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A viúva do ex-ministro Gustavo Bebianno, Renata Bebianno, disse que destruiu o último celular do marido. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, neste domingo (27). Segundo a reportagem, Renata revelou que tomou a decisão ao depor na investigação que apura disparos de mensagens de WhatsApp na campanha presidencial de 2018. 

A publicação aponta que Renata foi indagada se teria feito pesquisas no aparelho antes de destruir e ela negou. Bebianno havia sido intimado a depor para a investigação, mas morreu antes disso. O ex-ministro sofreu um infarto fulminante em março. 

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Em junho deste ano, informações de que um celular de Bebianno poderia comprometer o presidente foram divulgadas pela colunista do Uol Thaís Oyama, não há inforamções, contudo, se trata-se do mesmo aparelho destruído pela esposa dele. 

Após romper políticamente com Jair Bolsonaro, Bebianno chegou a dizer em uma entrevista à rádio Jovem Pam que tinha um material "fora do Brasil" com informações sobre o chefe do executivo nacional. 

"Me sinto, sim, ameaçado. O presidente Jair Bolsonaro é uma pessoa que tem muitos laços com policiais no Rio de Janeiro. Policiais bons e ruins. Me sinto, sim, vulnerável e sob risco constante. [...] Eu tenho material, sim, inclusive fora do Brasil. Porque eles podem achar que, fazendo alguma coisa comigo aqui no Brasil, uma coisa tão terrível que fosse capaz de assustar quem estivesse ao meu redor e, portanto, inibir a divulgação de algum material... Eu tenho muita coisa, sim, inclusive fora do Brasil. Então, não tenho medo", afirmou naquela ocasião.

Um celular que o ex-ministro Gustavo Bebianno guardava nos Estados Unidos está de volta ao Brasil. Segundo informações da colunista do Uol Thaís Oyama, neste aparelho estão registradas conversas de Bebianno com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante o período em que foram aliados e o político falecido em março deste ano, após um infarto fulminante, ocupou o primeiro escalão do governo. 

O equipamento eletrônico, contou um amigo do ex-ministro, está "muito bem guardado" e nele tem questões morais comprometedoras.

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Após romper políticamente com Jair Bolsonaro, Bebianno chegou a dizer em uma entrevista à rádio Jovem Pam que tinha um material "fora do Brasil" com informações sobre o chefe do executivo nacional. 

"Me sinto, sim, ameaçado. O presidente Jair Bolsonaro é uma pessoa que tem muitos laços com policiais no Rio de Janeiro. Policiais bons e ruins. Me sinto, sim, vulnerável e sob risco constante. [...] Eu tenho material, sim, inclusive fora do Brasil. Porque eles podem achar que, fazendo alguma coisa comigo aqui no Brasil, uma coisa tão terrível que fosse capaz de assustar quem estivesse ao meu redor e, portanto, inibir a divulgação de algum material... Eu tenho muita coisa, sim, inclusive fora do Brasil. Então, não tenho medo", afirmou naquela ocasião.

Na mesma entrevista, Bebianno chegou a dizer que viu e testemunhou muitas coisas, mas não deu detalhes. 

O empresário Paulo Marinho foi escolhido pelo PSDB fluminense como o candidato do partido à prefeitura do Rio Janeiro no lugar do advogado Gustavo Bebianno, que morreu na semana passada após sofrer um ataque cardíaco. Ex-bolsonarista, Marinho assumiu o diretório estadual tucano após se aproximar do governador de São Paulo João Doria, de quem é hoje muito próximo.

No último dia, o nome de Bebianno como pré-candidato no Rio de Janeiro foi anunciado em uma entrevista coletiva realizada na sede do PSDB paulista, o que foi uma demonstração da ascendência de Doria sobre o partido. O anúncio desagradou parte da legenda, especialmente o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que preferia o nome da ex-secretária Mariana Ribas na disputa. O dirigente não gostou de ter sido preterido no debate interno.

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Mariana havia sido anunciada como pré-candidata, mas depois alegou motivos pessoais para desistir. Na coletiva na capital, Doria anunciou que ela vai ocupar um cargo na área de cultura do Estado.

Paulo Marinho é suplente do senador Flávio Bolsonaro e foi um dos mais ativos colaboradores da campanha presidencial de Jair Bolsonaro em 2018. O empresário rompeu com o presidente em 2019 após a demissão de Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência.

A morte do ex-ministro Gustavo Bebianno (PSDB), que faleceu na última madrugada aos 56 anos de idade, já está causando repercussão no mundo político. Bebianno colaborou fortemente para a eleição do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), que o demitiu após discussões com o vereador Carlos Bolsonaro (RJ). 

