Tópicos | desfiliação em massa

Acusado de infidelidade partidária, o ex-vereador de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Marcelo Santa Cruz pediu desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT). Santa Cruz respondia a onze processos disciplinares no Conselho de Ética da legenda por ter supostamente apoiado a candidatura de Luciana Santos (PCdoB) à prefeitura da cidade em outubro enquanto o PT concorria com Teresa Leitão.

Um grupo com mais de 20 outros petistas também se alinhou a postura do ex-parlamentar e solicitou a desvinculação do partido. As cartas de desfiliação foram entregues na quinta-feira (9). Nesta sexta (10), eles protocolam a decisão na Justiça Eleitoral de Olinda.  

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Além de Santa Cruz, também deixam a sigla Rosalina Santa Cruz, irmã do ex-parlamentar e integrante da direção nacional do partido; Edneida César, Antônio Carlos, Vera Santos, Hozanildo Alves, Dominici Maior e Roberval Veras. 

Um dos ex-militantes petista, Hozanildo Alves, publicou uma carta nas redes sociais justificando o desembarque do partido. Segundo ele, “uma mistura de erros políticos, com falta de estratégia e tática eleitoral, bem como a ganância e o egoísmo de algumas lideranças do partido no estado, que colocaram seus mandatos e interesses pessoais, acima dos interesses do coletivo do partido e da população, resultando numa série de derrotas consecutivas” ocasionou a desfiliação em massa.

O LeiaJá.com tentou entrar em contato com o ex-vereador, mas não obteve êxito até o fechamento desta matéria. 

 

A presidente do PT em Pernambuco, deputada estadual Teresa Leitão, afirmou, nesta terça-feira (26), que a “política de Gilson Guimarães não pauta mais” a legenda. Em tons críticos, Leitão pontuou que Guimarães “poderia esquecer o PT” e “seguir o caminho dele”. O ex-dirigente do partido anunciou, nessa segunda (25), que em junho o PT-PE sofrerá com desfiliações em massa. Guimarães calculou cerca de 500 membros a menos na legenda. 

“Não me preocupa mais os passos dele. Saiu do PT por infidelidade partidária. Do mesmo modo que ele anuncia desfiliação em massa, nós filiamos mais de 16 mil pessoas (em todo o país)”, argumentou a presidente, em entrevista ao Portal LeiaJá. “Tem gente ligada a ele ainda no PT, se realmente estão no partido para fazer a política dele é melhor que saia mesmo. Nesse ponto a gente sai ganhando. A política de Gilson Guimarães não é mais a do PT, já foi”, acrescentou. 

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A deputada adiantou que os dados mais detalhados sobre a desenvoltura do PT em Pernambuco e no Brasil serão abordados durante um pronunciamento na Assembleia Legislativa (Alepe) na tarde de hoje. 

Gilson Guimarães se desfiliou do PT em novembro do ano passado. Com ele mais vinte pessoas desembarcaram da legenda, a maioria da tendência Lutas e Massas (PTLM). A “falta de democracia” interna foi a justificativa apresentada pelo ex-líder do PTLM para o desembarque na época. O primeiro sinal de dissidência de Guimarães foi durante as eleições. Na ocasião, ele optou por apoiar a candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao Governo de Pernambuco e de Fernando Bezerra Coelho (PSB) ao Senado.

 

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