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O rapper canadense Drake anunciou, nesta sexta-feira (6), que fará uma pausa em sua carreira, poucas horas depois de lançar seu novo álbum, para se concentrar nos problemas estomacais recorrentes que tem enfrentado.

"Honestamente, é provável que eu não faça música por um tempo", disse Drake em seu programa de rádio SiriusXM.

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"Preciso me concentrar na minha saúde em primeiro lugar", completou.

Drake esclareceu que não sofre de "nada grave" e explicou que tem "todo tipo de problemas estomacais" há vários anos.

Ele também disse que tinha outras coisas por fazer para pessoas às quais fez promessas, sem dar mais detalhes.

"Vou fechar a porta do estúdio por um tempo", disse o artista, acrescentando que demoraria "talvez um ano, talvez um pouco mais" para voltar.

O anúncio foi feito no mesmo dia do lançamento do novo álbum de Drake, "For All The Dogs".

Com uma proposta ecológica, sustentável e inclusiva, o Festival Recife Mais Verde aconteceu neste sábado (1º), no Classic Hall, em Olinda. O evento trouxe grandes nomes do rap nacional, como Racionais MC’s e Djonga. Além deles, também teve a participação da banda Baiana System, que movimentou o evento com as rodas punks, de Bione, que cantou as músicas do seu novo álbum, o rapper Aldo Vinícius e a Batalha da Escadaria.

O evento também realizou atividades culturais, ambientais e educativas numa estrutura com pista de skate, estúdio de tatuagens e comida saudável. 

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Mano Brown, Ice Blue, KL Jay e Edi Rock da banda Racionais MC’s trouxeram à tona lembranças da adolescência de parte do público que gosta e se sente representado pelo rap preto e periférico. “Eu sou 157” foi a música que abriu o show, por volta das 2h30 da manhã, e foi seguida por hits como “Negro Drama”, “Homem na Estrada”, “Vida Loka parte 1 e 2”, “Jesus Chorou”, “Capítulo 4, versículo 3”, “A vida é Desafio”, “That’s my way”, com o blues de Edi Rock, entre outras. 

Já o rapper mineiro Djonga, por sua vez, abriu o show com o hit “O menino que queria ser Deus”, que dá o título do álbum lançado em 2018. Com quase uma hora de show, o mineiro cantou “Olho de Tigre” e desceu ao público para fazer parte da roda punk, que faz parte do seu show. Do álbum “O dono do lugar”, lançado em 2022, Djonga apresentou as músicas “penumbra” e “conversa com uma menina branca”, ambas têm clipes. Em “Leal”, ele chamou alguns casais para subir ao palco e cantar junto com ele. Outros hits como “Hat-Trick”, “Ladrão”, “Hoje Não”, “Procuro Alguém”, “Bença” também foram apresentados por Djonga. 

Com muita energia diretamente da Bahia, o primeiro show da banda Baiana System depois do Carnaval agitou o palco e o público do Festival Recife Mais Verde com os singles “Presente”, em parceria com os Gilsons e Tropkillaz, “Duas Cidades”, “Playsom”, Presente”, “Reza Forte”, “Bola de Cristal” e “Sulamericano”. 

Com informações de Luan Amaral

"E para quem desacreditou, isso não foi sorte e nem o destino. É que o bonde das mina cansou de ouvir que rap é só para menino", recitou Bione, única mulher a se apresentar no Festival Recife Mais Verde, que aconteceu neste sábado (1º), no Classic Hall, em Olinda. A “pirra loka”, como também é chamada, cantou as músicas de EGO, seu novo álbum lançado no ano passado. 

Bione abriu o evento para Djonga e Racionais MC's, duas grandes referências no rap nacional. O Festival Recife Mais Verde também trouxe para Pernambuco a banda Baianasystem, Batalha da Escadaria e Aldo Vinícius. A estrutura do evento contou com pista de skate, feirinha sustentável, praça de alimentação saudável com cardápio em braile, exposição de artes, estúdio de tatuagem e grafitagem. 

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Primeira rapper em Pernambuco a criar um álbum visual no YouTube, Bione também faz diferente no show. Com a mixtape "Sai da Frente", ela fez uma roda punk só de mulheres. "Vão se acostumando porque isso ainda vai ser comum", disse, em referência aos homens. 

Com seu jeito espontâneo dentro e fora do palco, a rapper pernambucana se impressionou ao ver que a música que dá o nome do título do álbum, EGO, estava na ponta da língua do público, especificamente quando ela se chama de "braba", momento que a plateia cantou sozinha. "Vocês perguntam o que eu sou e elas respondem: braba".

A Universidade Guarulhos (UNG) realizou o evento “Tire o seu Racismo do caminho que eu quero passar com a minha cor”, nesta semana, que contou com uma batalha de rap e apresentação do grupo de capoeira Cabapuã, junto à interação dos alunos. O objetivo é em prol do Dia da Luta contra a Discriminação Racial, celebrado na última segunda (21).

Na batalha de rima, marcaram presença os rappers e MCs: Kairós, Igor Grecco, Matheus Pereira (MPR), Black Panther, Nego, Fauzi, Barreto, Lucas (L3), LeBron, Bird; além do DJ e produtor musical Erick Ramos (Ondbeat).

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“O propósito é passar uma conscientização sobre raça [...] O que eu espero é harmonia tanto entre MCs e os estudantes, pra ter um movimento top e cheio de conteúdo pra todos”, diz o rapper MPR, que participa de batalhas desde os 15 anos.

“Nos chamaram para poder vir prestigiar em termos de comunidade, em termos da nossa abrangência de atividade, então nós viemos pra prestigiar a faculdade em si, que ela facilita muito pro nosso bairro, ajuda no crescimento tanto social, quanto econômico. Então, isso é bacana pra gente até pela parte da visibilidade”, conta o Mestre de Capoeira, Rocélio Pereira, mais conhecido como “Mestre Célio da Lua”.

A estudante do primeiro semestre de Ciências da Computação, Alice Cristina Barros diz que gostou muito das apresentações: “Eu acho que envolveu bastante os alunos [...] Todo mundo acabou se juntando para assistir esse espetáculo que foi maravilhoso”. Ela acredita que a universidade deveria realizar mais eventos assim “[...] É falado um assunto muito importante para todos e querendo ou não, acaba unindo todo mundo em um objetivo comum”, completa. 

