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O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, recebeu, na manhã desta terça-feira (22), John Shipton, pai do fundador do site Wikileaks, o jornalista e ativista australiano Julian Assange, no Palácio do Planalto.

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Shipton veio ao Brasil para a pré-estreia do filme "Ithaka – A Luta de Julian Assange", que estreia nos cinemas no dia 31 deste mês. Ele estava acompanhado do diretor-geral da Associação Amigos do Cinema e da Cultura (AACIC), Nilson Rodrigues.

Depois de Brasília, Shipton viajará a Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife nos próximos dias para divulgar o longa. Em todas as cidades, ele participa de encontros com autoridades e movimentos sociais vinculados à defesa da liberdade de expressão.

No encontro no Planalto, o ministro Paulo Pimenta relatou que informou a visita por telefone ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Joanesburgo, África do Sul, onde participa da 15ª Cúpula do BRICS – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“Quando falei ao presidente Lula que ia recebê-lo, Lula pediu para transmitir para o senhor o respeito por sua luta e o sentimento de inconformidade dele diante do silêncio da mídia sobre o caso”, disse Pimenta.

O fundador do Wikileaks vive desde 2019 numa prisão de segurança máxima no Reino Unido, sob a ameaça de ser extraditado para os Estados Unidos.

“A gente agradece muito sua vista, Shipton, e reafirmamos o compromisso do nosso governo com a sua luta, a do Assange, e o nosso compromisso com a liberdade de expressão. Defendemos quem tem coragem de buscar um mundo melhor”, completou o ministro.

Shipton agradeceu o apoio e lembrou que já esteve com o presidente Lula pessoalmente em Genebra e em Paris. “Lula tem sido um advogado e um amigo formidável”, disse. Como a maior parte dos líderes sul-americanos, o presidente do Brasil também defende a liberdade de Assange.

“A postura do presidente Lula é muito importante para mim. É um grande conforto para a nossa família. Sei da importância de ele estar na reunião do BRICS, então agradeço ao ministro a generosidade, em meu nome e do Julian. Desejo tudo de melhor para o futuro do Brasil e que em breve a gente possa celebrar”, completou Shipton.

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com os editores do WikiLeaks Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell na última segunda-feira, 28, e voltou a defender a libertação do australiano Julian Assange, preso desde 2019 em Londres.

Em publicação nas redes sociais, Lula disse que foi informado "da situação de saúde e da luta por liberdade" de Assange. "Pedi para que enviassem minha solidariedade. Que Assange seja solto de sua injusta prisão", escreveu.

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Em junho, Lula já havia cobrado uma "pressão mundial" pela libertação do fundador do WikiLeaks.

O editor-chefe do WikiLeaks Kristinn Hrafnsson publicou no Twitter que apresentou ao petista uma demanda "para acabar com a perseguição" de Assange, "entendendo que isso pode prejudicar a liberdade de imprensa em todo o mundo". "Um verdadeiro homem de paixão, visão e simpatia", escreveu sobre Lula.

Quem é Julian Assange e por que ele foi preso?

Assange foi detido em abril de 2019 pelas autoridades britânicas depois de o Equador retirar o asilo diplomático concedido em 2012. Em junho deste ano, o ativista teve a extradição para os EUA autorizada, acusado de conspiração por ciberpirataria. Ele segue detido, porém, na prisão de segurança máxima de Belmarsh, próximo a Londres, enquanto recorre à decisão da justiça.

Ele ganhou atenção mundial a partir de 2009, quando, por meio da plataforma WikiLeaks, publicou centenas de mensagens e documentos sobre militares americanos. Com a ajuda de cinco jornais internacionais (The New York Times, The Guardian, Der Spiegel, Le Monde e El País), também divulgou mais de 250 mil documentos secretos que revelavam segredos da diplomacia americana, no episódio que depois foi batizado de "cablegate".

Os representantes do WikiLeaks cumprem agendas em diversos países para pedir a libertação de Assange. Na terça-feira, 29, eles também estiveram no Congresso em reuniões com parlamentares.

O WikiLeaks, organização sem fins lucrativos fundada pelo australiano Julian Assange, em 2016, completa 16 anos nesta terça-feira (04). A organização foi responsável pela publicação de imagens, documentos e materiais confidenciais que envolvem governos e empresas, principalmente relacionados a guerras, espionagem e corrupção.