A jurista e deputada estadual de São Paulo, Janaína Paschoal, lamentou o falecimento de Bebianno, a quem chamou de “injustiçado”, através de sua conta no Twitter. “O Brasil perdeu um homem bom, um homem que trabalhou intensamente pelo bem deste país e nunca se revoltou por ter sido injustiçado. Há muito tempo, não sinto tanto uma morte. Minhas condolências à família do ex-Ministro Gustavo Bebianno. Bebianno era um espiritualista. Que descanse um pouco e logo comece a trabalhar em planos superiores”, declarou Janaína. 

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O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), também se manifestou nas redes sociais. Gustavo Bebianno estava filiado ao PSDB, se tornou aliado político de Dória e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. “Com profundo pesar recebi a notícia da morte de Gustavo Bebianno. Seu falecimento surpreende a todos. O Rio perde, o Brasil perde. Bebianno tinha grande entusiasmo pela vida e em trabalhar por um País melhor. Meus sentimentos aos familiares e amigos nesse momento de dor”, escreveu o governador.

O atual ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, rompeu relações políticas com Bebianno após sua demissão por parte do presidente. Por meio de sua conta no Twitter, Weintraub afirmou que nesse momento deixa as divergências de lado. “Nesse momento, deixo no passado divergências. Manifesto meus sentimentos à família e desejo que ele esteja em paz, em um lugar melhor”, escreveu o ministro em um tweet que acompanha uma foto de Bebianno.

O deputado federal Zeca Dirceu (PT) lembrou, em suas redes sociais, que Bebianno estava escrevendo cartas para conhecidos e pedia que elas fossem abertas caso algo lhe acontecesse. “Quem recebeu as cartas de Bebianno? Qual o conteúdo das cartas? #bebianno #BEBIANOMORREU”, escreveu o deputado. 

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB) também se manifestou e alfinetou a família Bolsonaro, afirmando que “para uns e outros hoje vai ter festa no Palacio [do Planalto]”. “Bebianno se foi e com ele muitas verdades. O desgosto da vida matou Bebianno. Para uns e outros hoje vai ter festa no Palacio. Para amigos e família a saudade, e para o Brasil uma voz importante que se calou. Triste”, escreveu Frota. 

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--> Ex-ministro de Bolsonaro, Gustavo Bebianno morre no RJ

A morte do ex-ministro do governo Bolsonaro, Gustavo Bebianno, acabou levando - de forma inusitada - o nome do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, aos assuntos mais comentados do Twitter neste sábado (14). Centenas de internautas citaram o nome do ex-candidato à presidência, morto em 2014, como um dos casos que chocaram os brasileiros.

Além dele, Ulisses Guimarães, Teori Zavaski e outros nomes ligados ao cenário político brasileiro também foram lembrados por suas mortes. 

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O ex-governador do Estado faleceu em um acidente de avião que vitimou outras seis pessoas. Na época de sua morte, muitas teorias de conspiração dominaram a internet, inclusive, de que a queda da aeronave não teria sido acidental. Investigação foi arquivada e detectou que a falha teria sido humana. Já o ex-ministro do atual governo faleceu neste sábado, após sofrer um infarto fulminante.

O ex-ministro Gustavo Bebianno morreu aos 56 anos após ter um infarto fulminante na madrugada deste sábado em seu sítio em Teresópolis. Coordenador da campanha de Jair Bolsonaro em 2018, ele era pré-candidato a prefeito pelo PSDB no Rio.

As informações são do presidente estadual do PSDB no Rio, o empresário Paulo Marinho. Bebianno estava em casa com seu filho quando se sentiu mal, por volta das 4h, Ao ir ao banheiro tomar um remédio, ele desmaiou.

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Bebianno foi levado para um hospital da cidade, onde morreu. Ainda não há informações sobre o velório.

Bebbiano era neto do ex-presidente do clube de futebol Botafogo, Adhemar Bebbiano, mas chegou a seguir uma carreira em outro esporte. Apaixonado por jiu-jítsu, o ex-ministro recebeu a faixa preta em 1990 e trancou o curso de Direito na PUC-Rio para dar aulas de artes marciais em Miami, onde abriu uma academia que chegou a ter cerca de 100 alunos. Em 1994, ele retornou ao Brasil para terminar os estudos. 

Em 2006, ele voltou à Flórida como sócio de Rilion Gracie, filho de uma família de lutadores com quem treinava desde os 18 anos e investiu US$ 60 mil em uma academia. No ano de 2008, o ex-ministro retornou ao país. Bebbiano conheceu Jair Bolsonaro através do engenheiro Carlos Favoretto, amigo do ex-publicitário Gutemberg Fonseca, que também foi secretário de governo do governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Durante o período eleitoral, Bebbiano apareceu em um estúdio onde Bolsonaro estava sendo fotografado, se apresentou como fã e ofereceu auxílio jurídico de forma voluntária à campanha. Ele manobrou a mudança de partido do então presidenciável do partido Patriota para o Partido Social Liberal (PSL) de Luciano Bivar. O sucesso na mudança de partido garantiu ao ex-ministro o posto de presidente interino do partido, posto que o levou ao alto escalão do Palácio do Planalto após a eleição. 

