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A Secretaria de Saúde de Hortolândia confirmou nesta terça-feira, 13, que uma moradora da cidade do interior paulista, de 28 anos, morreu com suspeita de febre maculosa após ir ao mesmo evento frequentado pela dentista Mariana Giordano, de 36 anos, e seu namorado, o piloto Marcelo Costa, de 42. No caso de Mariana, o Instituto Adolfo Lutz já confirmou que a morte foi causada pela doença.

Os três óbitos aconteceram no dia 8 deste mês. As três vítimas estiveram em um evento na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio, na região leste da Campinas, o provável local da infecção.

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Conforme a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, os exames da mulher que morreu em Hortolândia já seguiram para o Adolfo Lutz. O laudo das amostras do piloto ainda não ficou pronto. Os casos eram suspeitos de febre maculosa, dengue ou leptospirose. Há ainda um quarto caso suspeito de febre maculosa em Jundiaí, mas não há informação sobre se a pessoa esteve no mesmo evento.

A prefeitura de Campinas informou que, após ser notificado dos casos, nesta segunda-feira, 12, o Departamento de Vigilância em Saúde desencadeou ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida, local do evento. O Distrito de Joaquim Egídio é mapeado como área de risco para a doença.

"Os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa. Essa informação é imprescindível para que a pessoa adote comportamentos seguros ao frequentar estes espaços e também para que, após frequentar, se apresentar sinais e sintomas, informe o médico e facilite o diagnóstico", informou. Ainda segundo o município, nos próximos dias, técnicos do Devisa farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos no espaço.

De acordo com a diretora do Devisa, Andrea von Zuben, o principal sintoma da doença é a febre alta, que pode ser confundida com outras enfermidades. "Por isso, é importante que o médico sempre pergunte ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente", disse.

Campinas e região são áreas endêmicas (área de distribuição do vetor) para a febre maculosa. Neste ano, com o caso da dentista, o município tem três óbitos confirmados pela doença. Duas das vítimas moravam na cidade. A dentista tinha residência na capital paulista.

O Estado de São Paulo registrou 62 casos de febre maculosa no ano passado e, destes, 47 resultaram em morte. O índice de letalidade, de 75%, mostra o quanto a doença, que tem no carrapato-estrela seu principal transmissor, é perigosa e fatal. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, até março deste ano foram notificados dois casos e os dois resultaram em óbitos - letalidade de 100%. De acordo com especialista, a infecção simultânea não é rara.

O número deste ano não inclui os óbitos do piloto Marcelo Costa, de 42 anos, e da dentista Mariana Giordano, de 36, que morreram no último dia 5, com sintomas da doença. A confirmação da causa ainda depende do resultado de exames que estão sendo feitos pelo Instituto Adolfo Lutz. O instituto recebeu nesta segunda-feira, 12, amostras colhidas do corpo de Mariana, mas não tinha recebido até o fim da tarde o material recolhido de Douglas.

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Os exames vão pesquisar também se os pacientes contraíram dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, ou leptospirose, que é adquirida no contato com a urina de ratos. "Assim que o processo for concluído, os resultados serão enviados ao Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo. O instituto aguarda as amostras de D.C. (Douglas) para iniciar a análise", disse. A prefeitura de Jundiaí informou que o material já foi enviado.

No Brasil, os casos de febre maculosa estão concentrados no Sudeste. De 1.216 casos registrados de 2018 até março deste ano, 759 foram nos quatro Estados da região, liderada por São Paulo, com 386. Já os óbitos somaram 380 no País, sendo 342 no Sudeste e, destes, 219 em municípios paulistas, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com o professor Matias Szabó, da Universidade Federal de Uberlândia (MG), especialista em carrapatos, o epicentro da febre maculosa brasileira é a região de Campinas.

Nessa região do interior, foram registradas duas mortes por febre maculosa este ano, segundo o município. As vítimas, de 47 e 62 anos, residiam na região do distrito de Sousas. No ano passado, houve sete óbitos na cidade. Americana, cidade da mesma região, entrou em emergência, em 2018, após registrar 11 mortes por febre maculosa. Reservas e parques onde viviam capivaras chegaram a ser interditados, com previsão de multa para invasores.

Em Jundiaí, onde foi registrado o óbito do piloto Marcelo Costa, não houve registro de casos este ano. A prefeitura informou que as capivaras são animais da fauna silvestre, portanto, protegidos por lei. Por conta da adaptação a ambientes urbanos e instinto migratório, esses animais estão mais próximos da região central. Por serem roedores e herbívoros, não representam risco de ataques a humanos. O Departamento de Meio Ambiente monitora as colônias e orienta a população a ficar atenta no uso de áreas onde podem existir carrapatos.

Szabó disse que a infecção simultânea pela febre maculosa, como pode ter acontecido com o casal, não é caso raro. "A bactéria que causa a febre também é lesiva para o carrapato e, para transmitir a doença, ele precisa picar uma capivara que ainda não tenha tido contato com a Rickettsia. Quando isso acontece, é comum que muitos carrapatos suguem a mesma capivara e passem a transmitir em conjunto, como pequenas explosões de infecção. Se várias pessoas vão a esse lugar infestado, é provável que mais de uma seja contaminada. Temos casos de famílias inteiras que pegaram a doença."

Ele ressalva que o caso paulista ainda depende de confirmação, embora seja uma suspeita plausível. "A doença é tratável com antibióticos específicos, mas os sintomas iniciais se confundem com os de outras doenças, como leptospirose, dengue e até a covid. A pessoa fica dois ou três dias com febre, enquanto a bactéria vai destruindo os vasos sanguíneos, o que causa as lesões na pele. Aí é ladeira abaixo. Se não é tratada no início, a mortalidade é altíssima, chega a passar de 80%."

TRANSMISSÃO

O carrapato-estrela, que transmite a febre maculosa, tem como principal hospedeiro a capivara, animal que vive em áreas de banhados e beiras de rios. Para passar a doença aos humanos, é preciso que o carrapato esteja infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da doença. Bois, cavalos e cachorros também podem ser portadores de carrapato-estrela infectado. Não há transmissão de pessoa para pessoa.

COMO ACONTECE

Quando a pessoa vai para uma área sujeita à presença de carrapatos, que se fixam na roupa e passam para o corpo. Para transmitir a doença é preciso que o carrapato fique ao menos 4 horas grudado na pele da pessoa. O problema é que os micuins - carrapatos jovens e pequenos - também são transmissores e são difíceis de serem vistos a olho nu. As lesões são parecidas com picadas de pulga, por isso é importante informar ao médico se esteve em regiões onde há registro de capivaras ou casos da febre.

SINTOMAS

Uma vez que a pessoa é infectada, os sintomas surgem de forma repentina e progridem rapidamente, causando febre alta, dores no corpo e o aparecimento de manchas vermelhas, inclusive na palma das mãos e na planta dos pés. Essas manchas crescem e se tornam salientes.

TRATAMENTO

No início, a doença pode ser tratada com antibióticos, o que torna imprescindível o diagnóstico rápido. Como os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, a imprecisão no diagnóstico inicial pode gerar complicações graves. Após 4 ou 5 dias, a medicação não surte o efeito esperado.

PREVENÇÃO

Para se proteger e facilitar a visualização dos carrapatos, as pessoas devem usar roupas claras quando entrarem em locais de mato. Se localizar um carrapato na pele, é preciso retirar com cuidado, usando uma pinça, evitando esmagá-lo para que não injete o veneno. O uso de repelentes também é recomendado.

SAZONALIDADE

Embora não seja uma doença sazonal, a febre maculosa é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam os micuins.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES) confirmou a morte de um policial militar por febre maculosa e informou que aguarda o resultado laboratorial do segundo óbito. Na segunda-feira (25), a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio confirmou a morte de dois agentes que participavam do curso de operações de polícia de choque, no qual eram instrutores, com suspeita de febre maculosa.

O sargento Carlos Eduardo da Silva morreu na quinta-feira (21) e o cabo Mario César Coutinho do Amaral, no domingo (24).

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“A Secretaria de Estado de Saúde, por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, informa que foi notificada quanto ao caso suspeito de febre maculosa ocorrido entre militares participantes de Curso de Operações da Polícia Militar. O caso resultou em óbito, com confirmação laboratorial de febre maculosa. Aguarda-se resultado laboratorial do segundo óbito”, diz a pasta.

