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A coligação Pernambuco na Veia, encabeçada pela candidata ao Governo de Pernambuco Marília Arraes (SD), pediu à Justiça Eleitoral que casse a chapa formada por Danilo Cabral (PSB) e Luciana Santos (PCdoB) por usar a máquina pública na campanha e coagir funcionários públicos. A denúncia feita nesse domingo (25) também cita o governador Paulo Câmara e pede a inelegibilidade da dupla e do prefeito do Recife, João Campos, por oito anos. 

Há uma semana para as eleições, a queixa contra a Frente Popular foi motivada pelo vazamento da planilha 'Dia D', que reúne nomes de secretários estaduais e municipais, presidentes de empresas da Administração Pública e outros ocupantes de cargos de confiança, tratados como "voluntários" para trabalhar na campanha de Danilo Cabral no dia da eleição. 

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A lista distribuiu os servidores em cada uma das 11 zonas eleitorais da capital e ainda destaca o número de comissionados de cada pasta a serem convocados pelos seus secretários, além do uso de 792 veículos. O autor da planilha seria o secretário-executivo de Planejamento de Pernambuco, Adriano Danzi de Andrade, apontou a denúncia. 

A Ação de Pedido de Investigação Eleitoral incluiu o governador Paulo Câmara como um dos investigados e solicita que equipes de fiscalização sejam enviadas à Prefeitura do Recife e a órgãos do governo, especialmente à Junta Comercial e a Secretaria de Educação, onde teriam ocorrido ameaças a servidores comissionados e terceirizados por recusa a participar da agenda de campanha de Danilo. 

A coordenação jurídica da campanha de Raquel Lyra (PSDB- Cidadania)  deu entrada neste sábado, 24, numa representação junto ao Ministério Público Eleitoral de Pernambuco {MPE) solicitando apuração de possível abuso de poder político e de cometimento de crimes eleitorais por parte da campanha da Frente Popular. 

 A representação denuncia possível esquema orquestrado pela campanha do candidato do PSB com o intuito de utilizar servidores  do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife no dia das eleições de 2022, mediante pressão em favor da candidatura de Danilo Cabral.  “Desde que a lista foi divulgada na imprensa entramos em contato com as autoridades competentes. 

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 A apuração deste possível esquema, que revela a divisão de “voluntários” que ocupam cargos comissionados para atuar na campanha do candidato governista deve ser rigorosa e exemplar”, destaca o advogado Yuri Coriolano, da coordenação jurídica da coligação Pernambuco quer Mudar.   

De acordo com planilha vazada nas redes sociais, há divisão de tarefas para o dia da eleição entre cargos comissionados do governo de Pernambuco vinculados ao PSB, inclusive nominando autoridades do primeiro escalão da gestão Paulo Câmara.  A representação junto ao Ministério Público Eleitoral também é dirigida ao governador Paulo Câmara e ao prefeito do Recife, João Campos.

*Da assessoria 

O Tribunal Regional Eleitoral em Pernambuco (TRE-PE) determinou, através de liminar concedida pelo desembargador eleitoral auxiliar Rogério Fialho, que o candidato ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), e a coligação da Frente Popular - composta pelo PSB, PT, PCdoB, PV, Republicanos, MDB, PDT e PP - retirem as inserções na TV e no rádio do candidato ao governo por extrapolar 25% do tempo das peças publicitárias. A determinação é que as peças não voltem a ser veiculadas e será paga a multa de R$ 1 mil a cada nova exibição do material. 

O pedido foi feito pela federação PSDB/Cidadania, da candidata ao governo, Raquel Lyra (PSDB). 

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As inserções contestadas têm 30 segundos e foram veiculadas nos dias 30 e 31 de agosto. Nelas, o ex-presidente Lula aparece durante todo o tempo da peça pedindo apoio ao candidato ao governo pela Frente Popular, a quem seu partido é coligado no Estado. A peça publicitária na rádio e na TV continha a seguinte declaração:

“Lula: Meus amigos e minhas amigas, Pernambuco e o Brasil vão viver um novo tempo. Tempo de voltar com a Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família, de ampliar de novo os empregos em Suape, e trazer mais indústrias de grande porte. Com Danilo no governo vamos reviver a parceria e o tempo bom que tivemos comigo na presidência e Eduardo no governo. Danilo é o cara certo para esse novo tempo. Por isso, vote Danilo governador.”.

Porém, conforme decidiu o magistrado, como a mídia é reservada para o candidato a governador, o tempo de participação do apoiador deveria ser de, no máximo, 25% do tempo, de acordo com os art. 54, da Lei n.º 9.504/97, e art. 74 da Resolução TSE n.º 23.610/2019.

“O que se vislumbra, após toda argumentação dos representantes, em uma análise perfunctória, é a presença de probabilidade do direito, pois foi demonstrado, pelos representantes, que os representados extrapolaram o limite máximo de 25% do total permitido para participação de um apoiador nas propagandas realizadas por meio das inserções, pois em um vídeo com 30 segundos de duração, foi disponibilizado ao candidato à Presidência da República, o Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, a aparição com áudio, voz e legenda, como apoiador do candidato ao cargo majoritário de Governador do Estado de Pernambuco, o Senhor Danilo Cabral, a totalidade do tempo da peça atacada por meio da presente representação”, diz a peça. 

Além de intimar a Frente Popular e o candidato Danilo Cabral, o desembargador determinou a intimação das empresas de comunicação para não veicularem o material. Cabe recurso ao pleno do TRE Pernambuco.

*Da assessoria

Ao meio-dia deste domingo (21), o comitê da Frente Popular de Pernambuco, encabeçado por Danilo Cabral (PSB) como candidato a governador, e as candidatas Luciana Santos (PCdoB) a vice-governadora e Teresa Leitão (PT) a senadora, foi inaugurado na Avenida Norte, Zona Norte do Recife. A inauguração contou com a presença de centenas de apoiadoras e apoiadores dos candidatos ali presentes que compõem a Frente Popular, e de políticos e secretários.

O correligionário Gilvan Magalhães acentuou que Pernambuco vai avançar caso Danilo ganhe a eleição. “Danilo conhece essa máquina pública e é capaz de fazer ela moer para o que precisa. Ele é filho do Brasil oficial, mas tem a alma e o coração do Brasil real, e é isso o que ele vai fazer no Palácio do Campo das Princesas, aproximar esse Brasil real da professora, do gari, da empregada doméstica, da dona de casa; esse Brasil que é invisível, como dizia Ariano”, disse.

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Já a apoiadora Maria Luiza Brandão exaltou que a candidatura de Danilo representa a continuidade do governo Eduardo Campos. “Sem discussão, Eduardo seria o presidente do Brasil e faria grandes oportunidades para nós e, com Danilo, Pernambuco vai crescer e a gente vai continuar a levar esse legado a diante”.