A queda de Bebbiano veio após desentendimentos com os filhos de Jair Bolsonaro e discussões com o próprio presidente, levando à sua demissão da Secretaria-Geral da Presidência em 18 de fevereiro. Antes de sua morte, o ex-ministro era pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio de Janeiro. Ele deixa a esposa e dois filhos.

*Com a Redação

O ex-secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno será o candidato do PSDB à prefeitura do Rio do Janeiro. O anúncio será feito nesta quinta-feira (5) em uma entrevista coletiva convocada pelo governador João Doria no diretório paulista da legenda.

A ex-diretora da Agência Nacional de Cinema (Ancine) Mariana Ribas, que havia sido anunciada como pré-candidata do partido, vai ocupar um cargo na pasta da cultura do governo paulista. O arranjo foi feito por Doria a pedido do empresário Paulo Marinho, que comanda o PSDB no Rio de Janeiro.

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Ex-presidente do PSL, Bebianno foi um dos principais operadores políticos da campanha de Jair Bolsonaro em 2018, mas rompeu com o presidente após entrar em atrito com o vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do mandatário. Com a candidatura, os tucanos tentam criar uma base para o PSDB no Estado no qual o partido mais sofre com a ausência de quadros.

O anúncio da candidatura contará com as presenças de Marinho, que também rompeu com Bolsonaro, Marco Vinholi, presidente estadual do PSDB paulista, e do ex-deputado Bruno Araújo, presidente nacional do partido.

A escolha de Bebianno reforça o posicionamento do PSDB na oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro, que ainda não tem um candidato na capital fluminense.

Em entrevista ao programa Roda Viva, ex-ministro Gustavo Bebianno não poupou críticas ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). Em uma de suas críticas ao filho do presidente Jair Bolsonaro, Bebianno chegou a atribuir ao parlamentar a culpa de problemas que contribuíram para a facada sofrida pelo presidente durante comício, na época da campanha presidencial. 

"A única viagem que o Carlos fez conosco foi essa de Juiz de Fora e ainda deu azar. Ele atrapalhou o esquema de segurança, o que resultou no não uso do colete [à prova de balas] e naquela tragédia da facada", apontou Bebianno.

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O ex-ministro contou que avisou ao então candidato a presidente sobre os perigos de eventos políticos realizados na cidade, mas seus alertas não foram ouvidos por Bolsonaro no dia do atentado. "Como você vai saber quem está na multidão e com que tipo de  intenção?", indagou o ex-aliado de Bolsonaro que acredita que o autor da facada tem problemas mentais. 

"É maluco sim, mas ele foi utilizado por algum grupo que tinha o interesse de tirar o presidente da disputa", acrescentou.

Demissão foi "traumatizante" para Bebianno

Gustavo Bebianno foi o primeiro ministro a ser desligado pelo governo, ainda no começo do mandato de Bolsonaro. Ao comentar os fatores que culminaram na sua demissão, Bebianno definiu o momento como "traumatizante" e que Bolsonaro agiu de forma injusta e desleal com ele. 

"Admitir e demitir são faculdades do presidente da República, isso não é o problema. A forma desleal e traiçoeira e mentirosa com que se deu o episódio, aquilo é traumatizante gera mágoas", afirmou. 

Para o ex-ministro, a postura de Bolsonaro não é a mesma de antes dele assumir a Presidência. Bebianno criticou os constantes ataques de Bolsonaro à imprensa e condenou ao que ele chamou de "agressividade de área", ao comentar as atitudes do presidente perante os que não concordam com o governo. "Metade do Brasil não pensa como o núcleo bolsonarista. Eu me pergunto: Vão fazer o que com essas pessoas? Vão matá-los? Vão jogar dentro de um oceano?" questionou.

Ex braço-direito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Gustavo Bebianno disse que Bolsonaro morre de medo de ser vencido pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em uma eventual disputa presidencial nas eleições de 2022. Em entrevista a UOL, Gustavo Bebianno falou o que pensava sobre a atuação do ministro Sérgio Moro, e o aconselhou a manter-se longe da família Bolsonaro. 

A fala do ex-ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência foi em decorrência da ameaça do presidente de esvaziar a pasta comandada por Moro, recriando o Ministério da Segurança Pública. 

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“Se o Moro me pedisse um conselho, diria a ele o seguinte: saia desse governo o quanto antes, mantenha-se o mais longe possível da família Bolsonaro e volte no início de 2022 como pré-candidato à Presidência da República. Jair não terá a mínima chance contra você. Quando muito, convide-o para ser seu vice", respondeu o advogado. 