Febre maculosa

A febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim, da espécie Amblyomma cajennense, infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. O carrapato pode ser encontrado em bois, cavalos, cães, aves e roedores de grande porte.

Segundo a secretaria, a doença tem registro em áreas específicas e pontuais do estado, como próximo de rios, habitat de capivaras, que é o principal reservatório da febre, e regiões do noroeste do estado.

Para ocorrer a transmissão, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas.

Sintomas

Os principais sintomas da doença são febre alta, dor de cabeça, dor no corpo. Também são registradas as ocorrências de petéquia (pequenas manchas vermelhas ou marrom que surgem geralmente aglomeradas, mais frequentemente nos braços, pernas ou barriga, podendo também surgir na boca e nos olhos) e pequenos sangramentos.

O diagnóstico da doença é feito por exame laboratorial e o ideal é realizar o tratamento o mais rapidamente possível, com a orientação de um médico, que administrará a medicação correta.

De acordo com a pasta, para as pessoas que vão visitar áreas com a presença do carrapato-estrela e histórico de febre maculosa é recomendável fazer uma vistoria em seu corpo a cada três horas, usar roupas claras, pois facilitam a identificação do carrapato, além de ficar atento aos sintomas da doença. Outra recomendação é fazer uma consulta à Vigilância Sanitária e à Secretaria de Saúde local para saber se há transmissão de febre maculosa na região.

Duas pessoas morreram nos primeiros dias deste ano com sintomas da febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela, em Maracaí, interior paulista. No primeiro caso, o paciente de 22 anos morreu no dia 1º de janeiro.

No outro, a vítima era um idoso de 69 anos, que morreu anteontem. No ano passado, até a segunda semana do mês de dezembro, foram confirmados 79 casos de febre maculosa em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Novas mortes causadas pela febre maculosa, doença transmitida por um carrapato, preocupam os serviços de saúde em cidades do interior de São Paulo. Até a tarde desta quinta-feira, 26, as prefeituras contabilizavam 17 óbitos confirmados - desses, 14 já foram notificados à Secretaria da Saúde do Estado.

O número inclui a primeira morte de uma pessoa pela doença em São Pedro, confirmada nesta quarta-feira, 25. A vítima, um homem de 36 anos, pode ter sofrido o contágio no bairro Praia Branca, à margem do Rio Piracicaba, onde ele costumava pescar. A prefeitura vai instalar placas de advertência sobre a possível presença do carrapato na área.

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O transmissor se hospeda principalmente na pele de capivaras, animais abundantes em banhados e beiras de rio. Em Americana, a prefeitura confirmou nove mortes e interditou 15 áreas consideradas de risco, entre elas pontos turísticos da zona rural, como pesqueiros dos rios Piracicaba e Jaguari e parte da orla da Represa do Salto Grande.

Em Pedreira, foram confirmadas duas mortes este mês - um adolescente de 17 anos e uma mulher de 60. Uma mulher de 53 anos morreu com a doença em Paulínia. Outras três cidades da região - Limeira, Santa Bárbara d'Oeste e Cordeirópolis - confirmaram um óbito cada. Em Limeira, placas de advertência foram instaladas em áreas de possível contágio.

A febre maculosa causou a morte de um morador de Sorocaba, a primeira da região, confirmada no último dia 21. Conforme a prefeitura, a vítima, um idoso de 77 anos, teria contraído a doença numa área de pesca, à margem do Rio Sorocaba, em Jumirim, município da região. Um segundo óbito suspeito é investigado.

O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado informou que os números de febre maculosa estão caindo anualmente. Em 2016, foram notificados 64 casos e 37 óbitos, e, em 2017, foram 39 casos e 32 óbitos. Este ano, os municípios notificaram 32 casos e 14 óbitos. Conforme o órgão, cabe aos municípios o trabalho de campo para controle da doença, bem como a investigação dos casos.

A prefeitura de Americana, no interior de São Paulo, confirmou nesta quarta-feira, 27, a sétima morte pelo surto de febre maculosa que atinge o município. A vítima, um homem de 37 anos, residia no bairro Antônio Zanaga, uma região de represas, na zona leste da cidade.

Familiares relataram que ele esteve nas margens do Rio Atibaia, onde vivem capivaras, principal hospedeiro do carrapato-estrela, que transmite a doença. Este mês, a prefeitura havia confirmado a febre maculosa como causa da morte de uma menina de 7 anos, moradora do mesmo bairro.

