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O Ministério da Educação (MEC) vai cortar vagas dos programas Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e Ciência sem Fronteiras, de acordo com nota divulgada pela pasta. Mas programas de merenda e transporte escolar, além do Dinheiro Direto na Escola (PDDE), destinado a melhorias nos centros de ensino, serão mantidos sem cortes.

O MEC informou que Pronatec, o Ciência sem Fronteiras e "e outros, têm a sua continuidade garantida este ano, com o redimensionamento na oferta buscando otimizar o atendimento dos estados e das vagas, com ofertas que ainda serão definidas, mas que quantitativamente serão em número inferior ao do ano passado".

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De acordo com a nota, o número de vagas ofertadas pelo Pronatec será divulgado em breve. O programa foi criado em 2011 para expandir a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país. Foi um dos carros-chefes na campanha da presidenta Dilma Rousseff, com o anúncio que pretendia criar mais 12 milhões de vagas.

Um dos programas reduzidos dentro do Pronatec será o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). O Sisutec, que seleciona para o ensino técnico estudantes que concluíram o nível médio com base nas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já teve as inscrições adiadas mais de uma vez. Não haverá edição no primeiro semestre, como geralmente ocorre. No ano passado, o programa ofereceu aproximadamente 580 mil vagas, somadas as duas edições.

O Ciência sem Fronteiras tem editais de graduação e pós-graduação lançados ao longo de todo o ano. O programa implementou 78.173 bolsas, de acordo com o site do programa. No ano passado a presidenta Dilma renovou o Ciência sem Fronteiras e garantiu 100 mil bolsas até 2018 além das 101 mil prometidas até o final de 2014.

Além dos cortes, o MEC garantiu a manutenção integral dos programas PDDE, da merenda e do transporte escolar. Os três, referentes à educação básica, constam na Lei Orçamentária Anual como despesa obrigatória. Para o PDDE estão previstos R$ 2,93 bilhões – no ano passado estavam previstos R$ 2,5 bilhões. Foram destinados R$ 594 milhões para o programa de transportes, mesmo valor previsto no ano passado, e aproximadamente R$ 3,8 bilhões para o da merenda, contra R$ 3,6 bilhões no ano passado.

"Para se adequar aos ajustes, o  MEC vai priorizar atividades como a construção de creches. O ministério também atua no sentido de garantir os recursos de custeio necessários para garantir o funcionamento das universidades e Institutos", diz a nota.

O contingenciamento de recursos do Orçamento Geral da União 2015 foi anunciado na semana passada. Os ministérios das Cidades, da Saúde e da Educação lideraram os cortes. Juntas, as três pastas concentraram 54,9% do contingenciamento (bloqueio) de R$ 69,946 bilhões de verbas da União. Na área de educação, o contingenciamento totalizou R$ 9,423 bilhões.

A presidente Dilma Rousseff fez um balanço do programa Ciência Sem Fronteiras, durante entrevista coletiva no Palácio do Alvorada. Em campanha para reeleição, ela afirmou que um critério a ser usado no futuro para participação no programa poderá ser o de renda. O programa, de acordo com o site do governo, busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional.

Dilma enfatizou que o governo vai conceder 15 mil bolsas este ano e atingir a sua meta. O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior. Atualmente, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá são os países mais procurados no Ciência Sem Fronteiras.

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O programa Ciências Sem Fronteiras iniciou as inscrições para as próximas chamadas de bolsas para pós-graduação na França. Para se candidatar, os interessados devem acessar a página virtual do programa até o dia 19 de dezembro.

O processo para inscrição é similar para todas as bolsas. O primeiro passo é consultar o catálogo no site do Campus France, que possui mais de 200 temas de pesquisa de níveis doutorado e pós-doutorado, sugeridos pelas escolas doutorais para o Ciência sem Fronteiras, que pode ser acessado através do site do Campus

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Os brasileiros interessados em bolsas para estudar na França podem procurar auxílio gratuito no Campus France, agência oficial do governo francês responsável pela promoção do estudo no país. A vigência das bolsas começa entre julho e outubro de 2015.

Dos 2.587 bolsistas do programa Ciência Sem Fronteira (CsF) que já estão em Portugal - o segundo principal destino do programa -, quase 70% foram para universidades consideradas mais fracas que as principais instituições brasileiras ranqueadas pelo SCImago, reconhecido grupo de pesquisa internacional que classifica os melhores locais para se estudar na América Latina, Portugal e Espanha.

A situação - que preocupa os gestores do programa e custa aos cofres públicos R$ 48 milhões por ano - fez com que o governo federal agisse. Na sexta-feira, cerca de 9,7 mil candidatos ao intercâmbio em Portugal foram notificados pelo CsF sobre a possibilidade de trocarem de país.

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Para chegar aos números, o Estado cruzou as informações sobre a quantidade de bolsas implementadas até janeiro de 2013 com o atual ranking ibero-americano da SCImago - reconhecido grupo de pesquisa internacional que classificou as melhores universidades da América Latina, Portugal e Espanha. Foram considerados índices de qualidade da produção científica e internacionalização dos pesquisadores.

Com base no prestigioso ranking QS World University, quando se compara o curso de Engenharia Civil da UFRJ com o da Universidade de Coimbra - que recebe a maior quantidade de brasileiros -, a instituição do Brasil se sai melhor.

No próprio site da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), umas das administradora do programa, nenhuma universidade portuguesa é sequer listada como referência na seleção de melhores instituições europeias, muito menos na relação das mais destacadas em Engenharia e Tecnologia, área prioritária para o programa."Não que as elas não tenham critério nem parâmetros de aceitação de alunos. Mas a demanda por uma universidade de ponta americana, como Stanford e Harvard é certamente maior", diz Lampreia.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), também gestor do programa, diz que busca parcerias com as melhores universidades "disponíveis". O CNPq informa ainda que o Ministério da Educação está desenvolvendo o programa Inglês sem Fronteiras para aumentar o número de bolsistas enviados para EUA, Canadá, Austrália e Grã-Bretanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Comitê de Acompanhamento do programa do governo federal Ciências sem Fronteiras realizou nessa quarta-feira (23) a sua primeira reunião, cujo objetivo foi orientar a implementação e a adequação do programa às necessidades do Brasil. O comitê é formado por de representantes dos ministérios da Educação, da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), das Relações Exteriores (MRE), da Fazenda (MF), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), do Planejamento

Na reunião, o ministro da educação, Aloizio Mercadante, enfatizou que o Ciêncira estratas sem Fronteiras está sendo trabalho de maneira estratégica em prol do desenvolvimento do país, principalmente da educação. “Estamos investindo em uma questão estratégica para o Brasil. Precisamos ter a ambição de ter universidades de nível mundial no país e estar na linha de frente da pesquisa em ciência, tecnologia e inovação”, destacou Mercadante.

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O comitê realizará mais reuniões, e a idéia dos próximos encontros será definir metas e indicadores, além de discutir as prioritárias de atuação do programa.

*Com informações do Ministério da Educação.

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