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Por orientação da presidenta Dilma Rousseff, o vice-líder do governo na Câmara, Odair Cunha (PT-MG), levou aos partidos oposicionistas a proposta de que todos os ministros envolvidos em denúncias irão à Casa prestar esclarecimentos sem precisarem de requerimentos de convocação. O acordo, anunciado na reunião de líderes partidários, teve a chancela do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).

Na segunda-feira, Dilma avisara os aliados que as denúncias de corrupção nos ministérios comandados pela base terão de ser tratadas no Congresso. É a nova estratégia para tirar do colo da presidenta a necessidade responder cotidianamente por irregularidades no governo e reservar a Dilma uma agenda positiva.

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Na nova estratégia palaciana, o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, tomou a dianteira. O ministro Wagner Rossi comparecerá hoje à Comissão de Agricultura da Câmara para prestar esclarecimentos sobre a denúncia feita por Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de que há um esquema de corrupção na pasta. Outra audiência nos mesmos moldes deve ocorrer nas próximas semanas no Senado.

A tática peemedebista foi acertada em reunião entre Temer e caciques do partido. O PMDB quer mostrar união em defesa da legenda e rebater logo as suspeitas de corrupção, para evitar uma "faxina" nos moldes da ação em curso no Ministério dos Transportes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As autoridades dos Estados Unidos podem abalar a já fraca recuperação econômica se adotarem cortes imediatos de gastos e subirem impostos, afirmou o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês). Porém, um acordo sobre um plano fiscal de longo prazo seria benéfico para a economia. Em relatório, o CBO alertou que, até o fim deste ano, a dívida federal atingirá cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior porcentual desde pouco depois da Segunda Guerra Mundial.

O escritório de pesquisa não partidário do Congresso disse ainda, em sua previsão de longo prazo, que os enormes déficits orçamentários dos EUA que estão agora sendo debatidos em Washington "provavelmente diminuirão marcadamente" durante os próximos anos, à medida que a economia se recuperar e as medidas de estímulo expirarem.

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Apesar da previsão, o documento destaca que o rápido crescimento dos gastos em programas de benefícios, como Seguridade Social e Saúde, bem como a aposentadoria da geração dos baby boomers, continuarão a comer uma porção maior do orçamento federal ao longo dos próximos 25 anos.

O CBO afirmou que, se as atuais leis forem mantidas, o programa de Seguridade Social e os maiores programas obrigatórios de saúde representarão 15% do PIB dos EUA em 2015, uma alta de 10% ante a proporção atual. O escritório disse que o gasto total do governo, excluindo o pagamento de juro, foi em média de cerca de 18,5% nos últimos 40 anos. "A previsão orçamentária para a próxima década em diante é desanimadora", ressaltou o CBO no relatório.

Discussão política

O governo Obama e os membros republicanos e democratas do Congresso têm debatido por meses como e em qual prazo os EUA deveriam começar a lidar com seus déficits anuais. O vice-presidente, Joe Biden, conduziu recentemente conversações com os principais membros dos partidos para alcançar um acordo para elevar o teto da dívida do governo, a fim de evitar um default, bem como para adotar um plano fiscal mais amplo e sustentável.

A principal questão para democratas e republicanos é sobre qual é a melhor forma de alcançar um equilíbrio melhor entre as receitas e os gastos federais. Alguns legisladores, principalmente do partido Republicano, pediram que cortes de gastos imediatos neste ano fossem incluídos em qualquer acordo para aumentar o limite máximo da dívida dos EUA.

Mas o CBO alertou para essa abordagem no relatório, argumentando que a execução de "tais mudanças enquanto a atividade econômica e o emprego continuam bem abaixo de seus níveis potenciais poderá desacelerar o crescimento econômico" do país.

Ainda assim, o escritório concordou com a posição do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, de que os EUA precisam de um plano fiscal crível de médio e longo prazo, para evitar um efeito prejudicial do crescimento dos déficits e um aumento da dívida.

O relatório destacou ainda que uma falha em lidar com os níveis de endividamento crescentes restringirá a capacidade dos formuladores de políticas públicas de responder a uma crise econômica, a reduções da poupança nacional e a uma potencial diminuição no investimento doméstico. As informações são da Dow Jones.

O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), admitiu hoje que não é preciso alterar o texto da Medida Provisória (MP) que propõe um Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para agilizar as licitações das obras da Copa do Mundo de 2014.

O PMDB se convenceu dos argumentos do governo após se reunir ontem com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. "Não existe sigilo. O texto busca apenas evitar o conluio de empresas no momento da licitação", disse o senador. Para Raupp, basta melhorar a redação do artigo para eliminar as dúvidas sobre o assunto.

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A oposição criticou um dispositivo da MP que permite manter sob sigilo o valor de referência das obras e serviços contratados nas licitações. Inicialmente, o PMDB endossou os argumentos e passou a exigir a mudança no texto. Agora, Raupp recuou, reconhecendo que o objetivo do sigilo é evitar que as empresas combinem preços entre si e comprometam a concorrência.

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