Segundo a coordenadora de eventos da UNG, Débora Rodrigues, o evento faz parte do calendário de Responsabilidade Social da instituição.

 

 

Nos dias 23 e 24 de fevereiro, o grupo de teatro paraense Zecas Coletivo de Teatro estreia novo trabalho chamado "O fantástico mundo de Talco". O espetáculo, contemplado pelo Prêmio preamar de Arte e Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult-PA), será apresentado em Belém, às 19 horas, no Teatro Waldemar Henrique.

Inspirada em uma história real, a montagem narra a vida de Talco: um menino negro da periferia de Belém, muito ligado à mãe e que nunca conheceu o pai. Ele vive à sombra da fome, da miséria e da negação de oportunidades. Após ter seu primeiro contato com a arte circense, a fantasia e a ludicidade que lhe foram negadas durante a infância entram em seu mundo, enchendo-o de cores e de vida. Até que, aos poucos, sua condição social nega a Talco a possibilidade de viver sua infância e de viver a vida que sonha para si e para quem o acompanha.

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O espetáculo põe em cena as linguagens artísticas do circo, do rap e da musicalidade percussiva em meio a uma estética resultante da reciclagem de materiais descartados, como maneira de retratar a precariedade da vida das personagens, apontando o poder da arte de recriar a realidade por meio da fantasia. São três temáticas principais: a infância e o racismo na periferia, o poder de transformação da arte e o contraste entre a miséria e a fantasia, a partir do contato do personagem principal com a arte circense.

"O fantástico mundo de Talco" também será apresentado nos dias 3 e 4 de março, em Soure, no Marajó, sempre às 19 horas. Os ingressos poderão ser adquiridos antecipadamente com a equipe criativa do espetáculo e nos dias das apresentações.

Serviço

"O fantástico mundo de Talco".

Dias 23 e 24 de fevereiro (quarta e quinta-feiras).

Horário: às 19h.

Ingressos: $ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia-entrada e antecipados).

No Teatro Experimental Waldemar Henrique (Praça da República).

Classificação indicativa: 14 anos.

FICHA TÉCNICA:

Elenco:

Criolinho

Felipe Cordeiro

Lucas Corrêa

Miller Alcântara

Vanessa Lisboa

Victor Menezes

Direção: Assucena Pereira

Produção: Brenda Lima, Lucas Corrêa, Miller Alcântara e Victória Souza

Designer Gráfico: Victor Menezes

Elaboração de Projeto: Paulo César JR

Assessoria de imprensa: Lucas Corrêa

Social Midia: Brenda Lima, Lucas Corrêa e Miller Alcântara

Iluminação: Bolyvar Melo

Figurino: Nanan Falcão

Cenografia: Claudio Bastos

Fotografia: Daniel Clemente

Oficineiros: Antônio do Rosário, Rafael Barros e MC Super Shock

Por Lucas Corrêa, da assessoria do espetáculo.

 

A rapper Slipmami, de 22 anos, conhecida como "Malvadeza" ou "Trem Balinha", pisou no Recife pela primeira vez para um show histórico no palco do Festival Rec-Beat. Em ascensão no rap nacional, a também cantora e compositora se disse surpresa com a recepção do público, que se manteve elétrico do começo ao fim do show. O set foi iniciado com músicas do "Malvatrem", primeiro álbum de estúdio da Slip, mas terminou com os hits mais antigos, como "Big Momma Freestyle", inspirada no clássico do rap da velha escola do Notorious B.I.G. 

Sempre repetindo o vulgo "trem balinha da V.U.", Slipmami parece ter um vocabulário próprio, mas o significado é simples: ela é nascida e criada em Vila Urussaí, bairro de Duque de Caxias, na Baixada, periferia do Rio de Janeiro. No entanto, sua origem familiar vem do estado do Maranhão, no Nordeste brasileiro. Em entrevista ao LeiaJá, Slip comentou sobre suas referências pessoais, especialmente enquanto "cria da baixada".

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"Eu nasci no mato, cresci no mato, em uma família pobre. Não tinha muita perspectiva, eu nunca imaginei que seria rapper. Ser da 'V.U.' é significativo por causa disso. Na real, o que eu faço é diferente de tudo o que tem. Estou fazendo um bagulho [sic] bem único e diferente, e isso está dando certo, o que é bem surpreendente. Tem gente que me diz 'nossa, você vai precisar fazer assim pra conseguir vingar', mas as pessoas estão me ouvindo, então acredito que estou fazendo certo", disse.

A Meta Brasil premiou 10 criadores de conteúdo negros em um projeto para estimular a diversidade na criação de experiências em realidade aumentada. Os vencedores foram escolhidos a partir de suas propostas de filtros para o Instagram, em uma iniciativa chamada “Realidade Aumentada na Pele” (RAP). Os nomes dos desenvolvedores foram divulgados nessa segunda-feira (25).

Segundo a Meta, empresa dona também do Facebook e WhatsApp, o objetivo é garantir diversidade, equidade e inclusão na formação de criadores de realidade aumentada, o que inclui o metaverso, espécie de universo virtual que tem sido a aposta da companhia. A empresa afirma que, todos os meses, 700 milhões de pessoas usam filtros de realidade aumentada no Facebook e no Instagram.

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O projeto

Para ampliar o conhecimento sobre realidade aumentada, o projeto conta com uma fase dedicada ao curso de Spark AR no Blueprint, plataforma de cursos gratuitos focados nos produtos da Meta. O conteúdo foi traduzido para o português como forma de torná-lo mais acessível e inclusivo.

A iniciativa em educação faz parte do investimento de mais de US$ 150 milhões do Meta Immersive Learning para desenvolver a próxima geração de criadores do metaverso.

O programa terá duração de 12 semanas e começou com a fase de criação de filtros, que acabou de ter o resultado divulgado. A escolha seguiu critérios pensados e desenvolvidos exclusivamente para a comunidade negra. Para competir, os criadores deveriam desenvolver filtros que contemplassem, pelo menos, três tipos de tom da pele negra.

