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A São Paulo Fashion Week (SPFW) está chegando. Com o tema “IN.PACTOS”, a 54ª edição do evento ocorre nos dias 16 a 20 de novembro. Essa é a primeira edição do evento desde o início da pandemia e vai contar quase quje exclusivamente com desfiles presenciais, ensaiando um retorno ao modelo tradicional da semana de moda, com número recorde de marcas, retorno de veteranos e grandes nomes ao line-up.  

Serão 48 desfiles, sendo 43 apresentações físicas e cinco digitais,  que se apresentam com fashion films. Os desfiles se dividem entre um novo espaço no Shopping Iguatemi, com sala de desfile e no hub criado no Komplexo Tempo, com suas salas de desfile, exposições e lounges.

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Essa edição será a primeira na história da São Paulo Fashion Week em que ingressos serão disponibilizados para o público geral. Três tipos de ingressos estão disponíveis, com diferentes acessos, inclusive às salas de desfile, com preços entre R$100 e R$1.540. As vendas começaram em dia 26 de outubro.  

 

Quatro novas marcas estreiam nesta edição: Greg Joey, de Lucas Danuello, reconhecida pela inovação no design e genderles (look sem gênero); Heloisa Faria, que trabalha com técnicas de moulage (peça sobre o corpo modelo); Maurício Duarte, com criações pintadas à mão e a Buzina, da portuguesa Vera Fernandes, que se destaca pelo seu trabalho em sustentabilidade. Além disso, a Ellus celebra seus 50 anos de marca nesta edição. 

Para saber os horários da programação SPFW, acesse o link: https://www.instagram.com/p/Cj_iOqZv5WG/  

 

A grife Atelieria Bridal & Wedding, das irmãs Karen e Xu Tognato, na sede em Itajaí (SC), foi uma das escolhidas para participar do Flying Solo, um desfile da Paris Fashion Week que apresenta novos talentos do design de moda para o mercado internacional. O evento irá ocorrer na passarela do salão neoclássico da Galerie Bourbon, perto da Champs-Élysées, em Paris, na noite de 28 de fevereiro. A marca é a única representante no sul do país, ao lado de outros designers do mundo. 

Durante o desfile a marca apresentará oito vestidos de noivas em tons Off-White. Após o evento, as peças estarão disponíveis à venda no site da marca www.atelieria.com.br Possui vestidos autênticos e feitos à mão, assinados pelas fundadoras e os modelos chamam a atenção por causa da modelagem, combinação de sedas, rendas francesas e tules com bordados empedrarias e joias aplicadas.

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Desde 2007, a Atelieria trabalha com a confecção de vestidos noivas, festas e acessórios feitos artesanalmente. Os vestidos noivas e de festa são pensados nos mínimos detalhes, que fazem a peça ser exclusiva. As irmãs Tognato desenvolvem um trabalho que utiliza tecidos com detalhes bordados manuais. A Atelieria também possui aluguel de acessórios e vestidos de noivas, daminhas e madrinhas. 

“Para nós, é motivo de muito orgulho representar o Brasil pela segunda vez, mostrando o universo de noivas que fazemos com muito orgulho através das nossas criações. De Itajaí para as passarelas do Flying Solo, durante a Semana de Moda de Paris é, sem dúvida, um evento que reúne designers de todo o mundo em um lugar icônico, a poucos minutos de uma das mais prestigiadas avenidas de Paris, na França” explicam as irmãs Karen e Xu Tognato, fundadoras da Atelieria.

Por Camily Maciel

 

 

 

 

Recentemente foi realizada a 52ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW). O evento aconteceu de forma híbrida e marcou pela diversidade, já que foram apresentados modelos de todos os tamanhos, cores e gêneros, o que agitou as redes sociais. Assim, abre-se a discussão sobre o papel da moda e como ela pode servir para abraçar todos os tipos de pessoas, desconstruindo estereótipos de beleza.

De acordo com Beatriz Garcia Damasceno, especialista da moda no Senac Lapa Faustolo (SP), não existe apenas uma definição sobre o conceito da moda. “Não podemos dizer que a moda é definida por uma única palavra, ela é múltipla e abrange várias áreas do saber humano. Moda é comportamento, arte, negócio, dinheiro, política, tendência e movimento. É a expressão cultural de um determinado período”, explica.

