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A partir desta quinta-feira (2), os clientes do Banco do Brasil poderão contratar operações de crédito pessoal pelo WhatsApp. O banco tornou-se o primeiro do país a usar o aplicativo de mensagens para a contratação de empréstimos.

Todo o processo é feito por meio do WhatsApp. Basta o cliente iniciar uma conversa com o número (61) 4004-0001 para contratar a operação. O assistente de inteligência artificial permite a simulação das condições, como data de vencimento, juros e valor das parcelas, antes da contratação.

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Clientes que já têm empréstimos pessoais com o banco também poderão usar o WhatsApp para acompanhar o extrato das operações. Até o fim do ano, o BB pretende ampliar a oferta de crédito pelo aplicativo, incluindo crédito consignado, antecipação da restituição do Imposto de Renda, antecipação do décimo terceiro e crédito para veículos.

Nos últimos 90 dias, o BB fez mais de 23 milhões de atendimentos em assistentes virtuais. Segundo o banco, grande parte desse total estava relacionada a dúvidas sobre operações de crédito. A solução tecnológica, informou a instituição financeira, foi desenvolvida com base nos relatos dos clientes.

Pioneirismo

O BB foi o primeiro banco no país a oferecer serviços por meio do WhatsApp, inicialmente com consultas de saldo. Posteriormente, a ferramenta passou a fornecer extratos e faturas do cartão de crédito. As operações por meio do aplicativo foram ampliadas para transferências, pagamentos, Pix e renegociação de dívidas, entre outras.

O banco foi pioneiro em diversas soluções sem interação humana, como o envio do informe de rendimentos. Entre outras inovações, estão o entendimento de mensagens de voz pelo assistente de inteligência artificial e o oferecimento de assistente virtual especializado em pessoas jurídicas, além de serviços relativos ao INSS sem interação humana e cobranças bancárias pelo WhatsApp.

Com a facilidade de obter crédito, atualmente, muitos consumidores têm recorrido ao cheque especial, que também é uma das modalidades mais caras do mercado. Cerca de 20% dos brasileiros recorrem aos limites especiais durante o ano, segundo aponta o levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A pesquisa também registrou que 40% dos usuários dessa modalidade de crédito tem o hábito de utilizar o saldo extra todos os meses.

O cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovada oferecida pelos bancos que, na maioria das vezes, é usada de maneira automática pelo correntista quando não há saldo suficiente para cobrir os débitos em conta. Em média, os juros cobrados chegam a 320% ao ano, números que são superiores aos cartões de crédito rotativo, segundo o Banco Central.

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Um dado preocupante é que 38% dos entrevistados não analisam as tarifas e juros envolvidos na utilização do limite. Cerca de 25% dos consumidores que recorreram ao cheque especial, precisavam do valor, independente dos custos. Quatro em cada dez usuários (43%) desconhecem o valor dos juros e taxas que os bancos cobram ao usar o limite de cheque especial.

A pesquisa também aponta que 68% dos consumidores que utilizaram o cheque especial, receberam o limite de maneira automática, ou seja, sem solicitar ao banco ou instituição financeira. Entre os motivos para recorrer ao saldo extra, estão os imprevistos como doenças ou compra de medicamentos (25%) e, o descontrole no pagamento de contas (25%).

O número de pessoas que buscaram crédito em todo o País no primeiro trimestre deste ano cresceu 5,8% na comparação com igual período do ano passado, informou a Serasa Experian. Em março ante fevereiro, sem ajuste sazonal, o crescimento no Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito foi de 11,3%.

Os economistas da Serasa Experian avaliam que o "recuo da inadimplência do consumidor e a manutenção de uma dinâmica favorável do mercado de trabalho vêm estimulando uma recuperação gradativa da demanda do consumidor por crédito, iniciada no último trimestre do ano passado e que se manteve nesta mesma tendência durante o primeiro trimestre de 2013". Nos últimos três meses de 2012, a alta na busca das pessoas por crédito foi de 5,9% em relação a igual período de 2011.

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No primeiro trimestre, os consumidores de menor renda mensal lideraram a busca por crédito. O indicador no grupo dos que ganham até R$ 500 por mês subiu 12,2% no acumulado dos três primeiros meses do ano. Entre os que recebem de R$ 500 a R$ 1.000 mensais, a alta foi de 8,2%. Para os consumidores que ganham entre R$ 1.000 e R$ 2.000 mensais, o avanço na busca por crédito foi de 3,9% no primeiro trimestre.

Entre aqueles que possuem rendas mais altas, as variações foram menores: alta de 1,3% para os que ganham de R$ 2.000 a R$ 5.000, queda de 0,2% para os que têm rendimento entre R$ 5.000 e R$ 10.000 e alta de 1,2% para aqueles com renda maior do que R$ 10.000.

Os maiores crescimentos na demanda dos consumidores por crédito aconteceram, nos primeiros três meses do ano, no Norte (16,3%) e no Nordeste (11,3%). No Sudeste, a expansão foi de 4,6%, no Sul, de 3,2%, e no Centro-Oeste, de 2,2%.

A Caixa Econômica Federal anunciou hoje a redução de juros em algumas linhas de crédito para famílias e empresas. A decisão, segundo o banco, foi tomada após a redução do juro básico da economia (Selic), de 0,50 ponto porcentual no fim do mês passado. Na pessoa física, a redução principal ocorre no crédito pessoal. O cheque especial e o cartão de crédito, porém, não serão beneficiados.

Entre as operações para os consumidores, todas as linhas com redução terão diminuição do juro de 0,73 ponto porcentual. Para o crédito pessoal, a taxa mínima recuou de 4,84% para 4,11% ao mês. Para o Crédito Direto ao Consumidor (CDC), a redução foi de 6,14% para 5,41%. Para a antecipação da restituição do Imposto de Renda, queda de 3,28% para 2,55%.

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Algumas linhas de crédito para empresas também foram beneficiadas. Para o capital de giro parcelado, o juro caiu de 3,67% para 2,14%. Para o desconto de títulos, retração de 2,80% para 1,93% na taxa mínima mensal. As novas taxas passam a vigorar na próxima semana.

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