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O governo Bolsonaro mirou nos bancos e "alvejou um tiro certeiro no consumidor", que sofrerá com aumento do custo do crédito num momento de alta da inflação e dos juros no Brasil. O recado foi dado ontem pelo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, após o presidente Jair Bolsonaro editar medida provisória, na noite da quinta-feira, em edição extra do Diário Oficial da União, que aumenta a tributação dos bancos.

Em entrevista ao Estadão, Isaac Sidney subiu o tom das críticas à medida, que eleva de 20% para 21% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). As instituições financeiras não bancárias também foram atingidas, com elevação de 15% para 16%. A medida entra em vigor em agosto e vai até o fim do ano, engordando os cofres públicos em R$ 850 milhões.

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A alta foi feita para compensar a renúncia do Refis (parcelamento de débitos tributários) das empresas do Simples Nacional e de microempreendedores individuais (MEIs) mais afetados pela pandemia.

Os sinais de que a carga tributária dos bancos seria mais uma vez elevada surgiram no fim do ano passado, para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos. Em março de 2021, o governo já havia elevado a mesma alíquota da CSLL das instituições financeiras, de 20% para 25%, desta vez para compensar a perda de receita com o corte do PIS/Cofins sobre óleo diesel e gás de cozinha.

No governo, as críticas foram mal recebidas. Auxiliares do presidente viram viés político em ano de eleições. O que mais preocupou foi o presidente da Febraban ter afirmado que o governo não pensa nas consequências para a inflação - justamente, o ponto de maior fragilidade de Bolsonaro na campanha à reeleição.

Além dos bancos, o presidente comprou briga com a bancada do Norte no Congresso, ao ampliar o corte do IPI para 35% e retirar incentivos para a indústria de refrigerantes, duas medidas que afetam a competitividade da Zona Franca de Manaus.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 15, a proposta que aumenta a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para bancos e outras instituições financeiras, como seguradoras e administradoras de cartão de crédito.

O texto da medida provisória, que passou na Câmara há duas semanas, segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff em votação simbólica - quando não há o registro nominal de votos dos senadores. A proposta tinha até a sexta-feira, 18, para passar no Senado, sob pena de perder a validade.

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Enviada em maio, a MP 675 elevou de 15% para 20% a alíquota da CSLL para o setor financeiro. Já na tramitação no Congresso Nacional, foi incluído um prazo para a alíquota maior vigorar, que vai até o dia 1º de janeiro de 2019, quando o porcentual volta ao patamar anterior.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora da proposta na comissão mista da MP, defendeu que na atual conjuntura todos os setores são instados a contribuir. "Muitos segmentos estão sendo chamados a ajudar", disse.

No texto lido em plenário, a petista citou lucros recentes de instituições bancárias brasileiras públicas e privadas mesmo em meio à recessão econômica. Ela disse que, "infelizmente" diante das resistências, decidiu recuar da sua intenção inicial de tributar a CSLL dos bancos de 23% para 20% para viabilizar a aprovação da proposta. "Tivemos que fazer uma grande concessão e discussão para não ter essa MP derrubada", admitiu ela, ao declarar que não conseguiu avançar como queria.

Senadores de partidos da oposição e até da base aliada criticaram mais uma iniciativa de aumento de impostos. "Não é nada de ajuste fiscal, o que estamos votando e discutindo é o custo da eleição da presidente Dilma", afirmou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). "Vamos agradar os banqueiros e dizer que o sacrifício deles é apenas por quatro anos", disse o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Antes da votação do mérito, o plenário havia rejeitado, por 49 votos a favor e 17 contra, apreciar separadamente do texto principal da MP uma emenda que pretendia diminuir de 20% para 9% a alíquota da CSLL das seguradoras especializadas em saúde. O pedido foi apresentado pelo presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). Se o mérito do pedido tivesse passado, a MP teria de voltar à Câmara e provavelmente não haveria tempo hábil para a votação.

Pouco antes da votação da MP da CSLL, os senadores aprovaram em plenário a MP 674/2015, que abriu um crédito extraordinário de R$ 904,75 milhões para atender a despesas de três ministérios: do Desenvolvimento Agrário, da Defesa e da Integração Nacional.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou na noite desta sexta-feira (22), que viu como positivo o anúncio da MP que eleva a alíquota da CSLL sobre bancos e outras instituições financeiras, de 15% para 20%, e disse acreditar que novas medidas deverão vir. "Acho que foi positivo, é uma medida positiva como outras que deverão seguir", disse. "Já teve aumento do IOF, aumento do imposto de importação, teve algumas medidas para usar a linguagem de vocês que batem no andar de cima", afirmou aos jornalistas ao chegar para a abertura do Congresso estadual do partido, em São Paulo.

Segundo Falcão, há ainda a expectativa de que o governo coloque na pauta o imposto sobre grandes fortunas. "Isso é decisão do governo", disse. "Estou imaginando que deva haver já que tem muita gente defendendo, discutindo. Não no governo, mas entre nós", afirmou.