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A especialista conta que todos querem se sentir bem vestidos e olhar para o espelho com o desejo de sentir a autoestima elevada. Desta forma, a moda tem o papel de pensar em soluções que atendam às demandas dos múltiplos corpos, a fim de abraçar de vez a diversidade que compõe uma sociedade.

Vale lembrar que, a moda não tem o poder de decidir o que é politicamente certo, nem ao menos definir um padrão de beleza. Segundo Beatriz, a arte de se vestir, conhecida também como indumentária, é apenas um dos elementos que ajudam a trazer uma tendência para uma próxima estação ou ano. “O certo e o belo, é aquilo que te faz bem. Aquilo que funciona para o seu estilo e aquilo que te faz sorrir”, esclarece.

Portanto, pode ser considerada uma contradição quando a moda passa a não valer para determinados grupos sociais ou ser excludente. “No mundo atual, a exclusão de um grupo não faz sentido, não temos a possibilidade de apertar um botão ‘delete’ e fazer com que pessoas sejam apagadas do mundo. Excluir qualquer tipo de grupo é fora de moda”, afirma.

Inclusão na moda

Não é de hoje que grandes eventos procuram abraçar todos os tipos de pessoas na moda. O SPFW por exemplo, desde 2009 estabeleceu uma cota mínima de 10% para modelos negros, afrodescendentes e indígenas nos desfiles, e segundo a especialista, esta é uma medida importante para estimular a participação racial no evento, para confirmar de vez um compromisso com classes de pessoas consideradas minorias.

Vale lembrar que em 2020 também o SPFW determinou que pelo menos 50% dos modelos deveriam ser compostos por negros, indígenas e asiáticos. “Foi um movimento inédito no cenário da moda e repercutiu no mundo inteiro. O resultado dessas iniciativas é nítido: uma passarela mais verossímil e condizente com a nossa realidade”, finaliza.

 

 

A Fashion Week de Londres começa nesta sexta-feira (19) em formato totalmente digital em um país confinado pela pandemia do coronavírus, com alguns grandes nomes no programa, como Burberry, mas sem Victoria Beckham.

Apesar da ausência de estrelas, "influencers" e jornalistas de moda neste evento que termina terça-feira, alguns estilistas decidiram realizar um desfile.

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É o caso do turco instalado em Londres Bora Aksu, da britânica Molly Goddard, ou da irlandesa Simone Rocha, cujos desfiles serão veiculados no site da organização.

A maioria dos 94 estilistas participantes optou por vídeos para valorizar suas coleções que podem ser masculinas, femininas, ou mistas, já que esta Fashion Week optou pelo "gender fluid" (gênero fluido).

O italiano Riccardo Tisci, diretor criativo da marca britânica Burberry, conhecida por seu icônico trench coat, apresentará a coleção masculina outono/inverno 2021 na segunda-feira.

Embora não tenha especificado como será o formato dessa apresentação, em setembro a Burberry inovou na apresentação de sua coleção primavera/verão 2021. Na oportunidade, organizou um desfile no meio da floresta transmitido pelo Twitch, uma plataforma de streaming que popularizou a veiculação de vídeos que oferecem a possibilidade de comentar ao vivo. Mais de 40.000 pessoas assistiram ao evento.

Impacto do Brexit 

A ex-Spice Girl que virou estilista Victoria Beckham optou por apresentar suas criações poucos dias antes da Fashion Week.

Esta coleção, que mescla as temporadas, pretende ser "otimista, mas realista", explicou Victoria, que passa seu confinamento na Flórida, já que seu marido, o jogador de futebol David Beckham, é um dos coproprietários do Inter Miami.

Apesar da pandemia, "as pessoas querem se vestir", disse Victoria Beckham. "Mas há uma necessidade de conforto" e uma "sensação de proteção", que se reflete em algumas vestimentas com detalhes militares.

Há também um lado alegre e delicado, com cores e motivos florais, ou peixes vermelhos.

