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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira (24), que não pretende ter algumas figuras históricas do PT na sua equipe ministerial em um eventual terceiro mandato.

Citando nominalmente a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro-chefe da Casa Civil em seu governo, José Dirceu, e o ex-presidente do PT, José Genoíno, Lula disse que “nenhum deles” aceitaria participar do primeiro escalão de governo caso ele seja eleito em outubro.

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"Obviamente que eles não vão repetir a passagem deles pelo governo. Não há necessidade e eu poderia te dizer sobre as personalidades que você citou: nenhum deles aceitaria. Eu vou te antecipar, nenhum deles aceitaria participar porque eles sabem da importância que eu tenho de fazer um governo ousado para o período de 2023 a 2026", afirmou o petista durante entrevista à rádio Super Notícia, de Minas Gerais.

Lula ainda enalteceu Dilma Rousseff, mas contou que pretende dar espaço aos mais novos.

"Não tem sentido uma ex-presidente trabalhar e auxiliar em um outro governo. Eu tenho um profundo respeito pela Dilma, ela tem uma competência técnica extraordinária, mas eu acho que tem muita gente que surgiu depois que nos governamos esse país. Tem muita gente nova que vamos colocar e essas pessoas que têm experiência podem ajudar me dando um palpite, conversando. Às vezes, as pessoas podem me ajudar não fazendo nada", observou.

Neste momento, ele foi questionado então sobre o motivo de ter aceitado, em 2016, comandar a Casa Civil no governo de Dilma. Lula disse que chegou a tentar convencer a aliada de que não seria eficaz ao governo ele comandar o ministério. Na época, Lula era alvo da Lava Jato e conversas de bastidores apontaram que a intenção era garantir o foro privilegiado ao petista na investigação.

Com os rumores de que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) está articulando a composição de um eventual governo, o vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PTdoB), afirmou, nesta sexta-feira (22), que está “impressionado e muito preocupado” com os nomes de possíveis ministros. Entre os nomes ventilados para o primeiro escalão estão o do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para o comando da Fazenda. 

“Todos, sem exceção, são legítimos representantes de uma parcela da elite paulista que tem horror a todos nós nordestinos. Não consigo entender o motivo pelo qual parlamentares do Nordeste, sobretudo os de Pernambuco, votaram contra a presidente Dilma”, criticou.

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Para o pernambucano, o “Brasil é muito maior do que qualquer crise”. Ele declarou também que fará oposição, caso “a turma de Eduardo Cunha (PMDB) e Jair Bolsonaro” consiga cassar a presidente Dilma.

Veja o texto na íntegra:

"UM DIA EM QUE A ALEGRIA SERÁ TRISTE"

Estou impressionado e muito preocupado com os nomes de possíveis ministros de um eventual governo Michel Temer, do PMDB. Todos, sem exceção, são legítimos representantes de uma parcela da elite paulista que tem horror a todos nós nordestinos. Não consigo entender o motivo pelo qual parlamentares do Nordeste, sobretudo os de Pernambuco, votaram contra a presidente Dilma.

Todo pernambucano sabe que foram os governos Lula e Dilma que ajudaram alavancar a economia do nosso Estado. Todos os deputados federais sabem que este pedido de impeachment é fruto do ódio e da vingança de Eduardo Cunha . Todos sabem que o Tribunal de Contas da União (TCU) é um órgão auxiliar do Congresso Nacional e que as contas da presidente Dilma sequer foram julgadas pelo Congresso. Como a Câmara dos Deputados aprova um pedido de impeachment por contas que sequer foram julgadas?

Todos nós sabemos que o impechament está previsto na Constituição, desde que se comprove que um presidente da República tenha cometido algum crime de responsabilidade. A presidente não cometeu nenhum crime.

Fiquei indignado com o comportamento de alguns parlamentares, e aqui não me convém citar nomes, gente que sabe que parte dessa elite paulista, junto com a oposição, na qual  95% não tem ética, não possui moral para agredir a presidente Dilma. Entre eles, parlamentares que diziam "eu sei que a presidente não cometeu crime, mas o governo agora vai pagar tudo o que me deve". São parlamentares que tinham conhecimento do acordo da oposição para salvar Eduardo Cunha em troca do impeachment.

