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Na última terça-feira (26), a organização Todos Pela Educação promoveu o Encontro Educação Já 2022. Na ocasião, a instituição convidou e questionou, previamente, os candidatos à Presidência da República sobre as propostas eleitorais para a Educação Básica brasileira. Participaram da dinâmica Lula (PT), que foi representado, presencialmente, por Aloizio Mercadante, Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB), Felipe D'Avila (Novo), André Janones (Avante), todos de maneira remota, e Jair Bolsonaro (PL), que foi o único pré-candidato que não enviou plano educacional. Confira:

Lula (PT)

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Na apresentação das propostas petistas, Mercadante ressaltou os feitos do partido, durante as gestões dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. "Aplicamos 208% de aumento real na verba para a Educação (...) além de ter vinculado os recursos da Educação aos royalties do petróleo, ao Fundo Social do Pré-sal", ressaltou.

Além disso, foi exposto os avanços, no que se refere aos programas de alfabetização e acesso ao ensino superior, através da Lei de Cotas, e teceu críticas ao atual governo. "Nós temos que retomar o MEC, a Educação pública, nossas parcerias para colocar a Educação como a grande prioridade histórica desse país", finalizou.

Ciro Gomes (PDT)

No vídeo enviado, o pré-candidato afirma que os planos para a Educação básica brasileira serão os mesmos aplicados no Ceará, que conta com "a universalização da creche em tempo integral e aplicação da alfabetização na idade certa". Ciro explicou que o modelo de creche integral "estimula o desenvolvimento das faculdades motoras e intelectuais das crianças" e, para as mais carentes, "uma alimentação correta e balanceada".

Já a aplicação da alfabetização na "idade certa", de acordo com o pedetista, garante que os alunos tenham um aprendizado de maior qualidade, sem ficarem atrasadas em relação a outros alunos, o que é a maior causa de evasão". Ele também expôs, caso eleito, que haverá valorização e qualificação dos profissionais da Educação e implementação no ensino médio do modelo "minha escola, meu emprego, meu negócio".

João Doria (PSDB)

Também por meio de vídeo, o ex-governador de São Paulo e candidato ao cargo de presidente da república apresentou iniciativas educacionais, como aulas de inglês desde os primeiros anos do ensino fundamental nas escolas de todo o país. "Crianças falando inglês mudam a sua autoestima, melhoram a sua empregabilidade e criam oportunidade para atividade empreendedora", alegou.

Na apresentação, Doria defendeu o Novo Ensino Médio, iniciado em 2022, o qual realçou que é "um exemplo a ser seguido". “Ele [Novo Ensino Médio] oferece agora ao jovem a chance de estudar ao mesmo tempo em que conquista a sua profissão técnica", disse. Assim como Ciro Gomes, o ex-governador de São Paulo prometeu valorização dos profissionais da área e escolas em tempo integral.

Simone Tebet (MDB)

Atual senadora pelo Mato Grosso do Sul, e professora universitária, Simone Tebet disputa sua primeira eleição presidencial. Nos planos educacionais, Tebet afirma que seu compromisso como Chefe do Executivo será com as crianças e jovens. Meu compromisso com a educação passa por colocar acima de tudo criança e jovem no orçamento federal e na transversalidade, e acabar com essa desculpa esfarrapada de que Ensino Básico de estados e municípios", frisou.

Ademais, a pré-candidata falou sobre a formação superior dos professores. Em sua análise, os cursos de pedagogia devem retornar a ser "de responsabilidade das universidades públicas e presencial". Outro ponto do plano de Simone Tebet é a implantação do ensino integral, principalmente, no ensino fundamental, anos finais, e médio. "As nossas crianças e jovens não podem querer sair da sala de aula."

André Janones (Avante)

O deputado pelo estado de Minas Gerais e advogado André Janones apresentou proposta para mudar a "situação caótica" em que se encontra a Educação no país a partir de quatro pilares:

"Condições dignas para os profissionais da Educação, através de aperfeiçoamento e valorização salarial, mudança no sistema de financiamento estudantil, melhoria significativa na estrutura física, com disponibilização de laboratórios de informática, de ciência, quadras escolares, transporte público de qualidade para poder levar esses jovens até o ambiente escolar com tranquilidade, segurança".

