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A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse na tarde desta quarta-feira (12) que o Palácio do Planalto está "acompanhando atentamente" a reunião de líderes do Congresso para discutir o critério de votação dos vetos presidenciais. "Para nós tem, obviamente, um alto grau de preocupação", admitiu. Ideli afirmou ainda que não acredita que o PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer, vá cumprir a ameaça de impedir votações no Câmara enquanto não for definido o critério de votações dos vetos.

"Não acredito que o PMDB, que é o partido do vice-presidente da República e que compartilha a responsabilidade de governo, tenha uma atitude de inviabilizar as ações e as votações estratégicas para o País", respondeu. A ministra enfatizou que a atitude do PMDB na Câmara traz "consequências para o País" e que o governo espera que o Congresso tenha "corresponsabilidade" com os destinos do País.

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A ministra ressaltou que os vetos são feitos com base na inconstitucionalidade, em questões de interesse público e desequilíbrio fiscal. "São vetos que, se derrubados, terão grande impacto nas contas públicas, na questão da própria estabilidade fiscal e financeira do País. Portanto é algo, do ponto de vista do governo, que exigiria uma alta dose de responsabilidade na forma de tratar determinadas matérias", ponderou.

Apesar da preocupação com o PMDB do líder Eduardo Cunha (RJ), Ideli disse que essa semana não teve nenhuma conversa específica com o deputado para tentar chegar a uma solução. "Mantemos nossa relação normal de conversas", afirmou.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, rebateu nesta terça-feira (21) as críticas contra a condução da articulação política do Planalto na votação da MP dos Portos, na semana passada. "O governo foi amplamente vitorioso. Em todas as matérias colocadas em votação na MP dos Portos, o governo ganhou e sua posição foi vitoriosa", resumiu Ideli, logo após deixar reunião com líderes da base governista na Câmara dos Deputados.

Ela disse que reconhece o direito dos parlamentares e dos partidos de "fazerem as suas ponderações" e que houve, na sua avaliação, "um compromisso muito grande da base do governo muito em aprovar a matéria".

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A tramitação da MP dos Portos no Congresso ganhou contornos dramáticos, com muita demora na aprovação da matéria. O líder do PMDB Eduardo Cunha disparou, após a queda de braço entre peemedebistas e petistas na semana passada, críticas à articulação política do Planalto.

Conversas

Ideli também revelou que o governo trata, neste momento, de quatro assuntos prioritários com os parlamentares. O primeiro deles é a regulamentação dos direitos de trabalhadores domésticos. "Estou a caminho de uma reunião na qual a presidente (Dilma Rousseff) conversará com vários parlamentares, apresentando a proposta que o governo defende enquanto regulamentação", disse.

A ministra também citou o projeto de autoria do deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) que altera a lei de drogas no País e quer aumentar a pena mínima para traficantes de entorpecentes. O relator dessa matéria é o deputado federal Givaldo Carimbão (PSB-AL).

Os dois outros projetos são a regulamentação das jornadas de trabalho dos caminhoneiros e a questão do Certificado de Assistência Social. A ministra ponderou, no entanto, que o governo vai deixar esses temas nas mãos dos parlamentares. "Não haverá nem projeto do Executivo nem posição do governo na forma de Medida Provisória ou projeto. Tudo será tratado e trabalhado aqui (no Congresso) com os próprios parlamentares", disse.

O governo federal chegou ao limite na discussão da Medida Provisória 595/2012, conhecida por MP dos Portos e que reformula as regras do setor no País. A opinião é da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Após participar de uma reunião com líderes partidários no Congresso, ela disse que a base aliada não permitirá que a proposta perca a validade sem que seja apreciada. A matéria vai à votação na quarta-feira, 24, na comissão mista da MP.

"Se você desvirtuar tanto que não tenha eficácia para dar melhores condições ao setor, então não tem necessidade de aprovar. O governo tem claro que os portos são um nó a ser 'distensionado', então aquilo que o relator disse sobre limite na negociação, ele tem razão. Chegou-se no limite", disse Ideli, nesta terça-feira, 23, referindo-se ao líder do governo no Senado e relator da MP, Eduardo Braga (PMDB-AM).

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Nesta manhã, o relator avisou aos parlamentares que todas as alterações feitas na MP com aval do Palácio do Planalto foram feitas na semana passada, mas nem todas as mudanças apresentadas tiveram o respaldo do governo.

Mais cedo, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que o partido discorda de alguns aspectos no relatório da MP dos Portos. "Há pontos de divergência e outros de concordância. Vamos destacar as divergências e levaremos a voto, seja na comissão mista ou na Câmara dos Deputados", disse durante o encontro da comissão mista.

