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Na contramão dos esforços do governo para acelerar o processo de abertura e fechamento de empresas, a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados aprovou na semana passada um projeto de lei que exige a presença física dos empresários e de seus sócios no cartório, diante de um tabelião, para abrir uma nova empresa. O avanço da proposta causou preocupação no meio empresarial.

"É uma burocracia sem sentido, que aumenta os custos e o trabalho do empresário", disse o economista Marcel Solimeo, superintendente institucional da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ele acrescentou que a tendência é informatizar os processos, de modo que no futuro uma empresa poderá ser aberta online. "Não podemos andar para trás."

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Ele lembrou que uma norma semelhante à analisada pela Câmara já existiu no passado, mas foi extinta nos anos 1980 pelo então Ministério da Desburocratização.

De autoria do deputado Milton Monti (PR-SP), o projeto de lei 10.044/2018 obriga a presença física, em cartório, perante um tabelião, dos interessados em abrir uma empresa. Atualmente, basta apresentar os documentos. "A proposta impossibilita a instituição de empresas fantasmas por meio de laranjas", explicou o autor. "O que vemos nas operações da PF é que não é incomum serem usadas notas fiscais frias, emitidas por empresas cujos proprietários são pessoas humildes que nem sabem da irregularidade."

O deputado acrescentou que, por ser um instrumento de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, a proposta tem apoio do Judiciário e do Ministério Público. Monti se diz contrário ao aumento da burocracia. Mas, argumenta, trata-se de uma formalidade a ser cumprida apenas uma vez, e em benefício do combate à corrupção. A burocracia que pesa sobre as empresas, diz ele, é aquela que precisa ser cumprida cotidianamente.

Para entrar em vigor, a proposta ainda tem um caminho a percorrer no Legislativo. Precisa, primeiro, passar pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Por tramitar em caráter terminativo, o texto não precisará passar pelo plenário da Câmara, a menos que haja um recurso exigindo essa apreciação. Depois, ainda precisa ser aprovada pelo Senado. Só então seguirá para o presidente da República, que poderá sancionar o texto ou vetá-lo.

O projeto prevê que na abertura, modificação ou fechamento das empresas exigirão uma escritura pública lavrada por um tabelião de notas e visados por advogados. As exceções são os partidos políticos e as sociedades de advogados. As micro e pequenas empresas terão abatimento de 50% dos emolumentos notariais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), presidida pelo deputado Aluisio Lessa (PSB), visitará o Complexo Industrial Portuário de Suape, nesta quinta-feira (20). A passagem dos parlamentares pelo local antecede a possível vinda do presidente Michel Temer (PMDB) prevista para o próximo dia 27. Ele vai assinar o decreto que devolve a autonomia sobre as licitações do Porto ao Estado.

Segundo Aluisio Lessa, o secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-governador do Estado, Raul Henry (PMDB), e a diretoria da companhia vão apresentar um balanço das atividades desenvolvidas pelo empreendimento em 2016 e o planejamento para este ano durante a agenda com a comissão.

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Ao anunciar a visita ao plenário da Alepe nessa terça-feira (18), o deputado pessebista estendeu o convite para participar da agenda a todos os parlamentares. “Convido todos os deputados, governistas e de oposição, para essa visita, pois Suape é um dos grandes patrimônios de Pernambuco. Construído ao longo de sete governos, o complexo gera emprego e renda, e o ICMS que recolhe é distribuído para todo o Estado”, assinalou Lessa.

 

O deputado Augusto Coutinho (SDD-PE) é o novo presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara. A sessão de eleição foi realizada nesta quarta-feira (26). Engenheiro civil, ele está no primeiro mandato e disse que uma das metas é discutir a "desindustrialização que está ocorrendo no País".

Após a indicação e aprovação do nome, Coutinho agradeceu pelo apoio e garantiu que as eleições e a Copa do Mundo não irão atrapalhar na votação de matérias importantes "Tenho a convicção de que temos que ter a habilidade e a competência de não faltar ao Brasil as soluções que sejam importantes. Essa é a minha missão como presidente", disse. Para ele, a geração de emprego é um dos fatores fundamentais para o crescimento da indústria e comércio e o desenvolvimento do Brasil.

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As 22 comissões permanentes da Câmara estão realizando a primeira sessão nesta quarta. O ato inicial é eleger o presidente e os três vices de cada colegiado. O comando foi definido entre os líderes partidários. A distribuição é feita de acordo com a representação na Casa e a importância do colegiado.

Confira como ficou a presidência das comissões permanentes da Câmara:

- Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - Paulo Feijó (PR-RJ);

- Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática - Ricardo Tripoli (PSDB-SP);

- Constituição e Justiça e de Cidadania - Vicente Cândido (PT-SP);

- Cultura - Alice Portual (PCdoB-BA);

- Defesa do Consumidor - Sérgio Brito (PSD-BA);

- Desenvolvimento Urbano - Mauro Lopes (PMDB-MG);

- Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio - Augusto Coutinho (SDD-PE);

- Direitos Humanos e Minorias - Assis do Couto (PR-PT);

- Educação (Glauber Braga (PSB-RJ);

- Esporte - Damião Feliciano (PDT-PB);

- Finanças e Tributação Mário feitoza (PMDB-CE);

- Fiscalização Financeira e Controle - Hugo Motta (PMDB-PB);

- Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia - Domingos Neto (Pros-CE);

- Legislação Participativa - Zequinha Marinho (PSC-PA);

- Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Arnaldo Jordy (PPS-PA);

- Minas e Energia - Geraldo Thadeu (PSD-MG);

- Relações Exteriores e de Defesa Nacional - Eduardo barbosa (PSDB-MG);

- Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado - Pauderney Avelino (DEM-AM);

- Seguridade Social e Família - Amauri teixeira (PT-BA);

- Trabalho, de Administração e Serviço Público;

- Turismo - Renato Molling (PP-RS).

- Viação e Transportes - Arnaldo Faria de Saá (PTB-SP).

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