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Elas seguem o padrão de beleza do mercado, esbanjam elegância e praticamente não descuidam do visual. Precisam ter destaque em meio à multidão e vivem uma luta diária para manter medidas corporais pré-definidas. Todo o glamour do mundo das modelos é acompanhado de um trabalho que exige muita dedicação. Porém, é dentro desse mesmo universo que existe um mercado “escuro”, ou melhor, de cor rosa. O “book rosa” ganhou destaque na novela global “Verdades Secretas”, mas, de acordo com muitas modelos, as histórias de meninas que além de desfilar são jogadas na prostituição, através de convites vindos até mesmo de agências, não são de agora.
##RECOMENDA##Para as famílias das meninas que sonham em ser modelos de sucesso, acreditar no sonho delas é possível, apesar da forte concorrência. Porém, por causa da atuação de agenciadores de jovens para programas sexuais, muitos pais temem que o pior aconteça com as garotas. É por isso que o fotógrafo Álvaro di Paula, sócio da It Agency Managment, acredita que é importante o acompanhamento dos familiares em todo o processo de contratação das modelos. “É preciso que exista um acompanhamento dos pais. Por mais que pareça invasão de privacidade, eles devem olhar as redes sociais das meninas, saber com quem elas estão saindo e principalmente desconfiar de cachês que elas recebam a preços altos. Por exemplo, não é normal uma modelo em começo de carreira receber R$ 2 mil, R$ 2,5 mil, ou valor parecido só por um dia de trabalho. Geralmente, a média é de R$ 600 por dia de trabalho”, alerta Álvaro.
De acordo com o sócio da It Agency, antes dos pais deixarem as filhas modelar numa agência, é essencial colher informações sobre a empresa e acerca das pessoas que trabalham nela. “Uma agência séria, além de ter boas informações de pessoas que já conhecem seu trabalho, possui documentos legais que permitem o funcionamento”, complementa o empresário. Na It Agency, por exemplo, as interessadas em modelar devem, primeiramente, enviar uma foto. Se elas se encaixarem no perfil que a empresa precisa, é iniciado um sério processo de seleção, contando inclusive com a participação dos pais, principalmente em relação às jovens menores de 18 anos.
Marcella Myrra começou a atuar como modelo há dois anos. Hoje com 15 anos de idade, a jovem já sabe que existem propostas indecentes que podem levar as meninas a um mundo obscuro, onde o sexo por dinheiro fala mais alto. Porém, ela acredita que uma boa base educacional partindo da família é essencial para manter as modelos no caminho correto. “Eu pretendo levar a minha carreira sempre a sério. Quero também me formar em psicologia. Acho que é muito melhor conseguir o sucesso através de muita dedicação e honestidade. Minha família sempre me ensinou isso”, diz Marcela.
Mãe de Marcella, a dona de casa Vânia Almeida revela que a garota já recebeu convite para um trabalho “não correto”. Segundo ela, o agenciador chegou até a oferecer academia para que a menina ficasse com o “corpo definido”. “Já vi muita coisa ruim dentro de agências. Algumas meninas usando drogas e até mesmo se oferecendo para ganhar concursos. Eu sempre digo a minha filha que isso é errado e se ela tiver sucesso tem que ser por mérito”, conta Vânia. No vídeo a seguir, confira dicas para combater o “book rosa”:
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Atualmente, a It Agency possui 23 modelos, sendo oito homens. A empresa fica com 35% dos valores pagos aos modelos por cada trabalho. Interessados em obter mais informações sobre a empresa podem ligar para o telefone (81) 3048-2725. A agência fica na Rua Eduard Jemner, 66, Imbiribeira, Zona Sul do Recife.