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Ir à praia é um típico programa de domingo dos recifenses. A volta para casa em ônibus abarrotados também. Nos finais de semana, as linhas de ônibus reduzem sua frota cerca de 60%. Lotadas, as paradas dos bairros do Pina e Boa Viagem acabam dando dor de cabeça para quem tinha tirado o dia apenas para relaxar. Enquanto isso, as empresas de transporte estão colocando seguranças, alguns armados, para evitar evasão de renda e danos materiais.

Para fugir do sufoco, alguns acabam optando por outros meios. A dona de casa Cláudia Gomes, de 27 anos, estava esperando o ônibus na primeira parada da Avenida Engenheiro Antonio de Góes, no Pina. “Eu acabo voltando a pé ou pegando um táxi. O ônibus só vem lotado”, criticou. “Ele para lá no início, antes da parada, quando eu chego lá já está lotado”, disse.

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O auxiliar de serviços gerais Igor Anderson, 19, não precisa nem ir à praia para viver a mesma situação. Ele trabalha ao lado dela. Segundo o jovem, a situação começa a piorar já nas sextas-feiras. “Eu fico esperando vir um mais vazio. Olha para aí [aponta para ônibus com um aglomerado de pessoas se esforçando para subir], não tem condições. Algumas vezes eu vou andando até o Shopping Rio Mar”, disse Anderson.

Essa grande demanda de passageiros também atinge as empresas de ônibus. Quando os veículos chegam à parada da Antônio de Góes, as pessoas saem correndo para subir e muitas entram pelas portas de trás e pelas janelas, sem pagar. Para evitar o prejuízo financeiro e o vandalismo, vigilantes e fiscais de trânsito passaram a trabalhar no local.

A empresa Borborema coloca três funcionários no ponto de ônibus. Quando o carro chega, eles correm para as portas, impedindo que alguém ouse invadir. “Se a gente deixar, as pessoas quebram as portas e os carros não saem”, relatou o fiscal Isaque Ferreira. Segundo ele, os fiscais também são responsáveis por pedir reforço policial, caso seja necessário. 

Logo ao lado deles, no mesmo ponto, seis vigilantes trabalham para a Mobibrasil Transportes, protegendo os veículos da empresa CRT. Ao contrário dos empregados da Borborema que não podem andar com armas, dois dos vigilantes carregam cassetetes. O grupo afirma que não usa os objetos, que só servem de intimidação. Na parada, a opinião geral é que a atuação desses profissionais é benéfica. “Se não fosse eles, teria mais barulho, briga, assalto. Quando alguém tenta entrar, eles pedem para descer...”, opinou o marceneiro Jackson Orico da Silva, 27.

A reportagem procurou a Polícia Federal para descobrir se os vigilantes da Mobibrasil teriam autorização para portar uma arma em uma parada de ônibus, inclusive porque eles não usam nenhuma identificação da empresa a qual pertencem, apenas um colete laranja. O órgão respondeu apenas que seria necessário uma denúncia para que os agentes investigassem o caso. No entanto, no próprio site da PF, estão listados uma série de documentos necessários para que uma empresa exerça a função de segurança privada.

Em junho deste ano, a câmara federal elaborou um projeto que visa implantar uma série de novas regras para o uso de cassetetes e armas perfurocortantes pelos agentes de segurança pública, ou seja, policiais devidamente fardados, em todo o Brasil. De acordo com o texto, da Comissão de Constituição e justiça (CCJ), que ainda será votado no plenário, os policiais não poderão usar cassetetes em festividades e celebrações, por exemplo.

Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, a redução na frota nos finais de semana e feriados se deve pela redução de demanda, o que ocasionaria prejuízo. Apesar da média de 40% de ônibus nas ruas nesses dias, o consórcio disse que para as linhas que trafegam na área do Pina e Boa Viagem, mais da metade dos ônibus continuam operando.

A Urbana-PE, sindicado das empresas de ônibus, afirmou que os "orientadores de tráfego" da Borborema já atuam há algum tempo e são funcionários da empresa. Porém, até a publicação da matéria, o sindicato não esclareceu a atuação dos funcionários da CRT e nem se eles tinham autorização para o uso da arma.

A greve dos metroviários prejudicou a volta pra casa de diversos moradores da Região Metropolitana do Recife. Na Avenida Conde da Boa Vista, as paradas ficaram lotadas na noite desta terça-feira (7).  