Na opinião de Bebianno, Sérgio Moro é um dos ministros que “mais trabalham pelo país”, assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes. Diante disso, Gustavo Bebiano acredita que há em Bolsonaro uma “obsessão pelo poder combinadas com paranóias de traição”, que sobressai ao trabalho dos ministros. 

"Se ele desconfiar que o Paulo Guedes também tem pretensões políticas, fará o mesmo. Os interesses do país pouco importam para o Jair. O foco é ser reeleito, custe o que custar. É idêntico ao Lula", ponderou.

Bebianno foi advogado e amigo de Bolsonaro. Durante a campanha eleitoral de 2018, foi um grande aliado de Bolsonaro, mas logo depois que assumiu o cargo de ministro entrou em conflito com Carlos Bolsonaro e, por isso, foi demitido. Em dezembro do ano passado, Bebianno se filiou ao PSDB. 

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno (PSDB), afirmou, nesta sexta-feira (20), que o presidente Jair Bolsonaro "não tem equilíbrio mental para comandar um país". Bebianno, que deixou o governo em fevereiro, afirmou também que está trabalhando para conseguir a interdição de Bolsonaro. 

As afirmativas do tucano foram expostas durante entrevista à rádio Jovem Pan. Bebianno, no momento, havia sido questionado sobre a suspeita levantada pelo próprio presidente de que ele estaria envolvido no ataque a faca desferido contra Bolsonaro em setembro de 2018, durante ato da campanha eleitoral. 

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“Alguém que cogita uma coisa dessas e diz isso publicamente pode facilmente nos jogar numa guerra, por exemplo", observou o ex-ministro. 

O autor da facada contra Bolsonaro foi Adélio Bispo, que está preso desde então. As suspeitas de Bolsonaro foram expostas durante entrevista à revista Veja.

Um evento com a presença do governador de São Paulo, João Doria, marcou a filiação de Gustavo Bebianno ao PSDB no Rio. Ao dar as boas vindas ao novo integrante do partido, Doria frisou que, agora, Bebianno está no caminho certo. "O passado não foi um erro, foi um aprendizado", disse o tucano.

Ex-ministro e ex-braço direito do presidente Jair Bolsonaro, Bebianno deixou o governo em fevereiro depois desentendimentos com a família Bolsonaro. A partir de então, ele iniciou conversas com outros partidos. No fim de outubro, Bebianno aceitou o convite de Doria para se filiar ao PSDB.

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O ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gustavo Bebianno vai se filiar ao PSDB a convite do governador de São Paulo, João Doria. A informação foi revelada pelo site Congresso em Foco e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Bebianno articulou a ida do presidente Jair Bolsonaro para o PSL, coordenou a campanha presidencial de 2018, mas deixou o partido e o governo depois de se desentender com o presidente.

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O ex-ministro ainda não decidiu se disputará algum cargo na eleição do ano que vem. Segundo ele, o momento agora é de pensar no Brasil e não em projetos pessoais. Por isso, já declarou apoio à pré-candidatura de Doria para a sucessão de Bolsonaro.

"Meu objetivo é olhar para o País. Tem que acabar com esse extremismo. Entre os dois polos existe um espaço imenso e João Doria representa isso", afirmou.

Segundo Bebianno, que se define como "centro-direita", não vai haver dificuldade de relação com a ala histórica do PSDB. "O presidente Fernando Henrique fez um governo liberal".

O ex-ministro da Secretaria de Governo, Gustavo Bebianno, afirmou que pretende se filiar a um partido que não tenha o presidente Jair Bolsonaro (PSL) como um dos seus membros. Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Bebianno disse que o ex-aliado era um traidor e ele não gostava de conviver com pessoas que agem assim.

“Posso me filiar a qualquer partido, desde que [Jair] Bolsonaro não faça parte dele. Não gosto de conviver com quem trai os seus melhores amigos e aliados”, disse o ex-ministro, ao ser questionado se caso o presidente deixasse o PSL ele voltaria para o partido.

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Bebianno deixou de ser aliado de Bolsonaro depois que se envolveu em uma briga pública com o filho do presidente, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC), logo após as primeiras acusações de que o partido teria dado o aval nas eleições de 2018 para a prática de candidaturas laranjas em diretórios como o de Minas Gerais, em fevereiro deste ano. Na época das eleições, Bebianno era presidente nacional do PSL. 

O ex-ministro deixou o governo insatisfeito com a postura do presidente diante do desentendimento entre ele e Carlos.

Nessa quinta-feira (17), Bebianno, que diante do racha do PSL já se colocou ao lado do presidente nacional e deputado federal Luciano Bivar, comentou a destituição da deputada federal Joice Hasselmann (SP) do posto de líder do governo no Congresso Nacional. “Perdeu mais uma aliada. Time do eu sozinho é inviável. Vai governar como, dará um golpe?”, indagou.  

