Tópicos | Macron

Na COP28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu, há pouco, a declaração dada nesta sábado (2), pelo presidente francês Emmanuel Macron, que se posicionou contra a aprovação de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. "É um direito do Macron ser contra o acordo, cada país tem a sua posição", afirmou o presidente brasileiro, emendando que a União Europeia não pensa dessa forma e o país dirigido por Macron tem uma tradição protecionista que direciona a sua opinião.

"É um direito dele (Macron). Cada país tem um direito de ter uma posição. Eu acho que é um direito dele ser contra. O Macron sempre foi, a França sempre foi o país mais duro para fazer acordo porque a França é o mais protecionista. Não é a mesma posição da União Europeia, que pensa outra coisa", disse o mandatário brasileiro. Lula concederia uma entrevista coletiva após a de Macron, mas o evento foi cancelado em cima da hora, sem explicação do motivo.

##RECOMENDA##

Em coletiva de imprensa hoje, após participar de uma reunião bilateral com o presidente Lula na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), Macron foi enfático ao dizer que é contra o acordo Mercosul-UE: "Sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é um acordo completamente contraditório com o que ele está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo, porque é um acordo que foi negociado há 20 anos, e que tentamos remendar e está mal remendado."

O presidente brasileiro tem tentado avançar com o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, mas encontra dificuldades em obter consenso entre os países europeus. A expectativa do governo era de avançar com o tema até a reunião do Mercosul, que ocorre na próxima semana no Rio de Janeiro. Em sua declaração à imprensa, Macron classificou ainda o tratado como "antiquado" e afirmou que a medida era incoerente com a política ambiental do governo.

Mais cedo, durante discurso de Lula em reunião do G77+ China, grupo que reúne países desenvolvidos, o presidente criticou as barreiras protecionistas, o que classificou como hipocrisia. "Barreiras protecionistas e medidas unilaterais impostas por países ricos sob o pretexto da sustentabilidade desnudam a hipocrisia da retórica do livre comércio. Os custos das transições do mundo desenvolvido estão sendo transferidos para o Sul Global. Nós, que já somos os mais afetados pela mudança do clima, estamos sendo duplamente punidos", disse Lula.

*A jornalista viaja a convite do Instituto Clima e Sociedade

O presidente francês Emmanuel Macron visitará o Brasil no dia 27 de março de 2024. A confirmação foi feita por ele neste sábado, 2, durante almoço bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a COP-28, em Dubai.

Durante o encontro, os presidentes conversaram sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O Brasil atua para destravar a parceria entre os blocos. Na sexta-feira, Lula abordou o mesmo tema durante reuniões bilaterais com representante da União Europeia, Ursula von der Leyen, e com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

##RECOMENDA##

Na reunião com Macron, o presidente Lula também abordou aprofundamento da relação entre os países, sobretudo na questão climática e nas áreas de Defesa e Cultura.

Lula e Macron já tinham se encontrado rapidamente durante a COP-28, quando se cumprimentaram. O país tenta retomar a boa relação com a França, após as rusgas entre os dois países durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

*A jornalista viaja a convite do Instituto Clima e Sociedade

A cúpula entre líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia terminou, nesta terça-feira (18), com um pedido dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron, da França: o fim das sanções à Venezuela, desde que o país realize eleições livres em 2024.

Lula disse ontem que conversou com representantes do governo e da oposição da Venezuela sobre a possibilidade de "normalizar a situação" no país. Nos primeiros meses de mandato, o presidente brasileiro fez vários elogios à ditadura de Nicolás Maduro, ignorando a repressão, a cassação de dissidentes e elogiando a "democracia" venezuelana.

##RECOMENDA##

Agora, pela primeira vez, o governo brasileiro parece exigir algo em troca: eleições livres. A proposta faz parte das negociações mediadas por Brasil, França, Argentina e Colômbia. Ontem, Lula, Macron e os presidentes colombiano, Gustavo Petro, e argentino, Alberto Fernández pediram que governo e oposição da Venezuela retomem as negociações no México e defenderam que o regime chavista aceite o monitoramento internacional da eleição do ano que vem.

Pressão conjunta

Na segunda-feira (17), em Bruxelas, os quatro presidentes se reuniram com Gerardo Blyde, um dos principais negociadores da oposição venezuelana, e com Delcy Rodríguez, vice-presidente e a mais alta represente do governo venezuelano na cúpula. O objetivo, segundo o governo brasileiro, foi promover o diálogo para tornar as eleições mais transparentes.

O grande desafio da diplomacia dos quatro presidentes é como organizar eleições livres na Venezuela com tantos dissidentes inabilitados. Em junho, a ex-deputada María Corina Machado se tornou inelegível por 15 anos. Ela liderava várias pesquisas e se juntou a outros dois conhecidos opositores, Juan Guaidó e Henrique Capriles, também barrados da eleição

Rússia

Apesar da pressão conjunta sobre a Venezuela, a cúpula Celac-UE esteve longe de um consenso em outros temas. A declaração final do encontro evitou condenar a Rússia pela guerra na Ucrânia. O texto final menciona apenas "preocupações" com o conflito.

"Expressamos profunda preocupação com a guerra atual contra a Ucrânia, que continua a causar imenso sofrimento humano e exacerba fragilidades existentes na economia global, impedindo o crescimento e aumentando a inflação", diz o texto.

Em seguida, os 60 países que compõe os dois grupos - 33 latino-americanos e 27 europeus - ressaltam apoio ao acordo para a exportações de grãos pelo Mar Negro, mediado pela ONU e pela Turquia, para aumentar a demanda e conter a inflação global de alimentos.

