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O grupo de imprensa News Corp, do empresário Rupert Murdoch, anunciou nesta terça-feira (16) que alcançou um acordo de três anos com o Facebook na Austrália sobre as notícias, após a aprovação de uma lei que obriga os gigantes da internet a remunerar a imprensa australiana.

O Facebook bloqueou em fevereiro o acesso às notícias para os usuários na Austrália em resposta à lei que regulamenta as relações entre a mídia tradicional e as grandes empresas de tecnologia.

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A medida provocou indignação na Austrália, depois que as páginas do Facebook dos serviços de emergência, organismos de saúde e associações de caridade também foram afetadas pelo bloqueio.

O Facebook retirou o bloqueio e aceitou negociar acordos financeiros com os grupos de imprensa australianos, o que levou o governo a flexibilizar a legislação.

O acordo anunciado nesta terça-feira estabelece que as empresas que pertencem a News Corp proporcionarão conteúdos de notícias ao serviço News do Facebook.

Este acordo também será aplicado a dezenas de empresas de comunicação na Austrália, incluindo o jornal The Australian, o Daily Telegraph de Sydney e o Herald Sun de Melbourne. O canal Sky News Australia também concluiu um novo acordo com o Facebook.

Robert Thomson, diretor geral da News Corp, afirmou em um comunicado que o acordo do grupo com o Facebook é um "acontecimento importante e terá um grande impacto em nossas empresas de imprensa australianas".

Andrew Hunter, diretor do Facebook para os acordos com a imprensa na Austrália e Nova Zelândia, confirmou o acordo e declarou que o grupo se "comprometeu a fornecer o Facebook News à Austrália".

Facebook e Google, os dois gigantes americanos da tecnologia, afetados pela legislação australiana, resistiram às cláusulas que os obrigavam a aceitar uma arbitragem sobre as quantias que deveriam pagar à mídia local para publicar informações australianas em suas plataformas e em seus resultados de busca.

O Google negociou acordos de licença de milhões de dólares por seu produto Showcase com uma série de empresas australianas, entre elas os dois maiores grupos de imprensa do país, News Corp e Nine Entertainment.

O governo australiano aceitou flexibilizar as condições legais da arbitragem caso os gigantes da internet assinassem acordos com as empresas de comunicação locais.

O Google concordou em fazer "pagamentos significativos" à News Corp, de Rupert Murdoch, pela publicação de seu conteúdo, anunciaram as empresas nesta quarta-feira (17), em meio à crescente pressão sofrida pelas gigantes de tecnologia para que paguem por notícias, após uma iniciativa liderada pela Austrália.

Um comunicado conjunto classificou o acordo como uma "parceria histórica" que permitirá ao Google publicar notícias da companhia de mídia no âmbito de seu programa Google News Showcase.

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O acordo de três anos também inclui o desenvolvimento de uma plataforma de assinatura, o compartilhamento de receitas de publicidade e "investimentos significativos em videojornalismo inovador" no YouTube, que pertence ao Google.

A Austrália está a caminho de aprovar uma lei que força as empresas digitais a pagar pelas notícias que publicam. Essa lei criaria um precedente global e, de acordo com o Facebook e o Google, prejudicaria a forma como as pessoas trabalham na internet.

Entre os veículos de imprensa que serão integrados ao Google News Showcase estão os americanos Wall Street Journal, Barron's, MarketWatch e New York Post, os britânicos The Times, The Sunday Times e The Sun, e diversas organizações de mídia australianas.

O presidente-executivo da News Corp, Robert Thomson, afirmou que o acordo "terá um impacto positivo no jornalismo em todo o mundo, pois estabelece que o jornalismo 'premium' deve ser recompensado".

"Por anos", disse ele, "fomos acusados de lutar contra os moinhos de vento da tecnologia, mas o que foi uma campanha solitária, uma cruzada quixotesca, se tornou um movimento, e tanto o jornalismo quanto a sociedade serão fortalecidos."

No início desta semana, funcionários em Sydney disseram que o Google e o Facebook estavam fechando acordos com a grande mídia australiana para pagar por seus conteúdos.

Segundo o chefe do Tesouro australiano, Josh Frydenberg, as negociações com os CEOs do Facebook e do Google, respectivamente Mark Zuckerberg e Sundar Pichai, fizeram um "grande progresso" na resolução de uma disputa que atrai atenção global.

Ambas as empresas ameaçaram interromper o fornecimento de seus serviços na Austrália caso a lei seja aprovada, atitude que desencadeou uma guerra verbal com Canberra.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está perto de concluir uma investigação para apurar denúncias feitas no ano passado de que funcionários do jornal The Wall Street Journal (WSJ) no escritório da China teriam subornado oficiais do governo para obter informações para suas reportagens.

Uma apuração feita pela sede da empresa, nos EUA, não encontrou nenhuma evidencia para dar respaldo à denúncia, segundo o governo e pessoas familiares com o caso. Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos está perto de encerrar uma investigação maior da News Corp, proprietária do WSJ, que vai de alegações de hacking (invasão de computadores) e suborno nos tabloides ingleses, entre outras questões.

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Uma apuração feita pela controladora do grupo não encontrou nenhuma evidencia para dar respaldo à denúncia, segundo o governo e pessoas familiares com o caso.

Durante a investigação da News Corp., o Departamento de Justiça norte-americano recebeu informações de uma fonte dizendo que empregados do WSJ na China tinham dado presentes a oficiais do governo chinês em troca de informações.

A News. Corp e o WSJ não sabem a identidade do informante e o governo não discute tais detalhes. Não está claro se essa fonte trabalha no jornal ou se foi o informante que deu os nomes dos funcionários que ofereceram suborno. As informações são da Dow Jones.

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