De acordo com a organização, o WikiLeaks sozinho já publicou mais de 10 milhões de documentos, análises e imagens, permitindo que o público geral tenha acesso a fatos sigilosos sobre questões delicadas. Graças ao apoio de diversas entidades, veículos de comunicação e do público, a organização se manteve forte e resistente a todas as tentativas de censura que sofreu ao longo dos anos.

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Desde seu início, o WikiLeaks e seus membros receberam os mais importantes prêmios ao redor do mundo, como o The Economist New Media Award (2008), The Martha Gellhorn Prize for Journalism (2011), The Voltaire Award for Free Speech (2011) e o The Brazilian Press Association Human Rights Award (2013). Além disso, a organização também recebeu indicações para o Prêmio Mandela, da ONU, e para o Prêmio Nobel da Paz.

Recentemente, no mês de junho, a Ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, aprovou a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos. A ordem contra o fundador do WikiLeaks foi emitida pela justiça britânica em abril deste ano (2022). Esta foi uma notícia que chocou a defesa de Assange, que, caso julgado em solo norte-americano, pode encarar uma pena de 175 anos de reclusão.

De 2019 a 2019, Assange viveu na embaixada do Equador em Londres, na condição de asilo político concedido durante o governo do presidente equatoriano Rafael Correa. Com a mudança no governo equatoriano, em 2017, o presidente que assumiu o país, Lenín Moreno, não foi favorável a manter Assange na embaixada. Em 2019, o jornalista foi expulso e teve seu asilo revogado. 

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, apresentou recurso nesta sexta-feira (1º) no Reino Unido contra a ordem de extradição para os Estados Unidos, informou a Alta Corte de Londres.

O australiano, de 50 anos, é processado nos Estados Unidos, onde poder ser condenado a 175 anos de prisão pelo vazamento de documentos confidenciais.

Após uma longa disputa judicial, a ministra britânica do Interior, Priti Patel, assinou em 17 de junho o decreto de extradição.

Assange, detido há três anos na prisão de segurança máxima de Belmarsh, perto de Londres, tinha até hoje para apelar.

A justiça britânica recebeu uma "notificação de Julian Assange" para recorrer da extradição.

Nesta sexta, dezenas de pessoas - incluindo sua esposa Stella Assange - se reuniram em frente ao ministério de Interior para protestar contra a ordem de extradição.

A justiça britânica emitiu nesta quarta-feira (20) a ordem formal que autoriza a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, aos Estados Unidos para ser julgado por espionagem devido à publicação de centenas de milhares de documentos secretos a partir de 2010.

A ordem será enviada agora para a ministra do Interior, Priti Patel, que tem a última palavra em qualquer extradição. A defesa de Assange pode apresentar suas alegações até 18 de maio.

A justiça dos Estados Unidos deseja julgar o australiano, de 50 anos, pela divulgação no WikiLeaks a partir de 2010 de mais de 700.000 documentos confidenciais sobre atividades diplomáticas e militares americanas, que revelaram atrocidades nas guerras do Iraque e Afeganistão.

Se for declarado culpado, Assange pode ser condenado ao máximo de 175 anos de prisão, em um caso que as organizações de defesa dos direitos humanos denunciam como um ataque à liberdade de imprensa.

O governo americano afirma que o australiano não é jornalista, e sim um hacker, que colocou em perigo a vida de vários informantes ao publicar documentos completos, sem edição.

No dia 14 de março, a Suprema Corte britânica rejeitou um recurso de Assange para apelar contra a extradição.

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, assinaram uma carta que pede liberdade para Julian Assange, fundador do WikiLeaks. O documento, divulgado nesse domingo (12), pela organização de esquerda Grupo de Puebla, afirma que a prisão de Assange é um "triunfo da opressão, do silêncio e do medo".

O texto foi assinado por líderes da esquerda de diversos países da América Latina, incluindo o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper e o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo. Entre os brasileiros, também assina a carta o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante.

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Assange ficou mundialmente conhecido em 2010, quando divulgou milhares de documentos diplomáticos e militares americanos. Em 2016, publicou milhares de mensagens secretas da campanha da democrata Hillary Clinton, rival de Donald Trump nas eleições daquele ano.