Os vencedores da primeira fase, iniciada em junho, foram: 

Marcela Nascimento da Silva | Filtro Realeza Negra

Larissa Sandre Barbosa | Filtro Faça Seu Beat

Jedson Santos Gomes | Filtro Adê Oxum

Augusto Lopes | Filtro Early Hip-Hop

Kevony Martins | Filtro Iansã Oyá

Maria Cléria Carlos | Filtro Hat-Trick

Jefferson Alves Brandão Xavier | Filtro Afrofuturismo

Marília Ramos dos Santos | Filtro Beleza Negra

Tobias Mosart | Filtro Nossas Cores

Munik Carvalho | Filtro Black is King

Fancy (2014)

Inspirado no clássico de 1990 “As Patricinhas de Beverly Hills”, a parceria com Charli XCX recria os cenários e figurinos do filme, trazendo Azalea vestida de Cher no famoso conjunto xadrez amarelo. O vídeo conta com mais de 1 bilhão de visualizações no Youtube, e em 2014 a música atingiu o 1° lugar do ranking da Billboard Hot 100.

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Black Widow (2014)

Iggy Azalea dirige o clipe ao lado do renomado Diretor X. Com participação especial do ator Michael Madsen, a parceria com Rita Ora intitulada “Black Widow” (em português, Viúva Negra), é inspirada em Kill Bill de Quentin Tarantino. No vídeo, as cantoras interpretam duas guerreiras que entram em uma luta de espadas para enfrentar a máfia. O clipe possui cerca de 636 milhões de views no Youtube e a música chegou ao Top 3 da Billboard Hot 100.

Team 

O vídeo futurista inspirado no filme “A Ilha” de Michael Bay traz Azalea tentando cruzar a fronteira e sendo perseguida por clones dela mesma com o rosto distorcido. Em 2016, a faixa atingiu o Top 20 de vendas digitais da Billboard.

Problem (2014)

Uma das músicas pela qual Azalea ficou conhecida foi a colaboração com Ariana Grande chamada “Problem”. A canção possui cerca de 1,3 bilhões de views no Youtube, e em 2014 atingiu o 2° lugar na Billboard Hot 100, além de ganhar o prêmio de Melhor Clipe Pop do Video Music Awards da MTV. 

Por Maria Eduarda Veloso

 

Nesta sexta-feira (6), o rapper americano Jack Harlow lançou o videoclipe de “First Class”, protagonizado pela cantora e empresária brasileira Anitta.

No clipe, Anitta aparece se maquiando, espionando Harlow e pilotando uma moto de luxo. Enquanto o rapper anda de helicóptero, vai ao estúdio, restaurante, intercalando com outros cenários em preto e branco.

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O vídeo musical também marca o lançamento do novo álbum de Harlow intitulado “Come Home the Kids Miss You”. Incluindo parcerias com Drake, Justin Timberlake, Pharrell Williams, e Lil Wayne.

Lançada em abril, “First Class” já conquistou 1° lugar no ranking da Billboard Hot 100.

Em março deste ano, Jack Harlow se apresentou no Lollapalooza em São Paulo. Entre as músicas mais populares do cantor estão “Whats Poppin” e “Industry Baby” com Lil Nas X.

Por Maria Eduarda Veloso

First Class: Anitta estrela novo clipe de Jack Harlow

Artistas levam vida luxuosa em novo vídeo

Nesta sexta-feira (6), o rapper americano Jack Harlow lançou o videoclipe de “First Class”, protagonizado pela cantora e empresária brasileira Anitta.

No clipe, Anitta aparece se maquiando, espionando Harlow, e pilotando uma moto de luxo. Enquanto o rapper anda de helicóptero, vai ao estúdio, restaurante, intercalando com outros cenários em preto e branco.

O vídeo musical também marca o lançamento do novo álbum de Harlow intitulado “Come Home the Kids Miss You”. Incluindo parcerias com Drake, Justin Timberlake, Pharrell Williams, e Lil Wayne.

Lançada em abril, “First Class” já conquistou 1° lugar no ranking da Billboard Hot 100.

Em março deste ano, Jack Harlow se apresentou no Lollapal

 

Kendrick Lamar anunciou nesta segunda-feira (18) que irá lançar em 13 de maio seu quinto álbum de estúdio, o primeiro projeto de longa duração do rapper desde o aclamado "DAMN.", de 2017.

O ganhador do Prêmio Pulitzer tuitou misteriosamente um link para o anúncio em resposta ao tuíte de um usuário que dizia: "Kendrick Lamar está oficialmente aposentado".

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Lamar, de 34 anos, direcionou o público para seu site, oklama.com, uma página em branco com duas pastas. Em uma delas, está um breve comunicado de que um álbum intitulado "Mr. Morale and the Big Steppers" será lançado em 13 de maio.

A estrela do rap já recorreu aos versos para abordar as relações raciais e sua própria busca interna, com um som que incorpora o jazz e a palavra falada.

Ao honrá-lo com o Pulitzer, a direção do prêmio descreveu o álbum "DAMN." como "uma coleção de canções virtuosas unidas por sua autenticidade vernacular e dinamismo rítmico que oferece vinhetas que capturam a complexidade da vida afro-americana moderna".

Lamar também fez a curadoria e contribuiu com várias músicas para a trilha sonora do filme "Pantera Negra", incluindo sua colaboração com SZA, "All The Stars", indicada ao Grammy e ao Oscar.

Desde então, tem gravado colaborações musicais, como uma participação no álbum de seu primo Baby Keem.

Uma série de alarmes falsos de novas músicas do renomado artista já surgiram nas redes sociais, mas o anúncio de segunda-feira parece ser o sinal mais concreto dos planos do rapper até agora.

"Todas as informações factuais para este lançamento virão diretamente apenas desta fonte", dizia o comunicado.

