Tópicos | Gianna Jessen

A reunião pública organizada pela vereadora do Recife, Michele Collins (PP), "contra o aborto e em favor da vida", marcada para esta quarta-feira (30), foi frustrada por um grupo de mulheres feministas que ocuparam o Plenário da Câmara dos Vereadores e realizaram um protesto pela legalização da prática.      

De acordo com a pré-candidata do PSOL a governadora, Dani Portela, que estava entre as mulheres presentes na reunião, havia cerca de 10 movimentos representados no local, entre eles, o Fórum de Mulheres de Pernambuco, o Coletivo de Mulheres  PSOL e do PT, o Movimento PartidA. Em conversa com o LeiaJá, Dani disse que as representantes dos feministas chegaram a pedir para falar durante a reunião, mas foram impedidas. Em reação, elas começaram a gritar palavras de ordem e cantar músicas características da iniciativa.  

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“Nosso objetivo era fazer uma intervenção de fala e artística, com cartazes em protesto, mas quando a gente chegou, antes de iniciar a reunião, tiraram todos os microfones do Plenário. Todas as mulheres que estavam ali tiveram suas vozes silenciadas”, explicou. “Nossas reivindicações são pelo amplo direito reprodutivo, que a mulher possa decidir pelo seu próprio corpo e que possamos ter a legalização do aborto que é uma questão de saúde pública, são quatro mulheres que morrem por dia”, completou. 

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A intervenção do grupo causou o encerramento da reunião, depois disso, a vereadora Michele Collins levou os que comungam com a mesma tese contra o aborto para uma sala menor onde continuou o debate com a apresentação da fala da americana Gianna Jessen, que seria, de acordo com a parlamentar, uma "sobrevivente de um aborto". 

Michele reagiu ao protesto, pontuando que eles tinham “o direito sim de debater sobre este tema, de expressar a nossa opinião” e, por isso, a Gianna Jessen falaria sobre sua experiência. 

A americana, por sua vez, acompanhada de uma tradutora disse que não conhecia nenhuma mulher que tivesse amado pelo aborto, mas que elas só lamentam. “Eu não me sinto envergonhada, as pessoas gritando não me derrotam. Sobrevivi a um assassinato, posso sobreviver a essa gritaria. Venho em nome de Jesus Cristo, sou a garotinha dele. O que estava tentando explicar para as pessoas que estavam bem chateadas é que sou a favor deles, não contra eles. Estão gritando pela exploração da mulher, elas estão gritando por uma prisão que elas mesmo estão fazendo. Não é liberdade”, argumentou.

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