Na segunda-feira, 17, a Rússia suspendeu o acordo após um ataque, atribuído à Ucrânia, ter destruído a ponte que liga a Crimeia à Rússia, uma importante rota de suprimentos que abastece as tropas russas na linha de frente.

Chefe da diplomacia da UE está otimista sobre acordo

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse ontem que o acordo entre Mercosul e a União Europeia deve sair antes de 2024 - um cronograma considerado otimista por muitos analistas. "Há um claro desejo de continuar trabalhando", disse Borrell. "Tenho certeza de que até o fim do ano podemos chegar a um acordo."

O acordo foi concluído em 2019, mas ainda enfrenta vários obstáculos, incluindo duas exigências da UE: mecanismos de proteção ambiental e sinal verde para que empresas europeias disputem licitações públicas em condições de igualdade no Mercosul. Apesar da complexidade da negociação, Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disseram ontem que também esperam que o pacto seja concluído antes de 2024. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Emmanuel Macron convocou uma nova reunião de crise para esta sexta-feira (30), após a terceira noite de distúrbios na França em reação à morte de um jovem baleado por um policial, que terminou com mais de 650 pessoas detidas e quase 250 policiais feridos.

Edifícios públicos atacados, estabelecimentos comerciais saqueados, veículos incendiados: muitas cidades do país, em particular na região de Paris, registraram novos protestos violentos, apesar da mobilização de 40.000 policiais e gendarmes.

"Nossos policiais, gendarmes e bombeiros enfrentaram novamente, com coragem, uma violência incomum. Seguindo as minhas instruções de firmeza, eles efetuaram 667 detenções", tuitou o ministro do Interior, Gérald Darmanin.

De acordo com o ministério, 249 policiais e gendarmes ficaram feridos, nenhum deles com gravidade.

Macron convocou uma reunião em Paris, a segunda em dois dias, que o obrigará a encurtar sua participação na cúpula de Bruxelas da União Europeia (UE), informou a presidência francesa.

Antes do encontro, a primeira-ministra, Élisabeth Borne, se reuniu com os ministros do Interior, Justiça, Territórios e Cidade. Ela criticou atos "insuportáveis indesculpáveis".

Em Paris, várias lojas no centro comercial Les Halles e na turística rua Rivoli, que leva ao Museu do Louvre, foram "vandalizadas, saqueadas ou incendiadas" durante a noite, informou um comandante da polícia.

Os manifestantes também atacaram, pela segunda noite consecutiva, delegacias (como na localidade de Pau, sudoeste), sedes de prefeitura (Lille, norte) e escolas (Amiens, norte).

No bairro Pablo Picasso de Nanterre, onde morava Nahel, o jovem de 17 anos morto em uma operação policial, a terceira noite de distúrbios teve carros e uma agência bancária incendiados.

A violência explodiu na terça-feira nos subúrbios de Paris e se propagou por toda França após a morte de Nahel no mesmo dia. O adolescente foi atingido por um tiro à queima-roupa de um policial durante uma operação de controle do trânsito em Nanterre, ao oeste da capital.

A ação do agente, que foi filmada, provocou a retomada do debate recorrente sobre a violência policial na França, onde no ano passado 13 pessoas morreram em circunstâncias similares às da operação de terça-feira.

- "Não culpo a polícia" -

Na quinta-feira, uma passeata em homenagem a Nahel em Nanterre - com a participação de 6.200 pessoas após uma convocação da mãe do adolescente, Mounia - mostrou a revolta e o medo de parte da população a respeito das forças de segurança, consideradas racistas e violentas.

"Não culpo a polícia, culpo uma pessoa: a que tirou a vida de meu filho", declarou a mãe ao canal France 5. Para Mounia, o agente "viu um rosto árabe, um pequeno rapaz, e quis tirar sua vida".

A Justiça decretou a prisão preventiva por homicídio doloso do policial, de 38 anos, que, segundo seu advogado, estava "extremamente comovido" com a violência do vídeo divulgado sobre a ação.

"As primeiras palavras que ele pronunciou eram para pedir perdão. E as últimas palavras que pronunciou eram para pedir perdão à família", declarou o advogado Laurent-Franck Liénard ao canal BFMTV.

A morte de Nahel recorda os tumultos que explodiram em 2005 nas periferias das grandes cidades, depois que dois adolescentes morreram eletrocutados quando fugiam da polícia em Clichy-sous-Bois, nordeste da capital.

O governo enfrenta uma situação delicada, em particular porque as críticas feitas durante a semana geraram mal-estar entre as associações de policiais. Agora, o Executivo tenta combinar firmeza diante dos distúrbios com um apaziguamento para evitar o agravamento da tensão.

A oposição de direita e extrema-direita, que insiste na "presunção de inocência" dos policiais, pediu ao governo de Macron que declare estado de emergência, o que aconteceu na crise de 2005.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que manteve um ótimo almoço de trabalho com o presidente da França, Emmanuel Macron. Lula foi recebido no Palácio Eliseu, sede da presidência francesa. "Ótima reunião, ótimo almoço e vai ser ótima a próxima conversa", disse Lula, ao sair do Eliseu e abraçar Macron. "Formidável", disse o presidente francês, cumprimentando ministros de Lula após o que chamou de uma "boa troca".

O encontro foi ampliado com os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Defesa, José Múcio, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Fazenda, Fernando Haddad. Dois comandantes militares participaram: o almirante Marcos Olsen, da Marinha, e o brigadeiro Marcelo Damasceno, da Força Aérea.

##RECOMENDA##

O Estadão apurou que Macron afirmou à delegação de Lula no almoço que irá ao Brasil no segundo semestre, atendendo convite do petista. A data não está fechada, mas Lula quer a presença dele em uma reunião do Tratado de Cooperação Amazônica, a ser realizada em agosto, em Belém (PA).

