O aplicativo para organização e arquivamento de notas, o Evernote, anunciou nessa quinta-feira (30) a criação de novas medidas de segurança para seus usuários. Entre elas estão à verificação em dois passos e a autorização de aplicativos de terceiros.

A empresa também acrescentou um histórico de acesso dos últimos 30 dias para o usuário acompanhar suas visitas mais recentes. Esta ferramenta é importante caso o internauta suspeite de acessos indevidos.

Na verificação é feita em dois passos, onde um usuário recebe um código extra (via app ou SMS) todas as vezes que acessar a conta, está disponível para clientes Premium e Business, e é um serviço opcional. No caso das autorizações para apps que utilizam o Evernote, como Google Chrome, deverá ser feita todas as vezes que o serviço for reiniciado.

O Evernote, que é um serviço de organização pessoal, afirmou neste último final de semana que reiniciou a senha dos seus 50 milhões de usuários. O motivo foi uma invasão de hackers, que tiveram  acesso a alguns nomes, e-mails e senhas codificadas.

Ronda Scott, porta-voz da empresa, afirmou que o ataque seguiu um padrão parecido com o dos ataques que vêm acontecendo contra grandes empresas da internet. Scott disse ainda que não encontraram provas de que algum conteúdo do Evernote tenha sido acessado, mas se recusou a falar quantas contas foram invadidas ou se seria possível que os hackers descobrissem senhas encriptadas.

Empresas como Facebook, Twitter, Microsoft e Apple afirmaram que tiveram seu sistema invadido por hackers recentemente. Quase sempre elas declararam que os invasores se aproveitaram de falhas no seu software Java e negaram que informações de usuários haviam sido comprometidas.

Diferentemente das outras, o Evernote não acha que os hackers utilizaram algum problema no Java para realizar a operação.

A Evernote, criadora de um aplicativo de bloco de notas com o mesmo nome, anunciou na sexta-feira (24), em sua conferência anual em São Francisco, o que através das palavras do presidente Phil Libin, chamou de "cessar-fogo entre o papel e o digital". A empresa fechou uma parceria com a lendária marca de cadernos Moleskine para o lançamento do Evernote Smart Notebook, caderno compatível com o aplicativo para iPhone, iPad e iPod Touch. 

A parceria entre o papel e o aplicativo irá ocorrer através de fotografias. Por exemplo, quem utiliza o Moleskine como diário de viagens, pode utilizar adesivos coloridos para indicar as regiões visitadas. Ao fotografar no caderno para indicar as regiões com o aplicativo, o conteúdo é armazenado. Ao tentar se lembrar do restaurante que comeu em algum local, basta digitar alguma palavra que ele escreveu na anotação para resgatar a lembrança. Esses adesivos funcionam como tags e podem ser aplicativos a qualquer tipo de anotação. As páginas do caderno são capturadas pelo recurso Câmera de página e, segundo a empresa, irá remover sombras e melhorar o contraste das fotografias tiradas do papel. 

A sociedade entre a Evernote e a Moleskine atende uma demanda de usuários de ambas as empresas. Phil Libin afirmou que teria de confessar: o papel e a caneta são os seus maiores concorrentes. Em pesquisas feitas por blogs e sites especializados com usuários, eles são os únicos que realmente disputam a liderança no ranking do melhor bloco de notas, como conta Libin. 

O presidente da Moleskine, Arrigo Berni, afirmou que o que os usuários do caderno mais pediam era a possibilidade de sincronizar as anotações do caderno com o Evernote. O Moleskine já possui um aplicativo bem simples para iOS. Berni continua: "A maioria (dos usuários do Moleskine) é altamente letrada, mora em áreas urbanas e é fã de tecnologia". 

O Evernote Smart Book na versão bolso custa US$ 24,95 e o grande, US$ 29,95. Ambos estarão à venda a partir do dia 1° de outubro no site da Moleskine. Ao comprar o caderno, o usuário terá três meses de Evernote Premium, conta do serviço que oferece mais armazenamento e outras vantagens. 

Business 

Além da parceria com a Moleskine, a Evernote também apresentou o Business, recurso do aplicativo voltado para empresas. A ferramenta oferece capacidade de armazenamento de 4GB por mês, custando US$ 10 mensais por empregado e acesso a suporte. Segundo Phil Libin, o serviço seria uma maneira de tornar o ambiente de trabalho mais produtivo. Utilizando o app, funcionários poderão armazenar informações e as compartilhar de maneira mais inteligente.  Por exemplo: mensagens entre departamentos, mensagens direcionadas a todos os funcionários, além da redução do volume de e-mails disparados aos funcionários.