O candidato ao governo do PSB, Danilo Cabral, chamou o governador Paulo Câmara para ficar ao seu lado no palanque, “eu quero você do meu lado, do lado da gente”. Ele também explicou que a localização do comitê está em um ponto estratégico por um ato representativo. “É um ato simbólico que ele esteja localizado na Av. Norte Miguel Arraes de Alencar. Quando a gente fala que nós fazemos parte do time que mais ganhou eleição, a gente fala também que esse time é o que mais mudou a vida das pessoas”. 

O deputado federal destacou a importância de unir Pernambuco. “É fundamental que cada um e cada uma saiba a responsabilidade que tem neste momento. Não será uma eleição simples, estão aí os nossos adversários que vão utilizar de tudo para nos derrubar. Quem já andou no Recife nos últimos dias e está andando no interior, a gente já viu que a campanha da gente embalou e tá tocando fogo, tá começando a subir, e é um sentimento claro. Quem está andando no Recife está vendo que a gente tá começando a ocupar espaços e fazer o que a gente sabe fazer, porque esse time sabe ganhar eleição e eu não tenho dúvida nenhuma de que vamos ganhar essa”. 

A vice-governadora e candidata à reeleição, Luciana Santos, ressaltou que esta etapa na campanha é decisiva. “Agora chegou a hora da Frente Popular entrar em campo com toda a força. Temos pouco mais de 42 dias para o Brasil ser feliz de novo e Pernambuco aprofundar as mudanças que temos feito nos últimos anos. O que estamos fazendo em Pernambuco é estratégico, porque estamos representando a unidade política”. 

“É preciso unir todas as forças contra o fascismo, pela democracia. A gente luta pela democracia para poder atender ao nosso povo e a nossa população, porque democracia a gente constrói com escola de qualidade. É com ela que a gente faz o País crescer”, completou a comunista. 

Já a candidata ao Senado, Teresa Leitão, antes do discurso, ressaltou os benefícios que os professores de Pernambuco e do Recife receberão nos próximos dias com relação ao Fundeb e Fundef. Além disso, ela realçou que a aliança entre PT e PSB é em prol de um projeto político que “não é meramente eleitoral”. 

“Essa aliança foi trabalhada na política. Essa é a eleição das nossas vidas porque, formalmente, se dá sob marcos da democracia, mas é uma eleição onde os nossos concorrentes todos os dias afrontam a democracia do ponto de vista das condições humanas. O povo que passa fome, que compra um botijão de gás à prestação, que não vê prespectiva”, disse, sobre o presidente Bolsonaro (PL).

A petista também afrontou os seus opositores ao Senado em Pernambuco, mas fez uma observação: “eu só tenho uma concorrente, que é Eugênia Lima (PSOl)”. ”Os outros são todos adversários e eu vou derrubar um por um, porque eu quero que o povo saiba que um deles é defensor do agronegócio, e eu sou defensora da agroecologia, economia solidária e agricultura familiar. Eu não sei tocar sanfona, mas uma sanfona que toca desafinada só para retirar a defesa dos trabalhadores, que anda de moto sem capacete, defende a tortura e é contra a soberania nacional tem que ir para o saco também”. 

O prefeito João Campos, por sua vez, pontuou que a Frente Popular entregou “o melhor quadro que temos para disputar as eleições”. “A gente sabe que Pernambuco e a Região Metropolitana do Recife passaram pelo seu momento extremamente crítico esse ano. Nós precisamos ter alguém [o ex-presidente Lula (PT)] que tenha empatia e que goste do Nordeste, de Pernambuco e do Recife, que consiga fazer um projeto estruturante para a nossa região. Quem conhece a Frente Popular sabe que temos a capacidade de muitas pessoas para vencermos desafios. Estamos unidos e esse povo sabe qual é o dever de casa que tem que fazer: não é com interesse, nem vontade pessoal, nem buscando projeto pessoal que se constrói um partido, uma frente, um Estado. Danilo já deu várias demonstrações de que é leal às bandeiras que são muito caras a nós”, afirmou o prefeito, em referência às trocas de partido da candidata Marília Arraes (SD).

O governador Paulo Câmara avisou: “comitê cheio é só no dia da inauguração e no dia da vitória. “Temos, agora, 43 dias para tomarmos conta de Pernambuco e levar essa mensagem, mostrando, mais uma vez, que esse time que está aqui é o que tem as melhores propostas, que sabe governar e, acima de tudo, vai ganhar as eleições deste ano”.

Parte da militância do PSB e da Frente Popular estiveram, na noite desta sexta-feira (19), na inauguração do candidato a deputado federal Pedro Campos (PSB), no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife. Além da mãe do candidato, Renata Campos, que estava visivelmente emocionada, lideranças como o prefeito João Campos (PSB), a candidata ao Senado pela Frente Popular, Teresa Leitão (PSB) e o candidato a governador de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), marcaram presença no evento exaltando o ex-governador Eduardo Campos (PSB) e com um discurso alfinetando a oposição. 

Pedro Campos contou ter concordado com o convite para assumir o compromisso de ser candidato a deputado federal para “fazer uma sociedade mais justa”. “Eu topei de corpo, alma e coração. Foi por isso que eu rodei 110 municípios em Pernambuco”.

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“Eu nunca vi confusão resolver a vida de ninguém, mas a gente vai estar aqui para trabalhar. Quando não tiver espaço para conversa, a gente não vai perder tempo com confusão, futrica e nem com arenga, a gente [ele e João Campos] não aprendeu a fazer política assim. A gente aprendeu a fazer política conversando”, disse.

Com relação aos resultados das pesquisas para o Governo de Pernambuco, a qual a candidata Marília Arraes (SD) aparece em primeiro lugar, João Campos espetou: “Não tem eleição ganha, resolvida. Cada voto pode ser buscado, cada pessoa pode ser conquistada sem brigar e nem desrespeitar ninguém. Quando alguém vier com agressividade, vá com amor. Quando alguém vier com intolerância, vá com tolerância e paciência”, disse o perefeito que durante a sua campanha em 2020 fez duros ataques a sua adversária Marília. 

Num discurso de exaltação ao irmão do meio, o prefeito afirmou: “a nossa aliança sempre foi e sempre será com o povo de Pernambuco”. “Daqui até o dia 2 de outubro vamos andar juntos fazendo a campanha, pedindo voto para a nossa chapa completa”, avaliou sobre a disputa que tem, segundo pesquisas, Danilo em quinto lugar. 