Os presidentes discutiram entraves ao Acordo Comercial do Mercosul com a União Europeia. Lula manifestou reiteradamente que não aceita condicionantes ambientais propostas pelo bloco europeu e considera que os franceses precisam ceder no protecionismo do setor agrícola. Macron sofre pressão interna do segmento para não avançar no acordo.

Mais cedo, Lula disse na cúpula do Novo Pacto Financeiro Global que estava "doido" para fechar a negociação, mas que as exigências ambientais impedem um acordo.

Conversaram ainda, segundo um integrante da comitiva, sobre a revisão do contrato de construção de submarino a propulsão nuclear, que envolve os dois países, o Pro-Sub. As comitivas trataram também da cooperação de segurança na zona de fronteira, entre o Amapá e a Guiana Francesa, sobre intercâmbio cultural e mudanças climáticas.

A relação entre Kylian Mbappé e o Paris Sain-Germain pode ser um assunto para o presidente da França resolver mais uma vez. No fim da última temporada, Emmanuel Macron interferiu nas conversas do atacante com a equipe de Paris para ressaltar a importância do jogador seguir em seu país. Nesta quarta-feira, Macron foi questionado se sabia de algo sobre a possível saída de Mbappé para outra equipe e se posicionou.

"Não tenho nenhum furo, mas tentarei fazer pressão", comentou o presidente francês, que é fã declarado de futebol e esteve presente na final da última Copa do Mundo, quando a França foi derrotada pela Argentina.

##RECOMENDA##

No fim da última temporada, quando Mbappé e PSG estavam em meio a um debate sobre a renovação contratual e a saída do atleta para o Real Madrid parecia iminente, Macron se posicionou e, de acordo com o presidente do time espanhol, entrou em contato com o atacante para falar que ele deveria permanecer na capital francesa. Agora a questão envolvendo o atleta e o time francês é diferente.

Mbappé renovou seu contrato com o PSG por duas temporadas e com a opção de ativação de uma terceira temporada. Nesta semana, o jogador enviou uma carta formalizando para a equipe e para a imprensa que não vai ativar a opção de terceira temporada e, com isso, poderá deixar a equipe em julho de 2024.

"Não pedi nem para ser vendido, nem para ir ao Real Madrid. Apenas confirmei que não quero ativar o ano adicional no contrato. Nunca falamos em renovar, mas estou feliz em ficar na próxima temporada", explicou Mbappé em entrevista a Gazzetta Dello Sport.

Quem se anima novamente com a possibilidade de contar com Mbappé é o Real Madrid. O presidente do time merengue, Florentino Pérez, afirmou na última semana a torcedores que ainda contará com francês no elenco, mas sua contratação não seria feita agora. Se esperar mais seis meses, a equipe da capital espanhola poderá firmar um pré-contrato com o atacante e não arcará com multa rescisória, apesar das vultosas luvas que estarão no acordo.

De acordo com o jornal Marca, o Real Madrid se animou com a notícia e espera que Mbappé e PSG tomem a iniciativa. O periódico cita ainda que a contratação do francês preencheria a lacuna deixada por Karim Benzema, que partiu para o saudita Al-Ittihad. No entanto, o clube se preocupa com o relacionamento em seu vestiário e não quer voltar a conviver com crises de ciúmes.

Após Lionel Messi deixar o PSG com rusgas por uma viagem à Arábia Saudita que resultou em faltas a treinamentos, o clube parisiense também deixou as portas abertas para a saída de Neymar. O brasileiro é cotado em clubes ingleses e sauditas, mas o plano para sua negociação pode tomar novos rumos diante do movimento de Mbappé.

O clube da capital francesa ainda não definiu quem será seu novo treinador, diante do provável desligamento de Christophe Galtier. A imprensa local já elencou vários nomes, entre eles Luis Enrique, José Mourinho, Julian Nagelsmann, Zinedine Zidane, Thiago Motta, Marcelo Gallardo e o palmeirense Abel Ferreira.

O presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou, nesta segunda-feira (12), que a contraofensiva do Exército ucraniano contra as forças russas começou.

"A contraofensiva ucraniana começou há vários dias", declarou Macron ao lado do chefe de Governo alemão, Olaf Scholz, e do presidente polonês, Andrzej Duda, no Palácio do Eliseu.

##RECOMENDA##

A operação deve se desenvolver durante "várias semanas, ou até meses", indicou Macron, que se reuniu com os dirigentes alemão e polonês no marco da iniciativa "Triângulo de Weimar", que prevê cúpulas regulares entre os três países.

No sábado, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, anunciou que estavam sendo realizadas "ações de contraofensiva e defensivas" na Ucrânia, mas sem indicar se as mesmas faziam parte da grande operação de retomada de territórios preparada há semanas.

Sete vilarejos foram reconquistados das forças russas no sul e no leste do país como parte dessas operações, afirmou, na noite desta segunda, o governo ucraniano.

"Nós desejamos que [a contraofensiva] seja o mais vitoriosa possível para que, em seguida, seja possível iniciar uma fase de negociação em boas condições", explicou o presidente francês.

Macron também confirmou que a França continuará "intensificando" sua ajuda militar à Ucrânia.

"Intensificamos as entregas de armas e de munição, de veículos blindados, e também o apoio logístico", ressaltou.

"Continuaremos [fazendo isso], de acordo com o calendário que dei [ao presidente Zelensky] nos próximos dias e semanas", acrescentou o chefe de Estado francês.

Scholz, por sua vez, também destacou que a Ucrânia seguirá "recebendo apoio pelo tempo que for necessário", com tanques, artilharia e defesa antiaérea.

