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O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) informou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que investigações do próprio Tribunal e da Secretaria de Defesa Social (SDS) concluíram não haver ameaça à vida da juíza Fabíola Michelle Muniz Mendes, que atua no sertão pernambucano.

De acordo com a assessoria de comunicação do TJ-PE, as informações foram solicitadas pelo CNJ, que em julho concedeu liminar determinando escolta policial à magistrada.

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O TJ-PE entende que, de posse dessas informações, cabe ao CNJ decidir se mantém ou suspende a proteção policial à magistrada. O diretor jurídico da Associação dos Magistrados de Pernambuco (Amepe), Isael Nóbrega, afirmou que há 10 dias a juíza está sendo escoltada por policiais civis.

Ela diz ter sofrido ameaças - em junho - de dois policiais militares que faziam sua escolta e eram acusados de tortura em um processo que estava sob o seu encargo. A juíza prestou queixa à polícia e acionou a Amepe que, com apoio da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), encaminhou pedido de providências ao CNJ solicitando que o conselho determinasse ao TJ-PE a concessão de proteção da Polícia Civil ou da Polícia Federal à juíza.

Fabíola Michelle, que atendia a comarca de Tabira, no sertão, foi transferida para outra cidade sertaneja, São José do Belmonte, e não está mais responsável pelo julgamento do processo dos 19 PMs acusados de tortura e morte de dois agricultores em dezembro de 1998. Ela não quis se pronunciar sobre o caso.

No final da noite desta quinta-feira (11), a juíza Patrícia Acioli, de 47 anos, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), foi morta, com vários tiros, quando se aproximava da entrada do condomínio onde residia, no Timbau, bairro do distrito de Piratininga, em Niterói (RJ). A polícia acredita em emboscada e crime encomendado. A juíza estava sem seguranças quando foi atacada.

Ao volante de um Fiat prata Idea, a vítima foi surpreendida por homens utilizando toucas ninja e ocupando duas motos e dois carros. Foram feitos pelo menos 15 disparos de pistolas calibres 40 e 45 contra a vítima, que morreu no local. A polícia espera contar com eventuais imagens gravadas pelas câmeras de segurança existente na portaria do condomínio.

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Prisões e ameaças - A juíza, segundo o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Manoel Alberto Rebelo dos Santos, que esteve no local do crime, havia recebido várias ameaças de morte. Em algumas decisões de Patrícia, está a prisão de policiais militares de São Gonçalo que sequestravam traficantes e, mesmo depois de matá-los, entravam em contato com familiares e comparsas exigindo dinheiro para soltura.

A juíza também decretou a prisão preventiva de policiais militares acusados de forjar confrontos com bandidos, mortos durante a abordagem. O nome da juíza estava em uma "lista negra" feita pelo criminoso Wanderson Silva Tavares, o "Gordinho", preso no Espírito Santo em janeiro deste ano e chefe da quadrilha de extermínio que agia em São Gonçalo e teria assassinado pelo menos 15 pessoas em três anos.

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