A candidata Teresa Leitão, por sua vez, voltou a alfinetar sobre a fidelidade que tem com Lula e com o PT, único partido que fez parte desde quando entrou na política. “Me sinto muito comprometida com a aliança que foi posturada pelo presidente Lula (PT) desde o ano passado, em agosto. A construção dessa aliança teve esse foco fundamental no povo brasileiro, por isso estou aqui, e também porque eu disse ‘sim’ a Lula. Eu disse sim ao PT, meu único partido há 22 anos, e eu disse ‘sim’ com muito respeito a toda Frente Popular, que escolheu a presidência do PT neste palanque. “Não vamos negar o fogo, a minha personalidade é forte. A nossa chapa não tem errada”, expressou. 

Danilo atenuou a importância desta eleição para a Frente Popular. “Essa é a eleição mais importante da Frente Popular, que será desafiadora, dura e difícil mas, quanto maior o desafio, mais apaixonante ele é, e eu tô apaixonado por essa eleição e pela vontade de governar Pernambuco. O nosso palanque ganhou a eleição sempre falando a verdade, não tem ninguém com projeto pessoal. Aqui, temos uma história de projeto político”, disse o pessebista em recado a sua adversária Marília, que saiu do PT para garantir sua candidatura.

Ele aproveitou a ocasião para fazer um desafio para debater sobre Pernambuco aos outros quatro postulantes que estão ocupando o ranking da pesquisa ao governo. “Eu tô desafiando eles todos os dias, mas estão fugindo. Eu quero botar os quatro na minha frente para discutir Pernambuco. Infelizmente, tem uma turma aí já acostumada e anunciou que não quer participar do debate. Quem se dispõe a disputar eleição tem que estar disposto a olhar no olho das pessoas. Se não quer debater, ou é arrogância, prepotência, soberba ou despreparo. Tem medo de debater. Eu não tenho medo de debater com ninguém, pode colocar os quatro na minha frente”, destacou. 

Suprimida pelos próprios partidos nas passagens pelo PSB e PT, Marília Arraes confiou a continuidade da carreira ao Solidariedade e intensificou os ataques contra a atual gestão para alcançar o Governo de Pernambuco. Ainda que Lula (PT) esteja do lado do PSB, Marília se beneficia da simpatia do ex-presidente por ela e direciona seus esforços para desvencilhar Danilo Cabral do petista.

O cientista político Marconi Aurélio e Silva afirma que Marília dividiu o reduto do eleitorado de centro-esquerda e vai dificultar a eleição de Cabral. Na sua visão, o cenário ideal para o PSB era rivalizar com o candidato de Jair Bolsonaro, Anderson Ferreira (PL), e replicar no estado a polarização nacional.

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"Nesse momento, essa é a principal ameaça ao projeto do PSB-PT. Marília se manter entre as duas candidaturas mais votadas para a governadoria. A presença dela já dividiu a Frente Popular e pode ter como principal consequência a garantia dela em uma das vagas na disputa para o segundo turno, contra um dos demais candidatos à oposição", projetou. 

Nos compromissos ao lado da cúpula do PSB em Pernambuco, na semana passada, o ex-presidente Lula ouviu o nome da pré-candidata ser bradado pelo público no interior e no Recife. O clima desconfortável refletiu no palco e fez com que a pré-candidata ao Senado do PT, Teresa Leitão, e o presidente estadual da legenda, Doriel Barros, se confundissem e citassem a adversária.

Dissolução da direita 

Na outra face da polarização, embora apoiado oficialmente por Jair Bolsonaro, Anderson Ferreira também pode perder votos da base que se identifica mais com outros concorrentes alinhados à direita. 

“Anderson Ferreira, que queria capitalizar os votos bolsonaristas, pode ter que dividir esse reduto com extratos de eleitores que no âmbito estadual preferem votar em Miguel Coelho ou mesmo Raquel Lyra, pelos feitos e influência regionais, redutos que inclusive têm sido opositores aos últimos governos do PSB em Pernambuco.”

A visita de Lula a Pernambuco, em destaque o evento com políticos, militantes e apoiadores no Classic Hall, em Olinda, na última quinta-feira (20), evidenciou o descontentamento de parte dos apoiadores do líder petista com relação à aliança com a Frente Popular em Pernambuco. Apesar de ter saído do Partido dos Trabalhadores e, por consequência, da Frente Popular, Marília Arraes (Solidariedade) ainda se mostrou presente na composição do grupo por ter sido aclamada por parte dos apoiadores presentes no evento, que também vaiaram os líderes da Frente no estado

O professor de ciência política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Arthur Leandro lembra que o PT e o PSB, “seja compondo a mesma chapa, seja governando juntos, seja disputando em chapas distintas e depois compondo uma aliança para governar”, vão fazer 22 anos no governo de Pernambuco com uma parcela política importante no Estado desde a eleição de João Paulo para prefeito do Recife, em 2000. “O PT e PSB estiveram em posições distintas, inclusive, disputaram no segundo turno, como foi o caso da eleição de 2020. Uma eleição bastante agressiva e disputada do ponto de vista da personalidade, é natural que parte da militância do PT tenha essa identificação com Marília e não com o PSB”. 

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Ele pontua que o Partido Socialista Brasileiro se posicionou como um antagonista tradicional do Partido dos Trabalhadores nas eleições de 2020, no Recife. “O PSB falou de corrupção, que foi o discurso de João Campos, falou de uma suposta incapacidade administrativa do PT, houve um desgaste do ponto de vista da coesão daquela frente. Houve, inclusive, uma exigência do PT que a aliança governativa não se mantivesse, que o PT entregasse todos os cargos do governo do Estado”. 

-> Em ato de Lula com o PSB, apoiadores gritam por Marília

Na avaliação do especialista, o caminho para a composição do PT e PSB em Pernambuco ficou desgastado e prejudicado para as eleições de 2022. “Essa é uma eleição no qual as figuras com perfil de burocrata, técnico, o perfil que o PSB tem trazido para aliança, não tem muito espaço. A eleição deste ano tem um certo paralelismo entre a disputa local e a disputa nacional. Eu diria que a eleição está nacionalizada, as personalidades nacionais criam um tipo de polaridade deixando sem espaço para as questões locais para alguém que não tem um perfil de liderança carismática, como é o caso de Danilo Cabral. O PSB ficou numa situação que não tinha ninguém para apresentar para a liderança popular”, disse. 

De acordo com Arthur Leandro, Marília Arraes, que deixou o Partido dos Trabalhadores para ter seu espaço político e lançar sua candidatura, era o nome da renovação do PT em Pernambuco. “Existe um desgaste no campo da própria Frente Popular e boa parte da preferência da base do PT se identifica com Marília. Ela fez um investimento sério de longo prazo na sua campanha para governo do estado desde 2018, quando teve a legenda negada pelo PT em função da permanência ou manutenção de uma aliança PT-PSB, que foi definida naquele ano pelo senador Humberto Costa, que defendeu a sua candidatura numa chapa liderada pelo PSB." Para o professor, Humberto trabalhou intensamente para descredenciar as pretensões de Marília. 

