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A ONG Pró-Natureza informou nesta quinta que concluirá o projeto de criação de peixes em sítios da agricultura familiar no Distrito Federal e municípios do entorno, como prevê convênio assinado com o Ministério da Pesca. A presidente da entidade, Beatriz Guimarães Borges, ressaltou que a morosidade de órgãos ambientais na concessão de licença e outorga de uso da água e a lentidão de parceiros municipais do projeto retardaram o início da abertura dos tanques.

Em entrevista na tarde desta quinta, Beatriz afirmou que o projeto para incentivar 80 famílias do Distrito Federal e das cidades de Buritis de Minas(MG) e Planaltina de Goiás e Formosa (GO) a produzir tilápias está orçado em R$ 956 mil. Deste total, o Ministério da Pesca repassou R$ 869 mil e a ONG deu a contrapartida de R$ 87 mil. A entidade diz que R$ 689 mil dos recursos do governo ainda estão na conta bancária, sem utilização. A Pró-Natureza informou que os R$ 174 mil gastos até agora no projeto foram usados na contratação de técnicos, na elaboração do diagnóstico e na preparação de cursos de capacitação.

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A demora na abertura dos tanques ainda ocorreu, na avaliação de Beatriz, pela complexidade do projeto e pela dificuldade de selecionar as famílias que possuíam terrenos com condições de receber os viveiros de peixes. "Para não ser irresponsável, tive de fazer uma seleção criteriosa das famílias. Se eu tivesse feito a abertura dos tanques sem a licença e a outorga, correria o risco de pagar multa aos órgãos ambientais e prejudicar parceiros do projeto, como o Ministério da Pesca", disse.

Ela admitiu que é a primeira vez que a ONG, criada em 1997, firmou convênio para receber recursos públicos e um projeto de aquicultura destinado a famílias de baixa renda. A entidade foi criada pelo pai de Beatriz, Salviano Guimarães, que atualmente ocupa cargo comissionado no governo de Agnelo Queiróz (PT), no Distrito Federal. Em nota divulgada nesta quinta, Guimarães afirmou que presidiu a entidade até o dia 5 de janeiro de 2011. Após deixar a entidade, ele assumiu posto no governo.

Guimarães fez o pedido de convênio com o Ministério da Pesca. A partir daí o convênio foi assinado e acompanhado por Beatriz. A primeira parcela dos recursos, no valor de R$ 100 mil, entrou na conta da entidade ainda em janeiro do ano passado. Em maio daquele ano, o governo executou o restante do valor.

Até o momento, a entidade conseguiu a licença ambiental e a outorga de uso da água para os sítios das 15 famílias selecionadas em Planaltina de Goiás e das 25 selecionadas em Buriti de Minas. O processo de licença está para ser concluído em Formosa, onde 15 famílias foram escolhidas. Já no Distrito Federal, onde estão outras 25 famílias selecionadas, não há prazo para a concessão da licença. A entidade ressalta que ainda esbarrou no problema da falta de documentos de posse de terra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, descartou nesta quinta-feira ter "qualquer responsabilidade" na implantação de um projeto de criação de peixes que não saiu do papel. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, durante a gestão de Ideli no Ministério da Pesca, a pasta liberou de uma só vez R$ 769,9 mil para a organização não governamental de um funcionário comissionado do governo de Agnelo Queiroz (PT-DF) implantar no entorno de Brasília um projeto que nunca foi concretizado.

"Considero esse assunto, sob o ponto de vista de atingir a minha imagem, sem qualquer responsabilidade da minha parte", disse Ideli a jornalistas. "Nos cinco meses que eu permaneci à frente do Ministério da Pesca, não realizei, não assinei nenhum contrato, convênio novo. Eu única e exclusivamente executei o que estava já contratado, conveniado, aquilo que estava em andamento, dentro do rigor da lei, cumprindo as obrigações de honrar os contratos que estavam em vigor, sobre os quais não pairavam indícios de irregularidade", afirmou a ministra.

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Questionada se a responsabilidade não seria de seus antecessores, Ideli respondeu: "Se houver irregularidade, obviamente quem é responsável pela irregularidade que pague."

A presidente Dilma Rousseff deve prorrogar mais uma vez o decreto que suspende multas a proprietários rurais que descumprem a atual lei ambiental por desmatamento. A informação foi prestada nesta terça-feira pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. A última prorrogação ocorreu em 12 de dezembro do ano passado. Na ocasião, o decreto foi estendido por mais quatro meses, prazo que deve acabar na próxima semana.

