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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta terça-feira, 18, que as exceções incluídas no texto da reforma tributária aprovado pela Câmara dos Deputados podem "distorcer" e "deformar" a proposta. Ele falou ainda em "supervalorização" das discussões sobre a governança do Conselho Federativo, que ficará responsável pela gestão do IBS, o imposto a ser repartido entre Estados e municípios.

"Quanto mais exceção, mais distorção e mais deformação a gente vai ter na reforma", reclamou o governador, em entrevista a jornalistas após o lançamento do UniversalizaSP, programa que visa ampliar investimentos estaduais na universalização do saneamento em 250 municípios paulistas.

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Ao falar sobre as exceções, Tarcísio lembrou do incentivo fiscal para montadoras de veículos, que beneficiaria Estados do Nordeste, mas foi retirado do texto momentos antes da votação na Câmara.

"Teve o benefício tributário da fábrica de Pernambuco e da Bahia, que caiu. Veja, você está deliberando sobre uma reforma tributária, e o objetivo da reforma é acabar com a guerra fiscal. Você coloca uma cláusula para criar guerra fiscal na reforma tributária. Não faz o menor sentido. Pelo amor de Deus, se a gente está aprovando uma reforma tributária, é justamente para acabar com a distorção, com a guerra fiscal", criticou.

Tarcísio defendeu a inclusão, no texto da reforma, de um item que considera a população dos Estados para definir o peso de cada um nas deliberações do Conselho Federativo, que ficará responsável pela gestão do IBS, imposto a ser repartido entre as unidades da federação e os municípios. A norma foi um pleito do governador para dar apoio à proposta.

"Quando a gente coloca uma cláusula de participação proporcional à população, o que a gente está forçando, na verdade, é o estabelecimento de consenso nas decisões que forem tomadas", disse. Para ele, há supervalorização nas discussões sobre a questão.

O governador ainda minimizou a movimentação de Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste para alterar o texto da reforma no Senado. "É natural. Cada Estado vai querer defender seu interesse", analisou. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o governador monitora a movimentação e prevê uma contraofensiva, segundo auxiliares.

As três novas exceções ao limite de gastos do arcabouço fiscal, aprovadas pelos senadores, somam R$ 73 bilhões fora da trava de despesas da nova regra para controle das contas públicas. O cálculo é da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados e leva em consideração os valores referentes a 2023.

A cifra se aproxima do piso de investimentos previsto no arcabouço para este ano, perto de R$ 70 bilhões. Também é próximo do valor reivindicado pelos governadores - R$ 75 bilhões - para o aporte do governo federal ao Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), um dos pilares da reforma tributária.

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O relator do texto na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), afirmou que os deputados podem manter as exceções à regra fiscal que foram aprovadas pelo Senado (mais informações nesta página).

Na Casa, porém, há queixas sobre a forma como a proposta foi aprovada pelos senadores. O deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP) afirma que as mudanças no texto não foram discutidas com os deputados - os quais, segundo ele, acabaram se desgastando para aprovar um arcabouço mais rígido.

"A Câmara fez um esforço para atender ao arcabouço fiscal pela forma proposta pelo ministro da Fazenda, por entender a necessidade de o País ter estabilidade fiscal. O Senado abriu mais, sem discutir o mérito com os deputados. Vamos ver agora qual será a posição do governo", disse ao Estadão.

O impacto calculado pelos técnicos da Câmara leva em consideração três novas exceções: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e despesas com ciência em tecnologia.

Despesas

No caso do Fundeb, a complementação do governo federal é estimada em cerca de R$ 40 bilhões em 2023. Atualmente, o Fundeb está fora do teto de gastos. Pelo texto aprovado na Câmara, o fundo estaria dentro da nova trava, mas o limite cresceria à medida que a complementação da União avançasse.

Parlamentares da bancada da educação alegam, no entanto, que, como a complementação ao fundo está vinculada à receita dos Estados, sempre que a arrecadação estadual avançar mais do que o teto, haverá aperto de outras despesas.

