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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, no cargo desde 2014, não pretende estender seu mandato — informou a Aliança Atlântica neste domingo (12).

Em março de 2022, após a invasão russa da Ucrânia, a cúpula da Otan decidiu prorrogar o mandato de Stoltenberg até 30 de setembro de 2023.

À época, seu nome era cogitado para assumir o Banco Central da Noruega, mas ele renunciou à posição.

"O mandato do secretário-geral, Jens Stoltenberg, foi prorrogado três vezes e ele prestou serviço por um total de quase nove anos", declarou a porta-voz Oana Lungescu.

"O mandato do secretário-geral chega a seu fim em outubro deste ano, e ele não tem intenção de solicitar outra prorrogação de seu mandato", acrescentou a porta-voz.

O ex-primeiro-ministro norueguês, de 63 anos, assumiu o cargo em 1º de outubro de 2014 e liderou a Aliança em várias crises internacionais.

A Otan prometeu nesta segunda (27) aumentar drasticamente o número de tropas que mantém em "alto nível de prontidão" em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia. De acordo com o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, o número de soldados em alerta máximo deve saltar de 40 mil para 300 mil nos próximos meses.

O anúncio do líder da Otan ocorreu às vésperas de uma reunião de cúpula da aliança, em Madri, desta terça-feira (28) até quinta (30), que deve definir aspectos importantes do posicionamento da Otan sobre a Ucrânia e o futuro da parceria entre os países-membros. Stoltenberg classificou a etapa como a "maior revisão de defesa e dissuasão coletiva desde a Guerra Fria".

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Mudança

Transformar a força de resposta rápida da Otan, que conta com cerca de 40 mil soldados, é apenas uma das maneiras pelas quais a aliança pretende responder à invasão da Ucrânia pela Rússia. De acordo com os planos, a aliança também transferirá estoques de munições e outros suprimentos para o Leste Europeu, uma transição que deve ser concluída em 2023.

Em Madri, os aliados discutirão ainda planos para reforçar as fronteiras com Belarus e Rússia, delinear um novo modelo de força, anunciar financiamentos e publicar um "pacto estratégico" para os próximos anos, de acordo com diplomatas da Otan.

Na última vez em que a aliança publicou esse tipo de documento estratégico, em 2010, os laços com a Rússia eram mais amigáveis. A versão mais recente "deixará claro que os aliados consideram Moscou como a ameaça mais significativa e direta", disse Stoltenberg.

Suécia e Finlândia

Os países da Otan também debaterão os pedidos de adesão de Suécia e Finlândia. Até agora, a Turquia bloqueou as propostas dos países, acusando ambos de abrigar grupos "terroristas" - como os turcos se referem aos separatistas curdos.

Tanto Stoltenberg quanto a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, disseram na semana passada que tentariam convencer a Turquia a mudar de ideia e aceitar a entrada dos dois países antes da cúpula de Madri.

Ontem, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, confirmou reuniões tanto com Magdalena quanto com o presidente finlandês, Sauli Niinisto. Stoltenberg, porém, tratou de reduzir as expectativas de um acordo. "É muito cedo para dizer que tipo de progresso podemos alcançar", disse.

Exigências

Erdogan exige o fim do bloqueio da exportação de armas suecas e finlandesas para a Turquia, em vigor desde a intervenção militar turca no norte da Síria, em outubro de 2019, o endurecimento da legislação antiterrorista da Suécia e a extradição de várias pessoas que Ancara descreve como terroristas.

A cúpula de Madri deve ser dominada pela guerra da Ucrânia. Apesar do compromisso da Otan com a defesa dos ucranianos, a aliança pretende oferecer apenas ajuda não letal, já que seus membros não querem arriscar um confronto direto contra a Rússia.

A presença da Otan no Leste da Europa, perto da fronteira da Rússia, era justamente a razão alegada pelo presidente russo, Vladimir Putin, para invadir a Ucrânia, em fevereiro. Portanto, o aumento do efetivo não deve ser bem recebido em Moscou, muito menos a notícia de que os membros da alianças ampliaram seus gastos militares.

Tensão

De acordo com números divulgados esta semana pela Otan, os gastos com defesa entre seus 30 membros devem aumentar 1,2% em termos reais este ano, a taxa de crescimento mais lenta em oito anos sucessivos de incremento.

Em 2022, nove países devem ultrapassar a meta de 2% do PIB em gastos militares, liderados pela Grécia, com 3,76%, e EUA, com 3,47%. O Reino Unido ocupa o sexto lugar, com 2,12%, um gasto ligeiramente abaixo dos dois anos anteriores. A França gastará 1,9% do PIB e a Alemanha, 1,44%. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"A Otan não quer uma guerra aberta com a Rússia", declarou nesta sexta-feira (11) à AFP Jens Stoltenberg, secretário-geral da Aliança, em Antália, sul da Turquia, onde participa de um fórum diplomático.

"Temos a responsabilidade de impedir que esse conflito (entre Rússia e Ucrânia) se estenda além das fronteiras da Ucrânia e se transforme em uma guerra aberta entre a Rússia e a Otan", acrescentou.

Stoltenberg justificou assim a recusa da Aliança Atlântica em estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para proteger a população dos bombardeios russos.

Tal movimento "significaria estar disposto a derrubar aeronaves russas", disse ele, "e certamente nos levaria a uma guerra aberta".

Stoltenberg deve se encontrar com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, um dia depois que os ministros das Relações Exteriores russo e ucraniano se reuniram em Antália, à margem do mesmo fórum.

O chefe da Otan, organização da qual a Turquia é membro, pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que "acabe com esta guerra sem sentido" e encontre uma "solução política".

"A primeira medida seria garantir corredores humanitários para que as pessoas possam sair e buscar alimentos e remédios", apontou.