"A guerra de agressão travada pela Rússia já é um fracasso estratégico e geopolítico para o agressor", apontou Macron.

O presidente da França Emmanuel Macron usou sua conta no Twitter, neste sábado, 3, para confirmar a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Paris. "Parceiros de todo o mundo, salvem a data de 22 e 23 de junho em Paris. O mundo precisa de uma economia verde que não deixe ninguém para trás. Juntos podemos criar um novo pacto financeiro.", afirmou o francês. "Que bom tê-lo conosco, querido presidente Lula. Até daqui 19 dias!", disse em complemento a primeira postagem.

Em resposta a Macron, Lula agradeceu o convite em postagem na mesma rede. "O Brasil tem se reintegrado ao mundo, dialogando e construindo parcerias, em busca das melhores oportunidades para o nosso País, e um mundo com mais cooperação e desenvolvimento sustentável. Obrigado pelo convite, amigo", disse. Será a 11ª viagem internacional do petista desde que tomou posse em janeiro. Na mesma data, Lula avalia visitar o Papa Francisco, no Vaticano.

##RECOMENDA##

A França vive, nesta segunda-feira, um 1º de maio de protestos multitudinários contra a reforma da Previdência em um contexto de inquietação com a inflação, que tem provocado greves e protestos em todo o mundo nos últimos meses.

"É um grande 1º de maio. Não é o fim da luta, é o protesto do mundo do trabalho contra esta reforma", disse o líder do sindicato CFDT, Laurent Berger, no começo do protesto, em Paris, por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador.

Centenas de milhares de pessoas voltaram às ruas de várias cidades francesas para protestar contra o adiamento da idade da aposentadoria de 62 para 64 anos em 2030, que o presidente Emmanuel Macron aprovou por decreto e quer adotar a partir de setembro.

Desde o começo do conflito social, em janeiro, a segunda economia da União Europeia (UE) tornou-se o centro das atenções do mundo. Nesta segunda, representantes sindicais de Coreia, Turquia, Colômbia e Espanha, entre outros, estavam presentes em Paris.

"Não se trata de preservar as aposentadorias na França, mas em todo o mundo. As pessoas deveriam poder se aposentar dignamente", disse David Huerta, de 56 anos, representante do sindicato americano do setor de serviços SEIU-USWW.

A reforma da Previdência na França pôs em questão a importância do trabalho na vida dos cidadãos, após a pandemia de covid-19 e os confinamentos decorrentes da crise sanitária, e em plena inquietação com o aquecimento global e suas consequências.

"A covid foi uma espécie de revelação e crise do trabalho, um questionamento ético sobre o peso do mesmo", resumiu o sociólogo Marc Loriol à rádio France Inter, em janeiro, dias depois do início dos protestos na França.

Nesta segunda, ambientalistas atiraram tinta na fachada da Fundação Louis Vuitton e na sede do ministério da Justiça francês, na célebre praça Vendôme, para denunciar, neste último caso, uma "lei [da Previdência] 'climaticida'".

Mas a isto somaram-se as preocupações em nível global com a perda do poder aquisitivo, diante do aumento de preços dos alimentos e da energia, provocado pela invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O Reino Unido, onde a inflação passa dos 10%, vive, por exemplo, uma onda de mobilizações sociais pedindo aumento de salários, tanto nos serviços públicos quanto no setor privado.

Esta reivindicação também esteve presente nas manifestações celebradas na Europa, de Portugal à Grécia, após já ter motivado manifestações ou greves setoriais nos últimos meses em vários países, entre eles Canadá e Argentina.

"Mesmo com 5% [de aumento salarial], é complicado. Se os preços estivessem nesse nível, talvez seria possível continuar vivendo, mas subiram muito mais", disse Runold Jacobskötter, um aposentado de 67 anos, durante protesto, nesta segunda, em Berlim.

- Convite ao diálogo -

Na França, os sindicatos estão decididos a prosseguir a luta contra uma reforma "injusta" que, avaliam, penaliza as mulheres que interromperam suas carreiras para cuidar dos filhos e aqueles que começaram a trabalhar muito jovens.

Embora os protestos de 1º de maio tenham sido os mais numerosos neste feriado em anos, não parecem ter alcançado o nível de mobilização do começo de março. As marchas registraram confrontos com policiais em Paris, Nantes e outras cidades.

A saída para a crise parece difícil. Os sindicatos esperam que o Conselho Constitucional valide na quarta-feira um pedido da oposição de esquerda para organizar um referendo que limite a idade da aposentadoria a 62 anos, após a rejeição a uma proposta similar.

Macron, que defende a reforma como uma forma de evitar um futuro déficit no caixa previdenciário, busca, por sua vez, relançar seu segundo mandato, até 2027. Mas em suas viagens pela França é recebido com panelaços e vaias.

Um dos pontos de seu plano para superar o conflito é negociar uma melhora nas condições de trabalho, mas os sindicatos ainda não decidiram se vão participar juntos da reunião que a primeira-ministra, Élisabeth Borne, vai propor em breve.

A imposição da reforma deteriorou a confiança dos franceses em Macron e nas instituições, uma situação que, segundo pesquisas, beneficia a deputada de extrema direita Marine Le Pen.

A batalha contra a reforma da previdência de Emmanuel Macron na França se intensificou nesta sexta-feira, 17, com o aumento dos protestos e a apresentação de duas moções de censura contra o governo da premiê Élisabeth Borne. O presidente decidiu, no dia anterior, elevar por decreto a idade de aposentadoria sem votação no Parlamento.