"Pelo que estou entendendo, deveremos ter uma prorrogação com um tempo que permita terminar essas conversas (do Código Florestal) e poder fazer a votação (na Câmara). Pode ser menos tempo, pode ser um pouco mais. O mais importante é que, da votação do Código Florestal, tenhamos a efetiva garantia de que o Brasil continuará produzindo e preservando o meio ambiente", declarou a ministra a jornalistas, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto de anúncio de medidas de estímulo à indústria nacional.

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"(O debate do Código) Não pode ser nada apressado, feito na pressão, tem de ser feito com toda a responsabilidade. Se for necessário, para fazer uma votação com maior tranquilidade e segurança, avançar mais uma semana, duas semanas, acho que a Câmara obviamente vai ter o entendimento como sempre tem tido em todas as matérias relevantes", disse Ideli.

De acordo com a ministra, o governo está mantendo agora conversas para obter um "entendimento claro" da matéria e poder ter "clareza" das consequências.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta terça que não pode dizer "se foi um equívoco ou não" a compra de 28 lanchas-patrulha pelo Ministério da Pesca, que é alvo de suspeitas levantadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Parte do pagamento do contrato de R$ 31 milhões à empresa Intech Boating foi feito sob a gestão de Ideli no ministério.

Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou na semana passada, a Intech Boating doou R$ 150 mil ao comitê eleitoral do PT em Santa Catarina, que financiou 81% dos custos da campanha de Ideli ao governo estadual. Questionada hoje por jornalistas se a compra das lanchas não teria sido um equívoco, Ideli respondeu: "Meu amor, eu não posso dizer se foi um equívoco ou não. Quando cheguei ao ministério, tomei todas as providências no sentido de agilizar que as lanchas fossem utilizadas, entregues, fossem repassadas. Não posso me responsabilizar". O comentário foi feito depois do lançamento do pacote com medidas de estímulo à economia, no Palácio do Planalto. Em entrevista ao Estadão, o ex-titular da Pesca Luiz Sérgio disse que a aquisição foi um "malfeito".

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Ideli voltou a afirmar nesta terça que a doação da empresa ao Partido dos Trabalhadores "foi legal". "A contribuição (doação) foi legal, feita ao comitê estadual do PT, a minha conta de campanha foi aprovada por unanimidade, o comitê estadual repassou recursos para todos os candidatos do PT de Santa Catarina. Eu tô muito tranquila, a hora que eu for acionada vou prestar os esclarecimentos", disse a ministra. "No relatório do TCU não há uma única citação à minha pessoa. Não tenho nada a ver com aquilo", afirmou Ideli.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que ações tomadas pela presidente Dilma Rousseff no combate a corrupção são mais importantes do que a ausência do tema na mensagem presidencial enviada ao Congresso Nacional. Mais um ministro acusado de corrupção, Mário Negromonte, deixou o cargo hoje.

"É melhor fazer do que, em determinadas situações, falar. A presidente tem colocado de forma sempre clara que não é meta, é responsabilidade e compromisso com a boa aplicação do dinheiro público", disse Ideli.

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Ela destacou o afastamento de servidores como uma prova de que o governo está combatendo a corrupção. "Mais do que falar, são as ações. As mudanças têm sido executadas. As estatísticas mostram que no ano passado a punição a servidores que cometeram (irregularidades) foi muito significativa", disse.

Após uma rodada de reuniões com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e lideranças do PMDB e do PT, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi taxativa quanto à impossibilidade de acordo com a oposição no tocante à votação da prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). "Não temos acordo com a oposição, uma coisa não está amarrada à outra", afirmou, rejeitando a proposta do PSDB e DEM de atrelar a votação da DRU à regulamentação da Emenda 29, que amplia o repasse de recursos à saúde.

Ontem o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), havia proposto ao governo um acordo de procedimentos, condicionando a não obstrução da votação da DRU no Senado à apreciação, em primeiro lugar, do projeto que regulamenta a Emenda 29. A matéria tramita em regime de urgência e aguarda votação no plenário do Senado, mas não tem o apoio do governo.

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Desta forma, o Planalto está determinado a partir para o enfrentamento com a oposição no Senado, a fim de aprovar a prorrogação da DRU até 2015 e garantir a promulgação da emenda constitucional até 31 de dezembro. Segundo Ideli, Sarney garantiu-lhe a viabilidade de concluir a tramitação da proposta no Senado antes do feriado do Natal, evitando a autoconvocação do Congresso durante o recesso, que começa no dia 22 de dezembro.

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