Em entrevista ao programa "Bom Dia Ministro", na manhã desta quarta-feira (20), a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que não tem como todos os Estados ganharem em todas as questões federativas em discussão no Congresso Nacional.

"Estamos discutindo nova fórmula para o FPE (Fundo de Participação dos Estados), a remanescente discussão dos royalties, a unificação do ICMS, a questão do indexador e do limite da dívida (dos Estados), o comércio eletrônico, quando você coloca tantos temas, ninguém quer perder, todo mundo quer ganhar", afirmou a ministra. "Isso não existe, não existe equação em que todos ganhem, e ninguém perca."

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Ideli exemplificou com a questão do comércio eletrônico. "Se no caso do comércio eletrônico, tem um Estado que é o grande arrecadador do ICMS, se você distribui isso para outros Estados, compensa o prejuízo que outros Estados vão ter com a unificação da alíquota do ICMS", comentou a ministra.

A ministra disse que o governo está "tentando encontrar a melhor alternativa" para a questão da unificação da alíquota do ICMS. "Estamos tentando encontrar a melhor alternativa para que esse imposto tão importante não seja usado para a guerra fiscal, mas sim para o benefício de todos os Estados da Federação", afirmou Ideli.

Sobre os royalties, Ideli destacou que o governo espera que "essa judicialização dessa matéria não seja demorada", após liminar da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia suspender a nova distribuição dos royalties, que prejudica os Estados produtores. A questão ainda não foi discutida no plenário do STF.

O governo concorda que a votação do orçamento de 2013, pelo Congresso Nacional, ocorra somente depois de uma decisão final, pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), com relação à apreciação dos vetos presidenciais pelos parlamentares. O recado é da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que encerrou nesta segunda-feira à noite, no Palácio do Planalto, reunião com líderes dos partidos aliados e lideranças do governo no Senado e na Câmara.

"Por uma questão de segurança jurídica, o governo decidiu aguardar ao longo desta semana um posicionamento do Supremo", disse Ideli. Esse é o mesmo posicionamento antecipado na tarde desta segunda pelos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A votação deve ficar para a próxima semana, na avaliação dos presidentes das duas casas.

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Ideli informou que a Advocacia Geral da União (AGU) já deu entrada num pedido de mandado de segurança para que o ministro Luiz Fux leve a questão dos vetos ao plenário do STF o mais rapidamente possível. Em decisão liminar, o ministro Fux apontou que os vetos presidenciais deveriam ser analisados em ordem cronológica. No documento, ele afirma que a pauta do Congresso ficaria trancada para outras decisões. Depois, Fux tentou explicar que a liminar não impediria outras atividades. No entanto, os parlamentares e o governo avaliam que há uma situação de insegurança jurídica em relação à votação do orçamento.

"Todas as informações é de que há uma grande preocupação com a situação colocada, já que há 12 anos não são votados os vetos e isso poderia criar uma série de impasses. Como é uma votação secreta, não sabemos o resultado e, num curto espaço de tempo, poderá acabar ocorrendo uma insegurança jurídica com repercussão financeira que traria insegurança e dificuldade para o País. Por isso, é melhor aguardar", enfatizou Ideli. "Sempre há o risco de alguém recorrer ao STF e judicializar a questão", acrescentou.

Ela lembrou que, em relação aos recursos necessários para o funcionamento do governo enquanto o orçamento deste ano não está aprovado, existe uma Medida Provisória em vigor que permite a execução de obras.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse em uma entrevista para a Dow Jones que o governo brasileiro planeja focar este ano em cortes de gastos e na reforma do sistema tributário, como parte do esforço para impulsionar os investimentos e a competitividade.

Ideli expressou otimismo ao citar que administração será capaz de avançar com sua agenda de cortes de gastos e impostos. "A presidente Dilma Rousseff está muito determinada em elevar a competitividade, então ela está trabalhando em muitas frentes, incluindo a simplificação regulatória, simplificação tributária e corte de custos de produção", comentou.

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A ministra afirmou que entre as prioridades imediatas do governo está a aprovação, no Congresso, do Orçamento para 2013. Além disso, o Congresso também deve votar em breve o veto de Dilma para certos artigos da lei sobre os royalties do petróleo.

Segundo Ideli, a assessoria jurídica do governo garantiu para Dilma que questões legais envolvidas na questão dos royalties não vão provocar atrasos nos leilões previstos para a concessão de novos blocos de petróleo. "Independentemente de como o governo escolher distribuir os royalties, isso não deve afetar as concessões", afirmou.