O decreto intensificou o confronto com os sindicatos, que prometeram mais greves, e com manifestantes cada vez mais furiosos, que retornaram às ruas de Paris e de outras cidades ontem para pressionar os legisladores a derrubar o governo.

##RECOMENDA##

Os garis estenderam sua greve de 12 dias, deixando pilhas de lixo por toda a capital, bloqueando o maior local de incineração da Europa. A prefeitura de Paris informou que 10 mil toneladas de lixo já se acumularam nas ruas da cidade, uma das mais visitadas do mundo.

A decisão do presidente, anunciada pela premiê na quinta-feira, 16, durante discurso no plenário da Assembleia Nacional, enfureceu os oponentes do projeto de lei, que já havia sido aprovado pelo Senado.

Manobra

De acordo com as regras da Constituição francesa, o projeto das aposentadorias se tornará lei, a menos que uma moção de desconfiança contra o governo seja bem-sucedida na Assembleia Nacional.

Vários grupos de oposição disseram ontem que concordaram em apoiar uma moção de desconfiança, que teve uma proposta apresentada uma pelo grupo parlamentar independente LIOT, de oposição, e outra pela extrema direita. Se aprovada, ela pode derrubar Borne e, por sua vez, a reforma.

A França tem um sistema semipresidencialista, no qual o presidente eleito "divide" o governo com seu primeiro-ministro, mas é a autoridade máxima da vida política do país.

Mal-estar

Com as estradas de Paris bloqueadas, escolas fechadas, lixo acumulado na capital e a invasão das vias férreas em várias cidades, o mal-estar dos franceses tomou múltiplas formas.

"Este anúncio (do governo) é um insulto. Há semanas que não somos escutados. Isso provocou muita indignação", declarou Philippe Melaine, professor de uma escola de Rennes, onde mais de 2 mil pessoas se manifestaram ontem.

Macron decidiu adotar a reforma sem submetê-la ao voto dos deputados, temendo uma derrota no Parlamento, ao recorrer a um mecanismo controverso: o artigo 49.3 da Constituição. Seu objetivo é aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030 e adiantar para 2027 a exigência de contribuição de 43 anos (e não 42 como agora) para solicitar uma aposentadoria completa. Dois a cada três franceses se opõem às mudanças, segundo as pesquisas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da França, Emmanuel Macron, concordou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a criação de um grupo pela paz e o fim da guerra no mundo. Pelo Twitter, os dois chefes de Estado trocaram mensagens neste sábado, 11.

De acordo com Macron, "a paz esteve no centro de nossas discussões", durante o encontro, em Paris, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Os três se encontraram nesta semana para tratar de questões da guerra entre Rússia e Ucrânia.

##RECOMENDA##

"A Ucrânia demonstrou verdadeira coragem ao iniciar esta conversa com seu plano de paz de 10 pontos. Vamos continuar juntos nessa base @LulaOficial", afirmou o presidente francês.

No início da manhã, Lula disse que também conversou sobre o tema com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. "Falei ao presidente @POTUS o que já tinha dito ao presidente @EmmanuelMacron e ao chanceler @Bundeskanzler, sobre a necessidade de criarmos um grupo para trabalhar pela paz e o fim da guerra no mundo. É preciso parar de atirar, senão, não tem solução", disse.

Lula foi recebido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca, na última sexta-feira, 10. No encontro, os dois líderes reafirmaram a relação Brasil-EUA. No final de janeiro, o petista recebeu o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, em Brasília, para discutir a volta do Fundo Amazônia.

O presidente da França Emmanuel Macron ligou para o presidente Lula (PT) nesta sexta-feira (27) e reforçou ser contrário aos ataques terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.

No dia dos atos golpistas, o presidente francês afirmou que a vontade do povo brasileiro e as instituições devem ser respeitadas. Na ocasião, ele demonstrou “apoio incondicional da França”. Na ligação, o presidente francês relembrou já ter falado sobre o tema publicamente, mas reafirmou estar “totalmente contra os ataques inaceitáveis que o Brasil sofreu, que você sofreu, e conte com o meu apoio sempre”. 

##RECOMENDA##

Em resposta, Lula agradeceu o apoio e a solidariedade de Macron. “Aqui no Brasil chamamos de terroristas. Acho que a democracia está correndo risco em vários Países do mundo, ameaçada por uma extrema direita e radicalizada. Por isso o seu gesto foi muito importante”, afirmou

[@#video#@] 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, nesta quinta-feira (26), com seu contraparte francês, Emmanuel Macron, sobre os "desafios" com o meio ambiente e a fome e os "riscos" da extrema direita para a democracia, informou o Palácio do Planalto.

"Ambos concordaram sobre os riscos que pairam sobre a democracia em virtude das ações violentas de grupos de extrema direita" e a "importância de se combater a desinformação", disse o Planalto em nota.

Macron ratificou o apoio da França ao Brasil após a invasão das sedes dos três poderes em Brasília, em 8 de janeiro, por milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que exigiam a queda de Lula.

"Durante nossa conversa, reiterei ao presidente @LulaOficial o apoio da França após os ataques contra a democracia brasileira", tuitou Macron.

Além disso, durante a conversa por telefone de mais de uma hora, os dois líderes discutiram as negociações em andamento para selar o acordo Mercosul-União Europeia e a "urgência" de buscar a paz entre Rússia e Ucrânia, países em conflito desde fevereiro de 2022.

Lula, de 77 anos e que iniciou um terceiro mandato presidencial em 1º de janeiro, convidou Macron para visitar o Brasil e conhecer o estaleiro no Rio de Janeiro onde está sendo construído um submarino movido a energia nuclear, fruto da cooperação entre os dois países.

Os presidentes também discutiram os esforços para combater as mudanças climáticas, pauta considerada prioritária pelos dois governos.

