Tópicos | Edi Rock

O cantor Edi Rock já havia se defendido sobre as acusações de estupro feitas pela terapeuta Juliana Thaisa, mas os dois envolvidos contaram para a Record com exclusividade sobre o que teria acontecido na ocasião.

A história de ambos teve o mesmo início, eles teriam marcado um encontro no final da semana, mas o cantor teria aparecido dias antes, quando Juliana estava com a filha em seu apartamento, nesse ponto, a narração se torna um pouco distinta para ambos.

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Edi nega que tenha usado algum tipo de entorpecente, mas a influenciadora acredita que ele estava sob a influencia de alguma substância ilícita.

Eles teriam se encontrado rapidamente na casa de Juliana, e na hora da despedida, quando a filhinha da sexóloga já estava dormindo, é que o abuso teria começado.

- Ele me perguntou: Você me dá um abraço?, foi um abraço de tchau, eu não encostei o meu corpo nele. Eu encostei no meu braço, na hora que eu encostei, ele me puxou pela bunda, ele enfiou as duas mãos na minha bunda e ele me puxou, ele me encostou no corpo dele, algo que eu justamente já estava evitando, conta Juliana.

A terapeuta continuou seu relato enfatizando que na mesma hora ela expressou sua vontade de que Rock parasse com as tentativas, porém o cantor não teria parado e até chegou a empurrá-la para o banheiro que ficava na frente da porta de entrada do apartamento.

- Eu fiquei segurando a minha calça com uma mão e segurando o rosto dele com a outra, porque ele estava tentando me beijar.

Já segundo o relato de Edi Rock, ele conta que na verdade houve o consentimento por parte de Juliana:

- Ela sentou no meu colo e aí teve a aproximação e permissão, e a interação de um homem e uma mulher.

Porém ele continua, dizendo que algum tempo depois a influenciadora teria mudado de ideia e começou a fazer escândalo, segundo o cantor. Edi segue dizendo que não entendeu a situação no momento e pediu calma, enquanto a mulher ameaçava chamar a polícia.

- [Ela dizia] Não, não. Escândalo, que ia chamar a polícia, o porteiro, que era pra eu sair dali, que isso não se fazia e eu falava: Calma, mas o que aconteceu?, porque eu também não estava entendendo o que estava acontecendo.

O cantor do Racionais MC's segue se defendendo e dizendo que não seguiu com as ações que está sendo acusado por Juliana, ele diz que não insistiu na tentativa de uma relação sexual.

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Segundo a sexóloga, a polícia teria encontrado Edi com as calças abaixadas no carro, mas não há nenhum registro sobre as informações no inquérito da investigação que apoie essas acusações.

Na última terça (21), a influenciador digital, doula e conselheira sexual Juliana Thaisa usou seu Instagram para fazer acusações de abuso sexual contra Edi Rock, do grupo Racionais MC’s. Ela publicou um relato, vídeos e prints dando conta de que há cerca de um ano, o músico esteve em seu apartamento e foi preciso chamar a polícia para que ela pudesse se defender do assédio. 

Através dos stories, Juliana contou que Edi Rock esteve em seu apartamento há cerca de um ano quando o abuso aconteceu. A influenciadora compartilhou prints de pedidos de socorro e vídeos mostrando a presença do rapper em seu prédio, além de um inquérito policial que acabou arquivado, segundo ela, sem que seu depoimento fosse tomado. “Tem um pouco mais de 1 ano que fui violentada, e na época eu não expus pra preservar a minha filha, fiquei com MEDO. E há pouco tempo decidi expor tudo. A maioria dos abusos acontecem clandestinamente. Eu só tenho duas mãos, uma eu usei pra tentar segurar aquele nojento, e a outra pra segurar minha calça que ele tentava abaixar. Queria o quê? Que eu tivesse filmado? Eu não pude nem gritar pra não acordar minha filha e traumatizá-la”, disse.