Na última sexta-feira (10), a Justiça do Reino Unido determinou que o criador do WikiLeaks pode ser extraditado para os Estados Unidos para responder a acusações de espionagem. O australiano, que tem 50 anos, é alvo de pelo menos 17 acusações criminais e pode ser condenado a até 175 anos de prisão.

Segundo a carta assinada por Lula e Dilma, a determinação do tribunal britânico é um "grave erro judicial" que abre precedentes contra a liberdade de expressão e os direitos humanos. "A decisão do Tribunal de Westminster (Reino Unido), de 10 de dezembro de 2021, que possibilita a extradição de Julian Assange aos EUA, não é apenas um grave erro judicial que põe em risco sua vida, como sua advogados de defesa, mas sim uma decisão que abre sérios precedentes na violação do direito humano à liberdade de expressão e informação", diz o documento.

Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, poderá ser extraditado para os Estados Unidos, decidiu nesta sexta-feira (10) a Justiça do Reino Unido, ao aprovar um pedido de recurso do governo americano. O australiano de 50 anos enfrenta nos Estados Unidos ao menos 17 acusações criminais, incluindo uma violação da lei de espionagem, e conspiração para invadir computadores do governo.

As revelações do WikiLeaks expuseram crimes de guerra dos EUA no Iraque e no Afeganistão, detenções extrajudiciais na prisão de Guantánamo, em Cuba, e telegramas de diplomatas revelando abusos de direitos humanos em diferentes partes do mundo. A decisão representa um golpe para os esforços de Assange de evitar sua extradição para os EUA para enfrentar acusações de espionagem, embora as opções de recurso permaneçam abertas para sua equipe jurídica.

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"O tribunal permite o recurso", disse o juiz Timothy Holroyde, revertendo uma decisão de janeiro deste ano que impedia a extradição. As autoridades dos Estados Unidos acusam o australiano de divulgação de uma vasta coleção de registros militares confidenciais americanos e informações diplomáticas que, segundo eles, colocaram vidas em perigo.

O advogado que representa o governo americano, James Lewis, insistiu nas garantias dadas por Washington de que Julian Assange não será submetido a medidas especiais nem ficará detido no temido centro penitenciário de altíssima segurança ADX Florence, no Colorado, conhecido como "Alcatraz das Montanhas Rochosas".

O advogado James Lewis afirmou que a Justiça americana vai garantir que Assange receba os cuidados clínicos e psicológicos necessários e que poderá solicitar cumprir sua pena na Austrália, seu país de origem.

Assange está sob custódia no Reino Unido desde abril de 2019. Antes, ele tinha ficado sete anos na embaixada do Equador na capital britânica para evitar uma extradição para a Suécia, pedida em 2010, em um caso de agressão sexual que viria a ser arquivado em 2017. Ele está há dois anos e meio na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh.

O australiano, considerado por seus simpatizantes uma vítima de ataques contra a liberdade de expressão, havia conquistado um resultado positivo em janeiro. Na ocasião, a Justiça rejeitou o pedido de extradição de Washington, alegando que existia a risco de Assange cometer suicídio. Nos Estados Unidos, ele pode enfrentar uma pena de 175 anos de prisão.

Em seu recurso, Washington questiona a confiabilidade de um especialista que testemunhou a favor de Assange sobre a fragilidade de sua saúde mental atual.

O psiquiatra Michael Kopelman reconheceu que enganou a Justiça ao "ocultar" o fato de que seu cliente se tornou pai durante seu confinamento na embaixada do Equador em Londres.

O australiano, que conta com o apoio de várias organizações de defesa da liberdade de imprensa, é procurado pelos Estados Unidos por espionagem, após a publicação de cerca de 700.000 documentos militares e diplomáticos confidenciais.

Ele foi detido pela polícia britânica em abril de 2019, depois de passar sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou quando estava em liberdade sob fiança. Ele temia a extradição para os Estados Unidos, ou para a Suécia, cuja Justiça o denunciou por estupro. Desde então, estas acusações foram retiradas.

WikiLeaks e as acusações contra Assange

O WikiLeaks ficou famoso em 2009 quando publicou centenas de milhares de mensagens enviadas por pagers em 11 de setembro de 2001, o dia do atentado nos Estados Unidos contra as Torres Gêmeas e o Pentágono. A ONG, fundada em 2006 por Julian Assange, permite a publicação online de documentos secretos sem identificar quem os vazou.