Uma leveza que contrasta com o contexto sombrio da moda britânica, que sofreu as consequências da pandemia de Covid-19, especialmente letal no Reino Unido, com mais de 118.000 mortes, e que levou a um segundo confinamento desde o início de janeiro.

O setor da moda britânico, que emprega mais de 890.000 pessoas e gerou em 2019 cerca de 35 bilhões de libras (48 bilhões de dólares), também sofre os efeitos do Brexit e do fim da livre-circulação entre a União Europeia e o Reino Unido.

No início de fevereiro, centenas de personalidades da moda, incluindo as modelos Twiggy e Yasmin Le Bon, assinaram uma carta aberta publicada pelo organismo Fashion Roundtable, alertando o governo para o risco de o setor ser "dizimado" pelo Brexit.

Para aumentar a visibilidade dos jovens talentos, o British Fashion Council (BFC), que representa esta indústria, fechou um acordo com a rede social TikTok. O BFC também fez parceria com a Clearpay, grupo especializado no "Buy now pay later" ("Compre agora e pague depois"), que propõe soluções de parcelamento on-line.

Este acordo tem como objetivo "continuar a desenvolver a Fashion Week, abrindo-a para uma gama mais ampla de consumidores e adaptando-a às necessidades dos criadores", explicou a CEO do BFC, Caroline Rush, em um comunicado.

A quarta edição da Brasil Eco Fashion Week começa nesta quarta-feira (18). Com o tema "Conectar para regenerar: Moda e Planeta", o evento será virtual por conta da pandemia e terá nomes internacionais em seu line-up. A atração vai até 28 de novembro.

Com a sustentabilidade como gancho, os desfiles programados para os dias 26, 27 e 28 devem começar às 18h e apresentarão seis marcas por vez. As grifres que devem desfilar são Nuz Demi CoutureNalimo, Ronaldo Silvestre, Ta Studio, Natural Cotton Color, Eneas Neto, Rico Bracco, Justa Trama, We’e’ena Tikuna Arte Indígena, Movin, Comas, Manuí Brasil, Libertees, Leandro castro, Vihe, Catarina Mina e Jouer Couture.

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O evento também contará com palestras e workshops para debater temas atuais, como cadeias de produção responsáveis, cooperação entre indústrias da moda e alimentação, produção tradicional indígena, programas e certificações para o setor têxtil, entre outros. 

Entre os destaques da programação está a participação de Kate Fletcher, do Centre for Sustainable Fashion da University of the Arts London. A britânica é a pesquisadora mais citada no campo da moda e sustentabilidade, e comandará o workshop "Explorando o plano Earth Logic", em que apresenta seu mais recente material desenvolvido em parceria com a sueca Mathilda Tham, da Linnaeus University.

Acompanhe mais informações sobre o evento em brasilecofashion.com.br.

 

O estilista americano Tom Ford exibiu, na quarta-feira (6) à noite, uma coleção muito elegante no início da semana de moda de Nova York, que terá vários desfalques.

O principal ausente será Raf Simons, que havia dado legitimidade ao evento ao tomar a iniciativa de Calvin Klein de levar às passarelas desfiles cheios de elegância.

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Menos de dois anos depois de sua primeira coleção, porém, o estilista belga abandonou o barco, após a decepção de seus proprietários pelas vendas da marca, que se reposicionou para o prêt-à- porter de alto luxo.

Também não estarão presentes Victoria Beckham, Monse, Rodarte e Rihanna, que se somam às baixas dos últimos dois anos, como Tommy Hilfiger, Zac Posen, Alexander Wang, Thom Browne e Joseph Altuzarra.

Mesmo os promissores e jovens talentos do "streetwear", desde a marca Off-White, de Virgil Abloh, a Public School, passando por Hood By Air, desistiram, assim como Pyer Moss, que foi uma das grandes sensações das duas últimas Fashion Weeks.

Algumas referências, como Tom Ford e Marc Jacobs, mantiveram, porém, seus respectivos hábitos de abrir e fechar a semana.

Tom Ford se baseou na coleção de outono/inverno feita por ele para a Gucci em 1996 e que, segundo ele, consagrou-o como estilista de primeiro nível.

