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O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nessa quinta-feira (1º), a lei que cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Estupro. O texto deve ser publicado no Diário Oficial da União da sexta-feira (2), segundo o Palácio do Planalto.

A proposta define que haverá cooperação entre o governo federal e os Estados para validação, atualização dos dados e acesso ao banco de informações.

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O governo não informou se Bolsonaro decidiu vetar algum trecho da proposta. Pelo texto aprovado no Congresso, deverão constar do cadastro os seguintes dados: características físicas do condenado por estupro, impressões digitais, fotos, endereço e trabalho que exerce, se cumprir a pena em liberdade.

A proposta define ainda que recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública financiarão o desenvolvimento e a implementação do cadastro nacional.

Em 2018, o Brasil atingiu o recorde de registros de estupros: média de 180 casos por dia. Foram 66.041 vítimas, segundo dados do 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Crianças de 10 a 13 anos são as principais vítimas.

O crime de estupro está previsto no Código Penal brasileiro e é caracterizado pela imposição da prática sexual por meio de ameaça ou violência.

A pena é de reclusão de seis a 10 anos. Esse tipo de prisão admite o regime fechado desde o início do cumprimento da punição e é aplicado em condenações mais severas, em estabelecimentos de segurança máxima ou média.

Se o estupro provocar lesão corporal grave ou se a vítima tiver entre 14 e 18 anos, a pena aumenta para reclusão de oito a 12 anos.

Caso o crime resulte na morte da vítima a penalidade é de reclusão de 12 a 30 anos.

Há uma outra categoria do crime, quando esse é praticado contra crianças e adolescentes com menos de 14 anos. Nesse caso, a punição é a prisão de oito a 15 anos; e, se houver lesão grave, o período de reclusão varia entre 10 e 20 anos.

O Código Penal permite o aborto em caso de gravidez resultante de estupro, inclusive se a vítima for menor de idade.

Em agosto, um caso de estupro de uma menina de 10 anos ganhou repercussão no país. Ela foi estuprada pelo próprio tio. O crime ocorreu em São Mateus (ES). A criança passou por um procedimento para interromper a gravidez em um hospital em Pernambuco.

Na ocasião, religiosos fizeram protestos e tentaram invadir a maternidade depois que a extremista de direita Sara Giromini violou o Estatuto da Criança e do Adolescente, publicando na internet o nome da vítima e o local onde ela seria atendida.

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC) realizou uma transmissão ao vivo, em seu Facebook, para saber a opinião sobre um projeto polêmico em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), de autoria do deputado estadual Figueiredo. A proposta visa que seja divulgada uma lista na internet com as fotos de pessoas condenadas pelo crime de estupro. 

O filho do pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que, no Brasil, “a cultura da impunidade” faz com que a legislação seja tratada de uma forma romântica e “a favor do marginal”. “A gente vai dar mais valor ao que? Ao direito de uma pessoa condenada por estupro ou a gente vai dar mais valor ao direito da mulher, da vítima e da criança, que são violentadas por esse tipo de marginal?”, indagou Flávio. 

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O parlamentar contou que já sofreu um processo, no Rio de Janeiro, por ter divulgado em sua página no Facebook, a foto de um menor estuprador, mas foi absolvido em segunda instância. “Na minha cabeça era importante fazer com que as pessoas soubessem que ele estava por aí e que podia cometer outras vítimas. Minha preocupação era pensando no direito de todas as mulheres, que são as principais vítimas”, se defendeu. 

Flávio Bolsonaro também ressaltou que é direito de todos se protegerem desse tipo de pessoa, salientando que os números de reincidentes é muito alto. Ele ainda avaliou ser importante haver representantes no Congresso Nacional, nas assembleias, e nas câmaras de vereadores que tenham o pensamento alinhado com o seu. 

A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei do deputado Hildo Rocha (PMDB), que pretende criar um cadastro nacional de pessoas que foram condenadas por estupro. Caso a proposta seja aprovada, o cadastro vai conter fotos, características físicas, dados digitais dos estupradores, além de informação do DNA do condenado. 

O cadastro também vai valer para o preso em liberdade condicional contendo o local de sua residência e de trabalho nos últimos três anos. De acordo com o texto do projeto, será a União e entes federativos os responsáveis pela validação dos dados inseridos, bem como as devidas atualizações e o acesso às informações. 

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O custo com os gastos para a implantação e manutenção da base de dados deverá ser custeado pelo Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). A proposta já foi aprovada nas comissões de Finanças e Tributação; de Segurança Pública e Combate Organizado e segue para ser analisada, em caráter conclusivo, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

 

A Polícia Civil de Pernambuco divulgou, nesta segunda-feira (28), os retratos-falados de dois suspeitos de estuprarem uma socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR).

O caso ocorreu no último dia quatro deste mês quando dois técnicos de enfermagem saiam do plantão e estavam em frente à unidade de saúde, localizada no quilômetro 34 da BR-101 Sul. Os enfermeiros foram sequestrados, agredidos e uma socorrista foi estuprada.

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De acordo com o delegado Antônio Resende, informações sobre o paradeiro dos suspeitos podem ser repassadas à Delegacia do Cabo, através do número 3184-3464. Outras vítimas que reconheçam a dupla de criminosos pelas imagens também podem entrar em contato com a delegacia.





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