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Thaisa também falou que, na ocasião, chamou a polícia e fez um Boletim de Ocorrência, porém, a denúncia acabou não indo à frente. “Existem várias filmagens da câmera de segurança do prédio, e só eu sei a humilhação que eu passei pra conseguir essas imagens. Laudo psicológico, até porque no dia seguinte eu solicitei uma sessão de emergência, BO, print pedindo socorro, print das ligações dele mesmo após o ocorrido porque ele ainda ficou atrás de mim. Inquérito arquivado e eu não fui ouvida. Ele negou, e a palavra dele foi validada. O sistema é patriarcal, machista, misógino e opressor”.

Após a exposição do caso, Edi Rock se pronunciou através de seu perfil no Twitter. O rapper negou as acusações e disse que seus advogados cuidarão do assunto. “Salveee família! Sobre as acusações contra mim nas redes, já foi comprovado pela justiça que é MENTIRA! Os fatos expostos tornaram a narrativa apresentada ilegítima e caluniosa. Meus advogados cientes, tomaram as medidas cabíveis”.

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Em 1988, Mano Brown, KL Jay, Edi Rock e Ice Blue, quatro jovens moradores da periferia de São Paulo, se juntaram para formar um grupo de rap. Batizado de Racionais MC's, o grupo chegou como uma 'bomba' mudando a história do rap nacional e se tornando um dos mais importantes e influentes do gênero. Com letras contundentes, samplers e scratches únicos para sua época e uma narrativa de fazer cair o queixo até do mais rebuscado literato, o Racionais transcendeu os limites da periferia fazendo-se ouvir em lugares antes inimagináveis para artistas negros vindos da favela.

Em 2019, o grupo viaja o Brasil com a turnê Racionais 3 Décadas, que celebra seus 30 anos de carreira. O Recife recebe o show no próximo sábado (5), no Classic Hall. Para fazer o 'esquenta' dos fãs, o LeiaJá elencou nove motivos que explicam a importância do Racionais MC's não só para o rap, mas para a cultura nacional. 

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Sabiam escolher as influências

Os Racionais surgiram da vivência de seus integrantes nos bailes black da periferia de São Paulo. O nome do grupo foi inspirado no disco Racional de Tim Maia. As referências de soul music encontradas na obra de Maia também foram fonte para os rappers paulistas. A música 'Homem na estrada', por exemplo, leva um trecho de 'Ela Partiu', de Tim, sampleada. Também tiveram a influência do renomado grupo de rap americano Public Enemy e do ativista negro Malcom X.

Lançaram o álbum Sobrevivendo no Inferno, considerado um marco no rap nacional

Desde o início da carreira, nas primeiras coletâneas lançadas, o Racionais já mostrou a que veio com músicas que falavam sobre a vida na 'quebrada'. Mas, foi em 1997, com 'Sobrevivendo no Inferno', lançado de forma independente, que eles escancararam o estilo ferino de seu rap mostrando a todo o país a dureza imposta à juventude negra submetida a violência, criminalidade e pobreza nas periferias. O disco chegou a ter mais de um milhão e meio de cópias vendidas, tornando-se o mais bem sucedido álbum de rap na história da música nacional. 

Levaram sua mensagem além

Em 1992, o Racionais MC's foi para as escolas públicas paulistas para falar sobre racismo, violência e criminalidade. Eles foram convidados pela Secretaria de Educação de São Paulo para participar do projeto 'RAPensando a Educação' e contribuíram para a conscientização dos estudantes com as mesmas mensagens que levavam em suas músicas.

Dominaram o mainstream

Em em 1998, o grupo conquistou um reconhecimento antes inimaginável para artistas oriundos da favela e que cantavam rap. Com o clipe da música Diário de um Detento, gravado dentro da casa de Detenção de São Paulo, o extinto Carandiru, eles subiram ao palco do MTV Video Music Brasil, premiação do canal de música MTV levando o troféu de Escolha da Audiência, um dos mais cobiçados da premiação. A música integrou a lista de mais tocadas da revista Rolling Stones e o clipe entrou para a lista Melhor Videoclipe Brasileiro de Todos os Tempos da Folha de São Paulo em segundo lugar. 