Vestidos fluidos e com as costas descobertas evocaram os modelos exibidos em Milão pelo estilista texano. O terno vermelho usado pela modelo Gigi Hadid também pareceu uma réplica do que foi apresentado há 23 anos.

A Fashion Week, que termina na próxima quarta, segue hoje com Ralph Lauren.

"Infelizmente, a Fashion Week de Nova York se tornou um degrau a caminho de Paris. Tem que estar em Paris para ser levado a sério como estilista", disse o editor da revista StyleZeitgeis, Eugene Rabkin, acrescentando que, "durante muito tempo, a NYFW foi mais sobre negócios do que sobre criação".

A despedida de Christopher Bailey e os chaveiros-donuts foram alguns dos destaques da Semana da Moda de Londres, que terminou nesta terça-feira depois de cinco dias dedicados às coleções femininas de outono-inverno 2018-19.

- Burberry: bye bye Bailey -

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Um capítulo da história da Burberry foi encerrado com o último desfile sob a batuta do estilista Christopher Bailey, que deixa no final de 2018 a famosa marca britânica que ele transformou em uma gigante do luxo.

O estilista britânico de 46 anos aproveitou a oportunidade para mostrar uma coleção muito pessoal em homenagem à comunidade LGBT em um grande desfile para 1.300 convidados.

O mistério sobre quem vai substituir Bailey continua. Os favoritos são Phoebe Philo (ex-Céline) e Kim Jones (ex-Louis Vuitton), segundo a imprensa especializada.

- Estampa Paisley -

A estampa "Paisley", de inspiração oriental - que leva o nome da cidade escocesa onde no século XIX era curtida a lã de Caxemira -, dominou as camisas de babados de J.W. Anderson, a marca de Jonathan Anderson, um dos estilistas britânicos mais celebrados.

Mary Katrantzou, especialista em estampas, também usou a Paisley para enfeitar seus casacos e calças rosados e dourados. Margaret Howell usou a estampa em vestidos "vintage" de comprimento até os joelhos, combinados con meias pretas e sapatos urbanos.

Outras estampas apareceram, como flores no estilo natureza morta na marca Preen, figuras abstratas e minimalistas na Roksanda e selos postais na passarela da Temperley London.

- Mundo rosa -

O cor-de-rosa triunfou nas passarelas da Semana de Moda, em muitos tons e variações. Muito popular no momento, o "millenial pink", ou "rosa do milênio", um tom de rosa apagado, marcou presença, junto com o rosa quartzo, que trouxe cor aos vestidos de JW Anderson, Emilia Wickstead e Molly Goddard.

Na passarela da marca Nicopanda, o rosa iluminou as minissaias em tecido de aspecto esponjoso, cobertas de guirlandas douradas.

Wiser, Roksanda e Jasper Conran exploraram o amarelo, vibrante na primeira e em tom ocre na segunda.

- "So sexy" -

As mulheres da Semana de Moda são independentes e orgulhosas de sua feminilidade e sensualidade.

Nesse aspecto, Christopher Kane ganhou a batalha com um vestido vermelho extremamente curto e transparente em um look "femme fatale".

O estilista escocês usou também estampas com imagens de mulheres em pleno orgasmo, extraídas das ilustrações do 'best-seller' de Alex Comfort, "A Alegria do Sexo" (1972).

Na passarela do estilista francês Roland Messer, as mulheres revelavam sutilmente ligas coloridas e decotes.

- Acessórios fora do comum -

Chaveiros de donuts surgiram na passarela de JW Anderson, que também mostrou pompons em forma de orelhas de coelho enfeitando suéteres.

O britânico Matty Bovan, que desfilou pela primeira vez, mostrou chapéus com globos infláveis.

A estilista turca gótico-punk Dilara Findikoglu enfeitou as cinturas de suas modelos com objetos antigos, de talheres de prata até fotos em branco e preto.

Menos divertido, mas muito mais prática para a autodefesa, era a máscara coberta de pregos de Gareth Pugh, mestre na arte da provocação.