Ela explica que depois de essas questões mais urgentes serem resolvidas, o governo vai começar a pressionar para a aprovação de um projeto que reduza o ICMS. Embora a reforma do imposto venha sendo adiada há mais de uma década, Ideli diz que o governo fará um grande esforço para avançar com esse projeto e que existe uma boa chance das mudanças serem aprovadas.

"Sempre houve resistência para mudanças no ICMS, mas agora os fundos de compensação que estão sendo oferecidos são extremamente razoáveis para os Estados. Eles vão receber uma compensação logo após as taxas serem unificadas", comentou Ideli. A reforma reduziria as taxas do ICMS para perto de 4% em todo o País, da atual faixa entre 7% e 12%. Segundo Ideli, o governo também vai pressionar para a aprovação de cortes nos impostos sobre folha de pagamento e seguridade social pagos pelas empresas.

Após mudanças recentes no setor elétrico, a ministra diz que o governo estuda projetos para a redução de custos no setor de gás. As possíveis mudanças, que podem incluir medidas para incentivar a extração de gás de xisto, estão sendo estudadas pelo Ministério de Minas e Energia.

Ainda de acordo com Ideli, este ano o governo e o Congresso devem examinar uma reforma na legislação do setor de mineração. Além disso, a administração da presidente Dilma estaria aberta a discutir propostas para uma reforma eleitoral. O que está descartado, pelo menos até o fim do atual mandato, é uma reforma trabalhista. As informações são da Dow Jones.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, evitou comentar nesta terça-feira (9) o julgamento do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. Três dos atuais dez ministros do STF já condenaram Dirceu. Conforme informou o jornal O Estado de S.Paulo desta terça-feira, a orientação repetida no Palácio do Planalto é a de respeitar o veredicto do tribunal, evitar manifestações políticas públicas e tocar as medidas do governo.

"O Supremo julga, o governo governa e o povo vota, ainda bem, tá bom?", disse Ideli, ao ser questionada sobre o julgamento.

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Sobre as eleições, a ministra disse que a base do governo "foi majoritariamente muito bem-sucedida". "A oposição ficou restrita a algo em torno de 20% dos prefeitos eleitos em todo o País, a atuação e o resultado eleitoral da base do governo foi extremamente positiva", avaliou.

Questionada se a presidente Dilma Rousseff vai intensificar a participação no segundo turno, Ideli respondeu: "Essa é uma decisão dela".

Congresso

A ministra reuniu-se mais cedo com líderes de governo para tratar da tramitação de medidas provisórias, da redistribuição dos royalties do pré-sal e do Plano Nacional de Educação (PNE).

"Não temos nenhuma MP na iminência de caducar. A única é a 572 (que trata da liberação de crédito para populações afetadas por calamidades na região Nordeste), que é uma medida de crédito sem qualquer polêmica, que votaremos nesta semana na Câmara. Fora essa, todas as outras só vencem a partir de novembro, da metade de novembro, estamos com o calendário bastante razoável", disse Ideli.

"Não tratamos sobre assunto específico de MP nenhuma, apenas fechamos calendário, a instalação das (comissões das) MPs que faltam, acordo de relatorias entre Câmara e Senado, até a 582 está tudo muito bem encaminhado. Deveremos ter na semana que vem a instalação de todas as comissões que faltam até a 582."

 

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que parte dos servidores públicos em greve cometeu abusos. Ela defendeu que o Congresso discuta uma forma de regulamentar a forma de protesto da categoria. "Eu acredito que no Congresso nós temos ambiente para fazer esse debate. Infelizmente, nós tivemos vários excessos e situações que são inadmissíveis para o bem-estar e a segurança da população e na prestação do serviço público", afirmou.

Segundo a ministra, o governo vai se empenhar para que o assunto seja discutido e aprovado no Congresso. "Nós todos, o Brasil inteiro precisa, essa é uma necessidade. Tem projeto já tramitando e com certeza os parlamentares vão ter condições de debater a aprovar a matéria", afirmou.

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A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que "jamais recorreu" ao então diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot para "solicitar recursos para campanhas ou mesmo indicações de empresas para esse fim".

"Na condição de senadora e de coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense, Ideli esteve no DNIT diversas vezes, sempre para reuniões a respeito do andamento de obras no Estado de Santa Catarina", diz a nota da Secretaria de Relações Institucionais distribuída para a imprensa nesta terça.

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Em depoimento nesta terça na CPI do Cachoeira, Pagot afirmou que Ideli Salvatti havia lhe pedido indicações de empresas para fazer doações à sua campanha ao governo de Santa Catarina. Pagot disse que recusou o pedido de Ideli.