Um dos últimos pilares principais do plano de governo está a indicação de um ministro da Educação que tenha familiaridades com a área e não apenas conhecimento técnico sobre o assunto. Alguém, de acordo com o pré-candidato, com sensibilidade para enxergar a população "como pessoas, como gente, e não apenas números".

Felipe D'Ávila (Novo)

Como meta governamental, o cientista político afirmou que pretende colocar o país no top 20 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) nos próximos oito anos. "Para isso, precisamos ter a meta doméstica, que é atingir no Enem, no Ensino Médio, uma média sete", expôs. Para ele, essa média será alcançada a partir da implementação de iniciativas como o Centro Comunitário da Paz (Compaz) e Pacto pela Educação, ambos já conhecidos em Pernambuco.

Como política de valorização dos professores, D'Ávila falou sobre a necessidade de ter um curso especial para transformar a carreira do professor numa das carreiras mais desejadas do Brasil". Nessa questão, o presidenciável salienta três medidas.

"A primeira: exigir que aqueles que quiserem ingressar no magistério, na pedagogia, terão de estar no top 20% do Enem. Nenhum país do mundo melhorou a educação, não criando uma barra alta para ingressar na carreira. Segundo, precisamos ter curso em tempo integral para os professores. E terceiro, é preciso ter, sim, um exame de ingresso na carreira que entenda o lado prático, o lado pedagógico da carreira, porque senão não vamos ter bons professores na sala de aula", pontuou.

A bancada ruralista ganhou força no Senado com a eleição do deputado Ronaldo Caiado (DEM), eleito por Goiás, e a previsão é de um aumento no contingente atual de parlamentes ligados ao agronegócio na Câmara. Mas o reforço é observado com cautela pelos ruralistas, que registraram perdas no quadro de líderes que não foram reeleitos.

Entre as principais baixas está o ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (PSD), que não conseguiu votos suficientes para se reeleger deputado pelo Paraná. Outra baixa entre as lideranças ruralistas foi Moreira Mendes (PSD-RO), ex-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA). Mendes é deputado na atual legislatura, cujo mandato termina em janeiro, e disputou uma vaga no Senado por Rondônia. Com apenas 25,94% dos votos válidos para o Senado, ele não foi eleito e ficará sem posto no Congresso Nacional.

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Os ruralistas também perderam Abelardo Lupion (DEM-PR), que decidiu não disputar a reeleição, após seis mandatos. Já o paulista Junji Abe (PSD) perdeu nas urnas e também não volta para a Câmara. O mesmo ocorreu com Giovanni Queiroz (PDT-PA), que está no quinto mandato consecutivo.

Os ruralistas afirmam que a bancada atual é formada por 139 parlamentares e pode ser ampliada com outros 124 novos deputados ligados de alguma forma ao agronegócio e que foram eleitos no último domingo (5), o que transformaria a bancada em um grupo de 263 membros - ou seja, 51,3% dos 513 da Câmara. O número diverge do mapeamento que está sendo feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que calcula a bancada atual em 130 deputados, podendo chegar a 160 membros na legislatura que assume em 2015. "Acho que o nosso número está um pouco exagerado", reconhece o atual presidente da FPA, Luís Carlos Heinze (PP-RS).

Reeleito como o deputado mais votado pelo Rio Grande do Sul, com cerca de 162 mil confirmações nas urnas, Heinze pondera que o aumento de deputados não é sinônimo de qualidade. "Eu não conheço muitos desses que foram eleitos", diz. "Não importa crescer e não ter qualidade. Até porque, tem uns 40 ou 50 que realmente fazem o trabalho", afirma.

O presidente da FPA lamenta a perda de nomes de peso, mas minimiza as baixas. Ele afirma que a bancada continua com um "bom time, sem problemas". "Os assuntos vão continuar", diz.

Heinze cita como prioridade para a bancada, a partir de 2015, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe retirar do presidente da República o poder de demarcar reservas indígenas, passando a atribuição para o Congresso. Os ruralistas querem, ainda, uma redefinição do que é trabalho escravo e propostas para reduzir impostos de alimentos, máquinas e equipamentos usados no campo.

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