O "prêmio" para o look mais difícil de usar foi para Edwin Mohney, jovem estilista americano formado pela famosa escola de moda londrina de Saint Martins, que causou alvoroço com um vestido rosa em formato de preservativo gigante.

Jim Carrey foi um dos principais convidados de um evento na Semana de Moda de Nova York, e chamou atenção pelo fato de sua presença não ser muito comum em festas como essa. Ao ser abordado por uma repórter do canal E! o ator evidenciou o porquê de não comparecer muito a esses eventos, ao dizer que são “completamente sem sentido”.

“Eu queria achar a coisa mais sem sentido para onde eu poderia ir, e aqui estou”, respondeu ele a jornalista, que tratou de explicar que a festa estava celebrando ícones da moda. Isso, no entanto, não fez o americano mudar de ideia. “Você acredita em ícones? Eu não acredito em personalidades, não acredito que você exista”, afirmou.

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Em seguida, Jim filosofou sobre a existência humana e começou a falar frases aleatórias, deixando a repórter desconfortável. Ela então apontou que ele estava bem produzido para o evento assim como todo mundo. Para essa pergunta, mais uma reposta estranha do ator: “Eu não me arrumei todo. Não há nenhum eu”.

Confira:

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A übermodel Gisele Bündchen volta às passarelas do São Paulo Fashion Week (SPFW), na temporada Verão 2015, no desfile para a Colcci, dia 2 de abril. Ela estará ao lado do modelo número 1 do mundo, o norte-americano Sean O'Pry, de acordo com o site Models.com. 

O SPFW acontece em novo lugar, no recém inaugurado Parque Cândido Portinari e começa 31 de março, seguindo até 4 de abril. Nas últimas edições, o evento de moda vinha alternando entre o Parque Ibirapuera e o Parque Villa-Lobos.

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A top esteve à frente das campanhas e desfiles da Colcci por seis anos e as peças que Bündchen usava eram hits de compras. Em 2013, a über fez uma campanha publicitária para a coleção Inverno 2014 ao lado do ator norte-americano Paul Walker, mas após o falecimento dele em um acidente de carro na Califórnia, a Colcci decidiu retirar as imagens dele da campanha.

A notícia foi divulgada pelo site FFW, comandando pelos organizadores das semanas de moda brasileiras.

Alexandre Herchcovitch não quis nem discutir. "Moda é uma expressão cultural como qualquer outra. Não há mais o que falar sobre isso", disse. E, em seu desfile, que abriu ontem, 29, o segundo dia da São Paulo Fashion Week Outono-Inverno 2004, levou a cultura de sua moda à cúpula do Teatro Municipal.

Ao som Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, que se apresentou ao vivo, o estilista mostrou uma impecável coleção inspirada na underwear feminina, mais precisamente as românticas camisolas do século 18. Como contraponto ao romantismo dos bordados, da renda e das cores suaves, o estilista trouxe a alfaiataria masculina, que foi desconstruída e reestruturada em casacos que se transformaram em vestidos, ganhando versões mais contemporâneas.

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A linha de inverno passeia pelo romantismo, tem ar poético e de época, apostando em algodão, malha, lã e até em tecidos nobres como o cashmere e a renda. Se depender de Herchcovitch, o inverno vai ser delicado e leve, em tons de branco, bege, off white, cinza claro, passando pelo magenta e chegando ao preto.

Já a coleção que pretende apresentar com o apoio do incentivo fiscal, por meio da Lei Rouanet, e que vai abordar o movimento da antropofagia cultural brasileira, ainda é plano para o futuro. "Quando eu conseguir o patrocínio, será realizado o desfile. Nem comecei ainda o processo de busca de apoio. Mas será o caminho normal, de ir atrás e, então, realizar", declarou o estilista.

O segundo desfile do dia, da Acquastudio, também teve apelo retrô e propôs o retorno da elegância da década de 1940. A estilista Esther Bauman criou silhuetas marcadas, formas ajustadas e alongadas para sua coleção de inverno. Quando criou a coleção, a estilista pensou em uma mulher feminina e forte, sexy e com estilo. Destaque para os bordados em pedraria feitos à mão em formato geométrico, que dedicam brilho às peças, e os florais e abstratos em linhas. Na cartela de cores, preto, vermelho, cinza e rosa claro.

