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O lucro das maiores empresas do setor industrial da China teve queda de 8,8% em agosto ante igual mês do ano passado, após recuar em ritmo mais moderado em julho, de 2,9%, em meio à desaceleração da segunda maior economia do mundo, segundo dados publicados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país.

Os ganhos de companhias da indústria chinesa com receita anual superior a 20 milhões de yuans totalizaram 448,1 bilhões de yuans em agosto, de acordo com a agência de notícias Xinhua.

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O NBS atribuiu o resultado de agosto à queda nos preços dos produtos industriais - diante da fraca demanda doméstica -, ao aumento no custo unitário, à recente turbulência nos mercados acionários chineses e à volatilidade da moeda local, o yuan. Além disso, houve queda significativa nos lucros dos setores automotivo, petrolífero e de químicos.

Entre janeiro e agosto, o lucro do setor industrial chinês caiu 1,9% ante o mesmo período de 2014, para cerca de 3,77 trilhões de yuans, após diminuir 1,0% nos primeiros sete meses do ano, informou a Xinhua. Com informações da Dow Jones Newswires.

A prática de venda e de aluguel de imóveis no Recife baseada na especulação imobiliária já não é mais bem sucedida. Para vender um apartamento usado, por exemplo, é comum que os donos negociem o imóvel de acordo com o preço de outros apartamentos no edifício, mas, em alguns casos, esse hábito já não é mais um bom negócio – não só para o cliente, mas também para o vendedor. 

Construtoras com edifícios recém-finalizados também aderem à prática dos valores acima dos preços de mercado. Fatores como a modernidade dos apartamentos, garantia de cinco anos e facilidades de pagamento funcionam como atrativos para os compradores, mas não são decisivos na compra do imóvel. Para Petrus Mendonça, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), há uma demanda natural da venda e da locação de imóveis, mas o mercado imobiliário está parado porque a supervalorização dos apartamentos não condiz com o poder de compra das pessoas atualmente. 

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Para Mendonça, o preço dos imóveis não deve subir porque a especulação imobiliária perdeu força. “A capacidade financeira dos compradores não acompanha os altos preços exigidos pelas construtoras. Apesar da facilidade de compra, as pessoas calculam que, em determinado período, a prestação não vai mais caber no bolso e acabam não comprando o imóvel”, explica. 

Petrus Mendonça também desmistifica a escolha do preço dos imóveis a partir de outras negociações feitas no mesmo edifício, no caso de apartamentos usados. “Não adianta querer vender um apartamento pelo mesmo preço que o vizinho vendeu. Em alguns casos, o imóvel não vale o mesmo por não ter condições parecidas. É preciso estar atento porque essa estratégia nem sempre funciona”, alerta o presidente do Creci. 

Segundo o presidente do Creci, o mercado imobiliário só será movimentado se os preços dos imóveis forem compatíveis com a realidade dos compradores. “Só conseguem ter saída os apartamentos que são vendidos ou alugados com preço de mercado. Enquanto as construtoras investirem em altos preços devido à especulação imobiliária, os apartamentos não vão ter saída no mercado. O que tem segurado o mercado são os financiamentos imobiliários. Caso eles fossem extintos, as construtoras baixariam o preço dos imóveis em 50%”, pontua. 

Assim como na área de vendas, os alugueis no Recife também sofrem com a atual situação do mercado imobiliário. “Nunca se alugou tão pouco quanto agora”, afirma o presidente do Creci. Para ele, a segurança do mercado está nas cartas de crédito.

ESTRATÉGIAS DE MERCADO – Buscando fugir do mau cenário de vendas, algumas construtoras apostam na localização dos terrenos e nos tamanhos diferenciados imóveis, além de diferenciais de lazer nos edifícios. Segundo Jorge Leitão, diretor comercial da Casa Grande Engenharia, a construtora não sentiu tanto os efeitos da maré ruim do mercado imobiliário por apostar em locais estratégicos para a construção dos empreendimentos. “Ultimamente, temos acompanhado muitos lançamentos de outras construtoras com apartamentos de 45 a 60 m². Buscamos fugir um pouco desse foco e construímos apartamentos um pouco maiores, entre 90 e 95 m²”, explica. 

O diretor comercial ainda conta que mesmo com o momento econômico difícil de 2014, a construtora não sentiu prejuízos no mercado imobiliário. “Acredito que os nossos diferenciais nas áreas de lazer dos prédios, a escolha das localizações dos terrenos e o tamanho dos apartamentos tenham relevância para a nossa posição no mercado”, afirma. 

Para Tony Vasconcelos, superintendente comercial da construtora Moura Dubeux, a situação da empresa é diferenciada, mesmo com a perspectiva de retração do mercado. Para ele, isso se deve ao estudo de localização dos terrenos. “Cada imóvel é único. Fazemos um estudo de localização antes do lançamento dos produtos e a procura tem sido boa porque as pessoas também procuram os apartamentos de acordo com a conveniência do local”, conta. Ainda segundo Vasconcelos, a construtora busca analisar as quadras e os bairros em que pretende lançar os empreendimentos. “Fizemos isso num edifício construído na Rua da Aurora. Percebemos o renascimento dessa região central da cidade e resolvemos investir na localização. Buscamos nos diferenciar nesse empreendimento através de incentivos à fluidez da mobilidade, oferecendo um local próprio para as bicicletas”, conta.

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