Tópicos | Luís Inácio Adams

Terminou no final da tarde desta terça-feira, 28, a sessão da Comissão Especial do Impeachment destinada à oitiva das testemunhas de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff. Durante a reunião do colegiado, os senadores ouviram, entre outros, o ex-advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Para ele, os decretos de crédito suplementar pelos quais Dilma é acusada são regulares, pois não afetaram a meta fiscal e seguiam uma jurisprudência que indicava que poderiam ser emitidos.

Questionado pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que disse que a AGU foi avisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre possíveis irregularidades e não tomou nenhuma providência, Adams negou. Segundo ele, foi encaminhada à AGU uma manifestação de um procurador no TCU, não a manifestação de um órgão técnico. Adams afirmou ainda que "quem oficia as contas é o procurador-chefe do TCU, que é quem tem competência legal de se manifestar sobre as contas, e ele não enviou nenhum alerta à presidente" no ano passado.

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"As manifestações dos órgãos responsáveis foram favoráveis à emissão dos decretos", disse. O ex-advogado-geral da União contou aos parlamentares que as matérias orçamentárias eram discutidas com a presidente pelo ministro da Fazenda. De acordo Adams, havia divergência sobre a quitação de passivos entre os ministros, porém ele disse que sempre recomendou que se quitasse eventuais passivos existentes. "Havia divergências de compreensão sobre isso, eu procurei dar a orientação que melhor protegesse, no sentido de pagar os passivos", declarou.

Após Adams, a comissão ouviu Antônio Carlos Stangherlin Rebelo, responsável técnico junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele não soube dizer se os decretos modificaram a meta, pois afirmou que os pareceres de mérito do CNJ não conseguem assegurar se a solicitação de crédito feita tem impacto ou não. Segundo ele, não houve um pedido da Secretaria de Orçamento para que o Poder Judiciário solicitasse a abertura de crédito adicional, considerando que o conselho em diversas oportunidades emite um parecer desfavorável para esses pedidos.

A próxima reunião da comissão será nesta quarta-feira, às 11h, quando as quatro últimas testemunhas convocadas pela defesa devem ser ouvidas. São elas: João Luiz Guadagnin, Diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção do Ministério do Desenvolvimento Agrário; Marcel Mascarenhas dos Santos, Procurador do Banco Central; Fernando Rocha, Chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central; Paulo José dos Reis Souza, Analista de Finanças e Controle e Subsecretário de Política Fiscal da Secretaria do Tesouro Nacional.

Sem consenso interno, o governo vai esperar a volta dos trabalhos do Legislativo, em fevereiro, para decidir se apoiará ou não a anistia a executivos de empresas envolvidas em esquemas de corrupção que fizerem acordo de leniência. O assunto é tratado tanto em uma Medida Provisória editada no final do ano passado, quanto em uma comissão especial da Câmara, que discute o tema em um projeto de lei proveniente do Senado.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse nesta terça-feira, 19, que é contra a anistia de executivos envolvidos em esquemas como aquele investigado pela Operação Lava Jato. A posição contrasta com aquela defendida pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), presidente da comissão especial e vice-líder do PT na Câmara.

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Adams afirmou que o foco da Medida Provisória editada pelo governo no final de 2015 não é estender a pessoas físicas os benefícios que serão concedidos a empresas.

"A MP da Leniência trata da empresa, não da pessoa física. A questão penal deve ser tratada separadamente", disse Adams, repetindo a tese que já defendia em dezembro. "O objetivo de uma lei de reparação não é destruir CNPJs, mas atacar CPFs que fizeram ilícito", disse ao explicar a MP no final do ano passado.

No início da semana, Vicente Cândido disse que o governo poderia retirar a Medida Provisória apresentada para que tramitasse apenas o projeto de lei, que permite a discussão da questão penal. "Um caminho que vamos decidir em fevereiro, é tocar o projeto que está na comissão, votar o projeto e combinar com o governo, o governo retira a Medida Provisória. Vamos amadurecer agora para o comecinho de fevereiro. É um cenário possível", disse Vicente Cândido na última segunda-feira. "O governo topa essa linha que estou te dizendo, da não repercussão penal", afirmou.