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O petista defendeu ainda o retorno da CPMF como uma alternativa para o governo conseguir obter mais recursos. "A CPMF era um imposto que o Joaquim Levy já defendeu no passado", disse, reforçando que o imposto tem como finalidade arrumar mais recursos para a saúde. "É um imposto limpo, não regressivo, transparente", disse.

Questionado sobre se o retorno de tributos ou até a criação de novos impostos não seria uma forma de penalizar ainda mais os brasileiros em um momento de desemprego em alta, Falcão argumentou que, no caso da CPMF somente 13 milhões de pessoas eram impactas. "Não dava nem 10% da população, seria um esforço importante para você, além de cortar custeio, arrumar recursos para investimento", disse.

Sobre a provável intenção do ministro da Fazenda em criar novos impostos, Falcão disse que o importante é ver que camada social essa criação de tributos poderia impactar. "Não sei quais impostos e se ele vai propor, mas impostos que peguem quem tem condições de arcar com eles é bom", afirmou.

O presidente do PT esteve hoje em Brasília, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a convite da presidente Dilma Rousseff. Falcão não quis falar o assunto do encontro e minimizou o fato dos dois terem disso chamado por Dilma de última hora. "Periodicamente a gente conversa", disse.

Perguntado sobre se o tamanho do contingenciamento do Orçamento anunciado hoje pelo governo de R$ 69,9 bilhões foi um dos temas da reunião, Falcão esquivou-se e disse que "não fala de reunião". Ele disse ainda que a presidente Dilma vai explicar todas as decisões do governo em relação ao ajuste. "Ela vai explicar, imagino que sim."

Sobre se achava o tamanho do corte de despesas era suficiente para que o governo cumpra a meta fiscal e "feche a conta", Falcão disse. "Vai fechar."

Apesar da expectativa positiva do governo, a arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) decepcionou e apresentou queda de 6,48% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O recuou da arrecadação foi de R$ 4,028 bilhões.

O governo contava com o aumento dos tributos que incidem sobre o lucro das empresas no primeiro trimestre, quando é feito o ajuste do Imposto de Renda do ano passado. O prazo do ajuste terminou em março. Nos primeiros três meses, a arrecadação do IRPJ e da CSLL somou R$ 58,143 bilhões, ante R$ 62,171 bilhões no mesmo período de 2013.

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A arrecadação do IRPJ e da CSLL, referente ao ajuste do ano passado somou R$ 8,204 bilhões, com alta de 24,57% sobre os R$ 6,586 bilhões obtidos nos três primeiros meses de 2013. Por outro lado, o que derrubou a arrecadação total do IRPJ e da CSLL no primeiro trimestre foi o pagamento das empresas que recolhem por estimativa mensal. A queda foi de 19,05% ou equivalente a R$ 6,069 bilhões.

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a possibilidade de empresas deduzirem do Imposto de Renda (IRPJ) o que pagaram de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Por maioria, o tribunal rejeitou pedido do Banespa S/A Serviços Técnicos Administrativos e de Corretagem de Seguros.

A empresa argumentava no processo que o CSLL é "despesa operacional". "O imposto sobre a renda deve incidir somente sobre o acréscimo patrimonial. Razão pela qual a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido deverá ser deduzida da determinação do lucro local", afirmou a empresa no recurso. Se deduzisse do IR o que paga de contribuição, a empresa afirma que teria desconto de aproximadamente R$ 2,4 milhões.

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Os ministros entenderam que a CSLL não se enquadra no conceito de despesa operacional. Somente o ministro Marco Aurélio Mello defendeu que a CSLL pudesse ser tirada da base de cálculo do IRPJ.

O montante de impostos arrecadados no estado de Pernambuco, através da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), chegou à cifra de R$ 1,782 bilhão no mês de janeiro de 2013. Os principais tributos contabilizados são: Receita previdenciária, Contribuição para a seguridade social (CONFINS), imposto de renda de pessoa jurídica (IRPJ) e física (IRPF), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e os sem a importação e Contribuição do PIS/PASEP.

Pernambuco apresentou o menor crescimento de arrecadação em janeiro deste ano, principalmente, nos resultados do IRPJ e CSLL, com crescimentos nominais em relação ao mesmo mês de 2012 de - 13% e – 35%, respectivamente. Outras receitas administradas também apresentaram no começo de 2013, queda de 32% na arrecadação, devido à perda dos recolhimentos da Cide-Combustíveis e ainda a classificação no mês nesse mês dos pagamentos do parcelamento da Lei 11.941/09 nos diversos tributos (COFINS/PIS/IRPJ/etc).

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Cide-Combustíveis:

A Lei n º 10.336, de 19 de dezembro de 2001 , instituiu a Cide-Combustíveis, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e suas correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos combustíveis ( fuel-oil ), gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado de gás natural e de nafta, e álcool etílico combustível.

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