Diariamente, a curva de crescimento do novo coronavírus é detalhada pela imprensa. No mês de dezembro, o Ministério da Saúde registrou 7.318.821 casos confirmados de Covid-19 e, ao que tudo indica, o primeiro semestre de 2021 continuará com as medidas de segurança até que a vacina seja disponibilizada para toda a população. Entre os diversos prejuízos, a pandemia impactou não somente a saúde das pessoas, como também o mercado de trabalho, como afirma Kezia da Silva, psicóloga e recrutadora da indústria metalúrgica 'Expometal'.
“A pandemia trouxe um retrocesso para a economia, ocasionando desemprego e pior, o comprometimento da saúde física e mental das pessoas”, diz a especialista. Ela acrescenta: “Acredito que se continuar como está, teremos ainda mais desemprego.”
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Para a psicóloga e recrutadora de uma indústria farmacêutica, Patricia Neves, caso a pandemia continue em 2021, alguns mercados serão afetados negativamente, outros positivamente. “Acredito que alguns setores vão se retrair, outros estão indo de encontro à crise e demonstram índices de crescimento. Um exemplo claro é o campo da saúde mental que vem com uma demanda crescente”, explica.
A analista de Recursos Humanos (RH) do Grupo Ser Educacional, Cleyciane Paz, comenta que com a chegada da pandemia, um novo cenário surgiu no mercado de trabalho. Ela aconselha que, “para garantir a sua empregabilidade, os profissionais precisarão criar estratégias para se reinventar e se adaptar a este contexto.
"É importante que o profissional entenda a nova realidade da sua área, busque se capacitar, invista em networking e busque entender e dominar as novas habilidades exigidas pelo mercado de trabalho”, elenca analista de RH. Patricia Neves também pontua como os profissionais podem se reinventar para atender às novas demandas: “Pensando em um mercado ainda mais competitivo, o profissional que entende que ele é seu maior concorrente, procura se qualificar na área que propõe atuar, investe em equilíbrio emocional e demonstra um padrão adaptativo, conquistando assim maiores chances de manter sua empregabilidade e/ou conquistá-la.”
Ao LeiaJá, a analista do Grupo Ser comenta que diante do “novo normal”, as empresas também precisam se reinventar. Para isso, segundo ela, "os profissionais de RH das corpoções estão investindo nos processos de recrutamento e seleção para que os novos contratados estejam alinhados a este novo perfil desenhado pela pandemia.”
A especialista ainda indica quais são os principais perfis e habilidades profissionais buscados pelos selecionadores; confira:
1 - Resiliência
É de extrema importância a capacidade de se reinventar diante de situações adversas; a resiliência permite que o indivíduo desenvolva habilidades e encontre soluções para superar os desafios e se adaptar às mudanças.
2 - Conhecimento tecnológico
Diante da necessidade de distanciamento social, as tecnologias foram essenciais para a continuidade dos processos neste caso. É de extrema importância que o profissional esteja atento às novas tecnologias para não ficar distante desta nova rotina virtual das empresas.
3 - Capacitação contínua
Esse processo também é chamado de recapacitação. A área de RH está cada vez mais atenta a esses profissionais que buscam continuamente desenvolver novas habilidades e novos conhecimentos que agregam em sua carreira e geram diferencial competitivo para as organizações.
4 - Empatia
A área de Recursos Humanos busca, cada vez mais, estratégias para proporcionar qualidade de vida aos seus colaboradores. Também almeja que seus novos contratados sejam profissionais sensíveis ao outro, que se colocam à disposição para apoiá-lo e que contribuem positivamente com o clima da organização.
5 - Inteligência emocional
Estamos em um momento de incerteza, medo e muita cobrança e o perfil ideal buscado pelas empresas é aquele profissional que compreende e gerencia os seus próprios sentimentos.
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