O ex-secretário da Presidência, Gustavo Bebianno, afirmou durante entrevista à BBC News Brasil que a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) à embaixada do Brasil nos Estados Unidos é imoral e perigosa.

Bebianno, que foi um fiel escudeiro do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na época das eleições presidenciais, também disse que Bolsonaro é um “cara de pau” por tomar a decisão de indicar um filho para o cargo de embaixador.

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"Eduardo, coitado, ele não tem a menor condição. Ele sequer sabe o papel de um embaixador. Ele não tem ideia. Eu convivi de perto com o Eduardo, ele não tem noções básicas de negociação, é um garoto, um menino, um surfista que teve um mandato por causa do pai, depois surfou de novo a onda do pai, na conquista do segundo mandato, mas é um rapaz completamente inexperiente. O nível acadêmico dele é bem iniciante, ele não tem condições", alertou Bebianno.

O ex-secretário também comentou que a indicação surge como uma estratégia inversa para Bolsonaro. “Primeiro, eu acho imoral essa indicação. Segundo, ela é péssima. Péssima e antiestratégica para o presidente. O presidente não está adotando uma postura de um estadista que tem que saber lidar com situações de dificuldade. Uma situação de dificuldade clássica é a negociação com outros países, os Estados Unidos são muito mais poderosos do que o Brasil, e as relações entre os dois países, e tenho admiração enorme aos Estados Unidos, são um exemplo de nação, mas cada país olha pro seu interesse”, complementou.

Bebianno foi demitido do cargo no mês de fevereiro e foi o primeiro integrante do alto escalão do governo a perder um cargo. O atual secretário da Presidência, Floriano Peixoto, ocupou a vaga deixada por Bebianno.

Após as desavenças com o presidente Jair Bolsonaro, Bebianno alegou que se desvinculou do PSL. “Me desliguei do PSL, renunciei ao cargo de vice-presidente e me desfiliei, não tenho vínculo nenhum com o PSL”, disse.

Ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno afirmou que nunca foi "um bolsominion" e talvez seja por isso que teve um desgaste mais intenso na relação com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Bebianno, considerado essencial na ascensão do ex-deputado federal ao maior cargo Executivo do país, foi demitido do cargo que ocupava no governo 48 dias após a posse, depois de ser chamado de "mentiroso" nas redes sociais pelo filho do presidente, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC).

"Foi uma traição, sem razão e mesquinha", resumiu Bebianno sobre o episódio, em entrevista ao jornal Valor Econômico. O ex-ministro quebrou o silêncio desde então e, na conversa, contou das suas pretensões eleitorais para 2020 - é cotado como forte candidato a prefeito do Rio de Janeiro e já disse que quer concorrer ao cargo, fez críticas a conduta do presidente e, apesar de ter sido preterido após o esforço para eleger o presidente, disse acreditar em um bom governo: "a equipe é boa". 

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Na entrevista, o ex-ministro lembrou que conhecia bem Bolsonaro, eram tão íntimos que chegaram a “sentar de cueca para conversar na beira da cama” durante o périplo que fizeram pelo país durante a pré-campanha e a campanha do então candidato a presidente. Contudo, segundo Bebianno, "o problema é que hoje o Jair só tem lugar no coração para esses apoiadores incondicionais. Um presidente, como um pai, tem que ter lugar no coração para todos."

Na avaliação do ex-braço direito de Jair Bolsonaro, após a facada em setembro de 2018 o presidente ficou fragilizado e ainda mais sensível às críticas aos filhos, chegando a afirmar que ninguém o afastaria deles. Bebianno disse ele tinha a tendência de "confundir análises, observações, advertências, como coisas do inimigo, como confronto”.

Do episódio da facada, inclusive, Bebianno fez questão de lembrar que durante a campanha sempre antes de deixar o carro com Bolsonaro para algum evento, colocavam o colete de segurança no presidente, mas nesse dia "Carlos quis participar da passeata de Juiz de Fora, porque era perto do Rio. Podia ir e voltar de carro e quis entrar no carro do pai", não sobrando espaço para ele no veículo e o colete de segurança terminou ficando no porta malas.

O advogado chegou a pontuar também durante a entrevista que "depois da vitória, todo o trabalho, todo o afeto, toda lealdade foi apagada da memória do Jair". E lembrou que antes da demissão da  Secretaria-Geral fizeram ofertas de "um emprego em Itaipu, que daria R$ 1,4 milhão por ano, ou uma embaixada em Roma, que é espetacular. Mas depois de tudo que aconteceu, sem nada”.