Nunca imaginei, em minha vida pública, que políticos do meu Estado, integrantes do DEM,  PMDB , PSDB, PSB e PPS fossem capazes de se alinhar a Eduardo Cunha para tirar um mandato de uma presidente que não cometeu crime. Tenho certeza que, no futuro, eles vão ter vergonha do papel que fizeram no último domingo (17). Vamos pra frente. O Brasil é muito maior do que qualquer crise.

Comunico que, se eventualmente a turma de Eduardo Cunha (PMDB) e Jair Bolsonaro conseguir cassar a presidente Dilma, farei oposição ao Michel Temer. Um vice que, juntamente com Eduardo Cunha e outros, inclusive do nosso Estado, já foi citado várias vezes na Lava Jato. Como disse no meu voto, no plenário: "aquele domingo foi um dia em que, no futuro, a alegria será triste".

 

O eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) dá, em primeira instância, ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) a responsabilidade de assumir o comando Poder Executivo nacional. No entanto, de acordo com um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado nesta segunda-feira (11), a gestão do peemedebista iniciaria com problemas ainda maiores do que os enfrentados por Dilma. 

Segundo a pesquisa, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, além do desafio de sanar as crises política e econômica, Temer teria que superar a falta de confiança e admiração da população. No Recife, dos 65,3% dos eleitores que afirmaram conhecer o vice-presidente, 85% pontuaram não confiar nele e 11% disseram que sim. Segundo a mesma linha, 88,4% não admiram o peemedebista e apenas 9,6% responderam que sim.

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Indagados sobre qual seria o resultado de um governo de Temer pós-impeachment, 64,6% dos entrevistados acreditam que nada vai melhorar, 18,2% algumas coisas vão melhorar e 4,2% tudo no Brasil vai melhorar. Para o coordenador do IPMN e cientista político, Adriano Oliveira, o cenário aponta a falta de liderança política do vice-presidente, apesar de ser conhecido pela população.  

“Se Michel Temer assumir não será como uma liderança política. Os eleitores não tem confiança nele e não acreditam que a crise será superada, ou seja, se ele vier assumir a presidência, sofrerá os mesmos questionamentos que a presidente Dilma Rousseff está sofrendo. Terá dificuldade de governar”, analisou. 

Apesar de ser vice-presidente, Temer não é mais aliado ao governo de Dilma, isto porque o PMDB desembarcou da base no intuito de disputar a Presidência em 2018. Os dados da pesquisa no Recife, entretanto, não são tão animadores para o peemedebista. Sob a ótica de Oliveira, Temer teria que fazer um bom governo para galgar espaço entre as lideranças nacionais e a conquista dos votos. 

“Se ele vier a assumir (a presidência da República), claramente terá oportunidade de reverter o quadro porque ele pode vir a fazer um bom governo. Hoje, no entanto, ele terá dificuldade de se colocar para a opinião pública como uma liderança política”, conjecturou. 

Dados do levantamento - A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 4 e 5 de abril. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Conciso e frisando apresentar propostas “exequíveis”, o candidato a governador de Pernambuco pela coligação Mobilização pelo Poder Popular, José Gomes (PSOL), foi o primeiro postulante a divulgar o programa de governo para os pernambucanos. O documento, com sete páginas, contêm bases políticas e programáticas, além de ações que serão realizadas durante uma eventual gestão de Gomes. 

Uma das linhas de proposta, por exemplo, apresenta a “saúde realmente pública, sem precarização e sem privatização”. Neste ponto, Gomes diz que acabará com as Organizações Sociais na Saúde (OS’s), empresas privadas que administram as UPAs e alguns dos novos hospitais do estado. Já outra defende o “fim do ‘apartheid’ na educação”, onde o candidato diz que fortalecerá o ensino técnico, concederá salários iguais para os professores das escolas estaduais quer sejam elas de referência ou não e respeitará a autonomia da Universidade de Pernambuco. 

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Outros temas como o “funcionalismo público”, o “combate as desigualdades regionais” e “segurança cidadã, socialmente referendada e baseada em direitos humanos”, também compõem o plano de gestão psolista. 

Baseado nas exigências que tomaram as ruas do Brasil em junho de 2013, Zé Gomes afirmou que o programa foi concebido a partir de uma participação popular. "Dentro da proposta de nossa campanha de ampliar a participação popular e o controle social na gestão do Estado, nosso programa foi construído a partir de contribuições de diversos segmentos sociais. Ele segue aberto às ampliações, conforme os debates realizados com a sociedade", frisou o candidato. 

Veja o documento completo aqui:

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