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Chegou a hora do recifense mostrar para todo mundo que domina a arte da habilidade no futebol. Dando sequência ao fomento das mais variadas modalidades esportivas, para o estímulo da prática entre todos os públicos, a Prefeitura do Recife abriu inscrições para o Recife Futmesa, primeiro campeonato da modalidade na capital.

A competição acontece entre os dias 28/09 e 19/10, passando por todas as seis regiões político-administrativas (RPA´s). E como não poderia deixar de ser, a final será no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), na Imbiribeira. Os registros podem ser feitos por homens ou mulheres a partir dos 15 anos no seguinte link, até que atinja o número de 20 duplas por RPA.

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O futmesa é uma modalidade derivada do futebol que combina habilidades do esporte na mesa, mesclado com estratégia e precisão. Para participar, basta buscar aquele seu parente, colega ou amigo de bairro que queira compor uma dupla.

As disputas começam pela RPA 02, no dia 28/09, em Cajueiro. No dia 03/10, na Mustardinha (RPA 05); Torrões, pela RPA 04, recebe partidas em 04/10. No dia 05/10, é dia do Jordão Baixo (RPA 06). Pela RPA 03, 10/10, é a vez da Macaxeira. Por último, em 17/10, vem Santo Amaro, pela RPA 01. A final, no Geraldão, acontece no dia 19/10.

Serviço

28/09, RPA 2 - Cajueiro, na quadra esportiva de Cajueiro, Rua Cel. Urbano Ribeiro De Sena, s/n (Academia da Cidade)  

03/10, RPA 5 - Mustardinha, na quadra esportiva do CSU, Avenida Manoel Gonçalves Da Luz, s/n    

04/10, RPA 4 - Torrões, na quadra esportiva de Roda de Fogo, Rua Prof. Artur Coutinho, s/n  

05/10, RPA 6 - Jordão Baixo, na quadra esportiva do Jordão Baixo, Rua Alberto Lundgren, 2, s/n   

10/10, RPA 3 - Macaxeira, na quadra esportiva do Parque da Macaxeira, Avenida Miguel Arraes de Alencar s/n   

17/10, RPA 1 - Santo Amaro, no Campo do Onze, Avenida Jaime da Fonte s/n  

19/10 - Final, no Geraldão

Link para regulamento e inscrições 

Da assessoria

É bem provável que em algum passeio na praia, em parques e até mesmo na rua você já tenha visto pessoas usando uma mesa e uma bola para jogar algo que parece uma 'ping pong' e futebol. O futmesa é uma modalidade ‘nova’, mas que ganhou um batalhão de adeptos.

E para alguns o jogo já vai além de uma mera brincadeira a ponto de se criar um Campeonato Brasileiro da modalidade. O último foi vencido por um olindense. Matheus Felipe, ou simplesmente, Cara de Kombi, como é bastante conhecido nas redes sociais.

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Matheus tem 16 anos e é morador da Ilha do Maruim, comunidade do bairro de Rio Doce. Ele conheceu o futmesa há 6 anos e, de lá pra cá, virou profisisonal da parada.

“Tudo começou numa mesa de plástico, dessas de bar, eu tinha 10 anos”, conta. Cara de Kombi, disse que durante algum tempo apenas brincava, mas quando conheceu seus patrocinadores e venceu a primeira competição as coisas começaram a mudar.

O Campeonato Brasileiro foi disputado em Salvador, em outubro deste ano. “Sensação irada de saber que o Brasil é nosso”. Foi assim que o morador da Ilha do Maruim definiu o sabor da conquista. “O Brasileiro foi um evento top, estrutura que não tem o que falar, jogadores do Brasil inteiro e eu me saí bem no x1 e fui campeão”.

Ele também falou da importância de levar o nome da sua comunidade e disse que tinha um orgulho enorme em representar a Ilha do Maruim.

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Luizinho Alienígena, o parceiro

Luizinho Alienígena é outro pernambucano de destaque no futmesa e que também disputou o Brasileiro, mas acabou enfrantando o amigo Cara de Kombi antes da final e foi derrotado. Mas nada que abale a amizade, pois os dois jogam juntos nas competições de duplas. Cara de Kombi e Luizinho Alienígena sonham grande e já miram uma próxima participação na competição. 

Luizinho Alienígena

*Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Uma febre entre os 'boleiros' o futmesa tem crescido no Brasil. A modalidade que mistura futebol e tênis de mesa também tem adeptos em Pernambuco e no dia 14 de março os atletas pernambucanos participarão de um torneio no colégio CGE, em Boa Viagem. 

