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A Nova Zelândia vai criar uma equipe de investigadores dedicada apenas a combater o extremismo na internet, enquanto o governo lida com as falhas que foram demonstradas após o massacre de Christchurch, anunciou a primeira-ministra Jacinda Ardern.

Ardern quer obrigar as empresas de tecnologia a adotar medidas drásticas contra o material extremista desde que um homem armado matou 51 fiéis muçulmanos em Christchurch em março e exibiu parte do ataque no Facebook.

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A primeira-ministra também admitiu que o massacre, que aconteceu em duas mesquitas desta cidade da Ilha Sul, revelou que o governo precisava aumentar os recursos para conter a propagação da violência na internet.

"Teremos uma equipe especial concentrada em captar e interromper conteúdo extremista violento em nossos canais digitais", disse.

"Funcionará de forma parecida a como procuramos material de exploração sexual infantil, trabalhando com os provedores de conteúdo online para captar e suprimir conteúdo nocivo", completou.

Ardern afirmou que o Departamento de Assuntos Internos contratará 17 especialistas para tarefas de investigação, forenses e inteligência.

O Google afirmou que está aumentando os esforços e contratando um número significativo de pessoas para reprimir anúncios comerciais que aparecem ao lado de conteúdo extremista, depois de várias empresas suspenderem acordos de publicidade com a gigante da tecnologia e sua plataforma de vídeo no YouTube.

Em um post de blog publicado nesta terça-feira (21), o diretor de negócios do Google, Philipp Schindler, disse que a empresa começou a reforçar as mudanças em torno das políticas de anúncios.

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"Nós sabemos que os anunciantes não querem seus anúncios junto a um conteúdo que não se alinha aos seus valores. Por isso, a partir de hoje estamos adotando uma postura mais dura em relação a conteúdos de ódio, ofensivos e depreciativos", escreveu.

"Isso inclui remover anúncios de conteúdo que está atacando ou assediando as pessoas com base em sua raça, religião, gênero ou categorias semelhantes de forma mais eficaz. Essa mudança nos permitirá agir, quando apropriado, em um conjunto maior de anúncios e sites", acrescentou.

No evento anual da Advertising Week Europe, em Londres, o presidente do Google para a Europa, Oriente Médio e África, Matt Brittin, pediu desculpas às empresas afetadas por tais anúncios.

Além de gigantes corporativos, incluindo Marks & Spencer e HSBC, o governo britânico disse na semana passada que suspendeu sua publicidade no YouTube, porque os anúncios sendo exibidos ao lado de conteúdo considerado homofóbico, extremista ou antissemita.

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