Arthur Leandro vê Marília como favorita para a eleição deste ano, não apenas pelo que as pesquisas indicam, mas tamém devido ao perfil político deste pleito. “Aquele que seria o seu antagonista neste ano, considerando a nacionalização da disputa estadual, ainda não conseguiu se apresentar como concorrente à altura, que seria o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), o presidente estadual do partido de Bolsonaro. Só que Anderson não tem espaço a nível estadual que uma eleição para governador demanda, então ele vai ficar dependente de uma vinculação do seu nome ao nome de Bolsonaro para tentar amealhar os 30% de votos que Bolsonaro deve ter no estado, e se colocar como o segundo nome Bolsonarista”. 

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“O que a gente tem visto até agora é que esse segundo nome na disputa do segundo turno, que vamos ter, está indefinido entre três nomes preferenciais: Anderson, Raquel Lyra e Miguel Coelho. E Danilo Cabral vem como um 5º nome. Já tem mais de um mês que as pesquisas realizadas tiram Danilo do 4º lugar e o colocam para 5º. A presença de Lula no estado mostrou que a máquina partidária de militância da Frente Popular está mais próxima de Marília”, avalia. 

No evento de Lula no Recife, o pré-candidato Danilo Cabral (PSB) e o governador Paulo Câmara (PSB), além do prefeito João Campos (PSB), quase não conseguiram discursar em um coro de repúdio às gestões e ao PSB. Houve a tentativa, inclusive, de abafar o coro em repúdio aos políticos com aplausos fakes e uma maior incidência da orquestra durante as vaias. 

De acordo com Arthur Leandro, as vaias se deram, também, pela má avaliação do governo Paulo Câmara e pela crise agravada nos últimos anos em Pernambuco. “Nós fomos duramente afetados pela pandemia. A capacidade de investimento e de ações no sentido de recuperação da economia não aconteceram. Então, o governo de Paulo é mal avaliado. Ele é rejeitado por 70% da população, que o consideram ruim ou péssimo”.

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Na avaliação do professor, uma das maiores dificuldades atuais do PSB é não conseguir reproduzir o que foi feito na eleição de 2020 com João Campos. “E Danilo se apresenta como alguém muito parecido com Paulo. É difícil repetir o que aconteceu entre João Campos em relação a Geraldo Julio, porque João foi o candidato de Geraldo e o PSB conseguiu esconder Geraldo na eleição de 2020. João é Eduardo, mas é difícil dizer que Danilo é Eduardo. Danilo é Paulo. O eleitor olha para Danilo e vê a continuidade do PSB. Essa é uma eleição que acontece após oito anos de governo de Paulo e remotamente, oito anos de governo de Eduardo. Então, são 16 anos de PSB. É uma eleição do cansaço. É difícil apresentar um partido como sendo capaz de entregar resultados e de reverter uma situação de crise”. 

“Não tem muito como reverter essa situação, até porque Lula também ganha com Marília. Sejamos pragmáticos, Lula cumpriu o seu papel na Frente Popular, mas ele não ganha muito mais com Danilo do que com Marília. Ele tem dois palanques, a verdade é essa e, por uma questão de apoio político, ele não pode pedir votos para Marília. Mas a relação de Lula com Marília é visível por todos”, afirmou.  

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, compartilhou um vídeo de uma “releitura” da peça publicada pelo pré-candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após a confirmação da chapa com o pré-candidato à vice-presidência, Geraldo Alckmin (PSB) ter sido oficializada na quinta-feira (21).  

O vídeo mostra a preparação de um prato de “Lula e Chuchu”, em referência ao apelido que Alckmin ficou conhecido durante a gestão no governo de São Paulo. “Agora é oficial. Lula e Alckmin. Essa mistura tem sabor de esperança”, diz a peça original. 

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A releitura, no entanto, publicada pelo ex-candidato a vereador do Rio de Janeiro e fundador do “Cirão Carioca” e “Rede Ciro”, Fernando Mendonça, faz uma sátira aos acontecimentos durante o governo Lula. “Primeiro você coloca todo o sofrimento da periferia de São Paulo. Depois, uma pitada de corrupção da Petrobras, e espreme até virar a maior crise hídrica de São Paulo. Vai acrescentando mensalão, dinheiro na cueca, Geddel, Temer, Renan Calheiros. Não esquece do fogo alto em pinheirinho. Opa, e não esquece do roubo da merenda escolar de são paulo. Lula e Alckmin: difícil de engolir”, diz a releitura da peça.

Ciro Gomes, por sua vez, brincou ao compartilhar. “Ninguém supera, jamais, a criatividade popular”. 

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No evento do pré-candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, no Recife, nesta quinta-feira (21), alguns políticos e candidatos do PSB e do PT foram vaiados ao discursar no palanque ao lado de Lula. O pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), que teve o apoio de Lula anunciado em Garanhuns na quarta-feira (20), e reforçado nesta quinta, foi um dos principais personagens políticos reprovados na ocasião. Mesmo com o apoio de Lula, os apoiadores do ex-presidente que estavam presentes clamavam pela também pré-candidata ao Governo de Pernambuco e ex-petista, Marília Arraes (Solidariedade). 

O pré-candidato Danilo Cabral (PSB) observou que o momento exige clareza, tendo em vista o grande desafio que o Brasil encontra no momento. “O que estamos fazendo aqui neste momento é defender a liberdade de expressão de todos, que todos possam se manifestar democraticamente para que cada um e cada uma possa, de forma legítima, expressar o pensamento. O ato de hoje tem essa síntese, daqueles que querem a nossa democracia. O Brasil vive uma grande ameaça à democracia, que está sob risco, e esse direito da gente fazer esse tipo de atividade e receber as críticas é ameaçado, mas mais ameaçado ainda se encontra a vida das pessoas”, alfinetou. 

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Enquanto o público presente aclamava Marília Arraes, Cabral disse não ter ido para brigar. “Não vim aqui para arengar com ninguém, não aprendi a fazer política brigando, fazendo intriga, fofoca. Quem deve brigar são sempre as ideias, e é isso o que eu vim fazer aqui: defender as ideias da Frente Popular de Pernambuco”. 

O prefeito João Campos (PSB), em resposta à reprovação recebida dos apoiadores de Lula, destacou a importância da democracia e saudou “àqueles que têm divergências da nossa caminhada e do projeto que nós estamos”. “Estamos numa democracia, e como o presidente Lula disse ontem, parafraseando o recifense Paulo Freire: agora é hora de juntar os divergentes para combater os antagonistas. Temos que entender que os nossos reais adversários estão do lado daqueles que estão promovendo a fome, opressão à imprensa, o desmanche à cultura, abandono da educação. Nós vamos enfrentar, queiram ou não queiram os juízes, o bolsonarismo juntos”.

