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A enfermeira inglesa Lucy Letby, que foi condenada no mês passado à prisão perpétua pelo assassinato de sete recém-nascidos, quer apresentar um recurso a essa sentença, anunciou a Justiça britânica nesta sexta-feira (15).

Em 21 de agosto, Lucy, de 33 anos, foi condenada à prisão perpétua, sem possibilidade de condicional, uma pena incomum na Justiça inglesa.

A pena se deveu ao assassinato de sete bebês no hospital em que ela trabalhava em Countess of Chester, no noroeste da Inglaterra, onde aconteceram os homicídios entre junho de 2015 e junho de 2016.

A seção criminal do Tribunal de Apelação indicou, nesta sexta-feira, que a enfermeira, que sempre alegou inocência, quer recorrer dessa sentença.

Seus advogados pretendem apresentar recurso para todos os crimes pelos quais ela foi condenada.

Contudo, o pedido de recurso ainda precisa ser aceito por um juiz antes de ser instruído.

Além disso, a promotoria vai realizar, em 25 de setembro, outra audiência relacionada ao caso, na qual decidirá se Lucy também será julgada por tentativa de assassinato de outros seis bebês.

A enfermeira, descrita pela acusação como "fria, calculista, cruel e tenaz", injetou ar nos bebês por via intravenosa e mediante sondas nasogástricas e também administrou-lhes doses excessivas de leite.

Lucy, a primeira missão da Nasa para os asteroides troianos na órbita de Júpiter, decolou neste sábado (16) na Flórida, para uma viagem de 12 anos que buscará permitir entender melhor a formação do nosso sistema solar.

O foguete Atlas V, encarregado de impulsionar a nave, partiu às 09h34 GMT (06h34 no horário de Brasília) de Cabo Canaveral, uma missão cujos custos chegam a quase um bilhão de dólares.

É a primeira nave de energia solar a se aventurar tão longe do Sol. Observará mais asteroides que qualquer outra nave anterior: oito no total.

Cada um desses asteroides deve "oferecer uma parte da história do nosso sistema solar, da nossa história", declarou em coletiva de imprensa Thomas Zurbuchen, diretor da divisão de ciência da agência espacial americana.

Lucy sobrevoará primeiro, por volta de 2025, um asteroide do cinturão principal, situado entre Marte e Júpiter, antes de visitar sete asteroides troianos, os dois últimos em 2033. O mais largo deles mede cerca de 95 quilômetros de diâmetro.

A nave se aproximará dos objetos a uma distância de entre 400 e 950 quilômetros, dependendo de seu tamanho, a uma velocidade de 24.000 km/h.

Equipada com três instrumentos científicos e uma enorme antena, os pesquisadores querem estudar a geologia, a composição, a densidade, a massa e o volume precisos dos asteroides, medições que são impossíveis de realizar com telescópios situados na Terra.

"Lucy incorpora a busca contínua da Nasa de se aprofundar mais no cosmos em nome da exploração e da ciência para entender melhor o Universo e nosso lugar nele", afirmou Bill Nelson, chefe da agência espacial americana, em um comunicado emitido pouco depois da decolagem.

Os asteroides troianos, dos quais cerca de 7.000 são conhecidos, orbitam em torno do Sol em dois grupos distintos, um à frente de Júpiter e outro por trás.

"Uma das coisas surpreendentes dos asteroides troianos é que eles são muito diferentes entre si, especialmente suas cores: alguns são cinza, outros vermelhos", disse Hal Levison, pesquisador principal da missão. "Acreditamos que a cor indica sua procedência", acrescentou.

- 'Um diamante a bordo' -

Lucy passará três vezes perto da Terra durante sua viagem de 6 bilhões de quilômetros para aproveitar sua atração gravitacional para o seu deslocamento. A nave será a primeira a voltar para as imediações do planeta azul desde os confins do sistema solar.

Para gerar energia, a nave contará com dois painéis solares de mais de sete metros de diâmetro cada.

A missão foi chamada de Lucy em referência ao fóssil de australopiteco descoberto na Etiópia em 1974, que ajudou a esclarecer a origem da humanidade. A Nasa pretende agora esclarecer a evolução do sistema solar.

Os pesquisadores que encontraram o fóssil estavam ouvindo, no momento da descoberta, a música "Lucy in the sky with diamonds", dos Beatles. Como referência a esse fato, o logotipo oficial da missão da Nasa foi desenhado em forma de diamante.

"Efetivamente, levamos um diamante a bordo", afirmou entre sorrisos Phil Christensen, responsável pelo Espectrômetro de Emissão Térmica, um instrumento científico que contém a pedra preciosa.

O artefato, chamado de L'TES, medirá a luz infravermelha, o que lhe permitirá determinar a temperatura na superfície dos asteroides.

"Ao comparar essas medidas de noite e de dia, podemos determinar se a superfície é feita de blocos de rocha, ou de poeira fina e areia", explicou Christensen, pois a rocha esfria de forma mais lenta que a areia durante a noite.

A primeira coisa que deve-se ter em mente ao assistir Lucy, novo filme do diretor francês Luc Besson, é que ele é baseado num mito. Humanos não usam apenas 10% dos seus cérebros, e boa parte das formas com a qual o usamos ainda é um mistério para a ciência. Deixando isso de lado, é possível aproveitar melhor a premissa do filme, que não é lá uma novidade. No longa, Lucy (Scarlett Johansson) é raptada e acidentalmente injetada com uma droga que pouco a pouco vai abrindo seu cérebro, até que ela chegue a 100% de controle. 

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Lucy cai numa armadilha que já pegou vários filmes de ficção científica, mais recentemente Transcendence e o RoboCop de José Padilha. Todos apresentam conceitos muito interessantes e que, se bem explorados, dariam fantásticas histórias. Mas ao invés de se aprofundar, o roteiro, também de Luc Besson, se mantém pequeno, recheado de cenas de ação e com um enredo extremamente simples. As coisas que acontecem com a personagem principal conforme ela vai avançando são fascinantes. Perda de humanidade, omnipresença, ecolocalização, etc.

Qualquer uma destas habilidades sozinhas dariam um ótimo filme, mas elas são rapidamente descartadas enquanto assistimos a polícia em um tiroteio com traficantes. O que deixa a situação ainda mais estranha é que Besson nunca abraça a natureza de ação que está presente ao longo da trama. No fim, Lucy não sabe que tipo de filme quer ser, um ficção científica cheio de conceitos maiores do que a vida, ou um filme de ação com uma história mais presa na realidade. Isso não quer dizer que Lucy não diverte, ver a Scarlett Johansson virar a Jean Grey dos X-Men é legal, mas há muito mais potencial no roteiro. 

A situação é bem melhor quando o assunto são os atores. Johansson continua apresentando uma atuação boa atrás da outra. Seu trabalho aqui pode não ser tão memorável quanto sua críptica atuação em Sob a Pele ou tão cheio de emoção quanto em Ela, mas ela mostra um ótimo leque de habilidades. Antes de ser injetada com a droga, Lucy é uma pessoa, depois, ela é outra completamente diferente. Johansson cria e traz à vida duas personagens completamente diferentes, uma amedrontada e sem confiança, a outra fria e quase robótica. Há um momento pouco depois de ela obter mais controle sobre o cérebro que em que é possível perceber que Lucy está perdendo seus sentimentos, e Johansson interpreta essa terrível transição de forma impecável. 

Já Morgan Freeman interpreta o professor Norman, e é exatamente o papel que os trailers indicam que seria. O personagem de Freeman é mais dos famosos cientistas do cinema que só estão no filme para explicar o que está acontecendo na história. O que aconteceria se nós controlássemos 20% do cérebro? Ou 40%? Quais os perigos disto? Não se preocupe, que em sua primeira cena em Lucy, Freeman vai explicar tudo. Ele é um excelente ator, mas seu papel aqui tem pouquíssima variedade, então a culpa por trás de sua entediante atuação é basicamente toda do roteiro. Não é a primeira vez que Freeman escolhe um papel assim, mas com sorte será a última. 

Lucy não é um filme sutil, há metáforas visuais que chegam a ser bobas de tão óbvias, e é possível que Besson saiba disso. A verdade é que Lucy é exatamente isso, um filme bobo. Os visuais são legais, mas o conteúdo não é muito. Ele não é ruim, mas não tem tempero. Se você está procurando um filme só para passar o tempo, este longa é uma boa escolha, do contrário, vá ver Guardiões da Galáxia pela segunda (ou terceira) vez.

 

"Cinema é por si só a arte da troca, que tira vantagem da intersecção, das sobreposições. O legado da nouvelle vague nos deixou esta noção de cinema." Assim o diretor artístico do Festival de Locarno, Carlo Chatrian, apresenta a edição 2014 da mostra que agita o sul da Suíça até o dia 16 e conta com a presença de nomes como Mia Farrow, Juliette Binoche, Aleksandr Sokurov, Melanie Griffith, entre outros.

Um dos mais importantes festivais de cinema de autor do mundo, dedica nesta sua 67.ª edição atenção especial ao legado da nouvelle vague e também ao novíssimo cinema brasileiro. Pela nouvelle vague, quem responde é a cineasta Agnès Varda.

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Ela recebe o troféu Leopardo de Ouro no domingo, 10, em cerimônia na qual será exibido o longa dirigido por ela, Les Plages D’Agnès. A festa ocorre em uma das maiores salas de cinema a céu aberto do mundo, a Piazza Grande, que abriga até oito mil pessoas.

Nessa quarta, 6, foi a vez de Lucy, novo longa de Luc Besson, com Scarlett Johansson, ser conferido por uma plateia animada que lotou a praça para assistir à cerimônia de abertura do festival. Antes da sessão, os júris das diversas seções se apresentaram. E é no júri da competição oficial que já se nota a presença brasileira. Com profissionais como o diretor italiano Gianfranco Rosi, a brasileira Alice Braga será responsável por decidir quem levará o prêmio de melhor filme. Já na seção Pardi di Domani, o cineasta mineiro Helvécio Marins Jr. (de Girimunho), ao lado do ator holandês Rutger Hauer, escolhe os jovens talentos que terão seus curtas e médias em evidência.

Na competição oficial, o longa brasileiro Ventos de Agosto, de Gabriel Mascaro, concorre com La Princesa de Francia, do argentino Matías Piñeiro; Mula Kung Ano Ang Noon, do filipino Lav Diaz, e Cavalo Dinheiro, do português Pedro Costa.

"Locarno aposta no cinema de risco e é muito bom poder encontrar curadores que assumem dividir este risco com o realizador", declara Mascaro ao jornal O Estado de S.Paulo.

Há outros sete longas do País na seção Carte Blanche, na qual diversos diretores e produtores exibirão seus filmes em fase de finalização para profissionais da área, agentes de venda e programadores de mostras internacionais. Entre 40 inscritos, foram escolhidos Aspirantes, de Ives Rosenfeld; Beco, de Camilo Cavalcanti; Nise da Silveira, de Roberto Berliner; O Touro, de Larissa Figueiredo; Oração do Amor Selvagem, de Chico Faganello; Ponto Zero, de José Pedro Goulart; e Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert.

Ainda sobre a presença brasileira, na seção Cineastas do Presente, que revela novos talentos e exibe somente primeiros e segundos filmes, o destaque é a coprodução entre a brasileira Primo Filmes e a uruguaia Cordon films Los Enemigos del Dolor, de Arauco Hernández.

Já entre os curtas, O Bom Comportamento, de Eva Randolph, integra a competição internacional. Na seção fora de concurso, o média Poder dos Afetos, de Helena Ignez, com Ney Matogrosso, Simone Spoladore, Djin Sganzerla, entre outros, faz sua première mundial. A REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DO FESTIVAL. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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