Pouco a pouco, suas revelações se tornaram mais controvertidas, como quando publicou um vídeo em que soldados americanos aparecem cometendo abusos no Iraque ou quando divulgou milhares de documentos militares sobre o Afeganistão.

Em novembro de 2010, o WikiLeaks publicou, com a ajuda de cinco jornais internacionais (The New York Times, The Guardian, Der Spiegel, Le Monde e El País), mais de 250 mil documentos secretos que revelavam segredos da diplomacia americana. Este episódio, depois batizado como "cablegate", transformou o australiano em inimigo número 1 dos EUA.

Ao todo, o WikiLeaks diz ter publicado "mais de 10 milhões de documentos" sobre vários assuntos, incluindo o mundo das finanças, do entretenimento e da política. (Com agências internacionais).

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pode se casar na prisão em que está detido nos arredores de Londres, onde aguarda a decisão sobre sua extradição para os Estados Unidos, segundo sua companheira Stella Moris.

"Boas notícias: o governo do Reino Unido recuou 24 horas antes do prazo. Julian e eu temos permissão para nos casar na prisão de Belmarsh", tuitou a advogada sul-africana, que teve dois filhos com Assange enquanto ele esteve refugiado na embaixada do Equador em Londres.

"Estou aliviada, mas continuo revoltada, porque uma ação legal foi necessária para impedir a interferência ilegal em nosso direito básico de casamento", acrescentou ela.

Nos últimos dias, Moris apresentou uma ação contra a recusa das autoridades em permitir a união. A data do casamento ainda não foi marcada.

Também não há data para a decisão do tribunal britânico sobre o recurso dos EUA contra a recusa do Reino Unido em extraditar Assange, apresentado em janeiro.

A justiça britânica rejeitou em primeira instância o pedido de extradição de Washington, alegando um possível suicídio.

No final de outubro, a Suprema Corte de Londres considerou o recurso de Washington.

O governo dos EUA acusa o australiano de 50 anos de espionagem e o vazamento de mais de 700.000 documentos confidenciais, crimes pelos quais ele pode ser condenado a até 175 anos de prisão.

Ele foi preso pela polícia britânica em abril de 2019, depois de passar sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou quando estava em liberdade sob fiança.

Ele temia a extradição para os Estados Unidos ou a Suécia, que o denunciou por estupro, acusação que já foi retirada.

A justiça britânica decidirá nesta segunda-feira (4) se autoriza a extradição do fundador do WikiLeaks, o polêmico Julian Assange, para os Estados Unidos, que deseja julgá-lo por acusações de espionagem, o que poderia resultar em uma pena de até 175 anos de prisão.

O australiano, de 49 anos, será informado durante um audiência na corte penal de Londres se a juíza Vanessa Baraitser considera pertinente o pedido de extradição apresentado pela justiça americana, em um caso que seus defensores consideram crucial para a liberdade de imprensa.

A decisão da juíza pode ser objeto de recurso pelas duas partes, o que poderia prolongar a saga judicial que envolve Assange desde 2010, quando o site WikiLeaks publicou centenas de milhares de documentos militares e diplomáticos confidenciais que deixaram Washington em situação difícil.

Entre os documentos estava um vídeo que mostrava helicópteros de combate americanos atirando contra civis no Iraque em 2007. O ataque matou várias pessoas em Bagdá, incluindo dois jornalistas da agência de notícias Reuters.

Antes do pronunciamento, a justiça inglesa examinou de maneira detalhada a solicitação americana para ter certeza de que não é desproporcional ou incompatível com os direitos humanos.

As audiências celebradas em setembro, após meses de atraso devido à pandemia de coronavírus, foram marcadas por protestos na porta do tribunal, onde partidários do australiano exibiram cartazes com frases como "Prendam os criminosos de guerra, libertem Julian Assange!".

Alegando o temor de que Assange, cuja saúde física e mental pareceu muito debilitada, cometa suicídio, sua companheira sentimental, Stella Moris, entregou em setembro ao gabinete do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, uma petição com 800.000 assinaturas contra a extradição.

Mantido em uma penitenciária de segurança máxima de Londres desde sua detenção em abril de 2019 na embaixada do Equador, onde permaneceu refugiado por sete anos, Assange poderia ser condenado a 175 anos de prisão caso a justiça americana o declare culpado de espionagem.

