Os motoristas e cobradores de Pernambuco decidiram parar suas atividades a partir das 0h da próxima segunda-feira (28). O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou na noite desta quinta (24) que não houve consenso entre a categoria e a classe patronal durante a reunião que aconteceu na tarde de hoje na sede do MPT.
No encontro, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana/PE) e o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros do Estado de Pernambuco (Serpe) mantiveram a proposta de 5% no aumento de salário, criação de um banco de horas com validade de um ano, ampliação dos intervalos intrajornadas para quatro horas e a revalidação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de 2013, o que não foi aceito.
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A categoria pedia que o salário dos motoristas passasse de R$ 1.605 mil para R$ 2.086 mil e dos cobradores de R$ 783,30 para R$ 1.460,65 por mês, um reajuste de 30%. O vale-alimentação, outra reivindicação da pauta, deveria passar de R$ 171 para R$ 400.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Regiões Metropolitanas da Mata Sul e Norte de Pernambuco (STTREPE), Diógenes José, garantiu que mesmo com greve, a população contará com ônibus nas ruas."Os motoristas e cobradores estão predispostos a atendar a população nos 30% da frota que a Justiça exige, mas só vamos acabar com a paralisação depois de uma posição digna".
Em nota, a Urbana-PE disse que se empenhou para chegar a um acordo com os trabalhadores. "O setor tem passado, ao longo dos últimos anos, por um processo de aumento dos custos não acompanhado pela arrecadação de receita. As negociações foram feitas com cautela e responsabilidade, tendo em vista o equilíbrio econômico-financeiro do sistema e a garantia de prestação de um serviço essencial à população". A Urbana-PE ainda informou que não medirá esforços para evitar a interrupção do serviço de transporte e minimizar os transtornos aos usuários.