 Nesta quinta-feira (31), completa três anos desde a morte do rapper americano Nippsey Hussle. O cantor não tinha tanta fama entre os brasileiros, porém, Nippsey foi muito importante para o cenário do rap americano e faleceu no auge da carreira. O LeiaJá preparou um material para você conhecer sobre ele: 

 Nipsey faleceu com 33 anos e o rapper era considerado um dos melhores do cenário americano em 2019, tendo seu álbum de estreia indicado ao Grammy do mesmo ano. Hussle sempre foi muito ligado ao bairro onde nasceu e cresceu, que inspiravam de maneira muito forte suas letras.  

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  Ermias Joseph Asghedom pertencia ao distrito de Crenshaw em South Los Angeles. Nipsey, quando criança, ganhava dinheiro cortando grama e brilhando sapatos. Com apenas 14 anos, o rapper se aliou a gangue Rollin 60's Crips. O apelido "Nipsey Hussle" veio durante sua adolescência, era um trocadilho com o comediante Nipsey Russel. 

 Apesar de ter se aliado a uma gangue, a música o salvou dessa vida sem caminho. Inspirado por Dr.Dre, Jay Z e Diddy, Hussle lançou sua primeira mixtape de sucesso, em 2013. As faixas da coletânea foram um sucesso e chegaram até os ouvidos de E-40 e Jay Z, que se surpreenderam com o talento do rapper. Porém, Nipsey vinha trabalhando em materiais musicais desde 2005.  

 Após trabalhar em muitas mixtapes, Nipsey finalmente lançou seu primeiro álbum de estúdio em 2018. Em "Victory Lap", Hussle estreou na quarta posição da Billboard 200 e foi indicado ao Grammy Award na categoria de Melhor álbum de hip-hop.  

 Nipsey foi morto em 2019, no estacionamento de sua loja de roupas, próximo ao bairro em que cresceu. O rapper foi baleado várias vezes e foi socorrido de forma ráida, porém, já chegou sem vida ao hospital. Hussle deixou uma filha e um grande legado no cenário do hip-hop/rap. 

 

Nesta quarta-feira (9) faz 25 anos da morte de um dos mais influentes rappers da história, Notorious Big. Biggie ganhou sua fama no rap de Nova Iorque e nas tradições do Gangsta Rap. Além disso, Smalls é considerado um dos maiores rappers de todos os tempos. O LeiaJá preparou uma lista com curiosidades sobre o artista:

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Como é comum no universo do rap, os artistas criam nomes artísticos para ter uma boa apresentação. Com isso, Christopher (nome verdadeiro de Biggie) tentou usar o pseudônimo de "MC Quest", logo em seguida sendo apelidado de Biggie Smalls. Porém, quando outro músico reivindicou o nome "Biggie Smalls" que Chris se tornou "The Notorious Big".

Notorious e Jay-Z são do mesmo bairro, Brooklyn. Com isso, Biggie foi mentor de Jay-Z no início de sua carreira. Atualmente, Jay-Z é o rapper com o maior patrimônio da história do rap e um dos maiores da história da música. Além disso, Big e Z foram da mesma escola da Brooklyn.

As aparências enganam e mesmo com o ar de desleixado com que se apresentava, na escola Christopher era um bom aluno. 

Ghostwriter;

Além de ter músicas autorais conhecidas, Biggie era um grande Ghostwriter (escritor fantasma). Notorious escreveu músicas e rimas para Lil' Kim, além de outros muitos rappers icônicos dos anos 1990.

Nascido em Nova York, o rap foi inicialmente associado à costa leste dos Estados Unidos. Porém, em 1980, o rap de Los Angeles começou a ter um grande potencial mundial.

Juntamente com esse cenário, Notorious era a marca do rap da costa leste e Tupac surgia como o cara da Costa Oeste. Com isso, se criou uma rivalidade entre os dois rappers, mas antes disso, Pac e Biggie eram amigos. A amizade da dupla fez com que Tupac comprasse o primeiro Rolex (relógio que demonstra poder no rap) de B.I.G.

O casal Sidoka e Mariana Galileia teve sua primeira filha nesta quinta-feira (17). O rapper anunciou o nascimento de Renata nas redes sociais e se tornou um dos assuntos mais comentados.

Nas redes, o rapper Nicolas Paolinelli, mais conhecido como Sidoka, publicou foto segurando a filha nos braços e fez o anúncio. “Nasceu. Que isso Renatinha”, legendou.

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Em menos de seis horas, a publicação de Sidoka já tem mais de 600 mil curtidas e milhares de comentários. No post, diversos amigos e fãs comentaram e deixaram felicitações e desejos de saúde para a nova família. Lucas Lucco, e os rappers Djonga e Filipe Ret foram um dos primeiros a deixar corações e outros emojis positivos. “Renatinha nasceu. Que Deus abençoe irmão, essa é uma fase muito boa que traz amadurecimento para nós. Aproveite”, publicou o também rapper Pelé Mil Flows. 

Confira:

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O Mundo Bita, projeto de entretenimento infantil, anunciou nesta quarta-feira (15) a adição do cantor Emicida ao seu universo animado. No projeto conjunto, o rapper participará da temporada Bita e os Sentimentos, com uma música sobre amor.

Emicida já compartilhou diversas vezes estar assistindo aos vídeos do Bita com sua filha. A estreia do clipe acontece no dia 14 de janeiro de 2022, às 10h. O Mundo Bita, por sinal, segue em crescimento exponencial, sendo em 2021 o 10º canal brasileiro do Youtube com mais visualizações, somando cerca de 10,9 bilhões de views.

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Confira a primeira imagem divulgada de Emicida como animação do Mundo Bita:

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Era quase meia-noite quando Isis, em meio a uma sessão de prosa na cozinha de casa, pediu para seu avô, Ararinha da Viola - um dos maiores repentistas e cordelistas do Sergipe -, contar-lhe uma de suas histórias preferidas. Já idoso e com a memória comprometida pelo Alzheimer, o poeta lamentou por não poder concluir o repente, um dia depois, ele seria hospitalizado e não voltaria mais. 