Depois de dois meses de férias na Califórnia, Bebianno disse que voltou a morar no Rio e voltou a uma rotina que sentia falta. "Acordo às 6 da manhã, ando de bicicleta até a praia [mora na Fonte da Saudade, Lagoa], dou uma corridinha na areia ou nado no Posto Seis [Copacabana], depois vou fazer meu alongamento", disse. "Em Brasília não fui feliz um só dia. Todas as noites ia dormir angustiado", acrescentou.

Por fim, Bebianno disse que não guardava mágoas e ressaltou: “o que me atraiu no Jair foi que vi nele uma pessoa assim: íntegra, honesta."

Gustavo Bebianno, Ricardo Vélez, Santos Cruz, Franklimberg Ribeiro, Juarez da Paula Cunha e Joaquim Levy: em cinco meses e meio de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), já são seis nomes grandes que deixaram ou foram demitidos de suas funções.

Entre chefes de ministérios, empresas públicas e órgãos ligados à administração federal, as seis saídas mexeram com o andamento do governo e, de alguma forma, parecem abalar a estrutura da gestão presidencial. A cadeira que ficou mais recentemente vazia foi a do ex-presidente do BNDES, Joaquim Levy.

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No último sábado (15) Bolsonaro havia concedido uma entrevista em que ameaçou demitir Levy pelo fato dele dizer que tinha a intenção de nomear um executivo que trabalhou na gestão petista. Entretanto, em seguida, Levy se adiantou e pediu demissão. O engenheiro e economista Gustavo Henrique Moreira Montezano foi escolhido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para presidir o Banco.

“Essa troca de cadeiras mostra uma certa instabilidade do governo diante de sua administração. A saída de Levy aconteceu em meio a polêmicas que o presidente, às vezes sem querer, coloca na grande mídia. Possivelmente se ele não tivesse ameaçado demitir Levy durante entrevista coletiva, os encaminhamentos tivessem sido mais discretos”, explica a cientista política Larissa Leonel.

Pouco antes da saída de Levy, Bolsonaro havia anunciado a demissão do então presidente dos Correios, Juarez da Paula Cunha. A justificativa do presidente é que Cunha “foi ao Congresso e agiu como sindicalista” ao criticar a eventual privatização da estatal e tirar fotos com parlamentares do PT e do  PSOL. A demissão ocorreu durante um café com jornalistas, na última sexta-feira (14).

Com bastante interferência dos filhos do presidente, a cadeira vazia deixada pelo ex-ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, foi motivada por ataques do vereador Carlos Bolsonaro (PSC) e do escritor Olavo de Carvalho. Santos Cruz foi o primeiro ministro militar a sair do governo e ele foi intensamente criticado pela rede bolsonarista.

Santos Cruz deixou o governo na última quinta-feira (13) antecedendo a sequência de saídas formada por Juarez da Paula e Joaquim Levy. O substituto dele é outro militar, o general Luiz Eduardo Ramos Baptista. Bolsonaro informou, ainda, que convidou Santos Cruz para ocupar a vaga da Presidência dos Correios. Mas a proposta não foi para frente até então.

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“O governo precisa trabalhar mais em cima de estabilidade para que sua confiança diante da população possa evoluir. São quase seis meses de governo e muitas polêmicas, mas muitas delas poderiam ser diminuídas ou até evitadas. A falta da imagem amistosa de Bolsonaro atrapalha até o convencimento de que o governo vai retomar um trabalho próspero. Não basta apenas anunciar investimentos ou ações Brasil afora, a população quer ver uma equipe que não esteja envolvida constantemente em polêmicas negativas”, pontua Larissa Leonel.

Após reassumir a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) em janeiro, o general do Exército Brasileiro Franklimberg de Freitas deixou o cargo cinco meses depois. No começo do mês de junho, Freitas deixou o comando do órgão. Entre as seis saídas do governo, talvez a do ex-presidente da Funai tenha sido a mais discreta.

Ele passou a ser alvo de pressão de ruralistas liderados pelo secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura (Mapa), Luiz Antonio Nabhan Garcia. Ao deixar o cargo, Freitas disse que a Funai é alvo de interesses sem relação com a causa indígena.

O colombiano Ricardo Vélez, que ocupava o cargo de ministro da Educação, é responsável por uma das saídas mais tumultuosas do governo. O olho do furacão que Vélez se viu envolvido foi quando revelou-se um e-mail no qual o então ministro pedia para todas as escolas do Brasil lerem o slogan da campanha de Bolsonaro e filmarem as crianças cantando o Hino Nacional.

Porém, antes disso, o colombiano enfrentava uma crise que vinha desde a posse de Bolsonaro, com disputa interna entre grupos adversários no Ministério da Educação, medidas contestadas, recuos e quase 20 exonerações no ministério. A cadeira deixada por Vélez foi ocupada pelo - também polêmico - Abraham Weintraub.

