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O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, reafirmou a existência de plantações de maconha e laboratórios que produzem drogas clandestinamente em universidades federais do Brasil na tarde desta quarta-feira (11). As afirmações foram feitas à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que o convocaram para prestar esclarecimentos sobre uma entrevista concedida ao Jornal da Cidade no mês de novembro, quando ele afirmou que as universidades federais são "madrastas de doutrinação", laboratórios de metanfetamina e "tem plantações extensivas" de maconha. 

“Mais do que a frase solta que há plantações de maconha nas universidades federais, as plantações são reflexo de um consumo exagerado, fora de controle, de drogas nas faculdades, isso eu tenho pesquisa e vou mostrar. Há, houve a utilização de um laboratório de química de uma universidade federal para produção de drogas sintéticas. Esse é um material amplamente acessível que eu encontrei na internet e passou em vários noticiários. A Universidade de Brasília não tinha uma oficina clandestina para fazer patins de patinação no gelo para patinar no lago paranoá porque não há demanda para isso. O que havia era uma plantação de maconha no campus”, disse Weintraub aos deputados. 

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Confira o vídeo abaixo:

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O ministro também afirmou que o consumo de drogas nas universidades federais do país é epidêmico e vem sendo enfrentado pelo governo para que todos os pagadores de impostos que chegarem à universidade encontrem um ambiente saudável. “Eu sou a favor da autonomia universitária para pesquisa, para ensino. Pode ensinar o que quiser, falar de Karl Marx, não tem problema. Agora, a polícia tem que entrar nos campi”, disse Weintraub. 

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As mortes em decorrência do consumo de drogas aumentaram em todo o mundo e o mercado ilegal continua a registrar recordes. É o que conclui o novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com o documento, as mortes vinculadas ao consumo de drogas chegaram a 585 mil em 2017, ano que 271 milhões de pessoas – o equivalente a 5,5% da população mundial – com idades entre 15 e 64 anos consumiram entorpecentes. Desses usuários, os mais sensíveis são os que sofrem de toxicomania, que chegam a 35 milhões de pessoas.

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A droga mais popular é a cannabis, com 188 milhões de consumidores em todo o mundo, porém as que mais causam mortes são os opioides (psicoativos), responsáveis por dois terços das vítimas fatais atribuídas ao consumo de entorpecentes. Estima-se que 4% dos americanos adultos tenham consumido algum tipo de ópio, pelo menos uma vez, em 2017. Das 70.237 mortes por overdose contabilizadas no país nesse ano, 47.600 foram devido ao uso de ópios, 13% a mais do que em 2016.

Em relação à produção, tanto o opioide quanto a cocaína bateram recordes. A produção mundial de cocaína atingiu um nível histórico em 2017, com 1.976 toneladas, 25% a mais do que no ano anterior. A ONU alerta sobre uma nova epidemia de ópios na África, causada por um analgésico chamado tramadol, na qual a produção está se ampliando rapidamente também pelo Oriente Médio.

O documento também destaca que a prevenção e o tratamento continuam a falhar em diversas partes do mundo e só uma a cada sete pessoas com problemas graves de dependência está em tratamento. No Brasil, nesta quarta-feira (26), o governo do estado de São Paulo anunciou uma nova campanha nas escolas para conscientizar os adolescentes sobre os malefícios das drogas.

"As campanhas de prevenção nas primeiras fases de vida são fundamentais para reduzir a dependência química no futuro. Apesar de culturalmente aceito na maioria dos países, o álcool é a porta de entrada para outras drogas. O poder público e a sociedade precisam discutir alternativas urgentes para dificultar que crianças e adolescentes tenham acesso às bebidas alcoólicas e outras drogas", afirmou o secretário estadual da Justiça e Cidadania, Paulo Dimas Mascaretti, em referência ao levantamento do Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que mostra que o primeiro contato dos adolescentes com o álcool costuma ocorrer por volta dos 13 anos.

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