O governador Paulo Câmara (PSB) teve Lula e toda a comitiva política ao seu lado durante o discurso por conta das vaias que recebeu. Ainda assim, ele não deixou de salientar que os avanços de Pernambuco e que o Estado nunca deixou “que esse ódio [de Bolsonaro] chegasse aqui”. “Temos tido a oportunidade de governar esse Estado por quase oito anos e um dos momentos mais difíceis que passamos foi quando o senhor [Lula] foi preso. Em 2018, Fernando Haddad ganhou a eleição no Nordeste, que foi resistente e nunca baicou a cabeça para esse presidente Bolsonaro, que só faz transmitir ódio e nós nunca deixamos que esse ódio chegasse aqui em Pernambuco”.

“Agora, mais uma vez, a gente está fazendo uma aliança que vem lá de trás. O PT apoio a mim e a Luciana em 2018, e nós estamos honrando com trabalho, com dedicação, transformando esse Estado num Estado que tem hoje a melhor educação pública do Brasil. Isso é de Pernambuco”, destacou o governador. 

O senador Humberto Costa (PT), por sua vez, aproveitou a ocasião para pedir vaias a Bolsonaro. “Aqui em Pernambuco eu não tenho medo de dizer que formamos uma aliança política com o PSB para garantir a sua vitória em Pernambuco e no Brasil. Estamos vivendo um desafio de derrotar o fascismo. A gente não pode permitir que o projeto individual seja maior que o político, e é isso que faz a nossa unidade. Danilo Cabral, você vai ser governador de Pernambuco com a Frente Popular. Eu não tenho medo de vaia, quem tiver que vaiar, que vá vaiar Bolsonaro e não os políticos da Frente [Popular] aqui”, argumentou. 

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), foi indicada oficialmente para ser pré-candidata a vice de Danilo Cabral (PSB), pré-candidato a governador pela Frente Popular. Com a indicação de Teresa Leitão (PT) ao Senado Federal, a chapa fecha a rodada de indicações para as Eleições 2022. A decisão pela disputa ao novo mandato de Santos foi sinalizada ainda durante a reunião do Conselho Político da chapa majoritária, na terça-feira (19). 

A oficialização acontecerá durante ato político, nesta quarta-feira (20), em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

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O encontro aconteceu na presença do governador Paulo Câmara (PSB) e do prefeito do Recife, João Campos (PSB), que são coordenadores da campanha da Frente Popular. Também estiveram presentes, além de Danilo Cabral e Teresa Leitão, o ex-deputado federal e indicado para ser o primeiro suplente na Câmara Alta, Silvio Costa (Republicanos), e o secretário da Casa Civil, Zé Neto. 

“Compor mais uma vez a chapa da Frente Popular é uma honra, revestida da grande responsabilidade que é levar adiante as transformações que têm mudado Pernambuco ao longo desses anos. E estou animada com o tamanho que essas transformações irão ganhar, com o reencontro de Pernambuco com o Brasil, com a vitória de Lula presidente, Danilo governador e Teresa senadora”, afirmou Luciana. 

Luciana Santos foi deputada estadual e federal, prefeita de Olinda por dois mandatos e secretária de Ciência e Tecnologia no governo de Eduardo Campos em Pernambuco. Atualmente, é vice do atual governador Paulo Câmara (PSB), sendo a primeira mulher a ocupar tal cargo no Estado. 

“A gente está nessa caminhada por Pernambuco e pelo Brasil. A indicação de Luciana a vice, uma política de dimensão nacional, chega para fortalecer ainda mais o nosso time. Luciana tem uma grande experiência administrativa. Sua presença na chapa dá nitidez política ao verdadeiro time de Lula em Pernambuco”, declarou Danilo Cabral à imprensa local. 

O evento no Recife com o ex-presidente Lula (PT), marcado para esta quinta-feira (21), mudou de local. O comício ocorreria no pátio do Carmo, no centro da capital, mas passou para o Classic Hall, em Olinda.

O pátio é um ambiente aberto e a previsão de chuvas para o horário do evento motivou a alteração. O local foi mudado, mas o início às 17h permeneceu mantido pela organização.

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Além do vice de chapa, Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidatos da Frente Popular devem acompanhar Lula na agenda pelo estado, que inicia com uma passagem por Serra Talhada e Garanhuns nesta quarta (20).

O pré-candidato ao Governo do estado Danilo Cabral (PSB), a postulante ao Senado Teresa Leitão (PT) e a líder do PCdoB Luciana Santos devem participar dos compromissos. Embora use a imagem do petista para potencializar a pré-campanha, Marília Arraes (Solidariedade) não ter espaço na agenda oficial.

Sinalizada como possibilidade pelo próprio André de Paula (PSD), uma aliança à chapa de Marília Arraes (Solidariedade) ao Governo de Pernambuco parece mais próxima. O novo passo foi o apoio do Agir 36, aliado da pré-candidata, à pré-candidatura de Paula ao Senado. No início de maio, em uma coletiva de imprensa no Recife, o presidente estadual do PSD anunciou que não desistiria da corrida pelo Senado em Pernambuco.

A declaração foi feita após a Frente Popular sinalizar que a vaga será ocupada pelo PT, com a deputada Teresa Leitão. Apesar de ainda não ter revelado com quem formará chapa nas eleições de outubro, nas entrelinhas o parlamentar deu sinais de que deve compor com Arraes. "Eu acho que está na hora de Pernambuco ter governadora, senadora, deputada", declarou à época.

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O novo apoio à candidatura de André, que já conta com o PP e o Avante, foi anunciado após encontro do presidente estadual do PSD, realizado na quarta-feira (11) em Brasília, com o presidente em exercício do Agir36, Fábio Bernardino.

De acordo com o Blog do Jamildo, Fábio afirmou que o partido foi unânime na decisão de apoiar o deputado federal: "Consultamos toda nossa base, os nossos 76 candidatos, a chapa completa de deputado federal e estadual e, por unanimidade, o Agir36 decidiu seguir ao lado do nosso futuro Senador da República, André de Paula", destaca. Nesta quinta-feira (12), o PROS também deve anunciar apoio à base de Marília.

Depois de tantas discussões sobre quem seria a pessoa que iria disputar a vaga ao Senado em Pernambuco, a Frente Popular definiu que será a deputada estadual Teresa Leitão (PT) a postulante.

Nos bastidores, já era certo que qualquer nome indicado pelo PT fosse ser o escolhido pelo PSB para disputar o Senado por Pernambuco. Na semana passada, o LeiaJá havia conversado com o deputado federal Carlos Veras, que já era dado como certo para o pleito.