Na CPI, Pagot afirmou ainda ter trabalhado para arrecadar doação de campanha para a então candidata à Presidência da República Dilma Rousseff. Ele contou que foi procurado pelo tesoureiro da campanha, o deputado federal José de Filippi (PT-SP), que lhe pediu ajuda. Pagot disse que lhe mostrou uma lista de 369 empresas que tinham contrato no DNIT e que o tesoureiro afirmou que ele não precisava se preocupar com as empresas maiores, porque isso estava sendo tratado pelo comitê central de campanha. Mas que se quisesse, poderia pedir doação para 30 ou 40 empresas da lista.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta terça-feira que o governo espera a aprovação nesta semana da medida provisória (MP) do Brasil Maior, considerada prioritária pelo Palácio do Planalto. Ideli se reuniu com líderes do governo na noite de segunda-feira e na manhã desta terça-feira para tratar da agenda legislativa.

De acordo com a ministra, outra votação importante para o governo é a MP que trata da renegociação da dívida de agricultores, que tramita na Câmara dos Deputados. O Planalto também quer que seja concluída a votação da MP que trata do Código Florestal, em avaliação por comissão mista da Câmara e do Senado.

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"Acho que vamos ser exitosos mais uma vez", disse Ideli, após audiência com o diretor-geral em exercício da Agência Nacional de Transportes Terrestres, (ANTT) Ivo Borges de Lima.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse na manhã desta quinta-feira que o governo federal precisa "tratar com cuidado qualquer tipo de reajuste". A declaração foi feita durante entrevista concedida ao programa "Bom Dia, Ministro".

"O Brasil vai bem, continuamos crescendo, distribuindo renda, gerando emprego, mas a crise na Europa e nos Estados Unidos, está muito pesada. Temos de tratar com cuidado qualquer tipo de reajuste, porque, quando você (o) concede, significa que aquele gasto é permanente, para o resto da vida. Então precisa ser avaliado permanentemente conforme a condição daquele momento e da perspectiva futura", afirmou a ministra.

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O relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), atendeu ao governo e rejeitou em seu parecer a proposta que garante autonomia aos poderes Judiciário e Legislativo de incluir no Orçamento da União recursos para pagar despesas de pessoal, sem o aval do Executivo. Valadares propôs uma saída política ao impasse entre o Judiciário e o governo por causa do reajuste dos servidores, incluindo uma autorização para que os recursos sejam inseridos na proposta de Orçamento.

Questionada sobre transparência e a Lei de Acesso à Informação, Ideli saiu em defesa da publicação dos salários de todos os poderes, tal como feito pelo Executivo, insinuando que o Legislativo e o Judiciário resistem à divulgação para que as "distorções" não se tornem públicas.

"Por que não pode? Se vai o salário da presidenta da República para a internet, por que os demais servidores não podem ter o seu também divulgado? Talvez para não ficarem claras as diferenças, inclusive as distorções que têm na questão salarial dos servidores", criticou.

Sobre o mensalão, Ideli disse que espera que "justiça seja feita" no julgamento do caso, marcado para agosto no Supremo Tribunal Federal (STF). "É um assunto que é da esfera do Judiciário. Nós torcemos para que tudo corra de forma tranquila e também que a justiça seja feita conforme as provas e autos, que é o que todos nós aguardamos e torcemos para que aconteça", afirmou a ministra.

O governo federal concordou em liberar, para cada parlamentar, até R$ 4,5 milhões de emendas individuais, até a próxima sexta-feira, quando vence o prazo legal de três meses antes das eleições municipais, para o empenho destes valores. Cada parlamentar tem direito a apresentar R$ 15 milhões. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que no final de semana passado, o governo fez um mutirão de vários ministérios para verificar que emendas dos parlamentares podem ser aprovadas, com a consequente liberação. Mas a ministra Ideli advertiu que a emenda só poderá ser efetivamente liberada se a proposta parlamentar estiver vinculada a um projeto de obra aprovado ou se a prefeitura beneficiada não tiver pendências com o governo federal.

"Nós fizemos inclusive um mutirão dos ministérios no final de semana para empenhar", contou a ministra, em café da manha com a imprensa, no Palácio do Planalto. Segundo Ideli, já foram feitas três liberações para os parlamentares, a partir do mês de abril. No total, informou, já foi empenhado, do orçamento de 2012, R$ 1,7 bilhão.

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Mas a ministra disse que não era possível prever quanto poderia ser liberado até sexta-feira. "Depende da operacionalidade dos ministros e ministérios e depende também dos municípios", declarou a ministra. "No ministério das Cidades, quase metade do que foi indicado para empenhar, não vai poder ser feito porque os municípios não tinham credenciado a proposta e isso foi avisado a eles, que estão correndo para ver se conseguem ainda a liberação", afirmou.