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As outras cinco mortes aconteceram em maio e todas as vítimas moravam nessa mesma região. O município ainda investiga se a febre causou a morte de outras duas pessoas, entre elas, uma criança de dois anos. A prefeitura interditou 15 áreas onde foi detectada a presença do carrapato-estrela, incluindo pontos turísticos da cidade, como a Praia dos Namorados, Praia Azul, Prainha do Zanaga e pesqueiros do Rio Piracicaba. Placas instaladas nesses locais advertem as pessoas para que não entrem nas áreas, por causa do risco de pegar a doença.

Em Pedreira, na mesma região, foram confirmadas duas mortes por febre maculosa. As vítimas são uma mulher de 60 anos e um adolescente de 17 anos. Ambas teriam sido infectadas ao frequentarem um lago em propriedade particular, no Jardim Andrade. A prefeitura instalou placas no acesso e nas margens do Rio Jaguari, alertando para o risco.

A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, causada pela bactéria Rickettsia ricketsii, transmitida ao homem pela picada de carrapatos, principalmente o estrela. Não há transmissão direta entre humanos. Em 93% dos casos, o paciente necessita de hospitalização e, em 64%, a doença evolui para óbito, segundo estudo da Secretaria da Saúde do Estado. No ano passado, foram notificados 14 casos e 9 óbitos pela doença no Estado. Em 2016, tinham sido 64 casos e 37 mortes.

A Vigilância Epidemiológica confirmou nesta segunda-feira (11) a morte de duas pessoas por febre maculosa, doença transmitida por um carrapato, em Pedreira, município do interior paulista. Com seis óbitos já confirmados em Americana, são oito mortes pela febre este ano nessa região do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Vigilância Epidemiológica de Campinas, no interior de São Paulo, vai colocar em prática duas campanhas para orientar moradores e profissionais de saúde sobre os perigos da febre maculosa. Neste ano, foram registrados cinco casos da doença, mas só em outubro quatro pessoas foram contaminadas e três delas morreram. A febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato-estrela infectado por bactéria que se hospeda em animais silvestres, especialmente a capivara.

Apesar das mortes, a Vigilância Epidemiológica descarta a ocorrência de surto. Dois adultos morreram depois de visitar o distrito de Joaquim Egídio e uma criança de 10 anos, que morreu no último dia 20, moradora no mesmo distrito, esteve num pesqueiro na cidade vizinha de Morungaba, que também iniciou campanha para investigar o caso e orientar a população.

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Segundo a diretora da vigilância, Maria do Carmo Ferreira, esses locais são regiões endêmicas, mas uma investigação foi iniciada para descobrir se há focos de infestação da bactéria por onde as vítimas transitaram.

Segundo a diretora, as campanhas, que serão simultâneas, têm o objetivo de alertar as pessoas que procuram locais de risco para a transmissão da doença e orientar os profissionais de saúde para a possibilidade de fazer um diagnóstico precoce para reduzir o alto índice de letalidade da doença.

"Trata-se de uma ação educativa para que as pessoas que estão expostas tomem cuidado com a possibilidade de transmissão. Vamos distribuir panfletos educativos para essas pessoas e instalar placas nas regiões visitadas, como trilhas, para alertá-las", diz Maria do Carmo.

"Ao mesmo tempo, vamos fazer reuniões com profissionais de saúde e pedir para ficarem atentos com pacientes com os sintomas, que podem ser confundidos com os da gripe e da dengue. Vamos pedir para que eles perguntem se a pessoa esteve em área de risco. Precisamos de um diagnóstico rápido, porque nossos estudos constataram que o índice de letalidade da doença é muito alto", completa.

Parque fechado

O Lago do Café, no Parque Taquaral, continua fechado para visitação pública. No ano passado, 13 das capivaras que ali viviam foram sacrificadas depois que um funcionário do parque - que já estava fechado para visitação do público por causa da infestação de carrapatos contaminados com a bactéria - morreu por causa da doença. No total, três funcionários do parque morreram contaminados pela febre maculosa.

As autoridades de saúde descartaram qualquer ligação dos novos casos com uma possível contaminação dos carrapatos nas capivaras que ainda existem no parque. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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