Já Fernanda Yamamoto foi buscar nos anos 50 a influência certa para criar um inverno em que a feminilidade retrô encontra as artes plásticas. O resultado foi uma coleção rica em formas, imagens, cores e padronagens. Para esta coleção, a estilista pensou em silhuetas mais alongadas, como nos casacos, vestidos e saias godês de cintura alta e bem marcada. Fernanda brincou com a mistura de tecidos, recortes, sobreposições e volumes. Destaca-se o tecido que nasceu a partir de um desenho de canetinha, giz, lápis de cor e de cera, criado pela própria estilista.

O quarto desfile do dia, Vitorino Campos, também trouxe uma coleção baseada em formas amplas e soltas. Minimalista, o jovem estilista, que molhou a passarela por onde as modelos desfilaram sua linha de inverno - talvez em uma alusão à Pauliceia chuvosa -, apostou em uma moda sensual e bem estruturada. Camisas em manga curta sempre brancas ganharam remendos coloridos e com pedrarias para quebrar o ar de seriedade. As saias lápis marcam a cintura, alongam-se até o joelho e ganham sensualidade fendas que se estendem até o as coxas em um zíper aberto. Destaque para o trabalho de texturização, em que flores surgem a partir de círculos retorcidos em plástico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sapatos biodegradáveis, tecidos nobres, e onde o couro e as peles brilharam, como sempre, por sua ausência: a britânica Stella McCartney, que apresentou nesta segunda-feira, em Paris, sua coleção para o próximo inverno, foi a única estilista que conseguiu a façanha de construir um império econômico com uma moda "ética". Desde o convite, a filha do ex-Beatle Paul McCartney - que assistiu ao desfile da primeira fila - reafirmou seu ideal ambientalista, pedindo a manutenção da proibição da caça de ursos polares com fins comerciais.

Stella publicou, em sua conta no Twitter, que viajou a Manitoba, Canadá, para admirar estas "criaturas espetaculares" presentes na natureza, e lamentou que, até 2050, dois terços da população mundial de ursos polares irão desaparecer. Sua coleção mostrou casacos longos e tecidos listrados, combinados com pantalonas ou saias compridas, nas cores azul-escuro, preto e cinza, para criar uma silhueta dinâmica, inspirada na vida agitada da mulher moderna.

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A estilista, 42, também propôs vestidos românticos e acetinados, enfeitados com renda ou desenhos, que deram um ar romântico a parte da coleção. Stella não economizou nas cores vibrantes, como violeta, berinjela e ametista, que deram um toque luminoso à coleção, de prêt-à-porter. A estilista, que estreou no mundo da moda em 1997, à frente da marca francesa Chloé - que deixou em 2001, para criar sua própria marca dentro da Gucci -, propriedade do grupo de luxo PPR, dirige agora um império estimado em 100 milhões de euros.

O crescimento de sua marca, que nunca se desviou dos valores ecológicos, foi de 30% em 2012 e 2011, segundo o jornal econômico francês "Les Echos". A estilista, vegetariana como a mãe, Linda McCartney, que morreu em 1998, conseguiu este resultado mantendo os compromissos com a causa ambientalista e o desenvolvimento sustentável. Ao contrário da maioria das coleções desfiladas nesta temporada em Nova York, Londres, Milão e Paris, na passarela de Stella não se viu couro, peles ou qualquer outro produto produzido a partir de cadáveres de animais.

A estilista britânica substituiu estes materiais por tecidos orgânicos, como lã e algodão, e mostrou que a palavra "ética" não vai de encontro ao desenvolvimento de uma marca de moda. A organização ambientalista Greenpeace divulgou, em fevereiro, uma classificação das 15 grandes marcas de moda com base em critérios ecológicos, em que criticou empresas como Louis Vuitton, Hermes, Chanel, Alberta Ferretti, Dolce&Gabbana e Prada, por não os levarem em conta. Em troca, a organização deu uma boa nota à italiana Valentino, por seu compromisso em promover "uma política de compras que implica o desmatamento zero".

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