Depois de salientar que "é legítimo atender à expectativa dos parlamentares com o pagamento de emendas ao orçamento", a ministra disse que o governo está fazendo o que está ao seu alcance. "Estamos monitorando para poder executar, vendo se a prefeitura se cadastrou e na hora de assinar se está tudo certo com a prefeitura", afirmou Ideli, acrescentando que, se houver problemas, não há como assinar o contrato ou liberar a emenda.

"De qualquer forma, nós não vamos ter 100% de empenho das emendas, por vários motivos. Vários deles fogem ao nosso controle porque não é possível empenhar algo que não esteja credenciado", comentou Ideli, acrescentando que a expectativa dos parlamentares era que fossem liberados R$ 4,5 milhões referentes às emendas individuais, para cada um. "Esse limite é o que se está liberando".

Passado o período eleitoral, novas liberações de emendas poderão ser feitas pelo governo federal para os deputados e senadores.

Ideli informou ainda que na ultima sexta-feira, foi aprovada modificação na portaria 507 que trata da liberação de recursos para convênios, com objetivo de agilizar este processo, atendendo a uma solicitação dos prefeitos.

Em café da manhã com a imprensa, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que em 10 de julho se reunirá com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência, Garibaldi Alves, e os líderes dos partidos da base aliada, para tentar chegar a um texto sobre a substituição do fator previdenciário para, de preferência, ser votado ainda este ano. A proposta com maior aceitação pelos líderes e que começa a ser absorvida pelas centrais sindicais é a chamada 85-95, pela qual as mulheres poderiam se aposentar com 55 anos de idade e 30 anos de contribuição (85), e os homens se aposentariam com 60 anos de idade mais 35 de contribuição (95).

Mas a ministra Ideli avisou que é preciso que, desde já, se estabeleça uma "fórmula móvel", para que a proposta adotada não fique defasada0 com o crescimento da expectativa de vida da população. "Basta a expectativa de vida crescer mais cinco, dez anos, que essa fórmula 85-95 já fica defasada", comentou Ideli, ao acrescentar que "houve sinal por parte dos líderes da possibilidade de fazermos uma espécie de fórmula móvel, adaptada, hoje 85-95, quando sobe a expectativa de vida, também sobe o resultado da somatória."

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Ao falar das reuniões técnicas que serão realizadas esta semana e da reunião em 10 de julho, para tratar da proposta previdenciária, Ideli explicou que o governo está em busca da "melhor fórmula" para substituir o valor de cálculo das aposentadorias. Segundo a ministra, "tem de reestruturar a Previdência a essa nova realidade. Um debate que acho que surgiu, além da idade mínima, é que a fórmula apresentada 85 para as mulheres, somar idade com tempo de contribuição, e 95 para homens, numa expectativa de vida, num determinado patamar, ela pode ser uma fórmula adequada".

"Eu dei um exemplo concreto: fator previdenciário. É importante fazer a correção de algum tipo de injustiça que a fórmula do cálculo das aposentadorias embute no fator previdenciário. É correto isso? É. Então, vamos aproveitar isso pra dar uma reestruturada e sustentabilidade maior na previdência", comentou a ministra, que afirmou ser importante não só fazer adaptação agora, mas que é preciso deixar uma brecha para modificações futuras para que não haja uma nova desatualização do processo de aposentadoria.

Ao fazer avaliação da relação do Executivo com Legislativo, Ideli Salvatti disse que "na articulação com o Congresso, tivemos resultados extremamente positivo nas votações. Se levarmos no pente fino, nós não temos matérias paradas do interesse do enfrentamento da crise e do governo que estejam com atraso de votações". Para ela, para um ano eleitoral, "o calendário está bastante adequado". Mas a ministra ressaltou que "temos de estar muito atentos, em agosto só teremos duas semanas de esforço concentrado e em setembro, uma. É preciso adequar a agenda para não corrermos riscos, por causa das Mps. É o nosso trabalho, mas temos muitas matérias a comemorar, inclusive em outras ocasiões se tentou e não foi possível."

Ao comemorar os resultados, Ideli classificou como "uma das mais emblemáticas" a votação do Fundo de Previdência dos Servidores. "Esta é uma matéria estruturante, estrutura a previdência e a relação do governo com o funcionalismo público. Houve muito debate, mas foi aprovada. Outros governos tentaram e não conseguiram", salientou.

