será aplicada no dia 25 de abril.

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