Organizado pela academia Bodytech do Shopping Recife, o torneio será em duplas, com 18 equipes inscritas. O jogos serão dividas em três chaves. As partidas terão um set, exceto as semis e as finais que terão três.

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 A modalidade muito difundida entre jogadores de futebol profissional e tem sido utilizado nos grandes clubes do País e, também, do exterior, ajudando no desenvolvimento da coordenação motora, na melhora nos reflexos, pontaria e controle de bola.

As inscrições para os interessados em participar podem ser feita na recepção da academia que fica na Avenida Fernando Simões barbosa, 226. A taxa de inscrição por dupla é de R$100. 

Com informações da assessoria

Os times nacionais e a seleção brasileira passaram a ter um ritual novo nos treinamentos diários nos últimos anos. Antes de iniciar o trabalho no gramado, os jogadores se dedicam a uma modalidade que parece recreação, mas que virou uma ferramenta técnica e de aquecimento. O chamado futmesa, mistura de tênis de mesa com futebol, é a nova sensação nos clubes.

Com uma bola de futebol e uma mesa com rede, formato e dimensões semelhantes à usada no tênis de mesa profissional, a modalidade está cada vez mais presente nas equipes. A seleção brasileira conta com o equipamento desde 2017 e até chegou a levá-lo para os treinos realizados na Rússia, durante a Copa do Mundo. Corinthians, Palmeiras e São Paulo também já utilizam o futmesa.

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O jogo é geralmente praticado em duplas e usa parte das regras do tênis do mesa. Dois jogadores de cada lado usam as pernas, o peito e cabeça para sacar e lançar a bola ao outro lado com o intuito de dificultar o controle dos adversários. A bola pode quicar até uma vez em cada um dos lados da mesa.

A modalidade se tornou popular há pouco tempo. Até anos atrás os jogadores se divertiam no intervalo dos treinos ao brincar com a bola em uma mesa de plástico. Aos poucos, o equipamento evoluiu. Os modelos mais modernos são feitos de metal ou fibra de vidro e custam mais de R$ 10 mil.

Há vários fabricantes no mercado, com mesas de tamanhos variados, estilizadas com cores, nomes e gosto do comprador e de superfícies planas ou curvadas levemente para baixo. Os clubes brasileiros passaram a contar com o futmesa graças aos pedidos dos jogadores. No Internacional, o elenco dividiu as despesas para deixar uma mesa no centro de treinamento e outra no vestiário do beira-rio.

A comissão técnica aprovou. "Na parte técnica, a modalidade ajuda muito. Mexe com controle e domínio da bola, passe e reflexos rápidos. O futebol tem uma pressão diária, então promover uma situação mais divertida é bem bacana", disse o preparador físico do Internacional, Cristiano Nunes.

No Atlético-MG, o futmesa serve como aliado na recuperação de lesões. O fisioterapeuta do clube, Rômulo Frank, explica que ao deixar o departamento médico e começar a trabalhar com bola o jogador pode praticar a modalidade. "O intuito é fazer um aquecimento. O atleta aumenta a frequência cardíaca, tem mobilidade nas articulações e é interessante colocá-lo diante de movimentos imprevisíveis", afirmou.

Nos clubes, os jogadores costumam chegar mais cedo aos treinos para ter mais tempo a se dedicar ao futmesa. O lateral-esquerdo Wendell ajudou a virar febre no Bayer Leverkusen, da Alemanha. "Conheci o futmesa no futevôlei. Quando estava fora, esperando a vez de jogar, a gente colocava mesas de plástico e jogava", contou. O elenco do time alemão improvisava o jogo em uma mesa de plástico até a diretoria comprar um equipamento para atender a demanda.

O brasileiro brinca que existe até uma concorrência sadia entre os colegas para saber quem é melhor na disputa. "Como a bola não para, ajuda a pensar mais rápido, ter mais técnica no domínio e a dosar a força. Está me ajudando a pensar rápido. Vou para o treino mais ligado", disse Wendell.

Alguns jogadores como o próprio Wendell, Neymar, Thiago Silva e Philippe Coutinho fazem questão de ter uma mesa em casa, para brincar nas horas vagas com os amigos.

A novidade, no entanto, ainda gera estranheza. Em fevereiro, a torcida do São Paulo protestou contra a eliminação na Copa Libertadores ao imitar um futmesa na porta do CT e criticar que o elenco em vez de treinar estava mais dedicado à modalidade.