Aquela foi a última vez que Ararinha recitou uma de suas histórias em vida e foi logo para a neta preferida, segundo ela própria. Não por acaso, a ela coube a missão de dar continuidade e renovar as tradições que estão no seio da família, original de uma terra tão rica em cultura popular. A menina logo entendeu isso e tornou-se Isis Broken, uma artista nordestina, travesti, preta, rapper, cantora e compositora, que nesta sexta (26) lança seu primeiro álbum, ‘Bruxa Cangaceira’, trabalho no qual condensa todo o legado a ela confiado 

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Isis cresceu ouvindo os repentes do avô e logo cedo, por volta dos nove anos de idade, começou a se aventurar escrevendo poesias e algumas músicas. Logo em seguida, aos 12, descobriu-se uma pessoa trans e deu início ao seu processo de transição. Nesse sentido, Ararinha da Viola também teve papel fundamental, como ela conta em entrevista exclusiva ao LeiaJá. “Quando eu me assumi, ele super me aceitou. Nunca falou nada, pelo contrário, ele era um cara do sertão sergipano, poderia ter limitações, o que seria até aceitável, mas ele nunca teve essas limitações comigo”.

'Bruxa Cangaceira' condensa as referências e vivências de Isis. Foto: Divulgação

Foi pouco depois da perda do avô que Isis tomou consciência de qual rumo deveria dar ao seu trabalho e qual o real propósito dele. Após ficar sem o final da história preferida, na última conversa com o repentista, ela acredita ter recebido dele, através de um jogo de tarot, a resposta que precisava. “Até hoje eu não sei qual é o final deste poema, mas eu acho que naquele momento não era pra eu saber, era pra eu dar continuidade. Uns dois anos depois eu tava sentada no meu altar, tirando um tarot, peguei cartas aleatórias e apareceu Elegbara (orixá que liga os vivos e os mortos), e ouvi uma voz falando ‘Elegbara, eleva o espírito e me renova’. Peguei um papel e comecei a escrever e o mais louco é que se eu te falar que eu lembro eu vou tá mentindo, eu lembro que quando terminei eu tava com várias páginas parecendo psicografadas, uma letra que não era minha e eu falei essa música não fui eu, foi meu avô que escreveu”.

A música em questão leva o nome do repentista, ‘Ararinha da Viola’ e além de ser uma das faixas do álbum ‘Bruxa Cangaceira’ também conta com um videoclipe, assinado por Letícia Pires e que agora concorre ao prêmio ‘Music Video Festival’, na categoria ‘Melhor clipe nacional envolvendo diversidade e inclusão’, ao lado de nomes como Renegado em um feat. com Elza Soares, Edgar, Ravi Lobo e Trevo. O trabalho chega à competição já premiado em uma outra, o ‘Festival de Cinema de Vitória’, no qual levou o troféu de Melhor Videoclipe Nacional’. 

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Além de colecionar indicações e prêmios, ‘Ararinha da Viola’ é também um apanhado das referências e missões de Isis Broken, coisa que se repete ao longo do primeiro álbum da artista. São elementos que vieram de seu avô e da cultura popular do Sergipe, como os parafusos de Lagarto, as taieiras e o jaraguá. Mas também aparecem, ao longo das faixas, outras influências diversas como o rap e o trap, o pop de Kelly Key, o forró do Nordeste, o rock de mulheres como Pitty e Avril Lavigne, e até coisas que surgem nos sonhos da cantora, autodeclarada bruxa. Tudo isso arrematado com um forte viés político, com discursos de empoderamento e auto afirmação que ela estende a todos as pessoas transvestigeneres.

Com sua música, Isis acaba sendo ela mesma uma referência, função de extrema importância da qual ela própria já sofreu influência também. “Eu transicionei com uns 12, 13 anos e me descobri uma pessoa trans. Eu não via corpos iguais ao meu cantando sobre suas histórias, eu não me via em lugar nenhum e eu achava que eu era proibida de cantar. Hoje eu percebo que sentia isso. Eu também não acreditava muito na minha voz, na minha potência, por ter uma voz travesti. A primeira pessoa que eu vi na TV que combinava com a minha história foi a MC Xuxú, que inclusive tá no (meu) álbum, e foi nesse momento que eu percebi a grandiosidade das nossas existências e que o mundo precisava ouvir isso. Ver MC Xuxú num domingo, na TV, me lembro como hoje, no (programa) Esquenta, um corpo travesti totalmente dissidente, eu falei: ‘é isso que eu quero’. 

Isis Broken é artista independente. Seus figurinos são montados por ela mesma, em brechós e com peças emprestadas. Foto: Divulgação

Broken quer, também, provar que tais referências estão em toda a parte e que devem ser validadas. Não por acaso, seus clipes e músicas já renderam cursos, deram mote para aulas em diversos níveis de graduação e já alcançaram até o público infantil. “Já teve pai que me disse: ‘Nossa, meu filho ama você, eu comecei a ouvir você por causa dele’. Eu falei: ‘Meu Deus, as crianças estão ouvindo Isis Broken’. As crianças estão consumindo uma travesti“. 

Recentemente, a artista se envolveu em uma polêmica nas redes sociais ao pleitear seus créditos em uma produção de Gloria Groove, assinada pelo diretor Felipe Sassi, com quem já trabalhou. A situação acabou ilustrando a luta por validação na qual ela tanto se empenha. “Por que as pessoas não querem validar uma travesti como referência? Quantas travestis você tem como referência? É justamente isso que eu queria falar, é uma responsabilidade. Tudo que eu penso e faço é pensando nisso: em como me transformar numa referência,  esse é o legado que quero deixar pro meu filho que tá chegando, pras novas gerações e para que as pessoas (trans) se percebem gigantes, porque durante muito tempo eu me senti muito pequena e hoje me percebo gigante e não deixo ninguém dizer que eu não sou”. 

Consciente de seus desejos e de onde quer chegar, Isis Broken sabe muito bem quem é. A segurança da artista é notória em sua lírica, seus figurinos - todos elaborados por ela mesma - e performances, sempre vigorosas e repleta de alegorias e elementos que vão das artes plásticas à cultura tradicional. Para viabilizar o seu trabalho, a sergipana mudou-se recentemente para São Paulo, ao lado do marido, o músico e produtor Aqualienn, que espera o primeiro filho do casal transcentrado, Apolo. 