Já o FCDF projeta despesas de R$ 23 bilhões. Pelo texto aprovado na Câmara, o repasse passaria a ficar dentro das limitações do novo teto. Senadores do DF, no entanto, pressionaram pela retirada do fundo da nova trava, alegando que a mudança levaria a uma perda bilionária nos cofres da capital, o que causaria um impacto nos serviços de segurança, educação e saúde.

Em ciência, tecnologia e inovação as despesas são estimadas em cerca de R$ 10 bilhões em 2023. Atualmente, não existe esse tipo de exceção no teto de gastos atual.

Câmara pode manter texto do Senado, diz relator

O relator do arcabouço na Câmara, Cláudio Cajado (PP-BA), disse ontem que os deputados podem manter as exceções à regra fiscal que foram aprovadas pelo Senado. Ele disse que vai ouvir os líderes partidários para tomar uma decisão sobre seu relatório, mas adiantou que algumas lideranças avaliam que a Casa pode ser tachada de "malvada" caso volte a incluir, por exemplo, o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) nos limites fiscais.

"Não vou fazer 'cavalo de cavalo, mas tem que ter consenso", declarou Cajado, ao usar uma expressão para dizer que não vai impor dificuldades se os deputados quiserem modificar seu relatório. "Por exemplo, essa questão do GDF, se todos acharem que não vale a pena a Câmara ficar de malvada, o que eu vou fazer? A narrativa está errada. Eu vou defender o meu relatório. Mas alguns líderes me disseram 'entra na narrativa de que o Senado foi o bonzinho e a Câmara vai ser maldosa", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir desta terça-feira (25), nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, exceto em casos de “flagrante delito” ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável. Está também prevista prisão para pessoas que impeçam o direito de as pessoas transitarem livremente. As medidas valem até 48 horas após o segundo turno das eleições, conforme previsto no Código Eleitoral.

De acordo com o Artigo 236, membros das mesas receptoras e fiscais de partido também não poderão ser detidos ou presos durante o exercício de suas funções, “salvo caso de flagrante delito”.

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Segundo a legislação, nenhuma autoridade poderá, desde cinco dias antes e até 48 horas após o encerramento da eleição, “prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto [direito de transitar livremente]”.

Caso ocorra “qualquer prisão”, o detido deverá ser imediatamente conduzido à presença do juiz competente, a quem caberá verificar a ilegalidade da detenção. Confirmada a ilegalidade, caberá ao juiz relaxar a prisão e responsabilizar eventuais coautores da detenção.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou alterações na lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) para bens de informática e de telecomunicações. A relação foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os equipamentos de alimentação ininterrupta de energia, conhecidos também por UPS ou no break, tiveram aumento de alíquota de 14% para 20%. Os cartões de memória - memory cards - tiveram elevação de alíquota de 0% para 16%. Por último, os circuitos impressos passaram de 10% para 12%.

O ministério informou que a aplicação das novas alíquotas levou em consideração a estrutura tarifária das cadeias produtivas envolvidas e as diretrizes do Plano Brasil Maior. "O objetivo é estimular a capacidade inovadora da produção nacional e fortalecer os setores de informática e de componentes eletrônicos, com produtos de alto valor agregado", afirma.

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Sardinha

A Camex reduziu temporariamente de 10% para 2% a alíquota do Imposto de Importação da sardinha congelada. O benefício vale por 180 dias e está limitado à quota de 50 mil toneladas. Segundo o MDIC, que preside a Camex, a medida visa a garantir a oferta do produto e evitar possível desabastecimento das indústrias de conserva durante o período de interrupção da pesca, nas épocas do defeso e recrutamento.

Também está publicada no DOU uma nova relação de bens de capital, de informática e de telecomunicações incluídos na lista de ex-tarifários. Estes produtos tiveram o Imposto de Importação reduzido para 2% até 31 de dezembro de 2013 para baratear o custo de investimentos em andamento no País. O ex-tarifário pode ser aplicado sempre que não houver produção nacional destas máquinas.

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