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O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira (20) a abertura de um ação judicial antitruste contra o Google, acusado de adotar práticas ilegais para manter o monopólio dos mecanismos de busca no país. O processo foi protocolado na Corte Distrital de Washington D.C.

O caso marca o maior desafio legal dos EUA contra uma companhia dominante do setor de tecnologia em duas décadas, e tem potencial de abalar o Vale do Silício. Em comunicado, o órgão alega que a gigante de tecnologia responde por quase 90% das pesquisas online nos EUA e exerce condutas anticompetitivas para garantir o controle do mercado. Entre as alegações, o DoJ cita a proibição de que usuários do sistema operacional Android deletem o aplicativo de buscas de seus aparelhos, além de parcerias firmadas com a Apple para que a plataforma tenha exclusividade no navegador Safari.

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Para o Departamento, as ações do Google têm efeito prejudicial sobre a concorrência e consumidores, reduzem a qualidade no setor e forçam anunciantes a pagarem mais do que o necessário. "Esse processo atinge o cerne do controle do Google sobre a internet para milhões de consumidores, anunciantes, pequenas empresas e empresários americanos em dívida com um monopolista ilegal", declarou o procurador-geral, William Barr.

Falhas na ação

A Alphabet, controladora do Google, chamou de "profundamente falho" o processo antitruste aberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra a gigante da tecnologia. "As pessoas usam o Google porque escolhem - não porque são forçadas ou não encontram alternativas", argumentou a companhia, em publicação no Twitter.

Após 16 anos de suspensão, o governo dos Estados Unidos (EUA) anunciou nesta quinta-feira (25) que retomará a execução de condenados à pena de morte por tribunais federais. Cinco presos devem executados a partir de dezembro.

No ano passado, ocorreram 25 execuções nos Estados Unidos. Mas todas foram levadas a cabo por autoridades estaduais. A última execução pelo governo federal ocorreu em 2003. 

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De acordo com o procurador-geral do país, William Barr, o retomada das execuções visa "fazer justiça às vítimas dos crimes mais horríveis". "O Departamento de Justiça respalda o Estado de direito e devemos às vítimas e às suas famílias levar adiante a sentença imposta pelo nosso sistema de justiça".

O procurador transmitiu sua decisão ao Federal Bureau of Investigation (FBI) e pediu ao diretor interino, Hugh Hurwitz, que programe as execuções de cinco presos que foram condenadas à morte por assassinato, por crimes de tortura e estupro contra crianças e idosos.

Barr ressaltou que "sob Governos de ambos os partidos, o Departamento de Justiça buscou a pena de morte para os piores criminosos, incluindo estes cinco assassinos, cada um dos quais foi condenado por um júri após um processo completo e justo".

O Supremo Tribunal restituiu a pena de morte em 1976 e isso permitiu aos Estados mais conservadores do sul dos EUA, como Alabama e Mississipi, implementar esta pena. Em 1988, o Congresso americano aprovou ainda uma lei que permitia executar algumas pessoas condenadas por crimes relacionados às drogas.

Em 2014, após uma execução fracassada, o então presidente americano Barack Obama pediu ao Departamento de Justiça para conduzir revisões aos programas de execução de pena de morte, tanto em nível federal como em vários estados. Questões relacionadas com as drogas letais utilizadas nas execuções estiveram na origem destes pedidos de revisão.

Segundo o Departamento de Justiça, revisão foi concluída e as execuções podem ser retomadas. Barr aprovou um novo procedimento para injeções letais que substitui o coquetel de três drogas usado anteriormente por uma substância única. O método é semelhante ao usado em vários estados, como Geórgia, Missouri e Texas.

Execuções em nível federal são raras nos EUA. Desde a restauração da pena em 1988, o governo executou apenas três condenados. O caso mais recente foi a 18 de março de 2003. Apesar de legal no país, vários estados americanos declararam tal prática como ilegal ou adotaram moratórias.

Atualmente, há 61 pessoas no corredor da morte a nível federal. Entre os condenados estão o autor do atentado à Maratona de Boston em 2013, Dzhokhar Tsarnaev, e o atirador de Charleston, Dylann Roof, que matou nove pessoas no ataque à Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em junho de 2015.