O mandatário russo disse, nesta quinta, que viu alguns "passos positivos" nas negociações com a Ucrânia em um encontro com o seu aliado bielorrusso Alexander Lukashenko.

A Turquia, aliada da Ucrânia que a entregou drones de combate, trata também de manter relações com Moscou.

O porta-voz presidencial turco, Ibrahim Kalin, reiterou em uma entrevista à CNN, nesta quinta, que Ancara não possui planos de se somar às sanções ocidentais.

"Neste momento, não temos previsto impôr sanções à Rússia. Porque queremos manter aberto o canal de confiança, os canais de comunicação. E, por consequência, não queremos que nossa economia se veja afetada", admitiu Kalin.

O porta-voz também destacou a importância de levar a cabo várias iniciativas diplomáticas: "A reunião de quinta na Antália deve ser vista como um passo que conduzirá a outros", disse.

Mais de 80 ministros, vice-ministros e responsáveis de governo foram convidados para o fórum diplomático na Antália.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, alertou nesta terça-feira que a União Europeia (UE) não pode substituir a Aliança, em resposta às críticas do presidente francês, Emmanuel Macron.

Quando a Aliança se prepara para comemorar seu 70º aniversário com uma cúpula de líderes em dezembro, em Londres, Macron chocou seus aliados ao afirmar que a Otan estava com "morte cerebral", em clara defesa da soberania europeia em termos de defesa.

"Vou a Paris na próxima semana com a intenção de discutir essas questões com o presidente Macron", anunciou Stoltenberg em entrevista coletiva, afirmando que essa é "a melhor maneira de lidar com as diferenças" e "entender completamente as mensagens e motivações" do líder francês.

Acostumados às críticas do presidente Donald Trump a seus aliados por não terem gasto, na opinião dos Estados Unidos, o suficiente em defesa, os sócios da Otan receberam as declarações de uma de suas três potências nucleares como um balde de água fria.

A Alemanha, em uma primeira reação, descreveu a declaração de Macron como "radical", enquanto os aliados do Leste Europeu, na fronteira com a Rússia, receberam com surpresa ante uma possível aproximação com Moscou.

Fontes aliadas garantem que as palavras do presidente francês não são acidentais e, embora critiquem o tom, reconhecem sua análise que, baseada na situação na Síria, explica os desafios que a organização transatlântica enfrenta.

A Turquia, membro da Otan, lançou uma ofensiva na Síria, "uma área em que nossos interesses estão em jogo" e "não há coordenação na tomada de decisões estratégicas entre os Estados Unidos e seus aliados", afirmou Macron.

As palavras de Macron parecem ter aplacado as críticas dos Estados Unidos em relação à Aliança.

"A Otan é absolutamente essencial. Juntos somos mais fortes", disse o embaixador americano Kay Bailey Hutchinson, rejeitando "firmemente a avaliação" do presidente francês.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vai mais do que dobrar o tamanho de sua Força de Reação em resposta às ações da Rússia na Ucrânia e ao desafio representado pelo extremismo islâmico, informou nesta quinta-feira o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg.

Falando a jornalistas, antes da abertura da reunião de ministros da Defesa dos países integrantes da organização, Stoltenberg disse que a expectativa é que haja um acordo para elevar a força de 13 mil para 30 mil homens.

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Segundo ele, o secretário de Defesa norte-americano Chuck Hagel e outros participantes também devem aprovar detalhes para o estabelecimento de uma nova força conjunta ultrarrápida de cerca de 5 mil soldados. Além disso, os ministros devem dar o sinal verde nesta quinta-feira a uma proposta para a criação de centros de ligação de comando e controle da OTAN nas três repúblicas do Báltico (Lituânia, Letônia e Estônia) e na Polônia, Romênia e Bulgária, todos integrantes da Otan que afirmam sentirem-se especialmente vulneráveis a medidas agressivas de Moscou.

"Nossas decisões deixam claro que a Otan está determinada a defender todos os aliados contra qualquer ameaça, vinda de qualquer direção", declarou Stoltenberg. Perguntado se a mais recentes decisão da aliança liderada pelos Estados Unidos pode fomentar uma intensificação de um conflito com o Kremlin, parecido com a Guerra Fria, a principal autoridade civil da Otan disse que as medidas são puramente defensivas e estão sendo adotadas apenas por causa das ações russas.

"Na Ucrânia, a violência está piorando e a crise se aprofundando", disse Stoltenberg. "A Rússia continua a desrespeitar as regras internacionais e a apoiar os separatistas com armas avançadas, treinamento e forças".

A Rússia nega veementemente as acusações de envolvimento no conflito ucraniano. O Kremlin reconhece que voluntários russos estão lutando no leste ucraniano, mas afirma que Moscou não enviou tropas ou armas para ajudar os rebeldes.

A Rússia expressou preocupação com o aumento das forças militares da Otan no leste europeu, enquanto defende uma forte presença militar em sua fronteira com a Ucrânia.

No sábado, Stoltenberg deve realizar sua primeira reunião com secretário-geral da Otan com o ministro de Relações russo, Sergey Lavrov. O encontro acontece em Munique.

Perguntado pela Associated Press o que dirá a Lavrov, Stoltenberg disse que "o mais importante para a Otan, obviamente, é destacar que a Rússia é responsável por violar a lei internacional, por violar a soberania, a integridade territorial da Ucrânia, ao anexar a Crimeia, desestabilizando o leste da Ucrânia".

"Estamos pedindo à Rússia que pare de dar apoio aos separatistas, respeite o acordo de Minsk e use toda sua influência sobre os rebeldes para fazê-los respeitar o cessar-fogo", afirmou Stoltenberg. Fonte: Associated Press.

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