Interlocutores do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmam que ainda não há uma discussão sobre o assunto e que é preciso esperar a volta aos trabalhos no Congresso.

Diante da morosidade do Legislativo para levar adiante o projeto de lei do Senado que trata de acordos de leniência, o governo editou medida provisória no apagar das luzes do ano legislativo. Como o Congresso já estava de recesso, o texto do Executivo ainda nem começou a ser discutido pelos parlamentares.

Já a Câmara discute em comissão especial um projeto de lei vindo do Senado que trata do mesmo assunto. Vicente Cândido é o presidente do colegiado e defende anistia para os executivos por entende que a punição a eles significaria um duplo castigo às empresas, que já teriam que restituir aos cofres públicos o prejuízo com corrupção, como no caso do esquema investigado pela Operação Lava Jato.

O relator da matéria, deputado André Moura (PSC-SE), no entanto, discorda de Cândido e deve apresentar um novo relatório já em fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, disse nessa quinta (23) que o Tribunal de Contas (TCU) não pode se transformar em uma instituição política como o Congresso. "Se for para revisar o passado, temos de condenar todo mundo, todos os governos anteriores", afirmou. "Não dá para escolher a condenação."

Um dia depois de entregar ao TCU a defesa da presidente Dilma Rousseff sobre as manobras nas contas do governo de 2014, conhecidas como "pedaladas fiscais", Adams disse não haver crise institucional à vista. "Não acredito que o Congresso vá cassar a presidente, porque não há elementos jurídicos para isso."

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Questionado se o governo continuará conversando com os ministros do TCU, mesmo após entregar a defesa, ele diz que "a defesa é uma etapa do processo. Nosso esforço agora é convencer o tribunal. Sinceramente, acredito que, apesar de toda a controvérsia política, o tribunal tem que funcionar como instância jurídica, técnica, com garantias para julgar temas com independência".

Quanto se há um temor do governo de que o debate seja político, Adams argumenta que "no Congresso será político. O que não quer dizer que na formulação do parecer do TCU esse debate tenha que ser político. Ao contrário. Para garantir que o debate não seja baseado nas conveniências políticas é que o direito se impõe no TCU. O governo está seguro de que não descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal."

Ele diz também que "o governo poderia fazer, em tese é que, se o processo de alguma maneira violar o devido andamento legal, isso pode ser levado ao Supremo. "O STF tem sido muito garantias nisso. Independentemente do resultado, o STF tem sido muito insistente em que a deliberação deve ser muito respeitosa às garantias constitucionais mínimas. Mesmo no caso de um parecer, o tribunal deve sempre respeitar todo o processo legal. Evidentemente, é uma possibilidade, mas não acredito que isso acontecerá."

Sobre se considera adequado o relator do caso no TCU, Augusto Nardes, ter visitado os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, para entregar a defesa do governo, Adams diz "não tomei conhecimento dessa reunião. Acho que o tribunal ainda está apreciando, não é? Nesse exercício de apreciação, o tema não é encaminhado ao Congresso. Vamos aguardar a deliberação do TCU. É o parecer do TCU que deve ser encaminhado ao Congresso, junto com a nossa defesa."

Adams ainda diz que acha que existe um movimento que procura dar ao tribunal uma contingência política, que envolve a busca de abreviar o mandato, de responsabilizar a presidente. "O TCU não pode se transformar em um tribunal político, porque daí perde a legitimidade republicana que lhe dá a legitimidade."

Questionado se caso o TCU aprove as contas, o governo possa voltar a atrasar os repasses do Tesouro, ele diz "se o TCU entender que é correto, vamos continuar fazendo. Mas somente se o TCU aprovar as contas e não fizer qualquer ressalva a prática. Se houver ressalva, nós vamos nos adaptar, como já nos adaptamos."

Sobre o governo estar sem saída, ele argumenta que "o que existe é a compreensão de que as instituições evoluem, a realidade política evolui e muda. Pegamos os EUA como exemplo: a mesma Constituição que permitiu o apartheid foi a mesma que acabou com ele. A lei não mudou, foi uma mudança de percepção e entendimento. Essa mudança não alterou o passado, mas sim o futuro. Temos que parar de condenar o passado e condenar o futuro."

Quanto estar descartada a hipótese de condenar apenas as contas de 2014, Adams diz que "se for para revisar o passado, temos que condenar todo mundo. Não dá para escolher a condenação. O direito não admite isso. Segurança jurídica é isso: as pessoas assumem comportamentos de acordo com premissas que orientam seu presente. Qualquer mudança de premissa vale para o futuro."

Na defesa há tabelas que mostram saldo da Caixa de 1994 a 2015. Questionado se isso é um universo razoável, Adams diz que "o conceito aqui é qual? Que o governo atrasou o repasse para a Caixa e, ao deixar de transferir, a Caixa precisou usar recursos próprios para pagar uma obrigação do Estado. Usar o cheque especial não tem nenhuma relação com volume, mas com o fato de usar o cheque especial. O argumento que tem sido usado é que o volume desses atrasos foi maior em 2014. Isso é irrelevante. Se usei o cheque especial por um real ou por 30 mil, não interessa. Usou, usou. Não dá para segmentar o conceito para aplicar num ano de maneira interessada. A Caixa perdeu dinheiro e os correntistas da Caixa foram prejudicados? Não. A Caixa sempre pagou juros à União, em todos os anos."

O ministro do TCU respondeu também quando questionado se as contas forem reprovadas, isso chegaria a um Congresso hostil e como esperar isenção. "Por mais que o Congresso seja instância política, ele é profundamente sensível ao Direito. Não acredito que o Congresso vá julgar de maneira arbitrária. Não acho que o Congresso vá cassar (Dilma) porque os elementos jurídicos não permitem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Poucas horas depois de protocolar no Tribunal de Contas da União (TCU) a defesa formal da presidente Dilma Rousseff no processo que analisa as contas federais de 2014, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, disse nesta quarta-feira, 22, que o Palácio do Planalto "quer, busca, aposta e acredita no debate técnico" no TCU.

"O governo faz uma aposta de uma decisão que busque e aperfeiçoe a realidade administrativas, as práticas administrativas, portanto, aperfeiçoe de maneira técnica", disse Adams a jornalistas.

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"Evidentemente todo debate em alguma dimensão traz questões políticas que estão presentes. O próprio tribunal tem se aprimorado como um tribunal que busca o aperfeiçoamento da administração a partir de parâmetros técnicos, que é o que queremos."

De acordo com o ministro, o Palácio do Planalto tem confiança nas informações e esclarecimentos apresentados à Corte. "E essa confiança, evidentemente, orienta, indicam que as contas têm condições, sim, de ser aprovadas. Agora o debate da aprovação ou da rejeição é do Congresso, não é um debate do TCU. Estamos debatendo no tribunal o parecer, ou seja, quais são os apontamentos que orientaram as decisões do governo", disse Adams.

Aperfeiçoamento

Na avaliação do ministro, o TCU tem se notabilizado por preocupações de aperfeiçoamento técnico.

"Um tribunal que se paute por decisões políticas deixa de cumprir sua função e não é essa a função que o TCU tem tradicionalmente desenvolvido. O governo quer, busca, aposta, acredita no debate técnico. Nossa manifestação foi uma manifestação técnica, exaustiva, que procurou analisar cada um dos apontamentos mostrando a razoabilidade, a aderência à lei, a observância da jurisprudência tradicional, e vamos fazer esse debate", explicou o ministro.

Questionado sobre a preocupação do governo em como as contas serão avaliadas pelo Congresso Nacional, Adams disse que o debate político "se faz depois, no momento que se tornar necessário acontecer".

"O que não quer dizer que não possamos fazer esses esclarecimentos técnicos no Congresso, quando formos chamados. É um debate centrado nas discussões técnicas da regularidade, da adequação das contas, que acreditamos que estão em condições, sim, de ser aprovadas a partir dos esclarecimentos que prestamos", enfatizou o ministro.

Diálogo

O advogado geral da União afirmou que, após a entrega ao Tribunal de Contas da União (TCU) dos esclarecimentos a respeito das contas de 2014, o governo pretende estabelecer um diálogo com a área técnica e com os próprios ministros do TCU. A ideia é mostrar a legalidade e a regularidade das decisões e das práticas do governo.

"Mas também reconhecendo nesse debate com o TCU mais uma possibilidade de avanço e aperfeiçoamento das sistemáticas da administração. Sempre defendemos isso", disse o ministro, em entrevista no Palácio do Planalto, após protocolar no TCU a defesa da presidente Dilma Rousseff. Adams afirmou ainda que vê esse papel do TCU como um "papel de aperfeiçoamento, um papel para melhoria da administração".

Com relação à expectativa do governo sobre a data do julgamento das contas do governo pelo TCU, Adams disse que isso depende do próprio tribunal, que levará o processo à apreciação da área técnica, para produção de um novo relatório, que será submetido à apreciação do ministro-relator e dos demais membros da Corte.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, defenderam as contas do governo e negaram irregularidades. Segundo eles, o governo usou as mesmas metodologias utilizadas nos anos anteriores, quando as contas foram aprovadas.

O Tribunal de Constas da União (TCU) acusa o governo de ter atrasado o repasse de recursos à Caixa Econômica Federal para pagamento de benefícios sociais como os programas Bolsa Família, seguro-desemprego e abono social. O relator do caso Aroldo Cedraz entende que houve operação financeira do governo para melhorar as contas públicas no atraso do repasse de recursos Tesouro Nacional a bancos e que e isso fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Adams rebateu. “A dinâmica de trabalho que orientou a administração pública foi a observância objetiva de lei, que vem sendo interpretada pelos órgãos de controle, em particular, mas pela administração pública como um todo. Essa jurisprudência se conforma em uma prática administrativa recorrente e que é exercida por esse conforto legislativo e jurisprudencial”, frisou.

O ministro pontuou ainda que o governo não se opõe ao “aperfeiçoamento” das regras, mas que isso não pode gerar punições retroativas. “Para nós, [a metodologia] é algo altamente normal, correto, recorrente, não causa de punição, mas causa de aperfeiçoamento”, ponderou. “Temos dito ao TCU, e quero retomar isso, que não temos, no governo, nenhuma dificuldade em relação a mudanças de jurisprudência que aperfeiçoem o sistema de contas, fiscal, que melhore essa realidade. Isso faz parte do aperfeiçoamento institucional do país”, acrescentou.

Evitando sempre o termo pedaladas fiscais, Nelson Barbosa defendeu a decisão do governo de não fazer o contingenciamento de R$ 28 bilhões no final do ano passado. Para ele, a atitude foi a mais prudente naquele momento. O ministro destacou que, no relatório, o governo condicionou a avaliação feita das contas públicas à mudança da meta fiscal pelo Congresso Nacional. Segundo ele, o relatório foi feito de forma transparente e não houve tentativa de influenciar o Congresso de forma errada. Para ele, foi uma atitude "conservadora".

Ao apresentou dados econômicos para sustentar a defesa do governo de que a situação macroeconômica mudou rapidamente no final de 2014 e início de 2015, o ministro avaliou que usar no relatório efeito de medidas que estavam em tramitação no Congresso não era indicado. "Não era recomendável contingenciar R$ 28 bilhões faltando um mês e 10 dias para o final do ano", argumentou.

Com informações de agências.

 

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse que apresentou aos deputados do Partido dos Trabalhadores dados que mostram que o Tribunal de Contas da União (TCU) avaliou como regulares, em anos anteriores, práticas semelhantes às chamadas "pedaladas fiscais" - atrasos de pagamentos pelo governo federal.

"Trazemos ao Congresso que esses apontamentos foram entendidos no passado como regulares. Essa realidade existiu em 2000, 2001, 2002 e assim por diante e foram situações consideradas regulares pelo tribunal", afirmou.

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Adams e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, participaram de almoço com a bancada do PT para prestar esclarecimentos sobre o processo das pedaladas fiscais em análise no TCU. "Toda a atuação fiscal segue a lei vigente em anos anteriores e neste ano também", acrescentou Barbosa, ao deixar o encontro.

O advogado-geral disse que era "oportuno" conversar com os parlamentares, já que o parecer do TCU será encaminhado ao Congresso Nacional. Ele negou que o tribunal esteja agindo politicamente, e acrescentou que a decisão do órgão levará em conta a defesa da União, que está sendo preparada.

Adams completou que não há necessidade de mais tempo para o governo federal apresente a defesa e que não está decidido se o documento será assinado pela presidente Dilma Rousseff. "Isso é só uma questão formal", concluiu.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados vai debater, nesta quarta-feira (25), com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a proposta de acordo de leniência entre o governo e as empresas envolvidas nas irregularidades da Petrobras investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A reunião estava marcada para a última quarta-feira (18), mas foi adiada porque Adams não pôde comparecer.

O advogado-geral defende a proposta como uma maneira de punir as empreiteiras e demais contratadas pela Petrobras sem que isso signifique o fim das atividades das empresas, como quer o Ministério Público Federal. Se optar pelo acordo de leniência, a empresa evita vir a ser considerada inidônea, o que provocaria a paralisação de todas as obras contratadas pelo poder público. Ela passa a colaborar com a investigação e se compromete a pagar os prejuízos que causou. É uma espécie de delação premiada voltada para as pessoas jurídicas. Esse tipo de acordo está previsto na lei de regulamentação do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (12.529/11) e na Lei de Combate à Corrupção (12.846/13).

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Além do chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), foram convidados para a audiência pública o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, e o procurador-geral junto ao TCU, Paulo Bugarin.

*Com informações da Agência Câmara

Reconduzido para assessorar o Poder Executivo na Justiça no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, vê no acordo de leniência uma saída para minimizar o impacto da operação Lava Jato na economia. Se usado, o instrumento evitaria que as empreiteiras citadas no escândalo envolvendo a Petrobras fossem proibidas de firmar contratos com o poder público.

Adams sinaliza que o governo se preocupa mais com o impacto econômico do caso e está disposto a negociar com as empresas. "Grande parte da solução depende da própria empresa e acredito que, tomada a iniciativa, há uma perspectiva de solução."

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Em entrevista, Adams - que é o segundo AGU mais longevo no cargo - afirmou ainda que a escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal passa por uma análise de "governabilidade" e preocupação com a "continuidade política". "Não se escolhe decisões, se escolhe convicções", diz o ministro, cotado para uma das vagas no STF que Dilma poderá preencher ao longo dos próximos quatro anos.

O ministro da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou nesta quinta-feira, 04, que o comitê da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff foi "cuidadoso" nas doações recebidas pelo PT, rebatendo a acusação de que houve recebimento de recursos da partir do esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. "Eu acredito que o trabalho na campanha foi muito cuidadoso", disse.

A doação legal a partir de propina paga a empreiteiras contratadas pela Petrobras foi denunciada pelo diretor da Toyo Setal, Augusto Mendonça, em delação premiada na Lava Jato. Ele disse em depoimento à Polícia Federal que o esquema envolvendo contratos da estatal incluía doações oficiais a campanhas eleitorais e o pagamento de propina. "Acho que qualquer afirmação tem de ser investigada", considerou Adams. "Vai ser evidentemente apurado e investigado", disse.

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O advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Lucena Adams, explicou nesta sexta-feira que a Medida Provisória 577/2012, publicada na quinta-feira (30) pelo governo, está ligada estritamente à falência e caducidade das concessões de energia elétrica. O ministro disse que a MP era necessária porque os processos de recuperação judicial apresentados têm preocupação primordial com o interesse dos credores. Segundo ele, o caso de concessões de serviço público é diferente, pois a preocupação principal é com a continuidade da prestação do serviço público.

Adams explicou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) poderá intervir nas empresas, analisar seu funcionamento e avaliar a possibilidade de encerrar ou não a concessão. Adams disse ainda que a MP tornou a possibilidade de intervenção da Aneel mais fluida. Segundo ele, a Aneel poderá responsabilizar os gestores da empresa em caso de confirmação da atuação fraudulenta. "O serviço público deficiente prejudica os destinatários do serviço, o que pode permitir uma intervenção da Aneel."

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