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No entanto, ele confirmou que, a pedido de Lula, iria abrir mão e possibilitar essa chance para a deputada Teresa.

“Diante da prioridade da eleição de Lula presidente e de ter uma bancada forte no Congresso Nacional, e eu sou o único deputado federal [eleito por Pernambuco] no partido com a saída de Marília, o presidente Lula pediu para cuidar da chapa federal, ser reeleito para ajudar nesse processo da bancada”, disse Veras.

Nesta quarta-feira (4), Leitão confirmou por meio de suas redes sociais que já pode ser chamada de pré-candidata ao Senado.

"Com muito compromisso político e partidário, recebi a confirmação oficial da indicação do meu nome para compor a chapa da Frente Popular, encabeçada pelo deputado Danilo Cabral", publicou.

A petista salienta que este desfecho "afirma em Pernambuco a aliança nacional entre PT e PSB, para a eleição do ex-presidente Lula, em um momento crucial da conjuntura e na urgência em devolvermos o Brasil aos brasileiros e às brasileiras", assegura.

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O deputado federal Carlos Veras abriu caminho e o PT oficializou a indicação do nome da deputada estadual Teresa Leitão para disputar a vaga ao Senado. Resta ao PSB referendar o nome da petista, já que a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) e o deputado André de Paula (PSD) também colocaram os seus nomes para a disputa.

A escolha do nome cabe ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que, segundo assessoria, ainda está em tratativa com o PT para a definição do nome, mas as conversas de bastidores mostram que Leitão deve ser a escolhida - tendo em vista a aliança nacional dos socialistas e os petistas. 

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Em conversa com o LeiaJá, Carlos Veras confirmou que retirou o seu nome para o Senado a pedido do ex-presidente. “Diante da prioridade da eleição de Lula presidente e de ter uma bancada forte no Congresso Nacional, e eu sou o único deputado federal [eleito por Pernambuco] no partido com a saída de Marília, o presidente Lula pediu para cuidar da chapa federal, ser reeleito para ajudar nesse processo da bancada”, diz.

O deputado salienta que isso tudo faz parte de estratégias políticas encabeçadas pelo líder do PT. “Lula viu que era importante que eu continuasse na Câmara Federal e eu atendo com muita satisfação e seguirei na defesa da classe trabalhadora”, revela Carlos.

Uma das possibilidades para a vaga, Luciana Santos havia dito em entrevista exclusiva ao nosso site que a sua tendência não é concorrer à Câmara dos Deputados. “Como uma frente grande, ainda estamos dialogando e vendo qual a melhor equação para isso”, explicou.

“Discutimos essa questão do Senado por achar que a gente precisa construir uma chapa neste sentido de mudança, do ‘Fora Bolsonaro’ liderado pela possibilidade da vitória de Lula. A gente acha que essa identidade precisa estar explícita para dar mais nitidez à política. Por isso defendemos essa saída”, salientou. A vice-governadora também ressaltou que o maior objetivo é “derrotar Bolsonaro”.

Teresa e a vice-governadoria

Antes de ter o seu nome confirmado pelo PT para disputar a vaga ao Senado, a deputada estava sendo ventilada para ser vice na candidatura de Danilo Cabral (PSB) ao Governo de Pernambuco. No entanto, Teresa deixou claro que, como estratégia do partido, iria disputar a Câmara dos Deputados e que só abriria mão disso se fosse concorrer ao cargo de senadora - o que se confirmou.

"Em consonância com a estratégia do meu partido, o meu desejo é estar no parlamento federal em 2023 para, com Lula, fazer os enfrentamentos necessários nessa instância e devolver o Brasil aos rumos do desenvolvimento político, econômico e social. E para isso, minha candidatura precisa ser a deputada federal ou senadora", revelou.

"Sempre neguei as especulações em torno do meu nome para vice-governadora. Agradeço o reconhecimento e não diminuo a importância do cargo; porém, nas atuais circunstâncias, ele foge ao foco estratégico da tática eleitoral e do fortalecimento do PT", complementa.

Por meio das redes sociais, a petista agradeceu o gesto do deputado Carlos Veras e reafirmou o seu propósito em criar alternativas políticas. 

"Seguimos o caminho do fortalecimento do  PT e da Frente Popular em Pernambuco.  O propósito é criar as melhores alternativas políticas para nosso estado, e trabalhar para eleger Lula e candidatas e candidatos como Carlos Veras, que vão ajudá-lo a governar e devolver o Brasil às brasileiras e aos brasileiros", escreveu Teresa em sua conta no Instagram.

A direção da Executiva Estadual do PT apresentou o nome do  deputado federal Carlos Veras para concorrer à vaga ao Senado na chapa da Frente Popular, encabeçada por Danilo Cabral (PSB), que deve disputar o Governo do Estado.

“Os nomes do deputado federal Carlos Veras e da deputada estadual Teresa Leitão foram discutidos e deliberados nesta instância. Por ampla maioria, o PT de Pernambuco indicará o nome do deputado Carlos Veras como candidato a senador, sem deixar de reconhecer as qualidades da deputada Teresa Leitão”, diz a nota oficial da legenda.

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Apesar de não ter sido mencionada, a vice-governadora Luciana Santos, do PCdoB, também foi colocada à disposição pelo partido comunista para a mesma vaga.

O PT-PE ressaltou o foco na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a vitória de Cabral pelo Executivo. Nas redes, Veras agradeceu a oportunidade e disse estar pronto para o diálogo no qual seguirá a Frente Popular em busca de apoio, frente à acirrada disputa nos âmbitos local e nacional. Confira a mensagem do deputado:

“Na noite desta quarta-feira (13), a Direção da Executiva do PT de Pernambuco decidiu, por ampla maioria, apresentar o meu nome para o Senado Federal pela Frente Popular. Recebo a indicação, com muita honra, responsabilidade e entusiasmo.

Tenho muita fé e coragem para contribuir com o avanço de Pernambuco e para lutar pela reconstrução e transformação do Brasil, iluminado pelos sonhos do meu partido e de braços dados com Lula e com o povo pernambucano. A decisão final, que será tomada com base no contexto nacional, que respeito muito, será encaminhada com a unidade necessária para construir a vitória da Frente Popular, fundamental à democracia e aos direitos do povo brasileiro.

A gente seguirá confiante no caminho que for apontado e somando as forças democráticas para eleger Lula e reconstruir o Brasil!”.

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Em resposta a fala da vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), de que a movimentação da pré-candidata a governadora, Marília Arraes (Solidariedade), vai “na contramão” da necessidade de derrotar Bolsonaro, a deputada estadual Fabíola Cabral (Solidariedade), criticou o PSB e defendeu a posição de Marília, utilizando uma afirmação feita pela própria Luciana Santos: “Pernambuco precisa de uma chapa que represente a virada de chave que o Brasil necessita”. 