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reuniu-se nesta quinta-feira com os líderes dos partidos da base aliada no Congresso, para apresentar a eles a razão dos vetos da presidente Dilma Rousseff ao texto aprovado pela Câmara do Código Florestal. Segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência, a ministra Ideli destacou a diferenciação entre pequenos e grandes agricultores rurais feita no Código Florestal.

Ideli disse ainda que não só ela, mas todos os ministros envolvidos na discussão do texto se ofereceram para ir ao Congresso dar os esclarecimentos necessários sobre a matéria, especialmente na comissão mista, que será instalada na próxima terça-feira para discutir a Medida Provisória, assinada por Dilma para suprir as lacunas na legislação, depois do veto presidencial.

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Além de Dilma, estavam presentes na reunião com os líderes os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro; do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Pelo lado das lideranças, além dos representantes do governo no Congresso - José Pimentel, Eduardo Braga e Arlindo Chinaglia -, estavam presentes na reunião os líderes do PT, PDT, PSB, PSB, PRB, PR, PMDB e PP.

O ministro Pepe Vargas acredita que o governo não terá problemas no Congresso com a "escadinha" criada pelo governo para definir quem tem de preservar que área. Pepe, que participou da reunião de quarta-feira de Dilma com os integrantes do movimento Grito da Terra, ressalvou que todos terão de contribuir para recuperar o meio ambiente, mas que as maiores propriedades serão mais penalizadas.

"Dificilmente alguém será contra a proposta da escadinha", comentou ele, ao lembrar que o texto do governo beneficiou os agricultores que têm até quatro módulos fiscais, que representam 90% das propriedades rurais. Ele lembrou ainda que 74% da mão-de-obra empregada no campo é na agricultura familiar.

A presidente Dilma Rousseff deverá decidir até amanhã, quinta-feira, o que fazer com o texto do Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados. A informação é da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Segundo ela, os vetos ao código virão acompanhados de complemento, para não haver vácuo legislativo. "Eles (Dilma e ministros da área) estão trabalhando na análise do texto, o que pode ser aproveitado ou não do texto, até porque ficou muito recortado. Tem vários assuntos que, como foram subtraídos, também não tem como vetar, então você teria que produzir algum texto. Tem algumas questões que poderão ser solucionadas por medidas que não são de lei, mas por decreto, por resoluções. Então toda essa colcha de retalhos está sendo debatida e com certeza, deverá vir um complemento. Até porque não podemos ter um vácuo legislativo.", afirmou. Para Ideli só haverá um veto total ao texto aprovado se nada puder ser aproveitado. "Eu tenho essa convicção de que só acontecerá um veto total se for absolutamente impossível de aproveitar nada, pela harmonia do texto legal.", disse.

Na avaliação da ministra "não há a menor hipótese" de os vetos da presidente serem derrubados pelo Congresso. "Não há menor hipótese até pelo número de votos que a matéria teve na Câmara. Não há a menor possibilidade política", afirmou a ministra.

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O texto aprovado pela Câmara contraria o interesse do governo, que preferia a versão que saiu do Senado Federal, considerada mais equilibrada entre as reivindicações de ambientalistas e ruralistas.

Nesta quarta à tarde, Dilma voltará a se reunir com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira para discutir a sanção da lei.

"O prazo fatal para o veto é agora sexta-feira, dia 25. Então estamos todos na expectativa de que, no mais tardar, até amanhã, ela (Dilma) deva estar já com a decisão tomada para poder fazer a publicação no Diário Oficial da sexta-feira", disse Ideli a jornalistas, antes de participar de seminário em Brasília.

A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou nesta terça-feira que tem "convicção" de que a presidente Dilma Rousseff vetará pontos do Código Florestal aprovado na Câmara. Entre eles,o que anistia desmatadores e os que prejudicam os pequenos agricultores rurais.

"A presidenta deverá tomar, como decisão nos próximos dias, o veto. Eu tenho a convicção de que alguns artigos serão, com certeza, vetados", afirmou Ideli, na saída de um encontro com líderes governistas do Senado. "Isto está consagrado. Anistia a desmatadores e prejuízo aos pequenos agricultores são duas questões que a presidenta já havia sinalizado claramente que não admitirá no Código Florestal", completou.

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A ministra disse que vê com "bons olhos" o projeto dos senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-SC) que poderia suprir as lacunas dos eventuais vetos de Dilma. A proposta restaura o texto do Senado que o governo federal apoiava mas que foi desvirtuado posteriormente na Câmara.

A proposta do novo código chegou na segunda-feira ao Palácio do Planalto. Dilma tem até o dia 25 para decidir o que fazer: se vetá-lo integralmente ou parcialmente.