"Nós reafirmamos nossa determinação de agir pelo clima, pela biodiversidade, por nossas florestas e contra a fome. Vamos superar estes desafios", escreveu Macron, de 45 anos.

A volta de Lula ao poder no Brasil, que já havia governado entre 2003 e 2010, foi um alívio para as relações entre Brasil e França.

Macron e Bolsonaro tiveram relações muito ruins, especialmente devido à forma como o ex-presidente brasileiro lidou com a proteção da Amazônia, um recurso-chave na esforço internacional para deter as mudanças climáticas.

O presidente francês, Emmanuel Macron, prepara uma visita de Estado ao Brasil. Ele será um dos primeiros líderes mundiais a ser recebido pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para negociações bilaterais no ano que vem. A agenda e a data da visita ainda não foram fechadas, mas é certo que Macron pisará em solo brasileiro no primeiro semestre, conforme diplomatas envolvidos nos preparativos. Em princípio, a ideia era que a viagem fosse realizada em março, logo após o Carnaval, mas a visita de Estado foi postergada pela presidência francesa nos últimos dias.

Antes de Macron, a ministra dos Negócios Estrangeiros da França, Catherine Colonna, virá ao Brasil em fevereiro para cumprir agendas e preparar a viagem do presidente francês. Nenhum dos dois virá à posse de Lula, em 1º de janeiro. O provável representante de Paris será um auxiliar direto da chanceler francesa, o ministro-delegado Oliver Becht, responsável pelo Comércio Exterior, Atratividade e Franceses no Exterior.

##RECOMENDA##

O presidente francês conhece pouco da América do Sul. Antes do Brasil, esteve na Argentina, para a cúpula do G-20, e na Guiana Francesa. Será a terceira viagem dele à região.

A França é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na Europa. O país europeu lidera como o maior empregador estrangeiro e o terceiro que mais investe em território brasileiro. Em 2019, eram 1.042 as empresas francesas no Brasil, com 472 mil funcionários, conforme a embaixada em Brasília. Em 2020, o investimento francês em território nacional somou US$ 32,2 bilhões, 6% do total investido no setor produtivo por outros países, atrás somente de Estados Unidos e Espanha. Os dados são do Banco Central.

Além disso, os países desenvolveram parcerias estratégicas no setor de Defesa. Há tecnologia francesa em uso nas Forças Armadas brasileiras, com equipamentos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. São mísseis, sistemas, helicópteros. O principal deles é o programa de desenvolvimento de submarinos, o ProSub, sendo quatro convencionais e um nuclear, com transferência de conhecimento e tecnologia. Há intercâmbio de experiências e relacionamento direto no patrulhamento da fronteira comum, na região entre a Guiana Francesa e o Amapá.

‘Inimigo externo’

A despeito dessa relação diversa, que passa por setores culturais, esporte e academia, Macron virou "inimigo" político externo no governo Jair Bolsonaro. Eles só conversaram presencialmente uma vez. O presidente brasileiro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, proferiram opiniões ofensivas sobre a aparência da primeira-dama francesa, Brigitte Macron. Guedes chegou a dizer que a França estava se tornando "irrelevante" para o Brasil e disse que iria "ligar o foda-se" para Paris se não fosse bem tratado.

O líder francês liderou a pressão internacional sobre o Brasil no auge das queimadas na Amazônia. Autoridades de Paris foram desprezadas durante visita a Brasília. Bolsonaro queixava-se de que Macron queria "revogar" a soberania brasileira sobre a Amazônia e que agia de forma protecionista, bloqueando o avanço do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, diante de retrocessos na política ambiental brasileira.

O relacionamento com o petista é inverso. Lula e Macron se apoiaram mutuamente nas eleições presidenciais dos dois países. Antes da campanha eleitoral, o petista foi recebido com deferência pelo ex-presidente em Paris. Macron foi um dos primeiros a cumprimentá-lo pela vitória nas urnas e disse que deveriam unir forças. Afirmou que a eleição de Lula era um "novo capítulo" na história do Brasil. O francês divulgou vídeo de uma chamada telefônica na qual confidenciou que aguardava impacientemente pelo momento e propôs relançar a parceria estratégica.

Os Estados Unidos e a França vão continuar apoiando a Ucrânia "pelo tempo que for necessário", disseram os presidentes americano, Joe Biden, e francês, Emmanuel Macron, em comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira (1).

Segundo a nota, os chefes de Estado "reiteraram o apoio contínuo de seus países à Ucrânia" e se comprometem em particular a fornecer "ajuda política, de segurança, humanitária e econômica".

Em coletiva conjunta com Macron, Biden disse que está disposto a conversar com Vladimir Putin pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro, com a condição de que seu contraparte russo realmente queira pôr fim à guerra.

"Estou disposto a conversar com Putin se (...) estiver buscando uma forma de pôr fim à guerra. Ainda não o fez", afirmou Biden ao lado de Macron, que mantém o diálogo com Putin.

O presidente francês, por sua vez, agradeceu aos Estados Unidos pela ajuda dada a Kiev e alertou que "abandonar" a Ucrânia poria em risco "a estabilidade global".

Macron afirmou que "nunca vai pressionar os ucranianos a aceitarem um compromisso que seja inaceitável para eles" porque não possibilitaria a construção de "uma paz duradoura".

O presidente da França, Emmanuel Macron, comemora a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições à Presidência.

"Parabéns, caro Lula, por sua eleição que dá início a um novo capítulo da história do Brasil. Juntos, vamos unir nossas forças para enfrentar os muitos desafios comuns e renovar o vínculo de amizade entre nossos dois países", escreveu Macron em publicação no Twitter.