Completando a lista dos seis afastados do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), há o nome do ex-secretário Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Ele foi o primeiro membro do governo a ser demitido, em 19 de fevereiro deste ano. Bebianno foi acusado de supostas irregularidades em campanhas eleitorais do PSL, mesmo partido do presidente.

Bebianno foi coordenador da campanha de Bolsonaro em 2018 e presidiu a legenda durante as eleições. Ele era o responsável legal por repasses para candidaturas pouco competitivas em Pernambuco, que ficaram conhecidas como candidaturas laranjas.

A história mais uma vez teve a participação de Carlos Bolsonaro, que na época chamou Bebianno de mentiroso e inflamou toda a situação. Jair Bolsonaro reafirmou a afirmação do filho e, no fim das contas, decidiu pela demissão do ex-secretário Geral da Presidência. A vaga foi ocupada pelo general da reserva Floriano Peixoto Neto.

“O caso de Bebianno precedeu uma série de outras polêmicas, mas o dele pareceu ser mais grave para o governo porque o presidente não tinha ainda nem dois meses de atuação à frente do Planalto. Como os fatos já mostraram, a forte interferência dos filhos de Bolsonaro no governo é uma característica nociva ao trabalho que o presidente tenta desenvolver. A partir de agora, mesmo que seja difícil, o Governo Federal deve tentar manter uma estabilidade para recuperar uma certa hegemonia que está em falta diante da grande mídia e diante dos brasileiros”, acrescenta a cientista política Larissa Leonel.

Na terça-feira (19), a partir das 10h, a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado prevê ouvir Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. 

A audiência pública interativa para ouvir Bebianno foi sugerida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Ele quer que o ex-ministro preste informações sobre as denúncias de uso de candidaturas laranjas para desvio de recursos eleitorais.

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Na justificativa do requerimento, Randolfe lembra que a imprensa noticiou recentemente o uso, pelo Partido Social Liberal (PSL), de candidaturas laranjas de mulheres em Minas Gerais e Pernambuco. O objetivo seria o desvio de recursos públicos.

Randolfe diz que essas candidatas tiveram poucos votos, mas receberam recursos significativos destinados para suas campanhas. O senador suspeita que essas candidaturas de mulheres serviram apenas para “cumprir a determinação legal de 30% de candidaturas e de recursos destinados para a participação feminina nas eleições proporcionais”

O senador também afirma que Bebianno era presidente do PSL e chefiava o diretório nacional da legenda à época da liberação dos recursos eleitorais.

“Este convite será uma oportunidade para que o ministro coloque às claras o obscurantismo que ronda as eleições do PSL, esclarecendo à República sobre o que tomou parte neste processo eleitoral: não é adequado que mande ameaças veladas ou nomeie interlocutores na imprensa para tratar em off de assuntos desta magnitude. É a oportunidade para que o ministro, acima de tudo, escolha como deseja entrar para a história: enxotado do Planalto e recolhido ao voto de silêncio, ou cumpridor dos seus deveres para com a nação, repondo sua versão dos fatos”, afirma Randolfe na justificação de seu requerimento.

Bebianno também será questionado sobre os fatos que levaram a sua exoneração e sobre as declarações feitas à imprensa do seu trabalho na campanha eleitoral que elegeu o presidente Jair Bolsonaro.

*Da Agência Senado

A exoneração do advogado Gustavo Bebianno Rocha do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República foi publicada nesta terça-feira (19) no Diário Oficial da União. O general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto assumirá a pasta.

Nessa segunda-feira (18), o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, anunciou a exoneração de Bebianno e informou que foi uma “decisão de foro íntimo” do presidente Jair Bolsonaro.

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Minutos depois, a Presidência da República divulgou um vídeo, de pouco mais de um minuto, em que Bolsonaro agradece a colaboração do ex-ministro e atribui a mal-entendidos os motivos pelos quais ele foi exonerado.

Floriano Peixoto, secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, assumirá de forma definitiva o comando a secretaria. A pasta é responsável pela implementação de medidas para modernizar a administração do governo e avançar em projetos em curso. É uma das pontes entre o Palácio do Planalto e a sociedade.

Bebianno, presidente do PSL na época da campanha eleitoral, é suspeito de irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para candidatas do partido. 

Em nota divulgada na semana passada, ele negou as irregularidades. “Reitero meu incondicional compromisso com meu país, com a ética, com o combate à corrupção e com a verdade acima de tudo”, disse.

O ministro da Secretaria-Geral Gustavo Bebianno, afirmou estar recebendo ameaças pelo WhatsApp, que teriam se iniciado nesse final de semana. Bebianno, que ainda não teve sua exoneração publicada no Diário Oficial da União como especulado para esta segunda-feira (18), não entrou em detalhes sobre as ameaças, mas disse a interlocutores que já identificou algumas pessoas e que vai tomar providências.