O presidente americano, Donald Trump, é defensor da pena de morte e já chegou a sugerir que os Estados Unidos deveriam adotar leis mais severas sobre o tráfico de drogas citando como exemplo as Filipinas, onde desde a eleição de Rodrigo Duterte milhares de suspeitos de tráfico estão sendo executados pela polícia.

O britânico Marcus Hutchins, de 23 anos, famoso por ter parado os ataques do WannaCry, vírus causador de ciberataque mundial, foi detido pelo FBI na última quarta-feira (2). Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Hutchins teria participado da criação e distribuição do vírus Kronos.

Os crimes do britânico teriam sido cometidos entre julho de 2014 e julho de 2015. Ele é acusado de conspiração para cometer fraude e abuso em computador, distribuição e anúncio de dispositivo de interceptação de comunicação eletrônica, tentativa de interceptar comunicações eletrôncios e tentativa de acessar computador sem autorização. 

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Ainda segundo o Departamento de Justiça, informações públicas apontavam que o Kronos havia aparecido primeiro através de certos fóruns da internet no início de 2014 e distribuído através do Alphabay, um serviço escondido na rede Tor. O Alphabay foi fechado no dia 20 de julho deste ano.

Desde que foi criado, há informações de que o Kronos roubou informações bancárias em países como Canadá, Alemanha, Polônia, França e Reino Unido. Hutchins estava nos Estados Unidos para uma conferência e foi preso no aeroporto.

O jovem acabou recebendo a fama de herói em maio, após conseguir bloquear o vírus WannaCry acidentalmente a partir de informações contidas no código do malware. O WannaCry chegou a infectar cerca de 200 mil usuários em pelo menos 150 países.

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O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira (23) a procuradora-geral Loretta Lynch como chefe do Departamento de Justiça, o que a torna a primeira mulher afro-americana a ocupar esse cargo.

Cinquenta e seis senadores, de um total de 99, votaram a favor dela, que tem 55 anos e já atuou supervisionando vários casos de corrupção, crime organizado e terrorismo.

No início de novembro, o presidente Barack Obama designou Loretta Lynch, atualmente procuradora federal do Brooklyn (Nova York), para suceder Eric Holder, que anunciou em setembro passado sua decisão de abandonar o cargo que ocupa desde 2008.

Mas a nomeação da primeira mulher negra a ocupar este cargo precisou ser confirmada pelo Senado. Lynch se apresentou em várias audiências a uma comissão do Senado, mas a confirmação foi retardada até esta quinta-feira pelos republicanos, que controlam Câmara e Senado.

Filha de uma bibliotecária e de um pastor da igreja Batista, nascida na Carolina do Norte, em 1959, Lynch é descrita pela Casa Branca como uma procuradora "forte e independente".

Lynch, graduada pela Universidade de Harvard, já havia ocupado o cargo de procuradora federal do distrito leste de Nova York de 1999 a 2001, sob o mandato do presidente Bill Clinton. Ela supervisionava casos criminais do Brooklyn, Staten Island, Queens e Long Island.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está perto de concluir uma investigação para apurar denúncias feitas no ano passado de que funcionários do jornal The Wall Street Journal (WSJ) no escritório da China teriam subornado oficiais do governo para obter informações para suas reportagens.

Uma apuração feita pela sede da empresa, nos EUA, não encontrou nenhuma evidencia para dar respaldo à denúncia, segundo o governo e pessoas familiares com o caso. Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos está perto de encerrar uma investigação maior da News Corp, proprietária do WSJ, que vai de alegações de hacking (invasão de computadores) e suborno nos tabloides ingleses, entre outras questões.

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Uma apuração feita pela controladora do grupo não encontrou nenhuma evidencia para dar respaldo à denúncia, segundo o governo e pessoas familiares com o caso.

Durante a investigação da News Corp., o Departamento de Justiça norte-americano recebeu informações de uma fonte dizendo que empregados do WSJ na China tinham dado presentes a oficiais do governo chinês em troca de informações.

A News. Corp e o WSJ não sabem a identidade do informante e o governo não discute tais detalhes. Não está claro se essa fonte trabalha no jornal ou se foi o informante que deu os nomes dos funcionários que ofereceram suborno. As informações são da Dow Jones.

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