##RECOMENDA##

A aliança centrista do presidente Emmanuel Macron dispõe de 250 deputados na nova legislatura na França, 39 a menos que o necessário para a maioria absoluta, informa a edição desta quarta-feira (29) do Diário Oficial, no momento em que o governo examina se enfrentará ma moção de confiança.

"Nenhuma decisão foi tomada a respeito", disse a porta-voz do governo, Olivia Grégoire, ao explicar que uma "declaração" do Executivo será apresentada às duas câmaras do Congresso no dia 5 de julho.

Ao contrário de 2017, quando Macron conseguiu maioria absoluta nas eleições legislativas, seu então primeiro-ministro, Edouard Philippe, foi submetido a um voto de confiança após sua declaração de política geral.

A atual chefe de Governo, Élisabeth Borne, decidiu optar por outra forma de falar aos deputados e senadores, enquanto prossegue conversando com os diferentes partidos sobre a possibilidade de aplicar o programa reformista e liberal de Macron.

O presidente, reeleito em 24 de abril para um segundo mandato de cinco anos, não terá vida fácil. Os partidos de oposição já rejeitaram a possibilidade de integrar um governo conjunto ou de estabelecer um acordo global de legislatura.

Dos 577 deputados da Assembleia Nacional (Câmara Baixa), os três grupos da aliança Juntos! de Macron contam com 250, depois de adicionar parlamentares com ideias similares à bancada, como Stéphane Vojetta, que derrotou o ex-primeiro-ministro Manuel Valls.

Para alcançar a maioria absoluta de 289 deputados, eles a aliança poderia contar com o apoio do partido Os Republicanos (direita), que tem 62 parlamentares, mas que já se apresentou como um grupo de "oposição", disposto a estabelecer acordos específicos.

O governo já expressou relutância em alcançar acordos com os outros dois grupos que permitiriam superar o número de 289 e que considera "extremos": a ultradireita de Marine Le Pen (89) e a França Insubmissa (estrema-esquerda, 75).

Este último partido disputou as legislativas em uma frente unida de esquerda (NUPES), que terá quatro grupos na Assembleia: LFI, os socialistas (31), os ecologistas (23) e os comunistas e seus aliados de territórios de ultramar (22).

O 10º grupo da Assembleia Nacional será formado por 16 deputados de várias tendências - nacionalistas da Córsega, centristas, etc -, segundo o Diário Oficial. Nove parlamentares não estarão inscritos em nenhuma bancada.

Os franceses votam neste domingo para decidir se facilitam o segundo mandato do presidente centrista Emmanuel Macron com uma nova maioria absoluta de deputados, ao final de vários meses de maratona eleitoral.

As assembleias de voto abriram às 08h locais e encerrarão às 18h, exceto nas grandes cidades onde a votação segue até às 20h e os resultados serão divulgados em seguida.

No total, 48,7 milhões de franceses estão habilitados a votar, mas é muito provável que a abstenção ultrapasse os 50%, como no primeiro turno.

O resultado do segundo turno das eleições legislativas é fundamental para que Macron, reeleito em 24 de abril por mais cinco anos, possa aplicar seu programa reformista de cunho liberal, como o aumento da idade de aposentadoria de 62 para 65 anos.

Seu principal adversário é a Nova União Popular, Ecológica e Social (Nupes), a primeira frente de esquerda em 25 anos que reúne a esquerda radical, ambientalistas, comunistas e socialistas. Seu líder é o político veterano Jean-Luc Mélenchon.

A esquerda colocou as eleições como um "terceiro turno" da eleição presidencial, considerando que os franceses votaram no centrista para impedir que sua rival de extrema-direita Marine Le Pen chegasse ao poder, e não por suas ideias.

Seu objetivo é tirar a maioria de Macron e forçá-lo a nomear Mélenchon como primeiro-ministro. A Nupes busca assim interromper o programa do presidente e aplicar o seu próprio, como o aumento do salário mínimo para 1.500 euros líquidos por mês.

As últimas pesquisas, no entanto, descartam esse último cenário, mas preveem que a aliança de centro ¡Juntos! de Macron pode perder a maioria absoluta no Parlamento, forçando-o a buscar aliados para realizar suas reformas.

"Maioria sólida"

A votação deste domingo encerra um ciclo eleitoral crucial para o rumo da França nos próximos cinco anos. A próxima eleição será para o Parlamento Europeu em 2024.

A chegada do centrista Macron em 2017 abalou o conselho político francês, que agora está dividido em três blocos principais – esquerda radical, centro e extrema direita – deixando de lado os partidos tradicionais do governo.

Após o desastre na eleição presidencial, o Partido Socialista (PS) decidiu se juntar à frente liderada por Mélenchon, apesar do descontentamento de seus ex-líderes, e os republicanos, enfraquecidos, esperam ser a chave para formar maiorias com Macron no Parlamento.

O partido de extrema-direita de Le Pen já avançou em seu desejo de se opor firmemente ao presidente e, para isso, conseguiu formar sua própria bancada parlamentar pela primeira vez desde 1986, segundo as pesquisas.

Embora a negociação seja comum na maior parte das democracias na ausência de uma maioria estável no Parlamento, a adoção de leis se tornaria uma dor de cabeça para o partido no poder na França.

Na reta final da campanha, a aliança de Macron alertou para o caos que seria governar com maioria simples e, sobretudo, para o "perigo" da chegada da frente de esquerda ao poder.

Os franceses estão escolhendo legisladores em uma eleição parlamentar neste domingo, e o presidente Emmanuel Macron busca garantir sua maioria enquanto está sob crescente ameaça de uma coalizão de esquerda. Mais de 6 mil candidatos, com idades entre 18 e 92 anos, disputam 577 assentos na Assembleia Nacional no primeiro turno das eleições. Aqueles que receberem mais votos avançarão para a etapa decisiva, em 19 de junho.