“Marília e Lula têm uma história juntos, sempre estiveram uma ao lado da outra. Por isso, Marília é a pessoa certa para encabeçar esse movimento no estado e o povo sabe disso”, destacou a parlamentar. “Pernambuco precisa de uma chapa que represente a virada de chave que o Brasil necessita, como disse a vice-governadora Luciana em entrevista recente”, completou. 

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Fabíola criticou a atuação do PSB, “que renegou Lula 24 horas por dia na campanha municipal, principalmente no Recife”, lembrou. “É o PSB que sempre esteve na contramão. O PSB tirou foto abraçado com Aécio no segundo turno em 2014, o PSB apoiou o golpe. O PSB pensa que é dono do Estado, mas quem manda é a vontade de mudança da nossa gente. Precisamos de uma retomada da democracia no Brasil e em Pernambuco”, ressaltou.

Entenda

A vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, criticou, em entrevista à Rádio Folha na quarta-feira (6), o movimento feito pela deputada federal e pré-candidata ao governo de Pernambuco, Marília Arraes, em ter saído do PT e lançado a sua candidatura majoritária pelo Solidariedade. De acordo com a vice-governadora, ela foi “na contramão” da necessidade histórica de “derrotar Bolsonaro”.

“Politicamente, o movimento é na contramão de uma necessidade histórica que estamos passando, que é derrotar Bolsonaro e abrir novas veredas para o País e para Pernambuco num momento novo que a gente teve que passar, que Paulo teve que passar, talvez o pior momento econômico e político, e estamos de pé dizendo que nós podemos construir um novo momento para todos nós”. 

“Nós precisamos de uma chapa que tenha identidade com esse anseio da expectativa em torno da virada da conjuntura nacional, da luta por Lula presidente. Essa deve ser a nossa principal busca: ter uma chapa majoritária que se identifique com o presidente Lula. É nessa direção que nós deveríamos caminhar”, afirmou Luciana Santos. 

 

O MDB de Pernambuco realizou, nesta sexta-feira (25), na sua sede, um evento de filiação de novos emedebistas. Na ocasião, houve, também, o anúncio oficial de permanência na Frente Popular e do apoio à pré-candidatura ao Governo do Estado do deputado Danilo Cabral (PSB).

O ato contou com a presença do presidente estadual do MDB, deputado federal Raul Henry, do deputado estadual Tony Gel, do vereador do Recife, Samuel Salazar, além do governador Paulo Câmara (PSB), do prefeito do Recife, João Campos (PSB), do dirigente do PSB, Sileno Guedes, e de Danilo Cabral. 

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Em seu discurso, Raul destacou o seu papel enquanto presidente da sigla. “Eu tenho noção da minha responsabilidade de dar continuidade à trajetória do nosso partido, que já cumpriu um grande papel na história política de Pernambuco, e tem como sua principal referência política o grande senador Jarbas Vasconcelos”, disse.

O dirigente emedebista aproveitou a oportunidade para assegurar a continuidade do MDB na Frente Popular. “Danilo conquistou a condição de pré-candidato a governador de Pernambuco pela sua coerência e pelo seu desempenho exemplar na vida pública. Tenho a certeza que ele sairá vitorioso, com o apoio do nosso partido”, acrescentou.

O pré-candidato ao governo, Danilo Cabral, por sua vez, enfatizou as semelhanças entre o PSB e o MDB. “Nossos partidos carregam em suas histórias a crença e a defesa dos valores da democracia, da afirmação da soberania, da defesa dos mais vulneráveis e da organização da luta do povo”, afirmou. Ele agradeceu ao MDB pela presença na Frente Popular e destacou a importância dos novos filiados na disputa eleitoral.

Já o prefeito João Campos foi categórico ao dizer que não via outro caminho para o MDB que não fosse a Frente Popular. “O PSB e o MDB estão cada vez mais alinhados”, garantiu o prefeito.

O governador Paulo Câmara colocou a necessidade de dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito, através da eleição de Danilo. “Isso só é possível por uma soma de força, de pessoas que têm propósito, que têm ideais, que sabem que a política precisa ser feita da forma correta, trazendo transformações que possam melhorar a vida da população”, comentou.

Entre os nomes que se filiaram ao MDB estão: o ex-prefeito de Limoeiro Joãozinho; a fisioterapeuta Iza Paula Arruda, de Vitória de Santo Antão; além do empresário Tonynho Rodrigues, de Caruaru; do também empresário Marcos Villar, de Tamandaré; da primeira-suplente de vereador do Recife, enfermeira Priscila Ferraz; do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e do Cabo de Santo Agostinho Elias Gomes.

A relação entre a deputada federal Marília Arraes (PT-PE) e o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores passa por um atual desgaste, marcado por episódios de má comunicação e conflito de interesses que já perduram desde anos eleitorais anteriores. A questão mais recente envolve a indicação do nome da parlamentar ao Senado Federal, o que não era plano da Frente Popular, da qual o PT faz parte junto ao PSB e outras legendas. 

Na noite desse domingo (20), após uma forte repercussão midiática e popular apontando Marília Arraes como favorita a dois dos principais postos em discussão — vaga do Executivo estadual e vaga no Senado —, o PT-PE publicou uma nota indicando o nome de Arraes como o “mais competitivo” para a chapa majoritária. De acordo com a deputada, a decisão não foi acordada junto a ela e seu nome está sendo utilizado como "massa de manobra”. 

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Momentos após a publicação do partido, Marília divulgou uma nota, através de sua assessoria, comentando a decisão não acertada, a qual chamou de “precipitação sem limites”.  

“A posição do PT de Pernambuco, indicando o meu nome para concorrer ao Senado pela Frente Popular revela, no mínimo, descuido com o tratamento de assunto tão sério e uma precipitação sem limites. Não fui consultada e não autorizei que envolvessem o meu nome em qualquer negociação, menos ainda que tornassem público, como se fossem os senhores do meu destino”, afirmou. 

A deputada reiterou que anunciará em breve o caminho que tomará nas próximas eleições e criticou o PT-PE por usar seu nome como “massa de manobra”. “E agora, indelicadamente, usam o meu nome, como massa de manobra. Tudo isso não é compatível com o bom senso que deve nos nortear na política. Estou conversando com as lideranças políticas de Pernambuco e, como publiquei em nota, na sexta-feira passada, anunciarei, nos próximos dias, ouvindo o povo, principalmente, o meu caminho nas próximas eleições”, continuou. 

