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Duas jornalistas bielorrussas foram condenadas nesta quinta-feira a dois anos de prisão por sua cobertura do movimento de protesto de 2020 no país, informou o canal Belsat.

Daria Shultsova e Katerina Bakhvalova, correspondentes do Belsat, canal de televisão da oposição com sede na Polônia, foram detidas em 15 de novembro em um apartamento a partir do qual haviam filmado a violenta dispersão de uma manifestação em homenagem ao ativista Roman Bodarenko, assassinado poucos dias antes.

"Eu mostrei os fatos no ar e me colocaram na prisão por isso, inventando acusações", disse Bakhvalova na quarta-feira à noite, em sua última intervenção antes da deliberação do tribunal.

As duas jornalistas, de 23 e 27 anos, se declararam inocentes e se consideram vítimas da repressão que atingiu o movimento de protesto organizado após a polêmica reeleição do presidente Alexander Lukashenko em agosto de 2020. A votação foi marcada por acusações de fraude.

A Operação Lava Jato completa cinco anos neste domingo (17). Conforme divulgado pelo Ministério Público Federal no Paraná, os 1.825 dias de trabalho de investigação, acusação e julgamentos resultaram em 242 condenações contra 155 pessoas, em 50 processos sentenciados por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, organização criminosa, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas, crime contra a ordem econômica, embaraço à investigação de organização criminosa e falsidade ideológica.

Nesse período, R$ 2,5 bilhões retornaram à Petrobras, a principal estatal lesada pelo esquema, conforme determinação da Justiça – o que corresponde a uma média de R$ 1,37 milhão por dia devolvido aos cofres públicos desde 2014. Há ainda 11,5 bilhões a serem devolvidos para o erário, inclusive à petrolífera, conforme já acordado com a Justiça Federal.

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No total de 13 acordos de leniência com empresas envolvidas, está previsto o ressarcimento de R$ 13 bilhões, valor superior à previsão de gastos da Justiça Federal (R$ 12,8 bi) ou do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (11,9 bi) descritos no Orçamento Anual de 2019 (anexo II). O MPF tem expectativa de que o valor apurado possa chegar a R$ 40 bilhões.

Método

Em 17 de março de 2014, a operação foi a campo, ganhou nome de sua “1ª fase”, inaugurou o método de trabalho e surgiu para a opinião pública que passou a acompanhar as investigações. A Justiça Federal determinou então 19 conduções coercitivas para depoimento na Polícia Federal, expediu 81 mandados de busca e apreensão e ordenou a prisão de 28 pessoas sob investigação – entre eles, o doleiro paranaense Alberto Youssef.

Três dias depois, a Lava Jato voltou ao destaque no noticiário ao prender o engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras (2004-2012), apontando relação ilícita entre ele e o doleiro Youssef. O ex-engenheiro foi solto em maio, após recurso no Supremo Tribunal Federal (STF). Cerca de 20 dias depois, Costa voltou à prisão, após a Justiça reconhecer risco de fuga por causa de US$ 23 milhões encontrados na conta dele em um banco na Suíça. Em agosto, dois meses após o segundo encarceramento, o ex-diretor da Petrobras assinou acordo de delação premiada. No mês seguinte, foi a vez do doleiro Youssef. Ambos passaram a ser peças fundamentais nas investigações do escândalo.

Fases

Passados cinco anos e desencadeadas 60 fases, a Lava Jato fez 91 acusações contra 426 pessoas físicas, nem todas processadas. Entre essas 63 pessoas foram acusadas de improbidade administrativa, junto com “18 empresas e três partidos políticos (PP, MDB e PSB)”, conforme o MPF. Mais de 180 pessoas denunciadas fizeram acordo de delação premiada e passaram a colaborar com as investigações.

A operação é resultado do trabalho da força tarefa que atua ainda hoje na operação com procuradores do MPF, policiais federais, auditores da Receita Federal, técnicos do Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O principal juiz responsável pelas condenações na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Sergio Moro, foi nomeado ministro da Justiça e da Segurança Pública do atual governo.

Revezes

Na última semana, a Operação Lava Jato sofreu dois revezes. Contrariando as expectativas de procuradores da Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na quinta-feira (14) que a Justiça Eleitoral tem competência para investigar casos de corrupção quando envolverem simultaneamente caixa 2 de campanha e outros crimes comuns, como lavagem de dinheiro, que são investigados na Operação. No dia seguinte (15), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu suspender o acordo feito entre a força-tarefa e os Estados Unidos.

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC) realizou uma transmissão ao vivo, em seu Facebook, para saber a opinião sobre um projeto polêmico em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), de autoria do deputado estadual Figueiredo. A proposta visa que seja divulgada uma lista na internet com as fotos de pessoas condenadas pelo crime de estupro. 

O filho do pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que, no Brasil, “a cultura da impunidade” faz com que a legislação seja tratada de uma forma romântica e “a favor do marginal”. “A gente vai dar mais valor ao que? Ao direito de uma pessoa condenada por estupro ou a gente vai dar mais valor ao direito da mulher, da vítima e da criança, que são violentadas por esse tipo de marginal?”, indagou Flávio. 

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O parlamentar contou que já sofreu um processo, no Rio de Janeiro, por ter divulgado em sua página no Facebook, a foto de um menor estuprador, mas foi absolvido em segunda instância. “Na minha cabeça era importante fazer com que as pessoas soubessem que ele estava por aí e que podia cometer outras vítimas. Minha preocupação era pensando no direito de todas as mulheres, que são as principais vítimas”, se defendeu. 

Flávio Bolsonaro também ressaltou que é direito de todos se protegerem desse tipo de pessoa, salientando que os números de reincidentes é muito alto. Ele ainda avaliou ser importante haver representantes no Congresso Nacional, nas assembleias, e nas câmaras de vereadores que tenham o pensamento alinhado com o seu. 

Duas integrantes do grupo punk russo Pussy Riot, condenadas a dois anos de prisão por uma oração contra Vladimir Putin em uma catedral de Moscou, foram enviadas a campos de prisioneiros afastados da capital russa, nas regiões de Perm e de Mordovia.

A informação foi confirmada pela advogada das jovens, Violetta Volkova.

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Nadya Tolokonnikova, 22 anos, foi enviada para Mordovia, e Maria Alyokhina, 24, para Perm.

As duas foram condenadas em agosto a dois anos de reclusão em um campo de prisioneiros por "vandalismo" e "incitação ao ódio religioso, ao lado da terceira integrante do grupo, Yekaterina Samutsevich, de 30 anos.

As condenações de Tolokonnikova e Alyokhina foram confirmadas no julgamento da apelação em 10 de outubro. A pena de Samutsevich foi retirada e ela foi libertada.

Em fevereiro, as jovens cantaram uma oração "oração punk" contra o presidente russo Vladimir Putin na catedral do Cristo Salvador de Moscou.

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