Clique aqui para ouvir 'Bruxa Cangaceira'. Foto: Divulgação

A chegada dos seus dois ‘filhos’ representa um marco que não é de exclusividade de Isis. O bebê Apolo vai chegar ao mundo, dentro de poucos meses, provando que as famílias não precisam seguir qualquer tipo de modelo pré-estabelecido para existirem e que corpos trans também podem gerar e amar como quaisquer outros. 

Já o álbum ‘Bruxa Cangaceira’, além de cumprir os papéis designados a Isis por sua ancestralidade: de continuidade e renovação dentro de várias culturas - provando que essas são vivas e por isso sofrem constante mutação -, chega também para marcar a existência e competência dessa artista nordestina, preta, travesti, ‘bruxa’ e, sobretudo, disposta a encabeçar um verdadeiro clã do qual ela já assumiu o comando como sua verdadeira “suprema”. 

O ano era 1973 quando o DJ Kool Herc começou a promover festas no bairro do Bronx, em Nova Iorque. Seu estilo único e inédito de tocar os discos, com recortes específicos, os chamados beats, e outras ‘firulas’ que modificavam as canções, tornaram esses eventos os mais disputados daquela área na época e colaboraram para o nascimento de uma cultura que, anos mais tarde, tomaria o mundo inteiro: o Hip Hop, celebrado em todo o globo nesta sexta (12). 

Kool Herc chamou atenção dos jovens da época e promoveu um verdadeiro efeito cascata na cultura que vinha dos guetos americanos. O acompanhando nas festas, Coke La Rock fazia intervenções ao microfone, tendo sido considerado o primeiro MC do movimento. Já na pista, quem dançava começou a criar novos movimentos e a dança logo ganhou um nome: breaking.

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A própria arte de tocar os discos começou rapidamente a modificar-se. O DJ Grandmaster Flash, encantado pela maneira de manipular a música proposta por Herc, decidiu aprimorar as técnicas e acabou criando várias outras que tornaram-se fundamentais para a musicalidade do Hip Hop, como o backspin, cutting, o phasing, e claro, o scratch. 

Esses pioneiros criaram as bases para o movimento que tem como pilares quatro elementos: breakdance, rap, grafite e o DJ. Esse último, considerado por muitos como sendo o fundamental para a existência de toda essa cultura, afinal, são eles quem ditam o ritmo da dança, das rimas e demais expressões, através de suas habilidades e criatividade na hora de mandar sua música feita sob medida. 

Foto: Divulgação/Rafael Berezinski

A afirmação é de Erick Jay, DJ paulista com pouco mais de 20 anos de carreira e trabalhos ao lado de vários nomes importantes do rap nacional - como os rappers Dexter, Xis, Pregador Luo, Kamau e Black Alien. Ele também foi o DJ oficial do programa ‘Manos e Minas’, da TV Cultura, foi considerado o melhor DJ da América Latina por três anos consecutivos, e possui nada menos do que quatro títulos de campeão mundial conquistados nas competições mais importantes do segmento, o DMC Battle for World Supremacy e o IDA World DJ Championships.

Em entrevista ao LeiaJá, o atual campeão do mundo falou sobre a importância do seu posto dentro do Hip Hop. “Nossa função é essa, compartilhar conhecimento, informação da música, o quanto ela foi importante pra época. Na dança também  tem a importância de você tocar a música certa na hora certa, para os MCs nas batalhas, (tocar) o beat certo na hora da certa.Em todos os elementos (é importante), é informação pra caramba”, garante o paulista. 

Erick entrou na cultura Hip Hop através da dança, no final dos anos 1990. Nos bailes, costuma observar os DJs e ficou fascinado com o alcance de sua atuação. “Eu sempre gostei da arte. Como eu dançava, eu colava nos bailes, eu via o poder que o DJ tinha de dominar as pistas, que louco, ‘ele tem a pista na mão’, ali ele é psicólogo, ele é tudo. Aí comecei a ouvir os raps nacionais que tinham as colagens, os scratches, os internacionais também, eu pirava, e isso alimentou a minha vontade de ser DJ”. 

Do início da sua trajetória, comandando os toca-discos em festas de 15 anos e casamentos, até os campeonatos, foi um pulo. No caminho, Erick conheceu o DJ Zulu, do grupo Face Negra, um dos pioneiros do rap nacional, que o colocou numa rotina intensa de treinamentos e preparação para tornar-se um campeão. “Eu achava que era DJ, mas quando vi ele… Ele me ensinou todos os toques”, brinca. 

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Ganhar campeonatos era uma forma de despontar em um “mercado muito disputado”. Os títulos, segundo Erick Jay, garantem não só reconhecimento, mas colocação em festas e grupos de rap, além dos equipamentos, que costumam ser parte dos prêmios. “Eu ganhei dois campeonatos sem ter equipamento. Eu treinava com o DJ Zulu, não tinha equipamento em casa. Na época, eu nem queria fama, a gente queria os toca-discos, o equipamento que era nosso sonho. Passei três anos treinando ‘emprestado’, na casa dos amigos, até conquistar o meu primeiro toca-discos, ainda bem que eu tive pessoas que acreditaram em mim. (Assim) é o Hip-Hop”. 

Dos equipamentos emprestados pelos amigos, o DJ foi chegar em quatros títulos mundiais. Antes disso, no Brasil, Erick venceu a edição nacional do DMC cinco vezes na categoria individual e por três anos consecutivos (2006, 2007 e 2008), foi considerado o melhor DJ da América Latina. Mais tarde, o brasileiro venceu as duas competições mais prestigiadas da categoria, o DMC e o IDA World, em um único ano, 2016, tornando-se o primeiro sul-americano a conquistar ambas. Em 2018, ele foi convidado para palestrar na Scratch DJ Academy, escola  fundada pelo DJ do Run DMC, Jam Master Jay, e ministrou um workshop para os ‘gringos’ na The Kush Groove, em Nova Iorque.

Jay voltou a conquistar mundiais em 2019, quando também foi jurado em etapas nacionais do DMC, nos Estados Unidos, o primeiro sul-americano convidado para tal; e em 2021, título conquistado no último mês de outubro, na edição online do DMC World. No entanto, as impressionantes marcas, prêmios e conquistas, ainda não garantem ao campeão o apoio e patrocínio necessários para desenvolver seu trabalho com plena tranquilidade.