Washington alega que Assange colocou em perigo as vidas de seus informantes com a publicação dos documentos secretos sobre as ações militares americanas no Iraque e Afeganistão, que revelaram atos de tortura, mortes de civis e outros abusos.

Mas para o comitê de apoio ao australiano, estas são "acusações com motivação política que representam um ataque sem precedentes à liberdade de imprensa".

A defesa do australiano denunciou que o presidente americano Donald Trump queria transformá-lo em um castigo "exemplar" em sua "guerra contra os jornalistas investigativos" e que Assange não teria um julgamento justo nos Estados Unidos.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, terá de esperar até depois das eleições presidenciais dos Estados Unidos para saber se será extraditado para aquele país, que deseja julgá-lo por espionagem - informou nesta sexta-feira (25) a juíza britânica responsável pelo caso.

Assange enfrenta 18 acusações nos Estados Unidos relacionadas à publicação em 2010, por parte do WikiLeaks, de centenas de milhares de documentos confidenciais. Entre outras coisas, telegramas diplomáticos e outros documentos expunham suas ações militares no Afeganistão e Iraque, incluindo mortes de civis, tortura e outros abusos.

A Justiça britânica analisa atualmente se concede o pedido de extradição dos EUA do australiano de 49 anos, que está em uma prisão de segurança máxima desde sua detenção na embaixada do Equador em Londres, em abril de 2019.

A apresentação de provas neste julgamento, que começou em 7 de setembro, termina na próxima semana. Hoje, a juíza Vanessa Baraitser concordou em dar ao advogado de Assange mais tempo para preparar seus argumentos finais.

"Minha decisão provavelmente virá depois das eleições nos Estados Unidos", reconheceu a magistrada, dando à defesa quatro semanas para preparar seus argumentos e mais duas para os representantes legais do governo americano.

"Parece improvável que possamos obter um veredicto antes de 4 de novembro", data das eleições presidenciais dos Estados Unidos, ressaltou o advogado de Assange, Edward Fitzgerald.

Os defensores do australiano afirmam que a tentativa de extraditar e julgar seu cliente nos Estados Unidos é politicamente motivada e conduzida pelo presidente Donald Trump.

Washington afirma que Assange ajudou a analista de Inteligência Chelsea Manning a roubar os documentos confidenciais e o repreende por ter exposto os nomes de seus informantes aos olhos do mundo inteiro, colocando suas vidas em perigo.

Nos Estados Unidos, o fundador do WikiLeaks pode enfrentar uma pena máxima de 175 anos de prisão.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos reforçou na quarta-feira (24) a ação contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, ao apresentar novas provas sobre um suposto recrutamento de hackers.

Assange enfrenta 18 acusações criminais nos Estados Unidos e a mais recente não aumenta o número, mas amplia as já existentes. A acusação atualizada alega que Assange conspirou com indivíduos dos grupos de hackers LulzSec e Anonymous.

Também afirma que ele obteve "acesso não autorizado a um sistema de computadores do governo de um país da Otan". Assange enfrenta acusações de espionagem pela divulgação em 2010 de uma série de arquivos secretos que detalhavam aspectos de campanhas militares americanas no Afeganistão e no Iraque.

Washington afirma que o australiano de 48 anos ajudou a analista de inteligência Chelsea Manning a roubar os documentos antes de expor o material confidencial ao mundo.

O Wikileaks publicou na quarta-feira no Twitter que a nova acusação contra Assange "é uma nova tentativa patética do DoJ (Departamento de Justiça) de enganar a opinião pública".

Assange está atualmente na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh, sul de Londres, enquanto luta contra um pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos.

Ele permaneceu refugiado na embaixada do Equador em Londres de 2012 a 2019, quando foi retirado do edifício diplomático pela polícia britânica.

Mais de 60 médicos manifestaram preocupação com o estado de saúde do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, detido em Londres e contra quem pesa uma ameaça de extradição para os Estados Unidos, que o acusam de espionagem, em carta aberta divulgada nesta segunda-feira (25), horário local.

"Escrevemos esta carta aberta, como médicos, para expressar nossa grande preocupação com o estado de saúde físico e mental de Assange", assinalam os médicos na carta, endereçada à ministra do Interior britânica, Priti Patel, e à encarregada do assunto no Partido Trabalhista (oposição), Diane Abbot.

