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O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), afirmou nesta quinta-feira (14) que as suspeitas em torno do repasse irregular de recursos de campanha do PSL não vão influenciar o funcionamento do governo federal. Para o senador, uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, vai esclarecer a situação.

"Eu tenho certeza que no momento que o ministro Bebianno tiver uma reunião pessoal e reservada com o presidente, tudo vai se esclarecer. Eu não vejo dificuldade nisso, nada influencia no ritmo do governo", disse o senador. Até o momento, não há agenda pública prevista entre Bolsonaro e Bebianno. O presidente, que retornou a Brasília ontem (13), após receber alta do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, está despachando do Palácio do Alvorada, residência oficial, e não do Palácio do Planalto, sede do governo.

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A Polícia Federal investiga denúncia de que o PSL, legenda do presidente, repassou recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para candidaturas de “laranjas”. Presidente da legenda durante as eleições, Bebianno é suspeito de ter envolvimento no caso. 

Em entrevista concedida à TV Record, Bolsonaro disse ontem (13) que apoia a investigação sobre filiados ao PSL por suspeita de terem atuado de forma irregular. O presidente reiterou que é uma “minoria” dentro do partido que está sob suspeita e que a Polícia Federal foi encarregada de acompanhar o caso.  “O partido tem de terconsciência. Não são todos, é uma minoria. Logo depois da minha eleição, eu dei carta branca para apurar qualquer tipo de crime de corrupção e lavagem de dinheiro”, disse.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, confirmou hoje que a apuração do caso já está em curso e eventuais responsabilidades poderão ser definidas. 

Major Olímpio admitiu que as suspeitas em torno do caso geram desconforto, mas ressaltou a boa relação entre Bolsonaro e Bebianno. "Logicamente é desconfortante para todos, mas ele foi escolhido para ser ministro por ser da absoluta confiança do presidente, então qualquer ruído na comunicação deve ser [resolvido] entre ele, presidente, e o ministro Bebianno", acrescentou.

O parlamentar reforçou que o caso não traz "absolutamente nenhum reflexo" para a votação de medidas no Congresso Nacional. "Sabemos que é uma coisa que deve ser resolvida lá no Poder Executivo", disse. 

Ativismo judicial

O senador paulista criticou o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de uma ação protocolada pelo PPS para criminalizar a homofobia, caracterizada pelo preconceito contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis). Para Major Olímpio, o caso evidencia uma invasão de competência do Supremo sobre o  Legislativo e defendeu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para tratar do assunto.  

"O Parlamento tem a obrigação de legislar, e o Poder Judiciário de interpretar e fazer cumprir a lei. Quando há essa invasão de competência, nós estamos até tentando abrir uma CPI e mostrar exatamente esse ativismo descabido, o Poder Judiciário tentando se tornar um poder moderador, que existia no Brasil após a Constituição de 1824, que é impertinente", afirmou. 

A possibilidade de criminalização da homofobia é debatida na ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) nº 26, sob a relatoria do ministro Celso de Mello, e tramita no STF desde 2013. Os ministros devem definir se o Supremo pode criar regras temporárias para punir agressores do público LGBT, devido à falta de aprovação da matéria no Congresso Nacional. O caso  voltou a ser julgado nesta quinta-feira. 

No entendimento do PPS, a minoria LGBT deve ser incluída no conceito de "raça social" e os agressores punidos na forma do crime de racismo, cuja conduta é inafiançável e imprescritível. A pena varia entre um a cinco anos de reclusão, conforme a conduta.

Na opinião de Major Olímpio, não houve omissão do Legislativo na matéria, mas sim uma escolha de não aprovar um projeto que criminaliza a homofobia, com base em um desejo da sociedade. "Não tem omissão quando está se falando de criminalizar a homofobia. Por exemplo, houve um projeto aprovado na Câmara, ele veio para o Senado [que rejeitou] e rejeitar um projeto também é interpretar e manifestar um desejo da população", afirmou.