Nesta segunda-feira, Bebianno voltou a ser atacado nas redes sociais pelo filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que divulgou o link de um texto que chama o ministro de "traidor" e “funcionário incompetente".

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A crise atual foi gerada após a divulgação de áudio do WhatsApp pelo vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (PSL), onde o presidente Jair Bolsonaro diz não ter tempo para conversar, na ocasião, com Bebianno por causa da sua recuperação cirúrgica. O ministro havia afirmado, anteriormente, que teria conversado três vezes com o presidente, mas Carlos chamou o ministro de mentiroso e divulgou o áudio.

Bebianno segue recluso no hotel em Brasília, a espera da publicação da exoneração no Diário Oficial.

*Por Waleska Andrade

 

BRASÍLIA - Depois de dois dias na “geladeira”, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, foi recebido nesta sexta-feira, 15, pelo presidente Jair Bolsonaro, mas sua permanência no cargo ainda é incerta. Interlocutores do governo não descartam que Bebianno seja demitido do cargo até segunda-feira. A reunião foi descrita como tensa, mas nas palavras de um amigo do ministro, “foi um encontro necessário”.

Pessoas próximas ao ministro dizem que caso a demissão se confirme ele sairá “atirando”. Bebianno era presidente do PSL na época da campanha de Jair Bolsonaro, em 2018, coordenou a candidatura dele e conviveu intimamente com a família do seu atual chefe por meses.

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Ao desabafar nesta sexta com integrantes do governo, Bebianno disse que “não se dá um tiro na nuca do seu próprio soldado. É preciso ter o mínimo de consideração com quem esteve ao lado dele o tempo todo”, segundo o G1. O Estado apurou que o ministro estaria com “ódio mortal” do presidente.

Antes da reunião com Bolsonaro, Bebianno foi comunicado pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo) que permaneceria no cargo. Não houve, no entanto, qualquer manifestação oficial sobre o assunto até agora.

No encontro estavam alguns dos principais defensores de Bebianno nos últimos dias: o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.

Integrantes do governo e do Legislativo argumentam que a saída de Bebianno neste momento poderia atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência no Congresso, prioridade de Bolsonaro no momento. Colegas de partido de Bebianno também defendem a permanência dele no cargo com o argumento de que ele é fiel ao presidente e bom interlocutor.

Outro motivo que reuniu militares e civis em defesa de Bebianno é o receio de que um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro ganhasse mais poder e influência dentro do governo.

Após reuniões com ministros e auxiliares, o presidente concordou nesta sexta com a avaliação da necessidade de afastar o seu filho de questões do governo. Carlos foi o pivô da crise ao acusar Bebianno de mentir sobre conversas que teria tido com Bolsonaro, na terça-feira passada. A publicação foi compartilhada por Bolsonaro. Na ocasião, Bebianno tentava afastar os rumores de indisposição com o presidente por causa das acusações de que teria participação em suposto uso de candidatos laranjas pelo PSL, quando Bebianno presidia a sigla.

Antes da reunião desta sexta, durante evento na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, o vice Hamilton Mourão disse que Bolsonaro vai “botar ordem nos filhos”. “Essas questões são internas. Os filhos são um problema de cada família. Tenho certeza que o presidente, em momento aprazado e correto, vai botar ordem na rapaziada dele”, declarou o vice.

No Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro retomou nesta sexta os trabalhos na Câmara Municipal do Rio. A Casa só voltou hoje do recesso. No plenário, tirou foto de um requerimento de outro vereador para homenagear Mourão e compartilhou as imagens nas redes sociais. Pelas redes, ele já escreveu que a morte do pai interessaria a pessoas que estão muito perto dele, o que foi entendido no Planalto como recado a Mourão.

Carlos manteve silêncio sobre o assunto nesta sexta, assim como Bebianno e os ministros. Alguns dos aliados do filho do presidnete, por outro lado, não pouparam Bebianno de críticas.

Agenda. Desde esta sexta, a avaliação de aliados de Bebianno é de que após o desgaste provocado pelos ataques de Carlos seria difícil que os dois permanecessem juntos no governo, o que faria com que o presidente tivesse que escolher entre um deles. Apesar do cargo de vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos possui aliados no Planalto e influência nas decisões.

Bolsonaro chegou de surpresa ao Palácio do Planalto no meio da tarde, apenas poucos minutos depois de Bebianno deixar o prédio. O desencontro, segundo aliados de Bebianno, não teria sido proposital. De acordo com eles, o ministro não sabia que o presidente estava a caminho quando saiu.

Diante do clima de incerteza em torno da permanência no cargo, Bolsonaro chegou a cogitar fazer um pronunciamento público sobre o assunto, mas desistiu. Ele voltou para o Palácio do Alvorada assim que a reunião acabou, por volta das 18h.

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