À dificuldade de conseguir apoiadores, Erick atribui alguns fatores, como a origem da cultura a qual faz parte. "São uns três quatro fatores que dificultam as empresas a investirem no Hip Hop. (Acham que) é coisa de pobre, de preto, em pleno 2021! Sendo que é uma das músicas de mercado mais fortes que está tendo, só não é mais forte porque a mídia tenta encobrir. Mas o Hip Hop é uma religião, um dos maiores movimentos que a gente tem e eles tentam esconder isso”.

Foto: Divulgação/Rafael Berezinski

Ser brasileiro também entra nessa conta, Erick acredita que ainda existe um certo preconceito em relação à sua terra que nem os títulos mundiais conseguem aplacar. “As empresas, principalmente de (equipamentos de) DJ, não têm um olhar pro Brasil. É triste falar isso mas não têm. Eu tenho que ficar brigando pela minha cultura, pela cultura DJ. Nosso país tem mais DJs que em vários países onde eles jogam dinheiro. Aqui no Brasil tem muito DJ, dos antigos aos novos, à molecadinha, então por que não investir aqui? A primeira vez que eu fui campeão do mundo, em 2016, eu achei que isso ia mudar, mas não mudou nada. Pra eles o Brasil continua sendo um país de terceiro mundo, isso atrapalha e pra mim vai ser sempre preconceito”. 

Outro percalço amargado por ele e demais colegas de profissão é o avanço desenfreado da tecnologia. Mas não pelas dificuldades que a chegada de novos equipamentos e softwares possam representar - pelo contrário, segundo Erick, as novidades tecnológicas acabam ajudando no desempenho do seu ofício, tornando-o um pouco mais prático -, e sim pela 'enxurrada' de entusiastas que adquirem o maquinário necessário e se jogam nas pistas e bailes de qualquer maneira. “A tecnologia vem para ajudar a gente mas também pra tornar vários ‘não-DJs’ em DJs. Vários aventureiros que alguém falou que ele era DJ e ele acreditou, mas não tem o dom, não nasceu para aquilo. Infelizmente, a gente tem que lidar com isso e acaba roubando espaço de vários caras que precisam de oportunidade, que têm a parada no sangue e sabem fazer”. 

Na contramão das dificuldades, o amor pela cultura Hip Hop e o reconhecimento do público é o que faz Erick continuar. Festejado por grandes nomes do cenário nacional, como Mano Brown, KL Jay, Black Alien e Kamau, entre outros, ele sabe da importância do seu papel dentro do segmento e leva a sério a função de trabalhar a serviço do movimento. “Pode não ser importante pra certos ‘hypes’, que acham que pra ser melhor do mundo eles têm que sair na capa da revista ‘tal’, mas pra cultura original mesmo, pro movimento em geral, a gente ver que tem pessoas talentosas ganhando o mundial é importante. Ver os caras que eu sou fãzaço compartilhando onde eu cheguei, fiquei muito feliz. Nem imaginava, olha o poder (disso). E atingiu várias áreas, até dos DJs de eletrônico  que eu sou fã tb. Eu vi realmente onde eu cheguei e a importância dessas vitórias pra cultura Hip Hop”.

Agora, com o arrefecimento da pandemia do coronavírus no país e a retomada da ‘vida normal’, com festivais e eventos, Erick Jay se prepara para celebrar seu quarto título mundial ao lado do público. O DJ paulista encerra o ano de 2021 na expectativa dos shows e turnês dos dois rappers a quem acompanha, Kamau e Black Alien, programados para o próximo ano, e se diz “ansioso” para voltar a botar fogo nos bailes do jeito que todo DJ de responsa gosta e merece. “Eu senti muita falta do calor humano que tem nos shows, é o que  a gente tava precisando, é o nosso combustível. Em 2022, a partir de janeiro, vai ter turnê e vamos voltar mesmo”. 

 

No movimento de retomada dos shows e eventos, o rap e trap pernambucanos começam a voltar para a rua. Neste sábado (13), o Baile dos Cria reúne alguns dos representantes dessas cenas como Planeta Máfia, Milla e Acria. A festa acontece em Olinda e os ingressos já estão à venda.

Voltando à ativa, dentro dos protocolos de segurança ainda necessários, os artistas do segmento estão se juntando para reencontrar seu público. A festa vai contar com apresentações do anfitrião, Acria, além de Planeta Máfia, Mucao, Deox e Milla. Entre um e outro os DJs WL e Tarta Move dividem a discotecagem. 

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O Baile dos Cria acontece neste sábado (13), a partir das 20h, no Salve! House, localizada no bairro do Varadouro, em Olinda. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos pela internet, através do site Sympla. 

Serviço

Baile dos Cria

Sábado (13) - 20h

Salve! House (Av. Olinda, 224 - Santa Tereza - Olinda)

R$ 10

 

Breaking, grafite, DJ e MC, os quatro elementos da cultura Hip Hop são os pilares da primeira edição do Festival Estação K. Com o objetivo de fomentar e valorizar o movimento, o evento vai reunir atrações como Edgar, DJ Erick Jay e Zudizilla, de forma totalmente virtual e gratuita, na próxima quinta (14).  

Realizado pela Muda Cultural, o festival terá uma programação voltada à diversidade de linguagens artísticas do Hip Hop brasileiro. O público poderá ver DJs, rodas de breaking e apresentações musicais com alguns importantes nomes da cena nacional. A apresentação fica a cargo da poeta e arte educadora Mana Bella.  

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Pelo Estação K passam, ainda, os Bboys Grilo, Luan San, Lil Vethy e a Bgirl Toquinha, que farão performance ao som do DJ Erick Jay. Já os grafiteiros Enivo e Kuêio ficam com a missão de produzir três murais com o intuito de trazer o clima das periferias urbanas ao cenário do festival. As apresentações também passam pelos shows dos rappers Edgar e Zudizilla. 