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Não têm medo de mudar 

Com 30 anos de estrada, os rappers do Racionais entendem bem a importância de estarem ligados aos tempos em que vivem. Sendo assim, eles não se incomodam em abandonar ou mudar seus discursos. Algumas músicas consideradas machistas, como Mulheres Vulgares, de 1993, foram retiradas do repertório do grupo. A musicalidade também foi se adaptando ao longo do tempo e eles sabem, como ninguém, entregar aos fãs o que os fãs querem. Em 2014, eles surpreenderam com o suingado álbum 'Nada como um dia após outro dia' e, na própria turnê que comemora as três décadas de carreira, o que se tem visto é um verdadeiro baile black em cima do palco, com som mais melodioso e dançante. 

Ajudam os 'manos'

Em 2008, Edy Rock, Mano Brown, KL Jay e Ice Blue começaram uma temporada de shows para ajudar os 'manos' da cena rap em São Paulo. Divididos em duplas, eles acompanhavam as apresentações de grupos e rappers, subindo ao palco com eles, para ajudá-los na divulgação de seus trabalhos. 

Virou leitura obrigatória no vestibular

Em 2018, reconhecendo a relevância sociocultural do disco Sobrevivendo no Inferno, a Universidade de Campinas (Unicamp) listou-o como leitura obrigatória para seu vestibular ao lado de escritores renomados como Luís Camões. Esta foi a primeira vez que um álbum de música foi listado como item obrigatório em um processo seletivo de universidade. À época, o perfil oficial do grupo no Instagram celebrou o feito: "É a periferia ocupando a Academia", escreveram. 

E virou livro, literalmente

Apos a indicação da Unicamp, o disco Sobrevivendo no Inferno virou livro mesmo. Editada pela Companhia das Letras, a obra traz a transcrição das letras das faixas do álbum e traz acabamento das folhas em dourado, como costuma ser feito na Bíblia. Também há análises das músicas, descrições de intervenções sonoras e contribuição de Eliane Dias, produtora dos Racionais e esposa de Mano Brown. 

Tocam de casamento à velório

Ainda que com letras contundentes, falando sobre criminalidade, violência, preconceito racial e pobreza, o rap do racionais MC's conseguiu penetração nos mais diversos círculos e classes sociais. Com seu poder de conscientização e de denúncia da realidade, o grupo levou sua música às mais distintas situações. Em uma entrevista, Mano Brown contou que vários fãs o abordavam dizendo terem ouvido um rap do grupo em velórios. Eles também tocaram muito no rádio, AM e FM, em eventos religiosos e em bordéis, como o próprio rapper contou. Casamentos também não ficam fora da lista. Em 2019, um casal escolheu o rap 'A vida é um desafio' para marcar a celebração de seu matrimônio. 

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O  Racionais MC's anunciou por meio de sua página oficial do Facebook, que lançará um novo álbum em dezembro. O último disco em estúdio lançado pela banda foi em 2002, chamado Nada como um Dia após Outro  Dia.

Em 2014, o grupo formado por Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay completa 25 anos de carreira e para celebrar, os Racionais MC's realizaram uma turnê nacional. No Recife, o show contou com cenários em painéis diferenciados e repertórios especiais para registrar a celebração da data. Os músicos entraram no palco portando uma bandeira de Pernambuco, levando os fãs ao delírio. Músicas como Negro Drama, A Mente do Vilão, Vida Loka, Fórmula Mágica da Paz e Artigo 157 embalaram o público a cantar e dançar juntamente com a banda. 

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No Facebook, o grupo postou: "Racionais MC's lançam novo CD em dezembro!!!!Para fechar o ano, que foi recheado de muito trabalho, o grupo promove o lançamento do novo e tão esperado CD. A apresentação do novo álbum será no Espaço das Américas no próximo dia 20 de dezembro em SP." Os ingressos já estão à venda no site Ticker360 e custam R$ 120 e R$ 60 (meia).


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