EXPANSÃO - O futmesa também está crescendo como modalidade competitiva. Há o plano de se criar neste ano uma liga brasileira, enquanto que na Europa já existe uma versão do esporte conhecida como teqball, com federação internacional registrada e dois mundiais já realizados.

O teqball foi criado na Hungria e tem como principal diferença para o futmesa a superfície da mesa levemente curvada para baixo. "Há um grande investimento por trás da modalidade, pois a pretensão é tornar o teqball um esporte olímpico em um futuro não tão distante", disse o diretor da Teqball no Brasil, Antonio Canto.

O último campeonato mundial, ano passado, foi disputado na França e teve a presença de 42 países. O Brasil ficou em terceiro lugar nas duplas mistas. O teqball tem praticantes em mais de 50 países e fornece equipamento para times como Arsenal, Chelsea, Flamengo, Shakhtar Donetsk e Milan.

No mercado nacional, a Futmesa Brasil é quem tem sido a principal fornecedora dos clubes. A empresa vai organizar na próxima semana um evento para divulgar a modalidade. "Levamos dois anos para desenvolver um modelo ideal da mesa. O público comum, que não é nem jogador profissional nem clube, compõe cerca de 40% dos nossos clientes", disse o sócio-proprietário Flavio Deleo.

Para quem nasceu antes dos anos 2000, não é difícil lembrar dos tabuleiros e peças do futebol de botão. Popular no Brasil, o então joguinho caiu nas graças das crianças e também dos adultos. Porém, a tecnologia trouxe novidades, especialmente no mundo virtual, que tomaram esse espaço na vida dos mais jovens, tornando o botão cada vez mais raro ao passar das gerações. Entretanto, ainda há uma resistência ao tempo no Brasil inteiro, e muito se deve ao modo profissional de encarar um esporte que de amador só tem o nome. O futebol de mesa resgata a interação pessoal, aliada à seriedade de um esporte competitivo.

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"Quando se fala em futebol de mesa, as pessoas dizem ser coisa de criança. Até o momento em que me vêem disputando Campeonato Brasileiro, Pernambucano, então percebem que é coisa séria. A altura, peso, ângulo de bainha para cada peça, deixa claro que é uma ferramenta, de acordo com nosso estilo de jogo. Isso faz entender como a 'brincadeira' é realmente", conta o inspetor de pintura, Pablo Roberto Costa Damascena.

O LeiaJa.com visitou o departamento de futebol de mesa do Santa Cruz, atual tricampeão pernambucano na categoria, para entender melhor como funciona a rotina dos jogadores. Ela, inclusive, é bem definida e os treinos são puxados. A ideia é aprimorar a forma de se postar, e jogar cada vez melhor para as competições. "A gente divide o treino em fundamentos que são lançamento, travada e o chute. Esses elementos são repetidos de diversas maneiras. Gravamos a pessoa para corrigir postura, empunhadura. Além de fazer scouts de jogadas para estabelecer metas de acerto para cada tipo de lance. É como um treinamento de futebol profissional", afirma o diretor de futmesa do Santa, Sérgio Travassos.

Além dos atletas do clube, há também os que praticam sem colocar tanto peso assim. Funciona como uma terapia, que relaxa e entretém os aficcionados pela modalidade. Entretanto, até entre os que não participam de torneios maiores, há cobrança por melhora de desempenho. "No começo é difícil ter estímulos e o macete sobre as regras. Você perde tudo e, a medida que entende e cria uma maneira própria de jogar, diminuindo as diferenças para quem joga a mais tempo, fica mais motivado. Tem que manter em mente a diversão", diz o médico Bruno Lima, que costuma jogar nas folgas entre os plantões de 12 horas no hospital.

Para dar uma ideia a quem ainda pensa que são pessoas brincando com botões, os campeonatos costumam durar um dia inteiro. Cada partida da regra um toque, uma das mais difíceis, tem duração de uma hora e os próprios atletas fazem o papel de juiz nos demais jogos. "Os campeonatos são estressantes. Começa de 9h e vai até às 19h, em jogos de uma hora em que você, quando não joga, apita. Além de ser um esporte que exige muito das pernas, você precisa se agachar muito, então no fim do dia, quem está mal do preparo sofre bastante", conta o aposentado Turene Felipe de Souza, que já somou conquistas importantes no esporte.

Confira a matéria em vídeo com os jogadores no departamento de mesa do Santa Cruz Futebol Clube. Os atletas falam sobre o preconceito com o esporte, as dificuldades de jogar em alto nível e como conciliar a prática com outras esferas da vida de cada um.

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