Tomando como base vários relatórios, incluindo o do Relator Especial da ONU sobre a Tortura, Nils Melzer, que, no começo de novembro, afirmou que a vida de Assange corria risco, os signatários expressaram sua "séria preocupação coletiva, para chamar a atenção do público e do mundo para esta grave situação".

"Avaliamos que Assange precisa urgentemente de uma avaliação médica do seu estado de saúde físico e psicológico", reforçaram os médicos, que atuam em Estados Unidos, Austrália, Reino Unido ou Suécia. Eles sugerem que Assange seja atendido em um hospital, por profissionais qualificados. "Tememos verdadeiramente, com base em elementos disponíveis, que Assange possa morrer na prisão."

No começo de novembro, o relator especial da ONU sobre a Tortura expressou à AFP preocupação com "novas informações médicas, transmitidas por fontes confiáveis, que afirmam que a saúde de Assange entrou em um círculo vicioso de ansiedade, estresse e impotência típico de pessoas expostas a um isolamento prolongado e a uma arbitrariedade constante".

Um tribunal sueco rejeitou nessa segunda-feira um pedido de prisão, referente a uma acusação de estupro, contra Julian Assange, fundador do WikiLeaks preso em Londres. A decisão, que pode ser modificada em segunda instância, é considerada um revés para a acusação, que esperava obter a extradição de Assange para a Suécia antes da prescrição dos crimes, em agosto de 2020.

O ativista ainda corre risco de ser extraditado para os EUA, onde é acusado pelo vazamento de informações sigilosas. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira 17 novas denúncias contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, principalmente relacionadas a leis contra a espionagem.

Os Estados Unidos responsabilizam Assange por ter colocado em risco algumas de suas fontes com a publicação, em 2010, de 750 mil documentos militares e diplomáticos.

Washington também acusa Assange de "conspirar" com a ex-analista de informática americana Chelsea Manning, condenada em 2013 por vazar milhares de documentos.

Segundo o comunicado da Justiça, Assange é suspeito de "ajudar a obter informação confidencial ciente de que poderia ser utilizada em detrimento dos Estados Unidos e em benefício de uma nação estrangeira".

Austrália e seus partidários afirmam que Assange não pode ser perseguido por publicar tais documentos, com base no princípio de liberdade de imprensa.

"O departamento leva a sério o papel dos jornalistas em nossa democracia, mas Julian Assange não é um jornalista", declarou o vice-secretário de Justiça, John Demers.

"Nenhum jornalista responsável publicaria deliberadamente os nomes de fontes confidenciais em zonas de guerra sabendo que as colocaria em perigo".

Já o Wikileaks avaliou que "é o fim do jornalismo sobre temas como segurança nacional e o fim da primeira emenda" da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão.

As denúncias "representam uma ameaça direta à liberdade de imprensa e ao jornalismo investigativo", denunciou a Repórteres sem Fronteiras (RSF), enquanto a organização Freedom of the Press advertiu para "um grande perigo para os jornalistas".

Assange, que está preso na Grã-Bretanha, foi detido em 11 de abril na embaixada do Equador em Londres, onde estava refugiado há sete anos, após um pedido de extradição dos Estados Unidos.

As novas denúncias podem acarretar em dez anos de prisão cada uma.

A Suécia também reabriu o caso contra Assange por estupro.

O Equador autorizou a apreensão em sua embaixada de Londres do equipamento de informática usado durante anos por Julian Assange, para entregá-lo aos Estados Unidos, informou nesta segunda-feira a defesa do fundador do WikiLeaks com base em um documento atribuído à justiça equatoriana.

Segundo o documento, o Ministério Público do Estado equatoriano autoriza que seja realizada a apreensão do equipamento, uma concessão feita dentro da ajuda penal internacional requerida pelas autoridades americanas e iniciada com o governo de Lenín Moreno em 2018.

O advogado de Assange no Equador, Carlos Poveda, afirmou que apresentou um ofício para pedir que a diligência seja suspensa e, em caso da promotoria insistir, garantir ao menos a presença de seu cliente durante a revista.

O texto - um e-mail assinado pela Procuradoria Geral do Equador, cuja autenticidade não pôde ser confirmada pela AFP com outras fontes - autoriza o "registro e apreensão" de "documentos, arquivos e material similar que possam ser relevantes para esta investigação".

Da mesma forma, autoriza a apreensão de "dispositivos de armazenamento eletrônico em qualquer forma que exista", como computadores, tablets, telefones celulares, drives USB, CDs ou discos rígidos.

A justiça da Suécia anunciou nesta segunda-feira (13) a reabertura do caso de 2010 por suposto estupro contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, detido no Reino Unido depois de passar sete anos refugiado na embaixada do Equador em Londres.

"Hoje decidi reabrir a investigação", anunciou Eva-Marie Persson, procuradora adjunta, antes de afirmar que solicitará que Assange "seja entregue à Suécia mediante uma ordem de detenção europeia".

Assange foi detido em 11 de abril pela polícia britânica na embaixada equatoriana. "Como Assange está preso na Grã-Bretanha, estão reunidas as condições para sua entrega (à Suécia), o que não era o caso antes de 11 de abril", afirmou Persson.

O anúncio de Estocolmo é um novo capítulo da novela judicial que dura quase uma década, durante a qual Julian Assange e seus apoiadores denunciaram uma manobra para provocar a extradição do australiano aos Estados Unidos para que responda pela divulgação de documentos secretos americanos pelo WikiLeaks.

Para evitar esta extradição, Assange buscou refúgio em 2012 na embaixada do Equador em Londres. Na ausência do australiano e sem capacidade para avançar com a investigação, a justiça sueca arquivou o caso em maio de 2017.

Após o anúncio da justiça sueca, o Wikileaks afirmou que a reabertura do caso permitirá a Julian Assange "limpar seu nome".

O jornalista islandês Kristinn Hrafnsson, chefe de redação da plataforma que divulgou milhares de documentos confidenciais, afirmou em um comunicado que que houve "pressão política" na Suécia para a reabertura do caso.

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, detido no Reino Unido, negou formalmente na quinta-feira, 2, a um tribunal de Londres seu "consentimento" ao pedido de extradição dos EUA, que o reivindica pelos vazamentos feitos por seu portal.

"Não quero me entregar para ser extraditado por ter feito um jornalismo que ganhou muito reconhecimento e protegeu muitas pessoas", argumentou. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Seguem abaixo os principais marcos da trajetória de Julian Assange, fundador do WikiLeaks detido nesta quinta-feira (11) pela polícia britânica na embaixada do Equador:

- 3 de julho de 1971: nascimento em Townsville (Austrália).

- Anos 1990: torna-se programador e desenvolvedor de software livre, descobrindo seu talento como hacker.

- 2006: cria o WikiLeaks, site especializado na revelação de documentos secretos, com, segundo ele, "uma dúzia de pessoas provenientes do campo dos direitos humanos, da mídia e da alta tecnologia".

- 2010: a partir de julho, o WikiLeaks publica segredos militares e documentos diplomáticos americanos. Assange se torna um pária nos Estados Unidos. Em novembro, a Suécia lança um mandado de prisão europeu contra ele ligado a uma investigação por suspeita de estupro e abuso sexual de duas suecas. Ele nega os fatos.

- 2012: para escapar de uma extradição da Grã-Bretanha, ele encontra refúgio na embaixada do Equador em Londres.

- 2016: O WikiLeaks publica 20.000 e-mails hackeados do Partido Democrata, alguns dos quais são muito prejudiciais à campanha de Hillary Clinton.

- 19 de maio de 2017: a Justiça sueca arquiva o caso do suposto estupro.

- 12 de dezembro de 2017: recebe nacionalidade equatoriana.

- Outubro de 2018: Quito, com quem as relações ficam tensas, impõe a ele regras relativas, em particular, às suas visitas e às suas comunicações, cujo descumprimento implicaria a retirada do asilo. Em 2 de abril de 2019, o chefe de Estado equatoriano afirma que Assange "cometeu várias violações" ao acordo.

- 11 de abril de 2019: Assange é preso na embaixada pela polícia britânica, depois de o Equador ter retirado o asilo diplomático e sua nacionalidade equatoriana.

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, foi preso nesta quinta-feira (11) em Londres, depois de a polícia ter permitido sua entrada na embaixada equatoriana, onde ele se refugiava há quase sete anos.

O Serviço da Polícia Metropolitana confirmou a prisão de Assange, de 47 anos. As autoridades afirmaram que foram convidadas pelo próprio embaixador a entrar na embaixada após a retirada do asilo político concedido pelo país sul-americano ao jornalista.

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A presidência do Equador confirmou a remoção do asilo, citando violações de convenções internacionais. O presidente Lenin Moreno anunciou o que chamou de "decisão soberana", em comunicado divulgado nesta quinta-feira.

O fundador do Wikileaks, que estava abrigado na embaixada equatoriana desde 2012 para evitar extradição, esteve por trás de um dos maiores vazamentos de documentos secretos da história dos Estados Unidos.

*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)

O WikiLeaks denunciou nesta quarta-feira que está sendo chantageado por pessoas que obtiveram imagens de seu fundador, Julian Assange, dentro da embaixada do Equador em Londres a partir de câmeras de segurança instaladas na embaixada.

Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, acusou as autoridades equatorianas de guardar milhares de fotografias e vídeos que pararam nas mãos de um grupo de pessoas na Espanha que estão pedindo três milhões de dólares (2,7 milhões de euros) em troca de não publicá-las.

Hrafnsoon disse ter se encontrado com esses "personagens questionáveis" há dez dias na Espanha e, embora não fale espanhol e teve que recorrer a um tradutor disse acreditar que são de origem latino-americana.

Os documentos incluem milhares de fotografias e gigabytes de vídeos nos quais Assange, de 47 anos, é visto se encontrando com advogados e outros visitantes e passando por um exame médico.

Afirmando não saber como as imagens saíram do prédio onde o fundador do WikiLeaks vive refugiado desde 2012, Hrafnsson assegurou que a polícia espanhola abriu uma investigação.

No entanto, considerou "muito mais preocupante" que esta tentativa de extorsão "o armazenamento deste material e a espionagem pelo governo equatoriano", que chamou de "ilegal e altamente antiético".

Contactada pela AFP, a embaixada do Equador em Londres limitou-se a afirmar que "não tem comentários" a fazer sobre o assunto.

De acordo com o editor do WikiLeaks, desde que o presidente Lenin Moreno chegou ao poder no Equador, Julian Assange "tem experimentado uma situação como a do Show de Truman", referindo-se ao filme em que o personagem interpretado por Jim Carrey tem toda a sua vida gravada e retransmitida na televisão.

Hrafnsson também acusou a equipe da embaixada de fotocopiar um documento legal pertencente a Aitor Martínez, um dos advogados de Assange.

O WikiLeaks, plataforma que se tornou famosa em 2010 ao divulgar centenas de milhares de documentos americanos classificados, acredita que os Estados Unidos trabalham com o Equador para extraditar Assange.

"Assim, é muito provável que os documentos privados obtidos pela embaixada tenham sido compartilhados com a administração Trump", disse Hrafnsson sem fornecer qualquer prova.

Na semana passada, o Equador descreveu como "insultantes" as declarações do WikiLeaks, segundo as quais Quito teria um acordo com Londres para expulsar Assange.

Na segunda-feira, o chanceler do Equador José Valencia disse que seu país resolverá "no devido momento" se mantém ou retira o asilo diplomático concedido pelo ex-presidente Rafael Correa a Assange.

Na época, Assange enfrentava uma ordem de prisão europeia. A Suécia queria sua extradição por acusações - que não prosperaram - de supostos crimes sexuais.

As autoridades britânicas mantêm um mandado de prisão contra ele por violação de sua liberdade condicional e vão prendê-lo assim que ele deixar a sede diplomática equatoriana.

Com a chegada de Lenín Moreno ao poder mudou o tratamento do Equador dado a Assange.

O ex-aliado de Correa, que revisou praticamente todas as políticas de seu antecessor, incluindo a de aberta crítica aos Estados Unidos, acusa-o de interferir nos assuntos internos do Equador.

Assange também é questionado por tentar influenciar as eleições de 2016 nos Estados Unidos e o processo de independência catalã em 2017.

Moreno, que chegou a considerar Assange uma "pedra no sapato" da diplomacia equatoriana, cortou temporariamente suas telecomunicações em 2018.

Correa também chegou a restringir seu acesso à Internet por um tempo, incomodado com a interferência do australiano.

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