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A justiça da Suécia anunciou nesta segunda-feira (13) a reabertura do caso de 2010 por suposto estupro contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, detido no Reino Unido depois de passar sete anos refugiado na embaixada do Equador em Londres.

"Hoje decidi reabrir a investigação", anunciou Eva-Marie Persson, procuradora adjunta, antes de afirmar que solicitará que Assange "seja entregue à Suécia mediante uma ordem de detenção europeia".

Assange foi detido em 11 de abril pela polícia britânica na embaixada equatoriana. "Como Assange está preso na Grã-Bretanha, estão reunidas as condições para sua entrega (à Suécia), o que não era o caso antes de 11 de abril", afirmou Persson.

O anúncio de Estocolmo é um novo capítulo da novela judicial que dura quase uma década, durante a qual Julian Assange e seus apoiadores denunciaram uma manobra para provocar a extradição do australiano aos Estados Unidos para que responda pela divulgação de documentos secretos americanos pelo WikiLeaks.

Para evitar esta extradição, Assange buscou refúgio em 2012 na embaixada do Equador em Londres. Na ausência do australiano e sem capacidade para avançar com a investigação, a justiça sueca arquivou o caso em maio de 2017.

Após o anúncio da justiça sueca, o Wikileaks afirmou que a reabertura do caso permitirá a Julian Assange "limpar seu nome".

O jornalista islandês Kristinn Hrafnsson, chefe de redação da plataforma que divulgou milhares de documentos confidenciais, afirmou em um comunicado que que houve "pressão política" na Suécia para a reabertura do caso.

Um tribunal de apelação sueco manteve nesta sexta-feira a ordem de detenção internacional contra o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, pelas acusações de estupro que pesam sobre ele desde 2010.

O tribunal de apelação de Estocolmo anunciou em um comunicado que Assange, refugiado desde 2012 na embaixada do Equador em Londres, seguirá "detido in absentia", acrescentando que compartilhava a avaliação do tribunal do distrito (a instância inferior) de que Assange "ainda é suspeito de estupro" e de que existe o "risco de que escape de um processo judicial ou de uma condenação".

Pela oitava vez em seis anos, um tribunal sueco rejeitou um recurso de Assange para evitar a extradição do Reino Unido à Suécia. O australiano e sua defesa pedem que a ordem de detenção seja retirada, ao considerar que, se for executada, ele será extraditado aos Estados Unidos para ser julgado pela divulgação de centenas de milhares de documentos secretos através do WikiLeaks.

O ex-hacker nega firmemente as alegações contra ele, denunciando uma manobra dos Estados Unidos. A decisão do tribunal de apelação de Estocolmo pode ser recorrida, por sua vez, ante o tribunal supremo da Suécia, se ele aceitar tramitá-lo.

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