O futuro ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, tentou conter nesta segunda-feira, 10, o fogo amigo no PSL. Após a cerimônia de diplomação do presidente eleito, Jair Bolsonaro, Bebbiano enquadrou os novos parlamentares do partido, que têm protagonizado desentendimentos em público. "Pato novo não mergulha fundo", disse ele.

Na semana passada, imagens de uma discussão em um grupo de WhatsApp entre o líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP), e a deputada federal eleita Joice Hasselmann (SP) escancararam as divergências na legenda. Na mensagem, Joice criticou a articulação política do PSL na Câmara e discutiu com o deputado e senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).

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Eduardo Bolsonaro entrou então na conversa e disse ter recebido ordens do pai para conduzir negociações na Câmara apenas nos bastidores, a fim de não irritar o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que concorre à reeleição e poderia acelerar a aprovação das chamadas "pautas-bombas".

Bebianno afirmou que a maioria dos deputados eleitos é "marinheiro de primeira viagem" e precisa ajustar o relacionamento porque Brasília é um "ambiente inóspito", cheio de fofocas. "Estão todos em fase de adaptação. Como não é possível o divórcio, eu tenho certeza de que haverá uma acomodação e o PSL vai tomar um rumo positivo", argumentou. "O partido tem de estar unido e esses novos deputados precisam ter consciência. A grande maioria foi eleita por conta do Jair Bolsonaro. Se não fosse a onda Bolsonaro, a grande maioria não teria sido eleita. Essa é que é a verdade".

Ao falar sobre as sucessivas estocadas entre correligionários, o futuro ministro também mostrou contrariedade com críticas feitas pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente eleito, a Julian Lemos (PSL-PB), que assumirá a vaga de deputado federal em fevereiro. Em recente postagem nas redes sociais, Carlos disse que "Julian Lemos, a pessoa que tem se colocado como coordenador de Bolsonaro no Nordeste, não é nem nunca foi! Detalhes creio que todos sabem!".

Para Bebianno, o comentário de Carlos -- com quem também já teve desavenças -- foi inconveniente. "Eu acho que não se atira em soldado, não se abate o aliado, não se sabe o dia de amanhã. Nosso trabalho sequer começou e acho extremamente negativo qualquer tipo de conflito interno. Não só negativo como, no nosso caso, desnecessário", argumentou ele. O futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência disse, ainda, que a reunião de Bolsonaro com a bancada do PSL, nesta quarta-feira, em Brasília, servirá para aparar arestas e conter possíveis insatisfações.

O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni (DEM), confirmou nesta quarta-feira (21) o nome do advogado Gustavo Bebianno como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Segundo Onyx, ele é um “homem preparado e da absoluta confiança” do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Presidente do PSL durante a campanha eleitoral, Bebianno agradeceu a indicação e adiantou que a principal atividade de sua pasta será a modernização e a desburocratização do Estado. “Será o governo olhando para sua atividade de servir a população”, afirmou em coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde a equipe de transição do governo está instalada.

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Perguntado, o futuro ministro disse que há uma lista em estudo para composição de sua equipe. Um dos nomes apontados por ele é o de Carlos Bolsonaro, filho do presidente eleito, que poderá assumir a Secretaria de Comunicação da Presidência.

“Ele sempre esteve à frente dessa comunicação. É uma pessoa muito importante para a equipe e para o presidente.”

Bebianno e Onyx participaram hoje da primeira reunião com todos os ministros confirmados e integrantes de 14 grupos técnicos. Esses encontros devem se repetir todas as quartas-feiras, às 10h. Essa é a primeira agenda fixa da equipe de Bolsonaro. A proposta é que, nos próximos dias, ministros e grupos técnicos apresentem ideias e projetos “que serão construídos paulatinamente”, descreveu Onyx.

O desenho ministerial estará pronto até meados de dezembro e deve refletir as promessas de enxugamento da estrutura da máquina pública.

O ex-presidente do PSL e um dos coordenadores da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno, afirmou nesta terça-feira, 30, que nenhum convite formal foi feito a Sérgio Moro para ocupar um possível cargo no futuro governo. Ele admitiu, contudo, que o nome do juiz tem sido ventilado e que "gostaria" de tê-lo à frente do Ministério da Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.

"Ainda não foi feito um convite formal (a Sérgio Moro para ministro). Está sendo ventilado o nome dele muito fortemente. É um brasileiro seríssimo, comprometido com o que há de melhor para a nação. É um nome que eu gostaria que estivesse na frente do Ministério da Justiça ou do STF", disse.

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Mais cedo, o próprio Moro divulgou uma nota em que disse estar "honrado" com a lembrança de seu nome. Segundo ele, se o convite foi efetivado, vai ser "objeto de ponderada discussão e reflexão".

Anunciado para a Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni confirmou ainda, nesta terça-feira, que se reunirá com o atual chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, amanhã às 16h00.

O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse que ainda não está confirmado como ministro da Justiça de Bolsonaro. Ele afirmou que há "bons nomes" sendo cogitados para o cargo, como a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon e o juiz federal Sérgio Moro.

Apesar, disso afirmou que ainda não houve nenhuma conversa com os dois sobre o assunto. Bebianno ainda disse que Moro pode ser indicado para compor o Supremo Tribunal Federal (STF) "mais para frente".

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O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse nesta quinta-feira, 18, que Jair Bolsonaro não participará de nenhum debate do 2º turno. Ele disse em coletiva de imprensa que o estado de saúde do candidato é de "absoluto desconforto" e que não deve ser submetido a "uma situação de alto estresse, sem nenhum motivo".

"Como não há controle, aquela bolsinha (colostomia) pode encher, estourar", afirmou Bebianno. "O seu estado de saúde é ainda de absoluto desconforto. (Não vamos) submetê-lo a uma situação de alto estresse, sem nenhum motivo."

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Mais cedo, médicos divulgaram um boletim em que destacavam a "melhora da composição corpórea, mas ainda exigindo suporte nutricional e fisioterapia". A reportagem apurou que a decisão de participar ou não dos debates já estaria nas mãos do próprio candidato.

Bebianno chamou o petista Fernando Haddad (PT) de "poste" e disse que a ausência de Bolsonaro nos debates não deve prejudicá-lo. "Seria discutir com um poste, como já disse o candidato, quem discute com um poste é bêbado. A decisão (de não participar) não é ruim porque o eleitor já conhece Bolsonaro. O contato que ele estabelece é diretamente com o eleitor. Os eleitores já sabem em quem vão votar."

Antes da coletiva, Bebianno disse à reportagem que Haddad se mostrou "desesperado" ao dizer que entrará com medidas judiciais contra uma denúncia de que a campanha de Bolsonaro teria incentivado empresários a disseminar mensagens contra o PT nas redes sociais. Ele classificou como "piada" e "uma palhaçada" a atitude de Haddad, que poderá ser seguida pelo candidato derrotado no segundo turno, Ciro Gomes (PDT).

"Isso é sinal do desespero. Estão tentando criar um fato político qualquer. Quem entende de caixa 2, de dinheiro roubado, de assaltar os cofres públicos para fins pessoais e partidários é o PT", disse Bebianno. Ele acrescentou que também tomará medidas judiciais contra Haddad e Ciro por denúncia caluniosa. "O senhor Haddad, como suposto advogado, deveria saber que denúncia caluniosa é crime e idem para o senhor Ciro Gomes. Ambos responderão pelos seus atos, pelas suas declarações. Se eles estão acusando, vão ter que provar", afirmou.

Bebianno classificou como "piada" a situação. "Chega a ser engraçado porque, de um lado, você tem uma facção criminosa chamada Partido dos Trabalhadores travestida de partido político, acusando os outros daquilo que eles mesmo fazem. O PSL e a campanha do presidente Jair Bolsonaro e ele, como pessoa física, nunca houve nenhum acerto, nenhum pedido. Pelo contrário, ao longo da campanha, muitos empresários ofereceram recursos sim, por pessoas de bem, preocupadas com o Brasil, nós nunca aceitamos", disse.

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