Tópicos | haitiano

Os desembargadores da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região mantiveram a decisão que condenou uma empresa prestadora de serviços a indenizar em R$ 15 mil um auxiliar de limpeza haitiano que sofreu ofensas racistas proferidas por seu ex-chefe, que chamava ele e outros empregados usando termos como ‘macaco’.

No julgamento os desembargadores analisaram o recurso da empresa contra decisão de primeira instância, na qual o juiz Jefferson Luiz Gaya de Goes, da 15ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, não só determinou a indenização por danos morais como declarou a rescisão indireta do contrato de trabalho.

##RECOMENDA##

Tal situação indica que o empregador não cumpriu sua parte do combinado, impossibilitando assim que o trabalhador consiga continuar prestando seus serviços. No caso, a quebra do acordo veio da humilhação imposta pelo gestor, e então o empregado tem o direito de receber as mesmas verbas da despedida sem justa causa.

Segundo os autos, o auxiliar de limpeza trabalhou em diferentes lojas de uma rede de supermercados entre agosto de 2016 e novembro de 2017, por intermédio de uma empresa terceirizada, sua empregadora formal. Ele apresentou a ação trabalhista ainda durante o contrato, em outubro de 2017, solicitando diferentes medidas judiciais, dentre as quais a indenização por danos morais.

Em primeira instância, Goes entendeu que o depoimento de um colega do haitiano comprovou o tratamento ofensivo e discriminatório dado por um gestor a diversos funcionários. O juiz explicou que a quantia a ser paga deveria ser estipulada de forma a garantir ao trabalhador, ‘o quanto possível, a compensação da sua dor ou sofrimento’, mas cuidando para não gerar um enriquecimento injustificado. Ao mesmo tempo, o valor deve servir de desestímulo à repetição desse tipo de conduta, mas sem onerar a empresa excessivamente, ponderou o magistrado.

Ao analisar o recurso da prestadora de serviços, o desembargador Marcos Fagundes Salomão ponderou que, segundo a testemunha, os estrangeiros eram desrespeitados e submetidos a tratamento humilhante pelo gestor, ‘sendo, inclusive, alteradas as condições de trabalho, evidenciando o abalo moral’.

Para o desembargador, ficou evidente o ‘menosprezo ao ser humano’, já que o superior hierárquico do auxiliar utilizava expressões como ‘macaco’ para se referir a empregados.

O voto foi acompanhado pelos desembargadores Ricardo Carvalho Fraga e Maria Madalena Telesca. Cabe recurso da decisão ao Tribunal Superior do Trabalho

Um auxiliar de limpeza haitiano deverá receber R$ 15 mil de indenização de danos morais por sofrer ofensas racistas. Segundo ele, o seu ex-chefe o chamava de termos como "macaco". A decisão é do juiz Jefferson Luiz Gaya de Goes, da 15ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, e foi mantida pela 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS). 

O autor da ação trabalhou em diferentes lojas de uma rede de supermercados entre agosto de 2016 e novembro de 2017 por intermédio de uma empresa terceirizada. Segundo o juiz, o depoimento de um colega do auxiliar de limpeza comprovou o tratamento ofensivo e discriminatório dado por um gestor a diversos funcionários.

##RECOMENDA##

A testemunha relatou que os estrangeiros eram desrespeitados e submetidos a tratamento humilhante. A prestadora de serviço chegou a entrar com recurso, que foi rejeitado.

Para o desembargador Marcos Fagundes Salomão, ficou evidente "o menosprezo humano", já que o superior hierárquico utilizava expressões racistas. O valor da indenização foi calculado de forma a garantir compensação pela dor ou sofrimento, mas sem gerar enriquecimento ilícito ou onerar a empresa excessivamente.

Um vídeo que circula nas redes sociais, de um haitiano falando com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tem chamado a atenção na manhã desta terça-feira (17) e levou a hashtag "Bolsonaro acabou" a liderar os Trending Topics do Twitter. 

As imagens foram gravadas na noite dessa segunda (16) e mostram um homem que diz ser do Haiti, mas morar no Brasil, dando um sermão no presidente por ele ter, apesar da indicação médica de isolamento, participado de um dos atos no domingo (15) contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). No momento, Bolsonaro voltava ao Palácio da Alvorada e parou para falar com seus apoiadores. 

##RECOMENDA##

Ao dizer que tinha uma pergunta para fazer a Bolsonaro, o haitiano questiona se o presidente não está recebendo mensagens no celular sobre o coronavírus e observa que o país exige cuidados. Em resposta, o chefe do Executivo nacional diz não entender o que ele está falando e o estrangeiro rebate: "estou falando brasileiro". E logo em seguida, emenda: "Bolsonaro acabou. Todo brasileiro está recebendo mensagem no seu celular. Você não é presidente mais. Você não é presidente mais, precisa desistir. Você está espalhando o vírus."

A fala do haitiano causa reação dos apoiadores do presidente e é possível ouvir uma voz de uma mulher gritando: "o que é isso?".

Ao ouvir o que o haitiano diz, é possível ver que Jair Bolsonaro fica paralisado, mas depois reage, como faz habitualmente quando é contrariado, e demonstra pouco caso com a fala. Antes de deixar o local, o presidente rebate: "você, volte para o seu país".

Veja o momento:

[@#video#@]

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando