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As regiões no entorno das instituições de ensino superior são sempre muito atraentes para os comerciantes do segmento de alimentação, em função do grande fluxo de alunos. Na correira do dia a dia, é necessária a refeição fora de casa nos intervalos das aulas ou entre um turno e outro.

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No Recife, as proximidades e, até mesmo, parte das dependências da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), localizada no Bairro da Boa Vista, são bastante concorridas pelos comerciantes. No trecho da Rua Bernardo Guimarães, também conhecida como Rua do Lazer, são mais de 40 estabelecimentos que disputam a clientela. Todos possuem licença da Prefeitura do Recife para funcionamento. Os produtos vão desde lanches rápidos, como coxinhas e pastéis, até refeições mais reforçadas para almoço e jantar.

Há mais de 20 anos, Paulo Fideles, 41, possui um ponto na Rua do Lazer. “Foi uma atividade que eu me identifiquei. Além de mim, trabalham aqui minha namorada e filhos. Chego de manhã e fico até o início da noite, comercializando lanches e refeições, além de refrigerantes, água mineral, sucos. Noventa por cento dos meus clientes são alunos”, conta o comerciante.

De acordo com Fideles, por dia, ele atende em torno de 400 clientes. Por semana, o empresário investe cerca de R$ 1.500 e o lucro, nesse período, é de R$ 4 mil. Apesar do bom resultado, o vendedor reclama do aumento da concorrência e que a Unicap deveria apoiar mais os comerciantes externos a ela, porque, segundo ele, “oferece um serviço importante a seus alunos”. 

Quem consome os produtos dos comerciantes têm críticas em relação aos serviços. O estudante de ciências da computação Pedro Symon (lado esquerdo da foto abaixo) diz que gasta, só com almoço, R$ 8 todos os dias. “Além da refeição, ainda gasto o mesmo valor com lanches diariamente”, comenta. Luiz Eduardo Almeida, que faz o mesmo curso que Symon, gasta, por dia, R$ 16. “Lancho e janto. O custo é alto. Mas, é o único jeito. Tenho que comer pela rua”, diz. Cursando engenharia química, Priscila Cristina Bezerra (centro da foto abaixo), buscando economizar, procura sempre almoçar em casa. “Tento apenas lanchar por aqui. Aí, só gasto cerca de R$ 5 por dia”, explica a jovem.

Dentro da universidade

Nas dependências da Unicap, também estão instalados vários estabelecimentos. Porém, em uma rápida visualização, é possível perceber que a movimentação de clientes é bem menor quando comparada aos estabelecimentos de fora da universidade.

Aline Sena há cinco meses trabalha em um desses pontos comerciais, o “Delícia Natural”. Apesar do nome, o espaço oferece não só comidas ditas saudáveis e naturais, mas também lanches rápidos que não tem valores nutricionais baixos, como frituras e industrializados. “A gente vende de tudo um pouco e a quantidade de clientes é boa”, conta.

Há também empresas de maior porte, como a rede Bugaloo. O gerente da unidade instalada em um dos blocos da universidade, Saulo Barbosa, revela que a própria universidade solicitou a instalação da franquia, há dois anos. “Por dia, a gente atende em torno de 200 pessoas, sempre oferecendo fast food. O número de clientes é cada vez mais crescente”, explica. De acordo com gerente, a unidade possui cerca de 40 funcionários.

Reclamações no RU da UFPE

No Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), como em outras instituições públicas espalhadas pelo Brasil, existe o Restaurante Universitário (RU). Se comparado aos preços dos estabelecimentos próximos às faculdades privadas, o custo das refeições do RU é bem mais em conta.

Os estudantes da UFPE que têm cadastro pagam R$ 3 por um almoço no formato self service, com carne e suco por porções. Mesmo assim, muitos estudantes reclamam do preço e argumentam que outras universidades oferecem alimentação a R$ 1 ou de forma gratuita.

Agora, no horário de pico do restaurante, de 12h às 13h, a movimentação de estudantes é enorme. Nesse período, cerca de duas mil pessoas são atendidas, e, no jantar, das 17h às 19h, em torno de mil estudantes freqüentam o local.

Estudante de serviço social, Alexsandro Martiniano da Silva é um dos usuários do RU. “Sou satisfeito com a qualidade da comida. Mas, as filas são grandes e a gente tem que ficar um grande tempo no sol. Quando entramos no restaurante, ainda tem mais filas. Acho que deveria ter uma melhor organização e planejamento”, opina. Juliana Barrol, estudante de arquitetura, não é a favor do preço. “É valor um pouco absurdo. A gente vem para uma universidade pública e merecemos refeições mais acessíveis. Passamos muito tempo na fila e isso é horrível”, avalia.

De acordo com a diretoria do RU, uma empresa terceirizada é responsável pelo oferecimento das refeições. O contrato prevê 3.800 refeições diárias, considerando almoços e jantares. Na última quarta-feira (20), a nossa reportagem flagrou um protesto dos estudantes contra o RU da UFPE. Veja como foi o ato e a como a universidade respondeu às reclamações dos manifestantes.







O Brasil vem enfrentando uma guerra contra a balança. O número de brasileirinhos com idade entre 5 a 19 anos que são classificados como obesos está crescendo a cada ano. 

Para amenizar e combater esse inimigo, os ministérios da Saúde e da Educação estão em campanha contra a obesidade infantil. Nutricionistas e profissionais do projeto Estratégia Saúde da Família acompanharam, no começo do mês de março, mais de 22 mil escolas públicas em 1.938 municípios que aderiram à iniciativa de mobilização. Mas a campanha deve ser diária. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a prevalência de obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% nas últimas duas décadas, devido aos hábitos sedentários e a má alimentação vinda de casa. 

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Na Região Metropolitana do Recife, o Colégio Madre de Deus, investe na premissa de que comer frutas e verduras é o melhor caminho para um crescimento saudável. As crianças do ensino infantil, com idade de 4 a 6 anos, já trazem na lancheira o alimento do dia. De acordo com a coordenadora da educação infantil, Renata Bischoff, a escola disponibiliza para os pais uma sugestão de cardápio que é feito pela nutricionista da instituição. “Entregamos uma lista variada de lanches, frutas e sucos que os alunos podem trazer para a escola, já que muitos pais não tem tempo de preparar algo e acaba optando pelo biscoito, então damos esse incentivo”, explica Bischoff.  Nas terças e quintas-feiras, as crianças levam frutas variadas. 

O estímulo às atividades físicas nas escolas e a alimentação vem sendo tratada nas escolas de forma integrada nas demais disciplinas. A importância do acompanhamento de um pediatra ou de um nutricionista deve ser passada para os pais e seguida pela escola. Vera do Nascimento, mãe de Diego de 6 anos, sempre incentivou o consumo de alimentos mais saudáveis em casa. “Diego tem esse hábito desde pequenininho e aqui na escola ele só fez aperfeiçoar”.  Mas a influência dos famosos fast-food pode ser um obstáculo. Vera afirma que ficou na dúvida quando o assunto é hambúrguer, batata frita e refrigerante e procurou uma especialista. “A pediatra do Diego me disse que mesmo com a alimentação saudável, eu não posso negar, pelo menos nos fins de semana, um lanche mais pesado. Mas tenho que saber lidar quando o assunto é alimentação”, declarou a mãe. 

A obesidade pode gerar graves distúrbios metabólicos, físicos e psicossociais nos jovens, podendo causar diversas doenças em vários aparelhos e sistemas como hipertensão arterial, aterosclerose, trombose sistêmica, apnéia do sono, restrição ventilatória, resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2, diminuição da fertilidade em homens e mulheres, distúrbios do comportamento, do humor (afetivos), da personalidade, distúrbios neuróticos, entre outros.

Promover melhorias na qualidade de vida da população é uma forma de frear essa situação no Brasil. Para isso, ensinar, reeducar e estimular um estilo de vida saudável para as novas gerações serão as armas mais eficazes contra a obesidade. 

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