Sem metrô, a segunda opção mais econômica é voltar do trabalho de ônibus. "Mal uso ônibus para voltar pra casa. Hoje tive que utilizar por conta da greve. Mas é muito ruim. Eles (ônibus) demoram muito pra chegar e ainda vem lotados", disse o montador de veículos Dioclécio Souza. 

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Quem também sofre com a paralisação da categoria são os usuários assíduos dos coletivos. "Faz mais de uma hora que estou na parada e ainda não consegui pegar meu ônibus (Vila Dois Carneiros) porque os dois que passaram estavam tão cheios, que ninguém mais subia. Infelizmente a greve do metrô deixa os ônibus ainda mais lotados que os outros dias", revela a analista de Recursos Humanos Roberta Blenda. 

Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (7), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro) decidiram continuar em greve por tempo indeterminado.

O co-fundador da Campus Party, Paco Ragageles, publicou, na noite da última quarta-feira (19), em seu Twitter que as vagas para acampamento no evento já atingiram o limite máximo. Paco mostrou-se surpreso pela rapidez em que os ingressos foram vendidos. "Incrível só em 2 dias", escreveu na mensagem.

No site oficial, já pode ser visto um aviso informando que as vagas do camping estão esgotadas. Ingressos normais, para quem não pretende passar a noite, ainda estão à venda no site do evento.

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A Fifa vai receber das mãos do governo do Rio, no dia 24, um Maracanã aquém de sua capacidade total de operação. Apesar dos elogios e dos discursos afinados do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, e dos membros do Comitê Organizador Local (COL), o estádio será repassado à Fifa impedido de ter um funcionamento perfeito. Os fatos indicam que o amistoso entre Brasil e Inglaterra, dia 2 de junho, dificilmente será realizado com os 79 mil assentos ocupados pelo público.

Uma evidência é o fato de o evento-teste marcado para a última quarta-feira, que deveria ter 50% da capacidade total, ter sido cancelado com o argumento de que era necessário acelerar a realização de testes dos sistemas operacionais.

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Abordado pela reportagem, o diretor-geral do COL, Ricardo Trade, hesitou ao responder sobre o assunto. "Será capacidade máxima, mas... A nossa operação não é total", disse ele, negando que a Fifa encontrará problemas ao assumir o estádio. "De jeito nenhum. Esquece esse negócio de que (o Maracanã) não está acabado. Para de polêmica. O estádio está acabado, falta aquele entornozinho que rapidamente está sendo acabado."

Quando perguntado se os 79 mil ingressos serão vendidos ao público, Trade respondeu: "Pode ficar tranquilo que vamos dar um belo espetáculo". Vale lembrar o planejamento inicialmente feito pelo governo carioca (e prometido à Fifa) de que o Maracanã receberia dois eventos-teste antes do jogo entre brasileiros e ingleses.

Para o do dia 27, com 30% da capacidade, foi realizado um jogo festivo entre amigos de Ronaldo e amigos de Bebeto, uma forma de fazer parecer que a promessa do governador Sérgio Cabral a Valcke de finalizar a obra naquele dia havia sido cumprida. A realização do segundo evento-teste, de menor expressão, era importante para garantir que o Maracanã estaria pronto para público máximo. O próprio Valcke admitiu tal necessidade ao dizer, em março, que "temos de ter eventos-teste para assegurar que 75 mil pessoas possam ir ao banheiro e comer."

Na entrevista coletiva concedida após a última reunião antes da Copa das Confederações, na quinta, na sede do COL, Valcke procurou exaltar que, apesar dos pesares, a meta final foi alcançada. "É o cenário com o qual trabalhamos desde o primeiro dia: seis sedes para as Confederações e 12 para a Copa. O Brasil, com muito trabalho, muita tensão, bons e maus momentos, conseguiu cumprir o prometido", disse o francês, ao lado de José Maria Marin, presidente do COL, e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

O Metrô vai entregar em 90 dias um novo sistema de controle de trens que promete reduzir em até 20% o intervalo das composições e é tido como a principal arma para reduzir a superlotação da rede - inclusive na Linha 3-Vermelha, caminho para o Itaquerão, estádio da zona leste que abrirá a Copa do Mundo de 2014.

A Linha 2-Verde, que vinha sendo testada desde o ano passado, será a primeira a receber o sistema. Os testes nas Linhas 1-Azul e 3-Vermelha serão no ano que vem. Para terminar o processo, as estações da Avenida Paulista serão fechadas nas manhãs de domingo, em dias alternados, até o fim do ano (leia na C3).

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Chamado CBTC (sigla em inglês para Controle de Trens Baseado em Comunicação), o novo sistema permite que a distância entre os trens seja reduzida sem comprometer a segurança. A distância mínima, hoje de 200 metros, cairá para 70 metros. Assim, caberão mais oito trens na Linha 2, o que aumentará a oferta de assentos e reduzirá a lotação. Cada trem carrega até 2 mil pessoas por viagem.

Os contratos para instalação da nova sinalização foram assinados com a empresa Alstom em 2008. A promessa inicial era que o processo estaria concluído em dezembro de 2009. O custo foi R$ 750 milhões. Mas o Metrô enfrentou uma sequência de problemas técnicos para adaptar os trens à nova tecnologia.

"O teste é um processo interativo. Você faz o teste, valida e, se tiver algum problema, volta ao trecho de novo. O começo foi um processo difícil, mas agora estamos em uma fase consolidada", afirmou o gerente de Concepção de Projetos e Sistemas do Metrô, David Turbuk. "Nos testes, a segurança vem em primeiro lugar. Depois, avaliamos os recursos de controle. Colocamos o maior número de trens no trecho em teste e simulamos todas as alternativas de manobras, para aí validar o teste", explicou.

Os testes vinham sendo feitos no trecho entre as Estações Sacomã e Vila Prudente da Linha 2, na zona leste, as últimas entregues. Só agora o Metrô validou a operação para expandi-la ao resto da linha. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Onze pessoas ficaram feridas em uma colisão entre uma van e uma residência na manhã deste domingo (17), na zona leste de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, sete viaturas atuaram no resgate.

A casa fica no número 976 da rua Inácio Monteiro, no bairro Cidade Tiradentes, e a colisão aconteceu por volta das 12h30. A Polícia Militar informa que a van é uma lotação, mas não soube dizer qual linha o veículo atente.

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Não há informações sobre o motivo do acidente e as onze vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e levadas para o Pronto Socorro do Hospital Santa Marcelina e para o Hospital Geral de Guaianazes.

A sala de embarque está lotada. Com as 184 poltronas insuficientes para todos os passageiros do aeroporto, muitos se espremem nos corredores e sentam nos cantos da sala. Do lado de fora, o estacionamento também não comporta todos os carros. É tanta gente que nem táxi há para todo mundo - a solução é optar pelos clandestinos, que acabam invadindo a área dos oficiais.

A cena não se passa em Congonhas nem em Cumbica, os dois aeroportos mais movimentados de São Paulo, mas sim no modesto Eribelto Manoel Reino, em São José do Rio Preto. É um reflexo do crescimento sem precedentes no fluxo de aeronaves que decolam e pousam no interior paulista. No ano passado, o número de passageiros dos aeroportos regionais cresceu em ritmo três vezes maior que os administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

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Enquanto o movimento dos aeroportos federais subiu 15% entre 2010 e 2011, nos terminais do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) o crescimento foi de 43,5% - passou de 1,793 milhão de passageiros por ano em 2010 para 2,573 milhões no ano passado. Nem no melhor momento da aviação civil brasileira, entre 2009 e 2010, quando a quantidade de passageiros nos aeroportos da Infraero cresceu 21%, o boom foi tão grande quanto o que se vê no interior paulista.

Uma das justificativas é a expansão da malha, que passou a atender melhor cidades do interior do Estado que antes não tinham voos regulares. "Feirões" de passagens e promoções para quem compra com antecedência também deixaram mais atrativa a viagem de avião quando comparada a ônibus ou carro. Não raro, o tempo gasto na estrada somado aos custos com gasolina e pedágio tornam a viagem rodoviária mais cara e cansativa do que a de avião.

Um exemplo é Araçatuba, a 520 km de São Paulo. Em 2010, a cidade tinha em média seis voos regulares por dia. Hoje tem o dobro disso - e pelo menos três companhias fazem a ligação direta da cidade com São Paulo e outros municípios do interior, como Campinas e São José do Rio Preto. De avião, passagens de ida e volta entre Araçatuba e a capital, já com taxas, costuma custar o mesmo que as de ônibus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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