Ideli disse também que o governo irá se esforçar para que a Câmara dos Deputados vote hoje a PEC do Trabalho Escravo. A proposta, que prevê a expropriação de propriedades rurais ou urbanas onde for constatado trabalho escravo, está parada no plenário da Casa desde agosto de 2004. Na ocasião, a PEC foi aprovada em primeiro turno, logo após o assassinato dos fiscais de trabalho em Unaí, município de Minas Gerais.

"É uma matéria reconhecida, inclusive, internacionalmente como uma medida extremamente efetiva e eficaz no combate ao trabalho escravo", afirmou. "Vamos trabalhar para que esta PEC seja apreciada e a votação seja encerrada", disse.

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia, reuniu-se na manhã desta terça-feira com os ministros do Trabalho, Brizola Neto; de Direitos Humanos, Maria do Rosário; e da Igualdade Racial, Luiza Bairros, para discutir a questão. Representantes das centrais sindicais participam da reunião. Artistas, como Letícia Sabatella e Marcus Winter, também participaram de encontro sobre a proposta no Congresso.

Os envolvidos no debate esperam que a Câmara realize uma sessão extraordinária para votar a matéria, uma vez que a pauta do plenário está trancada por sete medidas provisórias.

Para Ideli, não deve haver resistência entre os ruralistas. "Ela não é uma questão de propriedade, de ação, de atuação da agricultura ou da pecuária", afirmou. "Trabalho escravo é um crime. E, portanto, como crime tem que ser tratado e tem que ter penalidade", completou.

A ministra da secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, sinalizou nesta quinta que a presidente Dilma Rousseff poderá vetar parte do Código Florestal, projeto aprovado ontem à noite pela Câmara dos Deputados. Ideli afirmou que pontos que se referirem à anistia a desmatadores ou que prejudiquem os pequenos agricultores não terão apoio do governo.

"(Tenho a) convicção de que aquilo que representar anistia não terá apoio, não terá respaldo do governo", disse a ministra, que esteve no gabinete do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), onde, na presença de artistas, recebeu o relatório final da CPI do Ecad. "Qualquer questão que possa ser interpretada ou na prática signifique anistia, eu acredito que isto tem grandes chances de sofrer o veto".

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Ideli disse lamentar o fato de os deputados não terem mantido o projeto aprovado anteriormente pelos senadores. "Nós temos a convicção de que aquilo que saiu do Senado daria uma tranquilidade maior. Como não foi isso que prevaleceu na votação da Câmara, vamos ter que aguardar a decisão da presidenta", afirmou.

Na entrevista, a ministra avaliou que não houve falha da articulação política durante a discussão do projeto. Ela disse ter realizado muitas reuniões no seu gabinete, tendo feito apelo aos líderes partidários sobre o que o governo considerava o mais adequado a ser aprovado.

Ideli disse que antes do final de maio sairá uma decisão sobre eventual veto. Por lei, a presidente tem 15 dias, a partir da data da chegada oficial do texto ao Executivo, para avaliar se derruba ou não o projeto ou parte dele.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República instaurou nesta segunda procedimento para investigar a conduta da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no episódio envolvendo a compra de 28 lanchas-patrulha. A comissão também colocou na berlinda outro interlocutor próximo de Dilma: os conselheiros decidiram cobrar mais explicações sobre os negócios de consultoria do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo, as lanchas-patrulha foram encomendadas por R$ 31 milhões pelo Ministério da Pesca - parte da conta foi paga na gestão de Ideli. O jornal também revelou que o dono da fabricante das lanchas, a Intech Boating, doou a pedido do ministério, após o contrato firmado, R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina, que bancou 81% dos custos da campanha derrotada de Ideli ao governo catarinense.

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De acordo com o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, Ideli já se antecipou e deu explicações sobre as compras das lanchas. "Está em fase preliminar. Ela apresentou esclarecimentos voluntariamente. Recebi o memorial do seu advogado, ainda não li, o relator (Américo Lacombe, nomeado pela presidente Dilma Rousseff em março passado) é que está examinando o caso", disse Pertence.

Os conselheiros devem decidir depois dessa investigação prévia se abrem um processo de apuração ética contra Ideli, informou Pertence. A próxima reunião da comissão está marcada para 14 de maio.

Questionado se a comissão também apuraria a conduta de um assessor de Ideli, Olavo Noleto, suspeito de ter conexão com o grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira, Pertence respondeu: "Esse assunto aquático... só entrou o Ministério da Pesca".

Após a reunião, Pertence teve um rápido encontro a portas fechadas com um advogado de Ideli, que teria protestado com os termos "acolher a representação" e "investigação" usados pela imprensa para noticiar o caso. Pressionado, o presidente da Comissão de Ética fez questão de diferenciar os termos.