A nota também confirma que Marília Arraes está negociando filiação a outros partidos. Entre eles, o mais cotado é o Solidariedade, e reafirmou apoio à candidatura majoritária de Lula. "Estou conversando com as lideranças políticas de Pernambuco e, como publiquei em nota, na sexta-feira passada, anunciarei, nos próximos dias, ouvindo o povo, principalmente, o meu caminho nas próximas eleições. Expresso todo o meu apoio, incondicional, à campanha do Presidente Lula para a Presidência da República, com a lealdade e a correção das minhas tradições”, finalizou. 

Reunião em Brasília 

Uma suposta reunião entre dirigentes do PSB e do PT, em Brasília, para discutir o futuro da candidatura de Arraes este ano, também rendeu repercussão no fim da última semana. O nome do prefeito João Campos (PSB-PE), primo e adversário de Marília Arraes, foi associado ao encontro, mas o gestor do Recife negou a participação. 

“Ao contrário do que foi noticiado, não estou em Brasília e nem participei de qualquer reunião sobre a composição da chapa majoritária da Frente Popular, encabeçada pelo meu amigo Danilo Cabral. Então, é mais uma mentira de quem quer tumultuar o debate eleitoral”, disse o prefeito. 

Confira, na íntegra, a nota do PT-PE sobre a indicação de Marília: 

NOTA SOBRE REUNIÃO DO GTE DO PT/PE COM O GTE NACIONAL E A 

PRESIDENTA DO PT, GLEISI HOFFMANN 

O Grupo Tático Eleitoral do Partido dos Trabalhadores esteve reunido, de forma virtual, na 

tarde de hoje (20/03), com o GTE Nacional e a presidenta do Partido, Gleisi Hoffmann, e 

decidiu por encaminhar as seguintes orientações para a Executiva Estadual: 

1-A prioridade central do nosso Partido nas eleições de 2022 é fortalecer o palanque do presidente Lula em Pernambuco. Para isso, o PT precisa oferecer o nome mais competitivo para compor a chapa majoritária na disputa ao Senado Federal, possibilitando, assim, a vitória nas eleições presidencial, de governador do estado e de senador da República; 

2- Sabendo que nunca existiu veto ao nome de Marília Arraes à vaga indicada pelo PT, e depois de intensos debates, entendemos que, com respeito aos demais companheiros e companheiras que se dispuseram a concorrer, o nome da deputada Marília reúne as melhores condições, no momento atual, de representar o Partido dos Trabalhadores para a candidatura ao Senado da República; 

3 –Temos certeza que Marília Arraes tem a compreensão necessária sobre o seu papel para o fortalecimento da Frente Popular, de forma a contribuir para a vitória de Lula e do palanque de Danilo Cabral; 

4- Sua candidatura ao Senado também irá fortalecer a chapa proporcional do PT, possibilitando o cumprimento das metas estabelecidas pelo Partido no estado. 

Recife, 20/03/2022 

Doriel Barros – Presidente do PT/PE e Coordenador GTE DO PT/PE 

 

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), negou ter ido a Brasília e participado de uma reunião sobre a indicação de sua prima, Marília Arraes (PT), ao Senado Federal, através da Frente Popular. O esclarecimento foi feito nas redes sociais do gestor, neste domingo (20). João disse que os rumores têm o intuito apenas de “tumultuar o debate eleitoral”. 

O blog do Jamildo havia publicado a informação de que Campos teria viajado a Brasília para uma reunião “sigilosa” e “sem alardes” junto aos dirigentes nacionais do PT e do PSB. O encontro acertaria a indicação de Arraes ao Senado através da chapa de Danilo Cabral (PSB). Assim, os socialistas aceitariam a candidatura da parlamentar, um dos maiores impasses para a permanência da deputada no PT. 

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Na próxima semana, é esperado um encontro de Marília Arraes com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, para discutir o destino da petista em Pernambuco. Em um comunicado recente, Marília informou aos seus apoiadores que sua candidatura está em discussão, mas não negou e nem confirmou os boatos de que sairá do PT; todavia, afirmou que seguirá junto a Lula.  

O senador Humberto Costa (PT-PE) e pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores ao Governo de Pernambuco negou que atual desacordo na Frente Popular seja uma sinalização de ruptura. A coligação composta pelo PT, PSB e PCdoB, além de outros partidos, tenta definir em conjunto um nome definitivo para a disputa ao comando do estado mais politicamente visado de 2022. Em reunião nessa quinta-feira (27), os diretórios não conseguiram chegar em um acordo. 

Costa é apontado como um dos principais personagens da corrida eleitoral pernambucana, tendo sido o líder das pesquisas no último levantamento feito pela Vox Populi e divulgado nesta sexta-feira (28). Nele, o petista vence em todos os cenários, oscilando com intenções de voto entre 31% e 38%, contra figuras como o socialista Geraldo Julio (16%) e a tucana Raquel Lyra (14%). 

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Ao LeiaJá, Humberto Costa disse que o resultado da pesquisa era esperado e que espera que os demais partidos levem em consideração a posição de líder que ocupa nas simulações. 

“Eu achava que seria uma posição boa. Já de um tempo, pelo trabalho que tenho feito como senador, ao longo de dois mandatos; a minha participação no enfrentamento da pandemia e da CPI, além de todo o trabalho que tenho desenvolvido por Pernambuco, na busca de recursos. E esse desempenho se confirmou. Considero que isso não pode ser deixado de lado, não se pode ignorar essa realidade. Afinal de contas, a Frente Popular deseja se manter no poder. Entendo que essa pesquisa deveria fazer todos os partidos repensarem o momento aí que estamos vivendo e abraçarem a candidatura lançada pelo PT”, declarou Costa. 

Além da indicação do petista, o PSB deve contrapor com um novo nome até a próxima terça-feira (1º), de acordo com o governador Paulo Câmara. São favoritos os deputados federais Danilo Cabral e Tadeu Alencar, além do secretário da Casa Civil pernambucana, José Neto (PSB). Já para o Senado, ainda segundo a Vox Populi, a deputada federal Marília Arraes (PT) lidera as intenções de voto. Por outro lado, o PCdoB quer que a vice-governadora Luciana Santos seja indicada para a vaga. Humberto Costa diz que essas definições só serão feitas após a confirmação do nome ao governo pela Frente.  

Apesar da indefinição, o caminho seguirá sendo o diálogo. “Estamos o tempo inteiro trabalhando para não haver nenhum tipo de ruptura na Frente Popular. Defendemos a cidade da Frente Popular, portanto, vamos trabalhar o tempo inteiro para termos uma candidatura ao governo, ao Senado e a vice. Esperamos que recaia sobre o nome escolhido pelo PT”. 

E finalizou: “O governador disse que na terça-feira traz a indicação do PSB e nos próximos dias, vai haver uma avaliação e sairá o nome da Frente Popular. O meu continua à disposição para esse papel político. Quem vai dar a última palavra é a direção nacional, o presidente Lula. O que eles disserem, a gente vai acatar”. 

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