SERVIÇO

FESTIVAL ESTAÇÃO K 

Quinta (14) - 19h

Transmissão gratuita no: Facebook Muda Cultural e Youtube Muda Cultural

Na estrada há pouco mais de duas décadas, o rapper pernambucano Poema Liricista sempre dependeu dos próprios 'corres' para fazer sua música acontecer. Como todo artista independente, ele subverte as dificuldades práticas da lida com jogo de cintura, disposição e claro, muita rima. Agora, o músico está fazendo uma rifa para viabilizar seu terceiro EP, contando com a ajuda de amigos e do público.

O Liricista conheceu a cultura Hip Hop a fundo em 1997, mas só um pouco depois, nos anos 2000 deixou “de ser ouvinte para fazer seus próprios raps”. O músico passou por alguns grupos, como os já extintos Hipótese Real e Afetados pelo Sistema - esse último que originou posteriormente, o Sem Peneira pra Suco Sujo - e participou de vários feats com outros MCs e a Chave Mestra até que, a pedido do próprio público, resolveu bancar o caminho solo. “Eu tinha essa necessidade de lançar algo sozinho e alguns admiradores do trabalho já me cobravam isso. A galera queria me ouvir num EP solo, num single, então em 2014 eu lancei meu primeiro EP”, disse em entrevista ao LeiaJá.

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Com Versos Íntimos, seu primeiro trabalho solo na rua, Poema Liricista deixava de ser um MC “de participações” para rapidamente cravar um lugar de destaque na cena do rap pernambucano. Em 2017, um segundo EP, Atentado Poético, consolidou a carreira do rapper e o colocou, em definitivo, como um dos grandes nomes do cenário local. Esse trabalhos, e alguns outros singles já lançados podem ser conferidos nas principais plataformas digitais.

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Apostando no boombap e flertando com o trap, o Liricista investe pesado nas rimas. Suas composições passeiam por referências que vão do cinema à literatura, duas de suas paixões, e constroem discursos fortes e marcantes, que não passam alheios aos ouvintes: “Sempre busco trazer alguma coisa, eu gosto de fazer a galera, se não conhece aquilo ir atrás, conheço várias pessoas que passaram a conhecer livros e filmes através das referências das minhas músicas”, comemora o artista. 

Trabalhando de forma independente desde o início da sua trajetória, o rapper pernambucano conhece de perto as dificuldades de bancar o próprio trabalho. Assim como muitos outros 'operários' da cultura, ele também tem passado por ‘perrengue’ para fazer acontecer durante a pandemia, no entanto, as redes e plataformas digitais têm ajudado a fidelizar o público e ainda atrair novos fãs.“Sem show, aumentou o número de ouvintes mensais nas plataformas, então percebi que mensalmente eu tava fazendo uma receita no Spotify e a esperança (agora) é fazer essa renda aumentar. Me aproximei mais do público, sempre recebo mensagens de pessoas que disseram que passaram a ler e assistir filmes depois das músicas, isso te motiva a continuar.

Rima e Rifa

Neste final de ano, Poema Liricista tem se dedicado à produção de seu terceiro EP. Ainda sem nome definido - provavelmente Retorno do Boombap -, o disco conta com algumas participações e uma parceria com  o produtor LF Beatmaker. O álbum vai trazer bastante da pegada que consolidou o Liricista no cenário local do rap mas o músico previne que os planos podem mudar daqui até o lançamento do trabalho. “Sou bem imprevisível, pode ser que eu desmanche tudo e faça de novo”, brinca. 

Já para viabilizar o projeto, o pernambucano está contando com a  ajuda de parceiros e do próprio público. Para levantar o valor necessário para finalizar o álbum, Liricista lançou uma rifa com o valor de R$ 20. Os prêmios são tatuagens, biquínis e a colocação ou manutenção de dreadlocks. Tudo armado de forma coletiva entre artistas que também serão beneficiados com o resultado final do ‘corre’. “Eu tenho alguns amigos artistas, tatuadores e dreadmakers, eu acordei com a galera de ser quase como uma permuta. Fechei com a galera de dividir alguns valores. Todos nós vamos estar nos ajudando”. Aqueles que quiserem colaborar com o trabalho do rapper de outra maneira, pode também contribuir através do PIX 059.732.264-33. Mais informações através do @poemaliricista. 



 

Carioca de nascimento e, atualmente, residente em Olinda, o cantor e compositor Cleiton Oliveira lançou, nesta sexta-feira (23), o álbum visual 23 minutos – Corpo, Mente Religião e Comunidade, disponível no YouTube. As cinco faixas que compõem a produção expõem a violência policial e os perigos de ser um jovem negro e periférico.

"Paulo Vitor, que foi o diretor e roteirista, quando ouviu o disco, ainda se formando, deu a ideia de fazer algo maior. Veio para Pernambuco para ver o que conseguiríamos fazer, com pouca verba, sem ajuda financeira, nem pública nem privada, em uma pandemia, onde os dois se encontravam desempregados", relembra o artista ao LeiaJá.

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Gravado na Comunidade do V8, localizada em Olinda, 23 minutos – Corpo, Mente Religião e Comunidade narra a violência urbana, a dor materna diante da morte de um filho e tece críticas ao Estado. "Conseguimos nos juntar com Manoella Rochelly, que fez a produção, e Tamy Sativa e começamos a montar o que seria. Conseguimos encontrar as crinças perfeitas para o projeto na Comunidade do V8 e iniciamos o projeto em fevereiro", conta.

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Mesmo com o recente lançamento, a produção já recebeu retornos positivos do público. "O feedback de quem está ouvindo é muito bom. As pessoas estão ligando chorando, dizendo que se emocionaram, mães ligando pra falar sobre a perda de seus filhos. A Comunidade da V8 agora tem o Miguel (menino do filme) como um ator e estão tratando ele como espelho e referência", relata Cleiton.

De acordo com o cantor, o lançamento do disco é parte de um projeto social e que visa "abrir espaço no estúdio e produção de clipes para meninos e meninas da comunidade", complementa.

Cleiton iniciou a carreira em 2012, nas rodas culturais, onde misturava suas vivências com o Samba, Jazz e as batidas do Rap. Ao todo, o cantor já lançou dois ábuns (Segundo Round e Pandemônio) e o EP 'Rosa', além de 10 videoclipes.

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