"O processo relativo à ministra Ideli está nessa fase preliminar, não acolhemos nada, nem começamos a investigar coisa nenhuma. O relator está examinando e provavelmente na próxima reunião se terá essa decisão liminar de abrir ou não processo. A denúncia está recebida", afirmou Pertence, referindo-se a representação apresentada pelo PSDB. O advogado também foi flagrado conversando com o conselheiro Fábio Coutinho, o que levou auxiliares a fecharem a porta.

Pimentel

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também decidiu pedir mais informações ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, sobre os negócios de sua empresa de consultoria. "O ministro apresentou no prazo os esclarecimentos, mas o relator pediu informações complementares", disse Pertence.

Os conselheiros aplicaram ainda censura ética ao ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot, por conta de suas declarações que não cumpriria a "quarentena", enquanto aguardava a volta à iniciativa privada após deixar o serviço público. A censura ética é uma espécie de mancha no currículo e é aplicada a ex-membros do governo.

A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, divulgou nesta segunda-feira nota com uma espécie de "nada consta" em sua defesa, dada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as denúncias envolvendo a compra de 28 lanchas patrulha quando ela comandava o ministério da Pesca. "Certidão do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgada hoje atesta que a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, não consta como responsável em nenhum processo de fiscalização", informa a nota da assessoria contratada pela ministra.

O texto acrescenta ainda que foram exatamente as investigações promovidas pelo TCU que basearam a representação do PSDB à Comissão de Ética da Presidência e que o próprio TCU atesta que não há investigações contra ela. "São as investigações do TCU que baseiam a representação do PSDB à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, à qual a ministra já entregou sua defesa prévia", prossegue a nota, acrescentando que "o presidente da Comissão de Ética, Sepúlveda Pertence, esclareceu no fim da tarde de hoje que a ministra não é investigada, e que a análise sobre o acolhimento da representação só ocorrerá na próxima reunião, em 14 de maio".

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A forma aguerrida como a ministra Ideli está fazendo sua defesa causou estranheza entre assessores do Planalto. "Há um excesso de zelo", comentou um desses assessores, ressaltando a precaução dela em contratar uma empresa para defendê-la, com recursos próprios, e chamar advogado para procurar integrantes do Conselho de Ética, no momento em que eles estão reunidos, atitude que não foi tomada por nenhuma outra autoridade que estava tendo denunciada na comissão.

Ideli tem insistido que não há nada contra ela e que não teme investigações. Há uma preocupação, no entanto, com uma dedicação excessiva à sua defesa, esquecendo os problemas do Congresso, que não são poucos, com a possibilidade de instalação desta CPI do Cachoeira. O governo trabalha para que seus titulares sejam de extrema confiança do Planalto e com comprometimento com o governo.

Além da nota, a assessoria da Ideli distribuiu uma cópia da certidão assinada pelo presidente do TCU, Benjamin Zymler, que "certifica que, a pedido da interessada, de acordo com a pesquisa realizada na base de dados deste tribunal, nada consta até a presente data processo no qual figure como responsável a senhora Ideli Salvatti".

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, por sua vez, também distribui nota oficial, depois de a Comissão de Ética da Presidência ter decidido cobrar mais explicações sobre os negócios de consultoria dele. Na nota, Pimentel esclarece que "enviou dentro do prazo previsto pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República os esclarecimentos relativos aos serviços prestados como economista entre 2009 e 2010 - período em que não exercia qualquer função pública". Ressalta ainda que "irá responder" à solicitação de novos esclarecimentos enviada nesta segunda-feira.

A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara aprovou nesta quarta-feira a convocação da ministra da secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para explicar a compra de lanchas pelo ministério da Pesca e Aquicultura na época em que ela estava no comando da pasta.

A convocação foi aprovado por oito votos a favor e sete contrários. Deputados da base, insatisfeitos com a demora na liberação de verbas de emendas de parlamentares, votaram contra o governo. A convocação foi aprovada, mas ainda não foi marcada data para a ida de Ideli à Câmara.

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O caso do contrato de compra das 28 lanchas-patrulha foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. As lanchas foram encomendadas por R$ 31 milhões pelo Ministério da Pesca em 2009, e parte da conta - R$ 5,2 milhões - foi paga já na gestão da ministra Ideli Salvatti. O Estado também revelou que o dono da fabricante das lanchas, a Intech Boating, doou a pedido do ministério R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina, que bancou 81% dos custos da campanha derrotada de Ideli ao governo catarinense.

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