Embora os candidatos tenham procurado abordar as preocupações dos consumidores com a inflação, que foi uma questão-chave da campanha, o entusiasmo dos eleitores tem sido geralmente baixo. Isso se refletiu nos primeiros números de comparecimento de domingo, que mostraram que apenas 18% dos 48,7 milhões de eleitores da França votaram até o meio-dia.

##RECOMENDA##

Após a reeleição de Macron em maio, sua coalizão centrista busca uma maioria absoluta que permita implementar suas promessas de campanha, que incluem cortes de impostos e aumento da idade de aposentadoria de 62 para 65 anos. Mas as últimas pesquisas de opinião sugerem que Macron e seus aliados podem ter problemas para conquistar mais da metade dos assentos parlamentares. Um governo com uma maioria grande, mas não absoluta, ainda seria capaz de governar, mas apenas barganhando com os legisladores.

A principal força de oposição parece ser a recém-criada coalizão do líder de extrema esquerda Jean-Luc Mélenchon composta por esquerdistas e comunistas. A plataforma da coalizão inclui um aumento significativo do salário mínimo, reduzindo a idade de aposentadoria para 60 anos e travando os preços da energia. Embora a coalizão possa ganhar mais de 200 cadeiras, as projeções atuais dão pouca chance à esquerda de conquistar a maioria na Assembleia Nacional. Macron e seus aliados devem ganhar entre 260 e 320 assentos, de acordo com as últimas pesquisas.

A eleição parlamentar é tradicionalmente uma disputa difícil para os candidatos da extrema-direita francesa. Rivais de outros partidos tendem a se coordenar ou se afastar para aumentar as chances dos oponentes dos candidatos de extrema-direita no segundo turno. O partido liderado por Marine Le Pen, vice-campeã de Macron na eleição presidencial, espera se sair melhor do que há cinco anos, quando conquistou oito cadeiras. Com pelo menos 15 cadeiras, a extrema-direita poderia formar um grupo parlamentar e ganhar mais poderes na assembleia.

As assembleias de voto encerram às 21h00 (de Brasília), com projeções iniciais da agência de pesquisa logo depois.

Fonte: Associated Press

O presidente francês, Emmanuel Macron, foi empossado neste sábado (7) em uma cerimônia sóbria, mas simbólica, no Palácio do Eliseu, durante a qual insistiu na necessidade de "agir", poucos dias antes do início de seu segundo mandato.

A posse do quarto presidente reeleito na Quinta República, depois de De Gaulle, Mitterrand e Chirac, está em linha com a de seus antecessores, sem deixar o Eliseu. O evento resume-se, assim, essencialmente a uma cerimônia televisionada, transmitida ao vivo por todos os principais canais.

Às 11h00 (06h00 de Brasília) Emmanuel Macron entrou no salão de festas, o maior e mais prestigioso do palácio, ao som do primeiro movimento do Concerto para Oboé de Handel.

O presidente do Conselho Constitucional, Laurent Fabius, proclamou sua vitória no segundo turno em 24 de abril contra a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, com 58,55% dos votos. Em seguida, Macron foi presenteado com o colar de Grão-Mestre da Legião de Honra.

"Estou ciente da gravidade dos tempos", disse no início do seu discurso, com particular referência à guerra na Ucrânia, diante de cerca de 450 personalidades convidadas, insistindo na necessidade de "agir incansavelmente".

Estiveram presentes seus antecessores Nicolas Sarkozy e François Hollande, sua família, incluindo sua esposa Brigitte, seus amigos, membros do governo, seu primeiro-ministro Jean Castex à frente, bem como os líderes das duas câmaras do Parlamento, acadêmicos, sindicalistas, religiosos...

"Novo método"

O chefe de Estado prometeu presidir com "um novo método", "planejando, reformando, associando" os franceses, legando à juventude "um planeta mais habitável e uma França mais viva e mais forte".

Ele cumprimentou os convidados, incluindo profissionais da saúde, autoridades locais, dirigentes de associações, atletas, incorporando as prioridades declaradas do novo mandato de cinco anos.

Macron foi então ao pátio para passar em revista as tropas ao som da Marselhesa, mas também da peça "Terre et mer" de Bagad de Lann-Bihoué, já tocada nos últimos anos em homenagem aos soldados mortos na operação no Sahel.

De acordo com uma tradição que remonta ao Antigo Regime, 21 tiros de canhão serão disparados da Esplanada dos Inválidos.

No entanto, o novo mandato de cinco anos só começará oficialmente em 14 de maio. A nomeação do novo primeiro-ministro deverá ocorrer apenas depois, enquanto as eleições legislativas se aproximam um mês depois.

As aparentes dificuldades de Macron em encontrar a personalidade ideal para liderar o governo alimenta especulações. A ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro socialista Manuel Valls, Véronique Bédague, atual diretora-gerente do grupo imobiliário Nexity, teria recusado a oferta, assim como a deputada socialista Valérie Rabault, que indicou ter sido abordada e recusada por não concordar com o plano de aposentadoria de 65 anos.

O Eliseu garante, por sua vez, que "o presidente não ofereceu o cargo de primeiro-ministro a ninguém".

No domingo, Emmanuel Macron participará das cerimônias que marcam o aniversário da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista em 8 de maio de 1945.

Ele deve fazer um discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na segunda-feira, antes de viajar a Berlim para se encontrar com o chanceler alemão Olaf Scholz, sua primeira viagem ao exterior desde sua reeleição.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando